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Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem

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Prof. Dr. Rodnei Pereira
UNIDADE I
Psicologia do
Desenvolvimento e Teorias
de Aprendizagem
 Ementa: estudo sobre as Teorias do Desenvolvimento Psicológico e as suas implicações no 
processo de ensino-aprendizagem do aluno. A construção do conhecimento pelo indivíduo, 
inserido em dado contexto social e cultural.
 Objetivos: desenvolver a compreensão crítica sobre os principais referenciais teóricos e 
metodológicos de conhecimento científico em Psicologia, a partir do estudo das teorias do 
desenvolvimento e da aprendizagem, enfatizando os seus aspectos epistemológicos
e históricos.
 Objetivos específicos: identificar e reconhecer os 
procedimentos de intervenção em situações-problema de 
acordo com cada uma das abordagens psicológicas. Escolher 
e explicar os procedimentos de intervenção em situações-
problema de acordo com cada uma das abordagens 
psicológicas. Relacionar os conceitos de diferentes teorias 
psicológicas quando aplicadas à educação.
Ementa e objetivos
 Domínio dos princípios teórico-metodológicos das áreas de conhecimento que constituem o 
objeto de sua prática.
 Compreensão do processo de construção do conhecimento no indivíduo inserido no seu 
contexto social e cultural.
 Conhecimento dos principais conceitos e expressões teóricas de cada abordagem 
psicológica, assim como os teóricos que as representam.
 Compreensão das estratégias de intervenção do professor no processo de desenvolvimento 
e aprendizagem do aluno, de acordo com os princípios de cada abordagem psicológica.
Competências
 Teorias Psicológicas do Desenvolvimento e a sua aplicação na construção de modelos 
pedagógicos de aprendizagem.
 Modelos Pedagógicos, Epistemológicos e Psicológicos em Educação.
 Abordagem Tradicional – Snyders e Herbart.
 Abordagem Comportamental – Skinner.
 Abordagem Humanista – Rogers e Neill.
 Abordagem Psicanalítica – Freud.
 Abordagem Histórico-cultural – Paulo Freire.
 Abordagem Construtivista – Piaget.
 Inteligência Emocional e Inteligências Múltiplas.
Conteúdo programático
 Crianças-lobo.
 Encontradas em idades mais avançadas, elas costumam apresentar um comportamento 
totalmente “animal”, sem nenhum traço que permita lembrar que são seres humanos.
 “Em 1920, chamado por um vilarejo a sudoeste de Calcutá 
para exorcizar os fantasmas, o reverendo Singh teria 
descoberto que os ‘fantasmas’ não passavam de duas 
meninas, que dormiam, comiam e, enfim, viviam para todas as 
finalidades com um grupo de lobos. Tendoas, seguido até a 
toca em que moravam, Singh teria cavado um buraco até 
resgatar as duas crianças. A mais velha teria por volta de oito 
anos e a mais nova, um ano e meio. O reverendo as levou 
para viver no orfanato que administrava, juntamente, com a 
sua esposa, e protegeu as crianças da curiosidade da 
imprensa e da ciência enquanto pôde. Mas ele próprio coletou 
e registrou muitas informações sobre as meninas.”
Para início de conversa...
 “Segundo ele, elas não tinham senso de humor, tristeza ou curiosidade e nem senso de 
ligação afetiva às outras pessoas. Elas nunca riam; e as únicas lágrimas derramadas pela 
mais velha, Kamala, aconteceram na ocasião da morte de sua pequena irmã, devido a uma 
grave diarreia causada por uma infestação de vermes. Para o casal Singh, embora se 
parecesse fisicamente com qualquer outra criança de oito anos, Kamala se comportava 
como um bebê de um ano e meio. Mas, apesar de seu silêncio, começou pouco a pouco a 
entender as palavras. Logo depois, começou a pronunciar algumas dessas palavras: Kamala 
estava adquirindo a linguagem.
 Por oito anos, Kamala viveu no orfanato; mas como nos 
relatos (reais ou fictícios, que acabaram por inspirar a criação 
da personagem Mogli, de Rudyard Kipling) de outras crianças-
lobo indianas e como no caso de sua irmã Amala, ela não 
estava destinada a uma vida longa. Em 1928, a sua saúde 
começou misteriosamente a declinar, culminando no seu 
sofrimento e em sua morte, no ano seguinte.” (MASSINI-
CAGLIARI, 2003)
Amala e Kamala
 França (1797-1800).
 Os médicos Jean-Étienne Esquirol e Philippe Pinel afirmavam: sofria de idiotia.
 Jean Marc-Gaspard Itard afirmava: privação do convívio social.
 Victor de Aveyron.
Outros casos
FATO OU FAKE?
 “[...] A srta. Sullivan colocou minha mão sob o jorro da água. Enquanto a fria corrente 
despejava-se sobre uma de minhas mãos, a srta. Sullivan soletrava, na outra, a palavra ‘água’; 
primeiro, lentamente, depois, rapidamente. Fiquei imóvel, com toda a atenção fixada nos 
movimentos de seus dedos. De repente, senti uma consciência envolta em nevoeiro, como de 
algo esquecido – o eletrizar de um pensamento que voltava; e, de algum modo, o mistério da 
linguagem foi revelado a mim. Soube, então, que ‘á-g-u-a’ significava a maravilhosa coisa 
fresca que fluía sobre a minha mão. Aquela palavra viva despertou minha alma, deu-lhe luz, 
esperança, alegria, enfim, libertou-a! Tudo tinha um nome e cada nome fazia nascer um novo 
pensamento. Enquanto voltávamos para a casa, cada objeto que eu tocava parecia estremecer 
de vida, já que eu via tudo com a nova e estranha visão que chegara a mim.”
Helen Keller (1880-1968)
 O desenvolvimento do conhecimento é um processo espontâneo, ligado ao processo global 
da embriogênese, ou seja, o desenvolvimento do corpo, mas, também, o 
desenvolvimento do sistema nervoso e o desenvolvimento das funções mentais. 
 O desenvolvimento é um processo que se
relaciona com a totalidade de estruturas
do conhecimento.
Desenvolvimento e aprendizagem
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aprender.JPG 
 A aprendizagem apresenta o caso oposto. Em geral, a aprendizagem acontece por uma 
situação provocada por um experimentador psicológico, ou por um professor com referência 
a algum ponto didático, ou por uma situação externa. 
 Ela é provocada, em geral, como oposta ao
que é espontâneo. 
 Além disso, é um processo limitado a um
problema simples ou a uma estrutura simples.
Desenvolvimento e aprendizagem
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aprender.JPG 
 O desenvolvimento explica a aprendizagem?
 O desenvolvimento é uma soma de unidades de experiências de aprendizagem?
Desenvolvimento e aprendizagem
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aprender.JPG 
 Para alguns psicólogos o desenvolvimento é reduzido a uma série de itens específicos 
aprendidos, ou seja, o desenvolvimento seria a soma e a acumulação dessa série
de itens específicos.
 O desenvolvimento é o processo essencial e cada elemento da aprendizagem ocorre como 
uma função do desenvolvimento total.
Desenvolvimento e aprendizagem
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aprender.JPG 
 O conhecimento não é uma cópia da realidade.
 Conhecer um objeto e um acontecimento não é, simplesmente, olhar e fazer uma cópia 
mental, ou uma imagem dele. 
 Para conhecer um objeto é necessário agir sobre, modificar, transformar e compreender o 
processo dessa transformação, e, consequentemente, compreender o modo como o objeto é 
construído. Assim é a essência do conhecimento.
Desenvolvimento e aprendizagem
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aprender.JPG 
 Epistemologia é a parte da Filosofia que estuda o conhecimento.
 O conhecimento lógico, organizado, racional, ou seja, o conhecimento científico.
Modelos pedagógicos, epistemológicos e psicológicos em educação
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587
I. Visão inatista do conhecimento: Sócrates (470 a.C.-399 a.C.) e Platão (427 a.C.-
347 a.C.):
 Tem como princípio a ideia de que o homem nasce com o conhecimento predeterminado em 
sua herança genética. Há, portanto, uma crença em um determinismo biológico que 
define, a priori, a capacidade intelectual do indivíduo, ficando o contexto sociocultural
refém desses conteúdos inatos.
Modelos epistemológicos
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587II. Visão empirista do conhecimento: Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.):
 O conhecimento provém da dedução baseada na experiência sensível;
 Os conceitos e os juízos são retirados da experiência, da representação sensível; 
 Essa corrente também é conhecida como positivismo lógico. 
Modelos epistemológicos
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587
III. Visão interacionista do conhecimento: Jean Piaget (1896-1980):
 O conhecimento não é o reflexo do objeto exterior. É o próprio sujeito que constrói (com os 
dados do conhecimento sensível) o objeto do seu saber;
 Uma construção contínua e, em certa medida, a invenção e a descoberta são pertinentes a 
cada ato de compreensão. É caracterizada por uma formação de novas estruturas, que 
não existiam, anteriormente, no indivíduo.
Modelos epistemológicos
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587
I. Pedagogia não diretiva: as ideias originam-se no inatismo, e o processo pedagógico fica 
dependente das condições subjetivas de cada aluno. 
 Quem conduz o processo, portanto, é o aluno, e o professor atuará como o facilitador do 
aparecimento e do desenvolvimento das possibilidades dos alunos. 
Uma representação simbólica dessa relação seria:
 A → P, sendo A = aluno e P = professor.
Modelos pedagógicos
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587
Uma representação simbólica dessa relação seria:
 A → P, sendo A = aluno e P = professor. 
 Basta que o adulto não interfira e deixe a criança transitar por fases do desenvolvimento 
cronologicamente fixas (estágios).
Modelos pedagógicos
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587
II. Pedagogia diretiva: o processo pedagógico fica dependente das ações e das 
intervenções do professor sobre o aluno. Quem conduz o processo é ele, ficando o aluno 
na condição subordinada de receptor, pois a aprendizagem é que provocará o 
desenvolvimento do aluno. 
 A representação simbólica, nesse caso, pressupõe uma inversão da direção da seta: A ← P, 
indicando que os conhecimentos e as informações partem do professor para o aluno. 
Modelos pedagógicos
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587
 O sujeito, ao nascer, nada tem em termos de conhecimento; é uma tábula rasa, uma folha 
em branco. O seu conhecimento (conteúdo) e a sua capacidade de conhecer (estrutura) vêm 
do meio físico ou social.
 Por que o professor age assim? Porque aprendeu que é assim que se ensina e porque 
acredita no mito da transmissão do conhecimento, não importando o nível de abstração ou 
de formalização  determinada de epistemologia.
Pedagogia diretiva
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587
 Algumas consequências: o aluno renuncia ao direito de pensar, ao autoritarismo do 
professor, o professor ensina e o aluno aprende, coação, repetição, nada novo.
Pedagogia diretiva
A P
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587
III. Pedagogia relacional: o processo pedagógico é construído conjuntamente pelo professor 
e pelo aluno. Cada um possui um papel específico, mas ambos influenciam-se 
mutuamente, em um movimento dinâmico e aberto ao novo. 
 Nesse caso, a representação simbólica, portanto, mostrará uma seta com uma dupla direção 
entre o professor e o aluno: A ↔ P.
Modelos pedagógicos
A P
 Professor e aluno determinam-se mutuamente. O aluno como o sujeito com uma história de 
conhecimento já percorrida. Uma criança que fala uma língua, respeitado o nível de 
formalização, pode aprender qualquer coisa.
 O professor, além de ensinar, passa a aprender. O aluno, além de aprender, passa a 
ensinar. Ambos são sujeitos.
Pedagogia relacional
S O
A P
 Pedagogia não diretiva é centrada no aluno.
 Pedagogia diretiva é centrada no professor.
 Pedagogia relacional é centrada na relação professor-aluno.
Síntese
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587
 Muitos procedimentos pedagógicos estão pautados em estudos realizados por psicólogos 
sobre a psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem do aluno.
Abordagens psicológicas
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587
Abordagens clássicas de intervenção no contexto escolar
Abordagem Autor de referência
Tradicional Georges Snyders
Comportamental Skinner
Humanista Carl Rogers
Psicanalítica Sigmund Freud
Abordagens atuais de intervenção no contexto escolar
Abordagem Autor de referência
Construtivista Jean Piaget
Sociointeracionista Vygotsky
Psicologia da 
pessoa completa
Henry Wallon
Inteligências múltiplas Howard Gardner
Inteligência emocional Daniel Goleman
Modelos epistemológicos e pedagógicos correspondentes
Abordagem psicológica Modelo epistemológico Modelo pedagógico
Tradicional Empirismo Diretivo
Comportamental Empirismo Diretivo
Humanista Inatismo Não diretivo
Psicanalítica Inatismo Não diretivo
Construtivista Interacionismo Relacional
Inteligências múltiplas Interacionismo Relacional
Inteligência emocional Interacionismo Relacional
Assinale a alternativa em que está representada a relação professor-aluno, segundo a 
pedagogia diretiva:
a) O professor aprende e o aluno ensina.
b) O professor escuta e o aluno fala.
c) O professor copia e o aluno dita.
d) O professor fala e o aluno escuta.
e) O professor aprende e o aluno fala.
Interatividade
Assinale a alternativa em que está representada a relação professor-aluno, segundo a 
pedagogia diretiva:
a) O professor aprende e o aluno ensina.
b) O professor escuta e o aluno fala.
c) O professor copia e o aluno dita.
d) O professor fala e o aluno escuta.
e) O professor aprende e o aluno fala.
Resposta
 “Quem sabe ensina, quem não sabe, escuta!”
 “Você vai ter que estudar muito para ser alguém na vida.”
Teorias tradicionais
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587
 Muitos procedimentos pedagógicos estão pautados em estudos realizados por psicólogos 
sobre a psicologia do desenvolvimento do ensino tradicional, que é considerado o ensino 
verdadeiro, pois conduz o aluno ao contato com a literatura, as artes, os raciocínios e as 
demonstrações, legitimadas pela cultura. 
 Os modos de se transmitir esses conhecimentos são considerados seguros, pois se baseiam 
em práticas repetidas por várias gerações.
Teorias tradicionais
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587
Johann Friedrich Herbart (1776-1841): 
 Formulou a Pedagogia como uma ciência organizada, abrangente e sistemática, com os fins 
claros e os meios definidos; 
 A Pedagogia mostra os fins da educação, e a Psicologia,
os caminhos, os meios e os empecilhos.
Teorias tradicionais
Fonte: 
https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Johann_friedrich_herbart_(2).jpg
 Para Herbart, a mente funciona com base em representações – que podem ser as imagens, 
as ideias ou qualquer outro tipo de manifestação psíquica isolada. 
 Negava a existência de faculdades inatas. 
 Objetivo: desenvolvimento da moral.
Teorias tradicionais
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587
 Cria as escolas de aplicação. O que são?
Os procedimentos da ação pedagógica:
 Governo;
 Instrução;
 Disciplina.
Teorias tradicionais
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587
 É a forma de controle da agitação da criança, inicialmente, exercido pelos pais e, depois, 
pelos mestres, com a finalidade de submeter a criança às regras do mundo adulto e viabilizar 
o início da instrução.Governo
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587
 É o principal procedimento da educação e pressupõe o desenvolvimento dos interesses. O 
interesse determina quais as ideias e experiências que receberão atenção por parte do 
indivíduo. Herbart não separa a instrução intelectual da instrução moral, pois, para ele, uma 
é condição da outra. Para que a educação seja bem-sucedida, é conveniente que seja 
estimulado o surgimento de múltiplos interesses.
Instrução
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587
 É a responsável por manter firme a vontade educada, no caminho e no propósito da virtude, 
supondo a autodeterminação, que é uma característica do amadurecimento moral, levando 
para a formação do caráter que está sendo proposto, ao contrário do governo, que é 
heterônomo e exterior, mais adequado ao trato com as crianças pequenas.
Disciplina
Fonte: https://www.maxpixel.net/Learn-World-Mathematics-Studio-Earth-Planet-Save-5636587
 Características gerais de sua pedagogia:
Herbart
Ainda que o seu pensamento esteja 
datado, muitas práticas se 
mantêm vivas:
 Etapas do ato de ensinar;
 Preparação;
 Demonstração do conteúdo;
 Associação;
 Generalização;
 Aplicação.
 Preparação: o mestre recorda o que a criança já sabe para que o aluno traga ao nível da 
consciência a massa de ideias necessárias para criar o interesse pelos novos conteúdos.
 Apresentação: a partir do concreto, o conhecimento novo é apresentado.
 Assimilação: o aluno é capaz de comparar o novo com o velho, distinguindo as semelhanças
e as diferenças.
 Generalização: além das experiências concretas, o aluno é capaz de abstrair, chegando aos 
conceitos gerais, sendo que esse passo deve predominar na adolescência.
 Aplicação: por meio de exercícios, o aluno evidencia que sabe 
usar e aplicar aquilo que aprendeu em novos exemplos e 
exercícios. É desse modo e, somente, desse modo, que a 
massa de ideias passa a ter um sentido vital, perdendo o 
aspecto de acumulação de informações inúteis para
o indivíduo.
Abordagem tradicional
 Há grande valorização dos modelos e do professor, como um elemento imprescindível na 
transmissão dos conteúdos. 
 O ensino está centrado no professor, considerado um homem pronto e acabado, sendo o 
aluno um adulto em miniatura, sujeito inacabado que precisa ser preparado em todos os 
níveis, não levando em consideração o seu interesse ou a sua vontade.
Abordagem tradicional
Fonte: Senado Federal. Disponível em: https://bit.ly/3rMdzXK.
 O ensino tradicional é o ensino verdadeiro: o contato com as grandes realizações da 
humanidade, os métodos mais seguros, os modelos, o professor imprescindível na 
transmissão dos conteúdos (centralidade do professor). 
 O adulto é o homem “acabado” e o aluno é o “adulto em miniatura”, que precisa ser 
atualizado.
 Volta-se para o que é externo ao aluno: grade, disciplinas, prova, professor, aluno como 
aquele que executa.
Georges Snyders (1917-2011)
 O ensino da Música x o ensino da Matemática.
 A questão que coloco é a seguinte: será que não poderemos encontrar as peças musicais 
intermediárias que possam levar o aluno, partindo do prazer que ele tem ouvindo as suas 
próprias músicas, pouco a pouco, a chegar ao prazer de ouvir os bons músicos?
Georges Snyders (1917-2011)
Fonte: Senado Federal. Disponível em: https://bit.ly/3rMdzXK.
 O ser humano conhece o mundo por meio de informações que lhe são oferecidas.
 Receptor passivo/tábula rasa empirismo. 
Georges Snyders (1917-2011)
Fonte: Senado Federal. Disponível em: https://bit.ly/3rMdzXK.
 Como se dá a aprendizagem?
Georges Snyders (1917-2011)
Memorização
Preocupação
com o passado
Reprodução
Transmissão de
conhecimentos
Produto
Aristocracia
do espírito
Ensino e aprendizagem:
 Fim em si mesmo;
 Atuação de um só dos polos;
 Cópia de modelos;
 Metodologia;
 Avaliação.
Georges Snyders (1917-2011)
Fonte: Senado Federal. Disponível em: https://bit.ly/3rMdzXK.
De acordo com George Snyders (1917-2011), defensor da abordagem tradicional, a relação 
professor-aluno é definida como sendo:
a) Dialógica, na qual o aluno e o professor interagem no processo de 
ensino-aprendizagem.
b) Vertical, sendo que um dos polos (o professor) detém o poder decisório quanto à 
metodologia, ao conteúdo, à avaliação e, até mesmo, aos meios coletivos de expressão.
c) Relacional, na qual o aluno é o centro de todo o processo e o professor é um
mero espectador.
d) Mediatizada no processo de ensino-aprendizagem em uma 
perspectiva humanizadora, de troca com o aluno.
e) Horizontal, onde o aluno e o professor estabelecem uma 
construção mútua de conhecimentos.
Interatividade
De acordo com George Snyders (1917-2011), defensor da abordagem tradicional, a relação 
professor-aluno é definida como sendo:
a) Dialógica, na qual o aluno e o professor interagem no processo de 
ensino-aprendizagem.
b) Vertical, sendo que um dos polos (o professor) detém o poder decisório quanto à 
metodologia, ao conteúdo, à avaliação e, até mesmo, aos meios coletivos de expressão.
c) Relacional, na qual o aluno é o centro de todo o processo e o professor é um
mero espectador.
d) Mediatizada no processo de ensino-aprendizagem em uma 
perspectiva humanizadora, de troca com o aluno.
e) Horizontal, onde o aluno e o professor estabelecem uma 
construção mútua de conhecimentos.
Resposta
 ALVES, R. Pinóquio às avessas. Campinas: Verus Editora, 2010.
 ALVES, R. A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir. 13. ed. São 
Paulo: Papirus, 2011.
 MASSINI-CAGLIARI, G. Resenha de NEWTON, Michael. 2002. Savage Girls and Wild Boys: 
A History of Feral Children. Delta, São Paulo, v. 19, n. 1, 2003.
 MIZUKAMI, M. da G. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 2013.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

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