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Fórum da semana 11 : IST's 1)Qual a diferença da profilaxia Pré e Pós exposição para o HIV? Cite exemplo de quando podem ser utilizadas. A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é um método preventivo que consiste no uso diário de um comprimido antirretroviral por pessoas que não vivem com o HIV, mas que estão expostas à infecção. A Profilaxia Pós-Exposição (PEP), por outro lado, é uma medida preventiva de urgência que atende indivíduos já expostos ao vírus por diferentes motivos. O tratamento é realizado por meio de dois medicamentos antirretrovirais diários ao longo de 28 dias, de modo a eliminar o HIV. PrEP O uso diário de uma combinação de dois medicamentos, o fumarato de tenofovir desproxila e a emtricitabina, por via oral, objetivando evitar a infecção pelo HIV. Faz-se necessário o acompanhamento clínico trimestral, avaliando-se comportamentos, testes para a detecção do HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e exames de função hepática e renal. A indicação no Brasil é preferencialmente para alguns segmentos populacionais mais vulneráveis ao HIV/Aids, como gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, profissionais do sexo, casais sorodiscordantes e indivíduos em constante uso de PEP. Além disso, para relações anais, são necessários cerca de 7 (sete) dias de uso de PrEP para alcançar a proteção e as relações vaginais, são necessários aproximadamente 20 (vinte) dias de uso. PEP A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é uma medida preventiva de urgência que atende pessoas expostas ao vírus da Aids por diversos motivos: relação sexual consentida (quando o preservativo rompe, escapa ou não é usado), exposição ocupacional e violência sexual, por exemplo. A profilaxia é oferecida na capital em diferentes estabelecimentos de saúde desde 2010. A eficácia depende que a pessoa exposta inicie o tratamento o mais rápido possível, de preferência em até 72 horas após o contato com o vírus. A profilaxia deve ser realizada por 28 dias e a pessoa tem que ser acompanhada pela equipe de saúde, inclusive após esse período realizando os exames necessários. Esquema PEP: - Tenofovir/Lamivudina + Atazanavir/Ritonavir, 1 comprimido de cada, 1 vez por dia. - Tenofovir/Emtricitabina + Raltegravir, 1 comprimido de cada, 1 vez por dia. - Tenofovir/Emtricitabina + Dolutegravir, 1 comprimido de cada, 1 vez por dia. - Tenofovir/Emtricitabina + Darunavir/Ritonavir, 1 comprimido de cada, 1 vez por dia. 2)HPV - Qual a maneira adequada de identificar os tipos e subtipos? Quais as diferenças no potencial oncogênico? Como realizar a prevenção desta doença? O papilomavirus humano (HPV) é um DNA vírus com forma icosaédrica, de 55 nm de diâmetro e composto por 8000 pares de base. O genoma apresenta forma circular, com dupla hélice de DNA e mais externamente está recoberto pelo capsídeo. Sabe-se que há cerca de 200 tipos de HPV descritos, sendo aproximadamente 40 habitantes da região anogenital. Metade dos casos apresenta potencial oncogênico, estes podem promover a transformação celular, desenvolvendo lesões precursoras ou mesmo o câncer. Quando existe menos de 50% de semelhança do genoma entre tipos virais, define-se como sendo um novo tipo de HPV. Os HPV são divididos em dois grupos de acordo com o potencial oncogênico: baixo risco, são os tipos 6, 11, 40, 42, 43, 54, 61, 70, 72, 81, CP6 108, os quais desenvolvem os condilomas e lesões de baixo grau. Os de alto risco são os tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73, 82. No Brasil, a vacinação representa a melhor forma de prevenção primária, o ideal seria que todos os indivíduos tivessem acesso a esta vacina antes do início sexual, onde ela seria efetiva em 100% contra os HPV contidos nas vacinas. E existem duas vacinas contra o HPV: a bivalente contra os HPV 16 e 18 e a quadrivalente contra os HPV 6, 11, 16 e 18. Outrossim, o exame preventivo contra o HPV, o Papanicolau é um exame ginecológico preventivo mais comum para identificar lesões precursoras do câncer do colo do útero. Além isso, o uso do preservativo (camisinha) masculino ou feminino nas relações sexuais é outra importante forma de prevenção do HPV. Contudo, seu uso, apesar de prevenir a maioria das IST, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois, frequentemente as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal). A camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual. No Brasil, a vacinação representa a melhor forma de prevenção primária, o ideal seria que todos os indivíduos tivessem acesso a esta vacina antes do início sexual, onde ela seria efetiva em 100% contra os HPV contidos nas vacinas. E existem duas vacinas contra o HPV: a bivalente contra os HPV 16 e 18 e a quadrivalente contra os HPV 6, 11, 16 e 18. Referências: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de Risco à Infecção pelo HIV / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. – Brasília : Ministério da Saúde, 2018. BRASIL, Prefeitura de São Paulo. Secretaria municipal de saúde. PrEP e PEP: o que são e para que servem. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/noticias/?p=331661. 2022. Acesso em: 16 abr. De 2023 Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, 2a. edição revisadawww1.inca.gov.br/inca/Arquivos/DDiretrizes_para_o_Rastreamento_do_cancer_do _col o_do_utero_2016_corrigido.pdf FEBRASGO. HPV. Disponível em https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/120-hpv. Acesso em: 16 de abr. de 2023. Matos, Matheus Costa Brandão et al. Knowledge of health students about prophylaxis pre and post exposure to HIV. Revista Gaúcha de Enfermagem [online]. 2021, v. 42 [Acessado 16 Abril 2023], e20190445. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1983-1447.2021.20190445>. Epub 21 Maio 2021. ISSN 1983-1447. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2021.20190445. LEDGER, William J.; WITKIN, Steven S. Infecções vulvovaginais . Rio de Janeiro: Thieme Brasil, 2017. E-book. ISBN 9788567661919. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788567661919/. Acesso em: 15 abr. 2023. https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/noticias/?p=331661 https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/120-hpv https://doi.org/10.1590/1983-1447.2021.20190445
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