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TEORIA GERAL DOS RECURSOS - PROCESSO CIVIL

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
 
 
DOS RECURSOS - DA TEORIA GERAL 
CPC, arts. 994 a 1.008 
 
1. CONCEITO. NOÇÕES GERAIS 
É todo meio idôneo e adequado para se obter, dentro do processo em que foi proferida, o 
reexame da decisão impugnada objetivando sua reforma, invalidade, integração ou 
esclarecimento. 
O meio próprio, ordinário, comum para se atacar uma decisão proferida em um processo é o 
recurso, mas por vezes o ordenamento permite que uma decisão seja impugnada por outro 
meio, como ação de mandado de segurança. 
O recurso não gera nova ação, não gera novo processo, por isso ocorre dentro do processo em 
que foi proferida, é mera extensão do direito de ação e do direito de defesa. Mas pode gerar 
autos diversos daquele que foi proferido. 
São quatro os objetivos do recurso: reforma – modificação da decisão de modo que se alcance 
por parte do recorrente uma situação melhor que aquela que foi imposta pela decisão; 
invalidade – a anulação ou invalidação da decisão proferida ou do processo onde a decisão foi 
proferida; integração – complementar a decisão pois ela é omissa, decidindo aquilo que faltou 
(embargos de declaração); esclarecimento – decisão é obscura, contraditória, contém um erro 
(embargos de declaração). 
Todo o recurso é um meio voluntario de impugnação de uma decisão, isto é, só há recurso se 
houver iniciativa de alguém interpondo esse recurso. Não existe o recurso de ofício (próprio 
juízo que proferiu a decisão submete essa decisão a recurso) no nosso ordenamento jurídico. 
2. FUNDAMENTOS DO DIREITO DE RECORRER 
O ser humano é inconformado por natureza, normalmente não se conforma com o primeiro não, com 
a primeira decisão contrária, então o recurso concede um conforto psicológico aquela pessoa que 
obtém no processo uma decisão contrária aos seus interesses. O segundo fundamento é que o ser 
humano julgador (juiz) pode cometer falhas, a decisão proferida pode estar incorreta em 
desconformidade com o ordenamento jurídico, o juiz pode interpretar de forma incorreta as provas, a 
lei e levar a um julgamento injusto, incorreto. O ser humano também é passível de corrupção. 
3. NATUREZA JURÍDICA DO RECURSO 
O recurso não é ação, isto é, não tem natureza jurídica de ação. O recurso é mera extensão do direito 
de ação e do direito de defesa, uma consequência lógica do direito de ação por parte do autor e do 
direito de defesa por parte do réu. Alguns doutrinadores dizem que o recurso também é um ônus, 
4. PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO 
Possibilidade de uma decisão judicial de reexaminada, para alguns só há duplo grau de jurisdição 
quando o reexame da causa se faz por órgão jurisprudencial diverso do que proferiu a decisão, quando 
a decisão é reexaminada pelo mesmo órgão que a proferiu não há duplo grau de jurisdição. Mas o 
professor discorda, e entende que o segundo grau de jurisdição ocorre mesmo quando o reexame é 
feito pelo mesmo órgão que proferiu a decisão. A constituição federal NÃO assegura que de toda e 
qualquer decisão judicial deva necessariamente ser cabível a interposição de um recurso, ou seja, não 
é garantia constitucional. Assim é possível juridicamente que a lei federal infraconstitucional proíba 
em determinadas circunstâncias a interposição de recurso, sem que isso afronte a constituição federal. 
A única constituição que previu o duplo grau de jurisdição como garantia constitucional foi a de 1824, 
constituição do império. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
 
 
Cuidado - no processo penal o duplo grau de jurisdição é garantia constitucional, pois o Brasil aderiu o 
pacto de São José da Costa Rica que prevê que no âmbito criminal sempre que houver sentença 
contraria ao réu a de se permitir a esse réu um recurso. MAS no processo civil não é garantia 
constitucional. 
 
5. CLASSIFICAÇÃO 
5.1. Quanto à extensão da matéria 
5.1.1. Recurso total 
O Recorrente impugna toda a decisão recorrida 
5.1.2. Recurso parcial 
O recorrente impugna apenas parte da decisão recorrida. A arte da decisão que não foi objeto de 
recurso fica coberta pela preclusão e pelo trânsito em julgado, torna-se definitiva. 
 
“Art. 1.002. A decisão pode ser impugnada no todo ou em parte”. 
5.2. Quanto à fundamentação 
O recorrente tem que dizer para o tribunal por que ele não se conforma com a decisão proferida, 
indicar as razões do inconformismo dele, tem que fundamentar o recurso. Não basta o recorrente dizer 
que não concorda com a decisão, para o recurso ser deferido é necessário fundamentar o recurso . O 
recurso sem fundamentação é inepto. Essa fundamentação pode ser: 
5.2.1. Livre 
Não tem exigência legal, ou seja, a lei não diz qual é o conteúdo da fundamentação, aí o recorrente é 
livre para apresentar as fundamentações. Essa é a regra. 
5.2.2. Vinculada 
As vezes a lei explicita o que o recorrente pode alegar no recurso, exige que o recurso tenha 
determinada fundamentação. É vinculada a exigência legal. 
6. ATOS SUJEITOS A RECURSO. RECURSOS ADMISSÍVEIS 
Somente atos do juiz comportam recurso, ou seja, os atos praticados por todos os outros sujeitos do 
processo não permitem a interposição do recurso. O juiz é o presidente do processo, e os atos por eles 
praticados, atos decisórios, só deles comportam recurso. 
A parte só pode se valer dos recursos previstos em lei. Se subordinam ao princípio da taxatividade, só 
são recursos aqueles expressos em lei federal (compete privativamente a União legislar sobre matéria 
processual). 
As partes podem com base no 190 CC criar um recurso para disciplinar a relação jurídica delas? A 
controvérsia na doutrina a respeito, o professor entende que não pode , pois as partem só podem 
celebrar negócio a respeito dos poderes, direitos e ônus delas as partes, e o recurso não é criação 
delas, é um direito da união, logo as partes não podem celebrar negócio jurídico sobre direito alheio 
que é da união. As partes não podem criar recurso por meio do negócio jurídico processual. As partes 
podem convencionar com base no artigo 190 que ambas não poderão recorrer, pois o direito de 
recorrer são delas, as partes, então podem renunciar seus direitos. 
Esse rol do artigo 994, no âmbito do código de processo civil, é taxativo, mas há leis estravagantes que 
preveem outros recursos diversos, por exemplo, nos juizados especiais o recurso contra sentença não 
é o de apelação e sim o recurso inominado, próprio do juizado especial. 
“Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
 
 
I - apelação; 
II - agravo de instrumento; 
III - agravo interno; 
IV - embargos de declaração; 
V - recurso ordinário; 
VI - recurso especial; 
VII - recurso extraordinário; 
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário; 
IX - embargos de divergência”. 
 
“Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I – direito civil, comercial, penal, processual...” – CF. 
 
7. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE E JUÍZO DE MÉRITO DO RECURSO: DISTINÇÃO 
Para que um recurso seja decidido, analisado pelo tribunal, o recurso tem que satisfazer inúmeros 
requisitos, por exemplo, deve ser interposto no prazo, deve pagar taxa de preparo, deve ter 
fundamentação, deve ser interposto por quem tem capacidade e etc. 
Quando o órgão julgador do recurso analisa se estão presentes ou não os requisitos de admissibilidade, 
está fazendo um juízo de admissibilidade do recurso. Esse juízo de admissibilidade pode ser positivo 
ou negativo. 
Será negativo quando o órgão destinatário do recuso entender que aquele recurso não preencheu 
todos os requisitos que o legislador impõe, esse recurso não tem seguimento, é barrado, o órgão 
julgador/destinatário do recurso não vai analisar se o recorrente tem ou não tem razão, não se analisa 
o mérito. Não é possível apresentar outro recurso em substituição do que foi barrado 
Será positivo quando órgão julgador do recurso entender que o recorrente satisfez todos os requisitos 
exigidos pela lei. Nesse caso o órgão recorrenteanalisa o mérito do recurso 
Juízo de admissibilidade: analisar se estão presentes ou não os requisitos de admissibilidade. 
Juízo de mérito: analisa se o recorrente tem ou não razão no inconformismo dele. O órgão julgador só 
faz o juízo de mérito se o juízo de admissibilidade for positivo. 
No processo civil o juízo de admissibilidade é do tribunal, e não do juiz do processo. 
A terminologia que se usa para o juízo de admissibilidade – quando o recurso é barrado “não admito 
o recurso” ou “não conheço o recurso”; quando o órgão destinatário julga o recurso quanto ao mérito 
– “dou provimento ao recurso” (quando o recorrente tiver razão) ou “nego provimento ao recurso” 
(quando o recorrente não tem razão). 
8. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO 
8.1. Noções gerais 
Significa órgão julgador destinatário do recurso analisar se o recurso preenche os requisitos de 
admissibilidade do recurso. Se o recurso não satisfizer os requisitos ele não será admitido, não será 
apreciado. Por outro lado, se satisfeitos todos os requisitos legais o recurso será conhecido, admitido, 
se analisa o mérito. 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
 
 
9. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DOS RECURSOS 
9.1. RECORRIBILIDADE 
Somente os atos do juiz são recorríveis, no primeiro grau de jurisdição - sentença, decisão 
interlocutória e despacho; em segundo grau de jurisdição - decisão monocrática por membro do 
tribunal ou acordão. Apenas do despacho não cabe recurso, porque para que caiba recurso o ato 
praticado deve causar um prejuízo a alguém, um dos requisitos para interpor recurso é que a parte 
tenha sofrido prejuízo. Despacho é um ato que apenas da marcha ao processo, pois não possuem 
aptidão para causar prejuízo a parte. Mas, mesmo aqueles que são recorríveis podem se tornar 
irrecorríveis se tiver lei federal nesse sentido. 
“Art. 1.001. Dos despachos não cabe recurso”. 
9.2. TEMPESTIVIDADE 
Recursos devem ser interpostos dentro do prazo estabelecido pelo legislador. O juiz de ofício não pode 
reduzir o prazo de recurso, a não ser que as partes concordem. O juiz pode prolatar o prazo do recurso 
desde que haja justo motivo para isso - flexibilização do procedimento que significa adaptar o 
procedimento a exigências concretas do processo 
Em regra, o prazo começa a partir do momento em que os representantes das partes são intimados da 
decisão, mas essa regra comporta duas exceções: decisões prolatadas em audiência, os advogados das 
partes e o ministério público são considerados intimados mesmo que não compareçam à audiência. 
A tempestividade é aferida no momento da postagem, nos casos de correio, pouco importa a data em 
que chega ao destino. 
Prazo genérico para todos os recursos no processo civil é 15 dias, salvo embargos de declaração que é 
de 5 dias (art. 1023 CPC). Mas há sujeitos que possuem esse prazo em dobro: 
- MP (como autor ou réu), não terá prazo em dobro apenas se a lei estabelecer de forma expressa o 
prazo; 
- pessoas jurídicas de direito público (U/E/M/DF/suas autarquias) – sociedade de economia mista (BB) 
e empresa pública (CAIXA) não gozam do prazo em dobro porque são consideradas pessoas jurídicas 
de direito privado – noz juizados especiais as pessoas jurídicas de direito público não tem plano em 
dobro, e sim simples; 
- defensoria pública. Advogados particulares que defendem os necessitados não possuem prazo em 
dobro, jurisprudência pacífica do supremo e STJ entende que em caso de convênio de advogado não 
tem direito ao prazo em dobro, só tem prazo em dobro quando tem vínculo estatal (defensoria). 
Quando se trata de processo físico essas pessoas têm direito a intimação pessoal (pelos correios ou 
entrega de autos), o prazo tem início com a intimação pessoal. 
“Art. 222, §1o Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes”. 
“Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade 
de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da 
decisão. 
§ 1o Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando nesta for 
proferida a decisão. 
§ 2o Aplica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, ao prazo de interposição de recurso pelo réu contra 
decisão proferida anteriormente à citação. 
§ 3o No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em cartório ou conforme as 
normas de organização judiciária, ressalvado o disposto em regra especial. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
 
 
§ 4o Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data 
de interposição a data de postagem. 
§ 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes 
é de 15 (quinze) dias. 
§ 6o O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso”. 
“Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início 
a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o. 
§ 1o Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz 
requisitará os autos e dará andamento ao processo. 
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, 
prazo próprio para o Ministério Público”. 
“Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e 
fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, 
cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. 
§ 1o A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico. 
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, 
prazo próprio para o ente público”. 
Art. 9º. Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas 
jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para audiência de 
conciliação ser efetuada com antecedência mínima de 30 (trinta) dias” – Lei nº 10.259/2001 – JECF, e 
art. 7º da Lei nº 12.153/2009 – JEFP. 
“Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações 
processuais. 
§ 1o O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos termos do art. 183, § 1o. 
§ 2o A requerimento da Defensoria Pública, o juiz determinará a intimação pessoal da parte 
patrocinada quando o ato processual depender de providência ou informação que somente por ela 
possa ser realizada ou prestada. 
§ 3o O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito 
reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de 
convênios firmados com a Defensoria Pública. 
§ 4o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, 
prazo próprio para a Defensoria Pública”. 
“Art. 5º, § 5º. Nos Estados onde a Assistência Judiciária seja organizada e por eles mantida, o Defensor 
Público, ou quem exerça cargo equivalente, será intimado pessoalmente de todos os atos do processo, 
em ambas as Instâncias, contando-se-lhes em dobro todos os prazos ” – Lei nº 1.060/50 - LAJ. 
“Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, 
terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, 
independentemente de requerimento. 
§ 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é ofe recida defesa por 
apenas um deles. 
§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos”. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
 
 
STF, Súmula n. 641: “Não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos litisconsortes 
haja sucumbido”. 
STF, Súmula n. 310: “Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de 
intimaçãofor feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata, salvo se não houver 
expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que se seguir”. 
Os prazos são contados somente em dias úteis, excluindo o dia do começo e incluindo o dia do 
vencimento. Primeiro ocorre a disponibilização (diário oficial), no próximo dia útil ocorre a publicação 
e no dia útil seguinte se inicia a contagem do prazo. 
“Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e 
incluindo o dia do vencimento. 
§ 1o Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, 
se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora 
normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica. 
§ 2o Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da 
informação no Diário da Justiça eletrônico. 
§ 3o A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação”. 
“Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente 
os dias úteis. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais”. 
Somente réu pode ser considerado revel. Réu revel com advogado no processo representando seus 
direitos a contagem do prazo é a mesma vista anteriormente, a partir da intimação (pois é intimado 
das decisões por meio de seu advogado). Mas caso o réu seja revel e não tenha advogado no processo 
(ele não será intimado, notificado dos atos do processo), a contagem de prazo inicia-se da data de 
publicação da decisão no órgão oficial. p 
“Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do 
ato decisório no órgão oficial. 
Parágrafo único. O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em 
que se encontrar”. 
“Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei. 
§ 1o Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato. 
§ 2o Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento 
após decorridas 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a 
prática de ato processual a cargo da parte. 
§ 4o Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo”. 
 
 PRINCIPAIS PRAZOS RECURSAIS 
 
Recursos em geral: regra 15 (quinze) dias – art. 1.003, § 5o , CPC. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
 
 
Exceções: 
Embargos de declaração 
Recurso inominado 
5 (cinco) dias – art. 1.023, CPC. 
 
10 (dez) dias – arts. 41 e 42, Lei nº 9.099/95 – JEC. 
 
9.3. SINGULARIDADE, UNICIDADE OU UNIRRECORRIBILIDADE 
Só poderá ser colocado somente um recurso. Não pode haver mais de um recurso, pois neste caso 
haveria litispendência, o que não é admitido. 
Obs.: as duas partes poderão impor recursos. O princípio aponta duas exceções que a parte pode se 
valer de mais de um recurso, por exemplo embargos de declaração (recurso que não tem como 
objetivo reformar ou anular, mas sim, aperfeiçoar a decisão). 
 
9.4. ADEQUAÇÃO 
9.4.1. Princípio da fungibilidade dos recursos 
“Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei 
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a 
finalidade essencial”. 
“Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado 
de outro modo, lhe alcançar a finalidade”. 
Aqui fala-se no princípio da instrumentalidade das formas. Quando a parte interpõe um recurso 
errado tem se exigido a satisfação de dois requisitos, a primeira se houver diferença de prazo entre o 
adequado e o inadequado vale o recurso de menor prazo, neste caso entende -se (10 dias). 
A não interposição do recurso errado por prazo menor é entendido como má-fé. No CPC de 2015 
todos os recursos, com exceção dos embargos de declaração, são de 15 dias. Não poderá haver erro 
grosseiro. 
 
9.5. PREPARO 
Significa o pagamento das despesas atinentes ao processamento do recurso. pode corresponder a taxa 
ao Estado e porte de despesa de remessa e retorno dos autos. 
O preparo deve estar previsto em lei. Essas verbas podem ser exigidas um ou outra, ou as duas. 
Autos digitais não possuem o preparo de porte de despesa de remessa e retorno, porque não há 
deslocamento físico do processo. 
Algumas pessoas não pagam preparo: poder público, MP seja na condição de parte ou fiscal, e os 
beneficiários da justiça gratuita 
Alguns recursos independentemente de qual seja o recurso estão dispensados por lei do preparo (ex. 
embargos de declaração). 
Quando ocorrer uma insuficiência no valor do preparado o juiz deve intimar o recorrente para 
complementar em 5 dias, se não complementar ou complementar de forma insuficiente é considerado 
recurso decerto – pena de não reconhecimento do recurso. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
 
 
Quando não há qualquer recolhimento a título de reparo o juiz também deve intimar o advogado do 
recorrente a recolher o deposito devido, aqui o preparo é em dobro. 
Em regra, no ato da interposição do recurso tem que comprovar o pagamento do preparo, mas há 
exceções, como nos juizados especiais em que o pagamento do preparo pode ser feito nas 48h 
seguintes a interposição do recurso (em primeiro grau de jurisdição há gratuidade nos juizados 
especiais, mas no segundo grau não). 
“Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela 
legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de 
deserção - Deserção é como dizer que o recurso está deserto, sem preparo. 
§ 1o São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos 
pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e 
respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal - Também a fundação de direito público. 
§ 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção 
se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias. 
(direito subjetivo do recorrente). 
§ 3o É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos 
eletrônicos” - só há incidência de taxa judiciária. 
O beneficiário da justiça gratuita não paga o preparo (tem a dispensa). 
§ 4o O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, 
inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o 
recolhimento em dobro, sob pena de deserção. 
§ 5o É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive porte de 
remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do § 4o. 
§ 6o Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por decisão 
irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo. 
§ 7o O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação da pena de deserção, 
cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar o 
vício no prazo de 5 (cinco) dias”. 
STJ, Súmula n. 484: “Admite-se que o preparo seja efetuado no primeiro dia útil subsequente, quando 
a interposição do recurso ocorrer após o encerramento do expediente bancário”. 
“Art. 42, § 1º. O preparo será feito, independentemente de intimação, nas quarenta e oito horas 
seguintes à interposição, sob pena de deserção” – Lei nº 9.099/95 – JEC. 
 
9.6. MOTIVAÇÃO 
O recorrente dizer por que ele não se conforma com aquela decisão, tem que dar motivo pelas quais 
ele entende que aquela decisão deve ser reformada, anulada,ou buscar esclarecimentos (causa de 
pedir recursal). Recurso sem motivação é recurso inepto, que não pode ser admitido. Há uma discussão 
se a motivação do recurso pode ser um “copiar colar” da petição inicial, a jurisprudência majoritária 
entende que é possível adotar essa técnica. Professore entende que é melhor aderir outra técnica de 
atuação. 
9.7. REGULARIDADE FORMAL 
Satisfazer um requisito específico, próprio atinente aquele recurso, estamos vendo os requisitos 
genéricos dos recursos, mas é possível que um recurso detenha requisito próprio que também deve 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
 
 
ser observado. Exemplo agravo de instrumento, o recurso deve estar integrado a algumas cópias do 
processo principal já que o recurso vai para o tribunal e o processo continua no primeiro grau de 
jurisdição, a falta dessas peças obrigatórias leva ou pode levar ao não reconhecimento do recurso. 
9.8. LEGITIMAÇÃO OU LEGITIMIDADE 
Quem pode interpor o recurso? Quem pode recorrer? Genericamente, os legitimados a interpor 
recurso são: a parte, o Ministério Públcio (como parte ou fiscal), e o terceiro prejudicado. 
“Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo 
Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. 
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica 
submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo 
como substituto processual”. 
9.8.1. Parte 
Parte no sentido processual, isto é, aquele que participa no processo com interesse no resultado 
(autor, réu e terceiro interveniente). No litisconsórcio (junção de pessoas em um ou ambos os polos 
da ação), a regra é do princípio da autonomia dos colitigantes (cada um faz o que quer), um litigante 
pode recorrer enquanto o outro não, ou ainda ambos podem recorrer. A atuação de litisconsórcio não 
pode prejudicar o outro, mas pode beneficiar o outro que não atuou. O recurso pode beneficiar aquele 
que não recorreu desde que o objeto do recurso também diga respeito ao litisconsórcio que não 
recorreu, isto é, desde que a matéria se refira a ambos os litisconsortes 
“Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes 
distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão 
os outros, mas os poderão beneficiar”. 
“Art. 1.005. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou 
opostos os seus interesses. 
Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará aos 
outros quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns”. 
9.8.2. Terceiro prejudicado 
Aquele que não participa do processo e sofre prejuízo jurídico da decisão proferida no processo tem 
legitimidade para interpor recurso. Ele deve demonstrar que a decisão esse prejuízo. 
“Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério 
Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. 
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica 
submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo 
como substituto processual”. 
9.8.3. Ministério Público 
Pode atuar como parte do processo (autor ou réu) ou como fiscal da ordem jurídica (ordenamento 
jurídico exige sua atuação). O MP como fiscal, pode apresentar recurso embora a parte não tenha 
apresentado recurso, a legitimidade recursal dele é autônoma, tem legitimidade própria mesmo 
como fiscal da ordem jurídica. 
“Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério 
Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. 
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica 
submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo 
como substituto processual”. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
 
 
STJ, Súmula n. 99: “O Ministério Público tem legitimidade para recorrer no processo em que oficiou 
como fiscal da lei, ainda que não haja recurso da parte”. 
STJ, Súmula n. 226: “O Ministério Público tem legitimidade para recorrer na ação de acidente de 
trabalho, ainda que o segurado esteja assistido por advogado”. 
 
9.9. INTERESSE RECURSAL 
Tem interesse quem pode por meio de recurso buscar uma melhora na sua situação processual. As 
vezes mais de uma parte tem interesse de interpor recurso, exemplo, sucumbência recíproca. Se faltar 
o interesse recursal o recurso não será admitido. 
 
9.10. INEXISTÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO OU EXTINTIVO DO PODER DE RECORRER (CPC, arts. 998 a 
1.000) 
9.10.1. Noções gerais 
Além dos requisitos vistos anteriormente, para que um recurso seja analisado pelo mérito não pode 
existir fatos que impedem ou extinguem o poder de recorrer. Esses fatos são três: a desistência, 
renúncia e aquiescência. 
9.10.2. Desistência 
Manifestar a vontade de que o recurso não seja apreciado pelo mérito. O recurso não terá 
prosseguimento, a sentença transita em julgado, se torna definitiva, fica coberta pela coisa julgada. É 
um direito do autor desistir, sem que manifeste seu motivo. O recorrente poderá a qualquer tempo, 
antes do julgamento do mérito, desistir do recurso. Enquanto o órgão destinatário do recurso não 
decidir o mérito do recurso, o recorrente pode desistir. 
“Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, 
desistir do recurso. 
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já 
tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais 
repetitivos”. 
9.10.3. Renúncia 
“Abrir mão” do direito de recorrer. A parte que poderia interpor o recurso renuncia seu direito de 
recorrer. Pode ser expressa – aquela que decorre de manifestação explicita de quem pode recorrer; e 
tácita – aquela decorrente da não interposição do recurso no prazo legal. 
“Art. 999. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte”. 
9.10.4. Diferença entre desistência e renúncia 
A desistência pressupõe o recurso já interposto, a renúncia por sua vez não tem recurso interposto. 
9.10.5. Questões comuns à desistência e à renúncia 
São atos diversos, mas possuem pontos em comum. Ambos constituem atos unilaterais de vontade, 
isto é, para desistir ou renunciar aquele que interpôs o recurso não precisa contar com a concordância 
dos litisconsórcios ou a parte adversária, ou ainda do juiz. É impedido à parte que manifesta a vontade 
da desistência ou renúncia, a possibilidade de arrependimento, não tem como voltar a trás. 
O legislador disciplina a desistência do recurso de uma forma e a desistência da ação de outra forma – 
ambos são atos de manifestação de vontade. A desistência de recurso não depende de homologação 
judicial (art. 200, caput), produz efeitos imediatos e não comporta arrependimento; já a desistência da 
ação só produz o efeito de desistência após a homologação do juiz, sendo assim, é possível a retratação 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
 
 
antes da homologação da desistência, ou seja, mudar de ideia quanto a desistência. Mas a partir da 
homologação da desistência não é mais possível retratar-se. 
A segunda diferença entre desistência do recurso e desistência da ação é que a desistência do recurso 
nunca exige concordância do adversário; já a desistência da ação, a partir do momento que se tem 
contestação no processo, só pode produzir seus efeitos após a concordância do réu. 
Para que o advogado da parte renuncie ou desista do recurso, ele precisa ter direitos especiais para 
assim agir, pois são atos que extrapolam os poderes do advogado. 
“Art. 998. O recorrente poderá,a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, 
desistir do recurso. 
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já 
tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais 
repetitivos”. 
“Art. 999. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte”. 
“Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade 
produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais. 
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial”. 
“Art. 485, § 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da 
ação”. 
“Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado 
pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, 
confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual 
se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência 
econômica, que devem constar de cláusula específica. 
§ 1o A procuração pode ser assinada digitalmente, na forma da lei. 
§ 2o A procuração deverá conter o nome do advogado, seu número de inscrição na Ordem dos 
Advogados do Brasil e endereço completo. 
§ 3o Se o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter o nome 
dessa, seu número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo. 
§ 4o Salvo disposição expressa em sentido contrário constante do próprio instrumento, a 
procuração outorgada na fase de conhecimento é eficaz para todas as fases do processo, inclusive 
para o cumprimento de sentença”. 
9.10.6. Aceitação expressa ou tácita da decisão: aquiescência à decisão 
Aquele que aceitar expressa ou tacitamente a decisão, não pode mais dela recorrer. Caso já tenha 
recorrido, o recurso não pode ter prosseguimento. A aceitação da decisão leva a preclusão daquela 
decisão, ao trânsito em julgado. 
Aceitação expressa – expressamente dizer que concorda/aceita a decisão. Aceitação tácita – a parte 
pratica um ato incompatível com o desejo de recorrer, ocorre a preclusão lógica. Caso haja reserva 
para recorrer, ou seja, o sujeito pratica o ato (por exemplo, depositar quantia), mas declara que irá 
recorrer a ele, não ocorre a aceitação tácita. 
“Art. 1.000. A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer. 
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível 
com a vontade de recorrer”. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
 
 
“Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado 
pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, 
confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual 
se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência 
econômica, que devem constar de cláusula específica. 
§ 1o A procuração pode ser assinada digitalmente, na forma da lei. 
§ 2o A procuração deverá conter o nome do advogado, seu número de inscrição na Ordem dos 
Advogados do Brasil e endereço completo. 
§ 3o Se o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter o nome 
dessa, seu número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo. 
§ 4o Salvo disposição expressa em sentido contrário constante do próprio instrumento, a 
procuração outorgada na fase de conhecimento é eficaz para todas as fases do processo, inclusive 
para o cumprimento de sentença”. 
 
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DOS RECURSOS 
Os doutrinadores criam diversas classificações quanto aos requisitos de admissibilidade dos recursos, 
mais dois são os mais importantes e cobrados, que dividem os requisitos em objetivos e subjetivos; e 
intrínseco e extrínseco. Ambas as classificações estão corretas e são cobradas em prova. 
 
OBJETIVOS SUBJETIVOS 
1. Recorribilidade 
2. Tempestividade 
3. Singularidade, unicidade ou 
unirrecorribilidade 
4. Adequação 
5. Preparo 
6. Motivação 
7. Regularidade formal 
8. Inexistência de fato impeditivo ou 
extintivo do poder de recorrer 
9. Legitimação ou legitimidade 
10. Interesse recursal 
 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
 
 
 INTRÍNSECOS EXTRÍNSECOS 
1. Cabimento (recorribilidade e adequação) 
2. Legitimação ou legitimidade 
3. Interesse recursal 
4. Inexistência de fato impeditivo ou extintivo 
do poder de recorrer 
1. Tempestividade 
2. Regularidade formal 
3. Preparo 
 
10. JUÍZO DE MÉRITO DO RECURSO 
10.1. Noções gerais 
Juízo de mérito significa que o órgão destinatário do recurso analisa se o recorrente tem ou não razão 
do seu inconformismo. Caso ele tenha razão, o órgão destina dá provimento ao recurso, caso contrário 
nega o provimento ao recurso. O recorrente deve cumprir todos os requisitos de admissibilidade. 
10.2. Princípio da proibição da reformatio in pejus 
“Reforma para o pior”, em regra, o órgão destinatário do recurso ao analisar o recurso pelo mérito não 
pode piorar, prejudicar a situação do recorrente. O tribunal pode manter a situação daquele que 
interpôs o recurso ou melhorar a situação. O fundamento desse princípio é o seguinte: princípio da 
inércia da jurisdição e princípio da adstrição/relação/congruência (o pedido formulado pela parte 
limita a decisão judicial). Mas as vezes no processo ambas as partes (autor e réu) recorrem, não pode 
piorar a situação de quem recorreu, mas pode piorar a situação do adversário (ex. acolhendo o pedido 
do autor pode piorar a situação do réu, e vice e versa). 
Exceção a essa rega, há uma hipótese em que ao julgar o recurso do recorrente o tribunal pode piorar 
sua situação –os pressupostos processuais e a condição da ação (matéria de ordem pública) o tribunal 
pode reconhecer de ofício, mesmo não havendo pedido no recurso (podem e devem ser conhecidas 
de ofício em qualquer tempo ou grau de jurisdição). Como condição da ação, a legitimidade da parte 
é exceção à regra, sendo o réu parte ilegítima para configurar o polo da ação, isto é, lhe faltando uma 
condição da ação, a consequência é a extinção do processo sem resolução do mérito, o tribunal 
reconhecendo que o réu é parte ilegítima extingue de ofício o recurso, sem resolução de mérito. nesse 
caso pode piorar a situação do recorrendo. 
11. EFEITOS DOS RECURSOS 
11.1. Impedimento à preclusão ou ao trânsito em julgado 
Impedimento da preclusão ou ao trânsito em julgado enquanto o recurso estiver pendente de 
apreciação – quando há uma decisão e contra ela é interposto recurso esse recurso impede a preclusão 
ou trânsito em julgado. 
11.2. Efeito suspensivo 
A decisão impugnada não produz seus efeitos naturais enquanto não julgado o recurso. Impede que a 
decisão produza imediatamente seus efeitos naturais. Em regra, os recursos em geral não possuem 
efeito suspensivo. Mas haverá efeito suspensivo em duas situações – quando tiver disposição legal 
nesse sentido (quando tiver previsão na lei, ex. recurso de apelação contra a sentença) ou quando tiver 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
 
 
decisão judicial atribuindo ao recurso efeito suspensivo (o juiz relator do recurs o confere efeito 
suspensivo a decisão). 
A parte que recorre tem que pedir efeito suspensivo, esse é o entendimento majoritário. 
“Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial 
em sentido diverso. 
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se dá 
imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e 
ficar demonstrada a probabilidadede provimento do recurso”. 
11.3. Efeito devolutivo 
O tribunal só vai apreciar aquilo que é objeto do recurso, só autoriza o tribunal decidir o que é objeto 
do recurso. O que não foi impugnado não é objeto do recurso. Em regra, os pressupostos processuais 
(art. 485, §3º, salvo incompetência relativa e convenção de arbitragem) e a condição da ação - são 
matéria de ordem pública - o tribunal pode reconhecer de ofício, mesmo não havendo pedido no 
recurso (ex. recurso não fundamentado, o tribunal pode anular de ofício; ilegitimidade da parte). 
“Art. 1.013, caput. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada”. 
11.4. Efeito regressivo, efeito de retratação ou efeito diferido 
O recurso interposto permite que o próprio órgão jurisdicional que deferiu a decisão impugnada possa 
retratar-se. A regra é o princípio da invariabilidade da decisão do órgão que a proferiu (o órgão que 
proferiu a decisão, mesmo havendo recurso contra ela, não pode reformar, anular a decisão) . O juiz 
proferiu uma sentença, há um recurso de apelação contra essa sentença, ele não pode mexer nessa 
sentença, a alteração só é possível por meio de recurso julgado por órgão diverso daquele que proferiu 
a decisão. 
Mas o artigo 994 traz exceções, permite que o próprio órgão que proferiu a decisão altere a decisão. 
Pode alterar a decisão quando tiver recurso dotado de efeito regressivo, de retratação ou diferido – 
autorização legal para que o próprio órgão que proferiu a decisão retome -a porque tem um recurso 
contra ela, enquanto não julgado aquele recurso pelo órgão competente, o órgão que a deferiu está 
autorizado a alterá-la – esse efeito é exceção. 
Esse efeito que autoriza o próprio órgão jurisdicional só incide se tiver recurso, isto é, se não tiver 
recurso contra a decisão ele não pode alterar. 
“Art. 494. Publicada a sentença decisão, o juiz só poderá alterá-la: 
I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo; 
II - por meio de embargos de declaração”. – busca aperfeiçoar a decisão judicial, torna-la melhor, pois 
há algum vício, defeito. 
11.5. Efeito substitutivo 
O julgamento do tribunal substitui a decisão daquilo que foi objeto de recurso. o acordão substitui a 
sentença, deixa de existir juridicamente a sentença e passa a existir o acordão. Pouco importa se o 
tribunal negou ou de provimento ao recurso, o julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão 
impugnada no recurso. 
“Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido 
objeto de recurso”. 
12. REEXAME NECESSÁRIO OU OBRIGATÓRIO (CPC, art. 496) 
12.1. Noções gerais 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
 
 
Algumas sentenças proferidas contra o poder publico para que elas transitam em julgado e produzam 
os efeitos, precisam necessariamente, obrigatoriamente, serem reexaminadas pelo tribunal. Enquanto 
isso não acontecer essa sentença não pode ser executada, não produz efeito, não tem eficácia, não 
transita em julgado. 
Essa obrigatoriedade se fundamenta no fato de que toda vez que é proferido sentença contra o poder 
pulico, entende-se, município/estado/união, quem vai suportar os efeitos e consequências é a 
sociedade. Por isso, algumas sentenças contrárias precisam ser reexaminadas por um tribunal. 
“Art. 496, caput. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de 
confirmada pelo tribunal, a sentença”. 
 
12.2. Natureza jurídica 
O que é juridicamente o reexame necessário? Primeiramente, não é recurso, a doutrina quase 
unanime, e a jurisprudência, entende que o reexame necessário não tem natureza de recurso, pois 
não se subordina aos requisitos do recurso. enquanto os recursos se subordinam a requisitos rígidos, 
como tempestividade, o reexame não se subordina, não tem tempestividade, deve ser realizado a 
qualquer tempo, ele é necessário, obrigatório, não pode ser dispensado. 
A natureza jurídica é de condição imprescindível para que a sentença contrária ao poder publico 
transite em julgado, forme a coisa julgada e produza efeitos. Sentença de poder público não transita 
em julgado enquanto não reexaminada – erro na antiga súmula é tratar o reexame como recurso 
“recurso ex officio”, deve se entender por “recurso ex officio” reexame necessário. 
STF, Súmula n. 423: “Não transita em julgado a sentença por haver omitido o recurso ex officio, que 
se considera (deflagrado por força de lei) interposto ex lege”. 
 
12.3. Provimento jurisdicional que se submete ao reexame necessário 
Qual ato do juiz que se submete ao reexame necessário? Somente a sentença, ou seja, decisão 
interlocutória, acordão, decisão monocrática, despacho, tutela provisória (concedida antes da 
sentença, por decisão interlocutória), não se submetem a reexame necessário. 
“Art. 496, caput. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de 
confirmada pelo tribunal, a sentença”. 
 
12.4. Hipóteses que exigem o reexame necessário: sentença contrária 
É exigido na sentença contrária ao poder público, logo, sentença favorável não se submete ao reexame 
necessário. Sentença contra sociedade de economia mista (Banco do Brasil) e empresa pública 
(Correios), são considerados pessoas públicas de direito privado, não se submetem ao reexame 
necessário. 
Lei 6830/80 (lei de execução fiscal) poder público é autor da execução fiscal, exequente, e aquele de 
quem está sendo cobrado o crédito (devedor) é chamado executado. Esse executado pode promover 
ação de embargos de execução para se defender, passando a ser o embargante e o exequente 
embargado. Nessa ação o poder público, supostamente credor é réu, essa ação é uma ação de 
conhecimento, vai ter uma sentença, dizendo se o devedor deve ou não ao poder público. Caso os 
embargos são promovidos pelo suposto devedor forem julgados procedentes esse julgamento é contra 
o réu, poder público. A sentença que julgar procedente em todo ou em partes o embargos de execução 
fiscal se sujeita ao reexame necessário. Em suma, a regra é sentença contra o poder público submete-
se ao reexame necessário. 
“Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada 
pelo tribunal, a sentença: 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
 
 
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias 
e fundações de direito público; 
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal”. 
 
12.5. Outras hipóteses que exigem o reexame necessário 
As hipoteses de cabimento, exigência do reexame estão no artigo 496 do CPC, mas tem possibilidade 
de leis extravagante (fora do CPC) também exigem, como no mandado de segurança, o reexame 
necessário. 
 
12.6. Hipóteses que dispensam o reexame necessário 
Regra: sentença contra o poder público obrigatório o reexame necessário 
Exceção: sentenças contra o poder publico que não se submetem ao reexame necessário – quando a 
condenação de poder público for de valor inferior aos apontados nos incisos, não precisa submeter ao 
reexame necessário (se for valor igual o superior é submetido). Nessas hipóteses ou o ente condenado 
(pode público) apresenta recurso ou a sentença transita em julgado. 
Além dessas hipoteses, quando a sentença contra o poder público for baseada nas hipoteses do art. 
496, § 4º (súmula, acordão, entendimento firmado e coincidente) também não será submetido a 
reexame necessário, pois a sentença está em conformidade com os tribunais, há um entendimento 
vinculante que o juiz tem que seguir. 
No inciso IV – poder público por veze emite orientação a seus servidores e advogados dizendo que em 
determinados caso o poder público não tem direito, então todo vez que tiver demanda em face do 
poder público referente a esse caso tem que atender. 
No § 3º a dispensa é baseada em valores inferiores aos descritos, já no § 4º não importa ovalor, ou 
seja, mesmo que a união seja condenada a valor superior a mil salários mínimos, se essa sentença 
estiver baseada em uma das hipóteses do §4º não tem reexame necessário. 
“Art. 496, § 3o Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico 
obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a: 
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; 
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e 
fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; 
III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações 
de direito público. 
3“Art. 496, § 4o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em: 
I - súmula de tribunal superior; 
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em 
julgamento de recursos repetitivos; 
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência; 
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio 
ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa”. 
 
12.7. Outras hipóteses que dispensam o reexame necessário 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
 
 
 
 
Juizado especial fazenda pública e juizado especial federal dispensam em toda e qualquer situação o 
reexame necessário. Ainda que haja uma mudança de valor de admissibilidade das causas, nos juizados 
especiais não há reexame necessário. 
“Art. 13. Nas causas de que trata esta Lei, não haverá reexame necessário” - Lei nº 10.259/2001 – 
JECF, e art. 7º da Lei nº 12.153/2009 – JEFP. 
 
12.8. Procedimento 
Tratam das situações em que o reexame necessário deve ocorrer. E uma sentença contrária ao poder 
publico (o poder publico perdeu), como se trata de uma sentença o recurso próprio, adequado para 
atacar essa sentença é o recurso de apelação. se o poder público réu perdeu evidentemente ele pode 
apresentar um recurso contra essa sentença, mas ele pode não apresentar, pouco importa se o poder 
público recorreu, interpôs ou não recurso de apelação contra sentença, mesmo assim haverá o 
reexame necessário. O reexame é imprescindível, quanto não tiver não transita em julgado, não 
produz efeitos da sentença. Se tiver apelação teremos apelação e reexame necessário, caso não haja 
apelação haverá apenas o reexame necessário. 
Se o juiz não mandar o processo para o tribunal realizar o reexame necessário, o presidente do tribunal 
pode avocar o processo, exige que se faça o reexame necessário 
“Art. 496, § 1o Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz 
ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-
los-á. 
§ 2o Em qualquer dos casos referidos no § 1o, o tribunal julgará a remessa necessária”. 
 
12.9. Reexame necessário e proibição da reformatio in pejus 
Ao julgar o reexame necessário o tribunal pode agravar a situação do poder público? Não, no reexame 
necessário incide a proibição da reformatio in pejus, não pode piorar. O reexame se presta em proteger 
o pode público, de modo que o poder público por meio deste pode ter sua situação jurídica mantida 
ou melhorada, mas piorada jamais. 
Quando o tribunal realizar o reexame necessário pode analisar tudo o que foi objeto de condenação 
na sentença, e melhorar qualquer coisa. Inclusive os honorários de advogado. 
STJ, Súmula n. 45: “No reexame necessário, é defeso, ao Tribunal, agravar a condenação imposta à 
Fazenda Pública”. 
STJ, Súmula n. 325: “A remessa oficial devolve ao tribunal o reexame de todas as parcelas da 
condenação suportadas pela Fazenda Pública, inclusive dos honorários de advogado”.

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