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1°Bimestre 1
1°Bimestre
Origem e Evolução Histórica do Direito Empresarial 
Sociedades mais primitivas, onde teve a aproximação dessas comunidades por meio de escambo. 
Assim havia a designação de pessoas para a realização do escambo. 
Aqui temos a primeira figura do comerciante. 
Comparando com os dias atuais, o ato de escambo é ou pode ser considerado a primeira 
manifestação de um ato comercial. 
Aquele que ficava responsável pelo escambo em determinada comunidade pode ser equiparado 
ao comerciante dos tempos modernos, avançando mais na história tivemos a criação da moeda. 
📎 A história do direito empresarial se desenvolve em 3 fases. A primeira fase é a que 
chamamos de fase das Corporações de Ofício, a segunda é a fase dos Atos de 
Comércio e a terceira é a fase da Teoria da Empresa. 
1. Corporações de Ofício 
As corporações de ofício eram estruturas políticas capazes de promover interferências no 
funcionamento da sociedade (muito diferente de órgãos de classe como fomos acostumados a 
concebê-las.
📎 Não acolher as teorias que marcam o início do Direito Comercial para antes da Idade 
Média - o comércio se intensificou neste período e, portanto a criação de normas foi 
posterior a ele. 
Grécia, Iha de Ródia: não havia leis escritas, mas determinados costumes foram sendo fixados, 
assim se tornando em um direito consuetudinário, ou seja, baseados costumes. 
Costumes, não escritas, respeito de todos e do Estado. 
1°Bimestre 2
França: Rei Luiz XIV, ele deseja aumentar seu poder, muito inteligente decidiu não criar um 
exército pra confrontar o povo. Dessa forma, decidiu que as leis seriam emanadas pelo desejo 
dos comerciantes, assim o código comercial somente era uma documentação de tudo que eles já 
faziam, denominado assim Código de Sabarry.
As ordenanças francesas, também chamadas de Código Sabarry constituem como a primeira 
manifestação legislativa positiva. 
Características da Origem Direito Comercial:
Consuetudinário 
Corporativo 
Subjetivo 
Nesta primeira fase, do Direito Comercial, ele era voltado para pessoas que específicas, ou seja, 
apenas aquelas que fizessem parte, que fossem membro de uma corporação de ofício. 
Exercício de fixação: 
Na Grécia, Ilha de Ródia não havia leis escritas, dessa forma os comerciantes desenvolverem 
seus costumes, sendo assim fixados entre o povo. No decorrer, esses determinados costumes de 
uma dada sociedade se tornavam como uma lei sem que tenha passado por um determinado 
processo. A partir disso, surgiu o que se chama de direito consuetudinário, esse direito acontece 
no decorrer de práticas e crenças que acabam sendo aceitas como regras obrigatórias de conduta 
pelos povos. Posto isso, pode se definir direito consuetudinário como um direito criado a partir 
dos costumes, que não é escrito, mas respeitado por todos do Estado. 
Teoria dos Atos de Comércio (Francesa)
Note-se que o código comercial de Napoleão, de 1807, surgiu logo após a Revolução Francesa, 
acontecimento de maior importância do mundo moderno, que tinha os seus ideais: fraternidade, 
igualdade e liberdade; e era impossível a sociedade francesa conviver com a legislação dos 
comerciantes, tão egoísta.
A partir do Código Napoleônico de 1807, diversos países regem o Direito Comercial baseando-
se nos atos de comércio, que tinha como proposito disseminar a aplicação desse ramo do Direito 
(com base na igualdade) e enfraquecer as corporações de ofício, que neste momento da história 
eram mal vistas por serem representantes da classe burguesa. 
Então, Napoleão adotou uma nova teoria: O direito do consumidor será aquilo que entendemos 
como atos de comércio, ou seja, não é porque aquilo tem aparentemente uma imagem de 
1°Bimestre 3
comércio que haverá proteção. Se não houver riscos que necessitem de proteção, esse 
comerciante não será protegido. 
Criação de uma lista das atividades que seriam considerados atos mercantis, mas na teoria o 
problema se tornou insanável e foi o estopim para a criação de uma nova fase no Direito 
Comercial. 
Teoria da Empresa (Italiana)
A Teoria da Empresa advém da doutrina italiana e representa um marco na estrutura conceitual 
do empresário, desvinculando das tentativas objetivas da Teoria dos Atos do Comércio, esta de 
origem francesa, de dispor uma forma de se caracterizar o exercício da atividade empresarial por 
meio dos denominados “Atos de Mercancia”, o que se mostrava insuficiente devido à dificuldade 
prática de tal conceituação, terminando por instaurar uma forte insegurança jurídica.
Em vez disso, o sistema italiano cria-se uma espécie de regime geral para a regulação das 
atividades de natureza privada, não mais existindo a arcaica divisão entre matéria civil e 
comercial, salvo as especificidades de cada caso, como se dá com o processo de falência.
Sintetizando, deixa-se de importar com as atividades e atos praticados pelas partes na sua vida 
jurídica e econômica para a decisão do regramento ou mesmo da jurisdição para solução de 
controvérsias dos assuntos daí provenientes.
Frisou identificar características comuns a todas as atividades econômicas organizadas e 
atribuir uma designação neutra a essas pessoas. 
Profissionalismo
Organização para a produção/circulação de bens ou de serviços. 
Designação comum = Empresário 
(cair na prova) 
No que tange a unificação do direito privado, por ter uma origem comum o Direito Civil e o 
Direito Empresarial em muitas ocasiões foram confundidos como sendo o mesmo direito, mas na 
realidade esse posicionamento está incorreto, pois embora ambos sejam ramos do direito privado 
eles se ocupam de assuntos totalmente diversos. 
Ex. Direito Civil: Obrigações, Contratos, Família, etc. Ex. Direito Empresarial: Empresa — 
Empresário, desdobramentos relativos a esses dois elementos. 
1°Bimestre 4
Procurar noticias sobre o projeto do novo Código Comercial Brasileiro (tentativa de 
separação do Direito Privado). 
Direito Comercial x Direito Empresarial 
Fases da evolução do Direito Comercial 
1. Direito dos comerciantes
2. Teoria dos atos de comércio
3. Direito de empresa
1°Bimestre 5
Fontes do Direito Empresarial 
I) Fontes em estatais e não-estatais; II) Escritas e não escritas; III) Principais e subsidiárias; IV) 
Positivas e auxiliares; V) Diretas e indiretas etc.; VI) Materiais e formais.
1. Fontes Materiais 
A fonte material do Direito são os problemas sociais, posto que são eles que exigem uma 
atuação do Estado para fins de pacificação social. 
2. Fontes Formais
Fontes Primárias — As fontes formais primárias ou diretas são a Constituição Federal de 
1988 e a leis infraconstitucionais.
Vivendo o Brasil no primado da legalidade sob o direito positivo, o primeiro lugar em que se 
busca solução para os conflitos sociais é na lei escrita. 
Fontes Secundárias — As fontes formais secundárias ou indiretas são os usos e costumes, 
além nas normas de direito civil, principalmente as que tratam das obrigações e negócios 
jurídicos.
Embora a doutrina seja divergente, deve predominar o entendimento de que o juiz tem liberdade 
para aplicar a fonte secundária que ele entender como a mais apta a solucionar o problema 
concreto. Desta forma, não existe hierarquia entre a analogia, os costumes e os princípios gerais 
de Direito. 
Analogia 
Ponto de semelhança entre coisas diferentes;
Um raciocínio Jurídico pelo qual se aplica a norma em situações semelhantes.
A analogia pode ser a mens legis.
Usos e Costumes 
O costume sempre permeou o Direito Comercial
Os costumes sempre foram importantes para o Direito Comercial desde o seu nascimento e 
hoje ainda possuem tal relevância, ainda que diminuída.
Código de Sabarry pegou os costumes e transformou em lei, secundum legis.
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
1°Bimestre 6
“O costume contra legem confronta uma lei vigente, mas tal prática, mesmo ilegal, é aliada 
ao elemento psicológico de obrigatoriedade(exemplo de direito empresarial, cheque pós-
datado”. 
O costume contra legem confronta uma lei vigente, mas tal prática mesmo ilegal é aliada ao 
elemento psicológico de obrigatoriedade (Ex. Direito Empresarial: Cheque pós-datado) 
O Direito Empresarial valoriza tanto os costumes que admite que eles sejam assentados pelas 
juntas comerciais, isto quer dizer, documentos com a finalidade de criar provas documentais para 
eventuais litígios envolvendo empresários. 
Princípios Gerais do Direito
Não há crime sem lei anterior que o defina. 
 O que se alega em juízo deve ser provado;
 Quem causar dano terá que indenizar; 
Ninguém pode se beneficiar da própria torpeza;
 Pensamentos não podem ser punidos;
O juiz conhece o direito; 
Ninguém está obrigado ao impossível; 
 Presunção de boa-fé; 
 Respeito à dignidade da pessoa humana.
Função Social
A função social já será naturalmente atendida pela obediência à legislação, contudo o empresário 
poderá ir além e criar mais estratégias para beneficiar a coletividade na qual está inserido. 
Preservação da Empresa
O princípio da preservação da empresa reconhece nela uma fonte permanente e inesgotável de 
geração de riquezas que beneficia o empresário, mas também toda a sociedade. São vários 
exemplos na legislação na tentativa de preservar a empresa. 
Atividade
1°Bimestre 7
1. Quantas são e como podem ser definidas as fases pelas quais passou o direito 
empresarial?
Nessa fase inicial, o Direito Comercial era um direito consuetudinário e possuía um caráter 
extremamente corporativista, só se aplicando aos mercadores associados a Corporações de 
Ofício.
Nessa segunda fase, o Direito Comercial se consolida como um regime jurídico autônomo, 
destinado a disciplinar as atividades mercantis - atos de comércio - e aqueles que exercem 
atividade mercantil profissionalmente - comerciantes.
Na sua fase atual, o Direito Empresarial passa a ser um regime jurídico que disciplina toda e 
qualquer atividade econômica organizada, não se restringindo apenas aos atos de comércio. 
Assim, o Direito Empresarial é o regime jurídico de Direito Privado que disciplina a atividade 
econômica - empresa - e aqueles que exercem atividade econômica profissionalmente - 
empresários.
2. Qual a primeira manifestação legislativa positiva de direito comercial? 
3. Como pode ser explicada a teoria da empresa?
4. É correto afirmar que a alteração de direito comercial para direito empresarial se restringe 
apenas ao nome?
Conceito de Empresário 
Toda pessoa jurídica regular tem CNPJ mas nem todo número de CNPJ corresponde a uma 
pessoa jurídica
Pessoa Jurídica - nascem de um ato de formalidade ( registro )
📎 CC - Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades; (se for empresarial partirá para a junta comercial )
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos.
1°Bimestre 8
Pessoa Jurídica 
Do rol de pessoas jurídicas elencando no art. 44 apenas partes das sociedades importam para o 
direito empresarial. 
 A personificação jurídica atribui ao ente fictício quatro autonomias: 
Nominal 
Patrimonial 
Negocial 
Jurídica 
(vai cair na prova autonomias) 
Capital Social 
O capital social é composto por dinheiro, bens (móveis, imóveis, materiais e imateriais) e 
créditos, e servem como garantia aos credores da empresa que farão frente caso seja necessário 
aos primeiros investimentos e despesas, * contudo ele não pode ser gasto e caso seja deverá ser 
recomposto. 
 Não existe valor mínimo para o capital social 
O que fixa o valor é a atividade que será exercida. 
Tipos de Responsabilidade 
Se no momento de formalização da empresa foi escolhido um modelo em que os sócios tem 
responsabilidade ilimitada assim que esgotados os recursos da empresa automaticamente o 
patrimônio pessoal do sócio poderá ser alcançado para pagamento das dívidas da empresa. 
1. Responsabilidade Limitada 
Já nas empresas cujo os sócios tenham responsabilidade limitada uma vez esgotados os recursos 
da empresa os credores não poderão alcançar os sócios (essa é a regra que decorre da autonomia 
da PJ). 
Espécies de Empresário 
O legislador partiu de uma ideia de opção -> incentivo. 
Temos dois tipos/espécies de empresário no ordenamento jurídico brasileiro
Empresário Individual
1°Bimestre 9
1. Não é PJ
2. Tem Capital Social
3. Tem CNPJ (n° recolhimento)
4. Responsabilidade Ilimitada 
5. Não tem sócios 
6. Se registra na junta (pedido de inscrição) 
Sociedades 
1. Sociedades em nome coletivo 
2. Ltda 
3. S/A
4. Sociedade comandita simples 
5. Sociedade em comandita por ações 
Considerando que existem cerca de 10 milhões de MEI’s e que só existem dois tipos de 
empresário no ordenamento jurídico pátrio em qual desses modelos eles se encaixam? 
MEI 
não possuem sócio 
o tributo é fixo 
Renda Bruta é limitada, sendo até R$81.000,00, tendo assim uma tolerância a mais de 20%
Empresário individual 
Microempreendedor Individual (MEI)
O MEI não corresponde a uma figura puramente empresarial e nem a uma figura puramente 
tributária, pois ele mescla características de ambas. 
Empreendedor - pode ser atividade empresarial ou não empresarial art.966 
CC
Empresário: 
1°Bimestre 10
Profissionalismo 
Organização 
Prod. / Circulação de Bens ou Serviços 
📎 Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de 
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Atividades Civis 
As atividades civis são aquelas intelectuais, artísticas, científicas ou literárias, em que predomina 
a pessoalidade.
Elas não são empresárias, mas poderão vir a ser desde que a elas seja agregado o elemento de 
empresa. 
Por elemento de empresa, considera-se a predominância da organização sobre a pessoalidade. 
(*isso só vale para as atividades intelectuais, artísticas, científicas e literárias, pois por exclusão 
todas as demais que se almoedarem ao caput 966 serão empresárias). 
O conceito de empresário pode ser: 
Singular - que pode ser observado quanto a figura da empresa recai sobre uma única pessoa 
o empresário, o MEI e a sociedade limitada unipessoal.
Coletivo - quando estamos diante de sociedades compostas por duas ou mais pessoas. Neste 
caso, o empresário é a PJ e as pessoas que participam de sua composição não são 
empresários, mas sim sócios ou acionistas. 
Atividade Rural e Futebolística 
1°Bimestre 11
📎 Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, 
observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer 
inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em 
que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito 
a registro.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo à associação que 
desenvolva atividade futebolística em caráter habitual e profissional, caso em que, 
com a inscrição, será considerada empresária, para todos os efeitos
Apenas duas atividades podem optar se vão se registrar como empresário ou não, que são: 
Atividades Rurais
Atividades Futebolísticas 
Para todas as demais o registro deverá ser prévio e obrigatório. Nota-se que antes do registro 
serão atividades civis e depois empresariais. 
Art 967, CC - Registro ( Prévio | Obrigatório )
Art 971, CC - Rural | Futebolístico ( Podem )
 Cooperativas 
Cooperativa NUNCA será empresa. (Sociedade Simples)
📎 Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem 
por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); 
e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a 
sociedade porações; e, simples, a cooperativa.
Advocacia 
A atividade de advocacia nunca será empresarial, ainda que esteja presente o elemento de 
empresa. 
Requisitos legais para exercício da atividade empresário *
1°Bimestre 12
📎 Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, 
continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo 
autor de herança.
§ 1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das 
circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, 
podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou 
representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos 
por terceiros.
§ 2º Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao 
tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo 
tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.
§ 3º O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá 
registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, 
desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos:
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; 
II – o capital social deve ser totalmente integralizado; 
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve 
ser representado por seus representantes legais. 
A) É possível que uma mãe abra uma empresa individual em nome de sua filha de 3 anos e atue 
como sua representante ?
R.:Não é possível, pois não se enquadraria dentro dos quesitos necessários para se abrir uma 
empresa individual.
B) Um curador de um doente mental assim declarado por sentença pode abrir em nome 
deste uma empresa individual com grande potencial econômico ? e uma limitada unipessoal ?
R.: Em regra o curador que seja um familiar ou o curador que não seja um familiar podem 
executar essa ação, porém a lei tem preferencia pelos curadores que possuam um grau de 
parentesco com o indivíduo.
C) Um pai pode abrir uma sociedade com o filho de 7 anos representando as cotas deste ?
R.: Sim, o filho não pode administrar a empresa mas pode ser sócio do pai.
1°Bimestre 13
1. Efetivo Exercício da Empresa
📎 Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de 
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
➢ Conferir conceito de empresário.
2. Capacidade Civil
📎 Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo 
da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
3. Ausência de Impedimento Legal para o Exercício da Empresa
Art. 972, in fine, CC;
d) Registro
📎 Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas 
Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
Casamento e Empresa
📎 Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde 
que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da 
separação obrigatória.
Regimes de casamento: 
1°Bimestre 14
O Regime de Separação de Bens é aquele onde os bens do casal não se comunicam ao longo do 
casamento, tendo – cada um – seus próprios bens.
Na Comunhão Parcial de Bens, o patrimônio adquirido ao longo do casamento passa a ser do 
casal, devendo ser dividido na ocasião de um divórcio. 
Na Comunhão Universal de Bens, o patrimônio anterior ao casamento e aquele adquirido 
durante o casamento passa a ser dividido integralmente para o casal. 50%
Já na Participação Final nos Aquestos, o patrimônio não é compartilhado ao longo do 
casamento. Porém, no caso de uma dissolução da união, os bens que tenham sido adquiridos de 
forma onerosa (comprados ou trocados, por exemplo) pelo casal, serão divididos.
Eventualmente a depender do regime de bens pode ser necessária a outorga conjugal para 
integralização de capital social do sócio
📎 O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o 
regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-
los de ônus real.
ele é direcionado exclusivamente ao empresário individual
embora não tenha sido revogado não tem aplicabilidade posto que inconstitucional
📎 Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro 
Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, 
o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou 
inalienabilidade.
📎 Art. 980. A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e 
o ato de reconciliação não podem ser opostos a terceiros, antes de arquivados e 
averbados no Registro Público de Empresas Mercantis.
As relações particulares tais quais pactos antenupciais, divórcios e casamentos só passam a gerar 
efeitos perante terceiros após documentados na junta comercial ( um dos efeitos da junta é dar 
publicidade a todos os documentos ali registrados averbados ou arquivados )
1°Bimestre 15
Cartório de Registro Público de empresas mercantis = junta comercial
A outorga conjugal é um gênero que tem duas espécies, outorga uxória ou outorga marital
A maioria dos impedimentos relacionadas aos agentes públicos vedam a realização de empresa 
individual ou de administração das sociedades ou seja, geralmente não há impedimento de que 
eles sejam sócios ou acionistas
Atividade: 
Advogado tem impedimento para empresariar? Ele pode abrir uma empresa de assessoria 
jurídica?
R: De acordo com a legislação brasileira, um advogado pode abrir uma empresa de assessoria 
jurídica, desde que essa empresa não exerça atividades privativas da advocacia, tais como a 
representação de clientes em juízo e a elaboração de peças processuais. 
Ou seja, um advogado não pode utilizar a sua empresa de assessoria jurídica para realizar 
atividades que sejam próprias da advocacia, sob pena de caracterizar o exercício ilegal da 
profissão. Além disso, é importante destacar que o advogado não pode se valer da sua profissão 
para obter vantagens indevidas em detrimento dos interesses dos seus clientes ou da ética 
profissional.
Em resumo, um advogado pode sim abrir uma empresa de assessoria jurídica, desde que essa 
empresa não exerça atividades privativas da advocacia e que o advogado atue com ética e 
respeito às normas que regem a sua profissão.
A atividade de advogado não pode ser registrada na junta nem no cartório de pessoas jurídicas, 
pois nós termos do Estatuto da OAB toda a sua documentação deve ser realizada perante s 
Seccional da OAB (OAB Estadual) é ela que dota de personalidade jurídica as sociedades de 
advogados, inclusive a sociedade individual de advogado. 
Registro 
at 967 
o registro na junta de personalidade jurídica os modelos empresariais que tem autorização 
legal para possuírem tão característica (inclusive a sociedade limitada unipessoal). 
A personalidade jurídica decorre da formalização. 
O inciso do art. 1033 tem sido relativizado pelos tribunais (quando isso for possível) com 
fundamento nos princípios da livre iniciativa e da preservação da empresa.

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