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30/01/2023 1 Técnicas de Aplicação de Injetáveis Prof. Me. Cauê santos Lima INSTAGRAM @farmaciaungoficial @farmaung.ita FARMACOCINÉTICA ABSORÇÃO DISTRIBUIÇÃO BIOTRANSFORMAÇÃO EXCREÇÃO VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 1 2 3 4 30/01/2023 2 LEGISLAÇÃO •De acordo com as normas sanitárias vigentes, aplicação de medicamentos injetáveis é um serviço farmacêutico que pode ser realizado em farmácias desde que estas estejam devidamente licenciadas para tal atividade. É o que preconiza a RDC nº 44/2009 da Anvisa e a Lei Estadual nº 15.346/2019. Nesse caso, a farmácia deve possuir AFE descrevendo a autorização para prestação de serviços farmacêuticos e deve ter licença sanitária para tais serviços. •A Lei Federal nº 5.991/1973 determina que a aplicação de medicamentos injetáveis em farmácia deve ser realizada por técnico habilitado, não definindo a formação. •E a RDC nº 44/2009 estabelece que a prestação de serviço farmacêutico deve ser realizada por profissional devidamente capacitado, respeitando-se as determinações estabelecidas pelos Conselhos Federal e Regional de Farmácia. LEGISLAÇÃO •A Resolução CFF nº 499/2008, e alterações, que dispõe sobre a prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias, define que as aplicações de medicamentos injetáveis só poderão ser realizadas: •Pelo farmacêutico ou por profissional habilitado, com autorização expressa do farmacêutico responsável técnico; •Na presença e/ou supervisão do farmacêutico. •Entende-se que são capacitados para administração de medicamentos na farmácia, no contexto apresentado: • Se a administração de medicamentos for realizada durante a consulta farmacêutica: somente o farmacêutico que está realizando a consulta pode realizá-la; • Se a administração de medicamentos for fora da consulta farmacêutica: outro profissional habilitado e autorizado pelo Farmacêutico Responsável Técnico poderá realizar, desde que possua formação compatível e na presença do farmacêutico. • Ao realizar a autorização ao profissional o farmacêutico deve considerar: • que farmácia é um estabelecimento que presta serviços de saúde; • o risco sanitário que a administração de medicamentos pode causar (reação adversa grave, como reação de hipersensibilidade imediata e anafilaxia, podendo necessitar atendimento imediato para preservação da vida); • o conhecimento, as habilidades e competências do profissional; • o risco sanitário da aplicação de medicamentos injetáveis. LEGISLAÇÃO Normas e Resoluções para Aplicação de Injetáveis em farmácias • Em 1973 foi publicada a Lei nª 5.991, que permite a aplicação de injetáveis em farmácias do Brasil. Porém, os estabelecimentos que oferecem esse serviço precisam atender a inúmeros critérios presentes nas Resoluções do Conselho Federal de Farmácia e Resoluções da Diretoria Colegiada da ANVISA, as RDC’s, como: • 499/2008 CFF • 654/2018 CFF • 585/2013 CFF • 574/2013 CFF • RDC 197/2017 ANVISA • RDC 44/2009 ANVISA 5 6 7 8 30/01/2023 3 Micro-organismos Residentes • Bactérias • Fungos Métodos Atimicrobiano • Descontaminação: eliminação parcial ou total de microrganismos de materiais ou superfícies inanimadas. • Limpeza: remoção mecânica e/ou química de sujidades em geral, (oleosidade, umidade, matéria orgânica, poeira, entre outros) de determinado local. Métodos Atimicrobiano • Desinfecção: eliminação de microrganismos, exceto esporulados, de materiais ou artigos inanimados, através de processo físico ou químico, com auxílio de desinfetantes. • Degermação: é o ato de redução ou remoção parcial dos microrganismos da pele, ou outros tecidos por métodos quimio-mecânicos. É o que se faz quando se faz a higienização das mãos usando água, sabão e escova (manilúvio). • Esterilização: destruição de todos os microrganismos, inclusive esporulados, através de processo químico ou físico. Antissepsia para aplicação Antissepsia • Umedecer o algodão no momento da coleta • Álcool etílico 70% • Iodeto de povidona 1 a 10% • Sem álcool: clorexidina, sabão neutro • Antissepsia de dentro para fora ou de baixo para cima • Esperar a secagem 9 10 11 12 30/01/2023 4 Riscos Falta de Antissepsia Infecções sistêmicas e/ou sepse VIAS PARENTERAIS Tipos de Aplicação e Angulações • Endovenosa • Intramuscular • Subcutânea • Intradérmica AGULHAS 13 14 15 16 30/01/2023 5 AGULHAS AGULHA AGULHAS Medidas das Agulhas SERINGAS Tipos de seringa • 1ml: administração intradérmica ou subcutânea; • 3ml: via intramuscular ou endovenosa; • 5ml: via intramuscular e endovenosa; • 10ml: via endovenosa; • 20ml: via endovenosa e alimentação enteral. 17 18 19 20 30/01/2023 6 SERINGAS AMPOLAS Necessidade de Trocas de Agulhas Agulha 25x70 INTRAMUSCULAR DEFINIÇÃO É a introdução de medicamentos no tecido muscular • A medicação administrada por via IM é depositada profundamente no tecido muscular, o qual é ricamente irrigado pelo sangue • O medicamento movimenta-se rapidamente para dentro da circulação sistêmica. • Permite o aporte de um volume grande de medicamento INTRAMUSCULAR INDICAÇÕES • Quando o medicamento é muito irritante para ser administrado por outra via; • Volume superior a 1ml e inferior a 4 ml 21 22 23 24 30/01/2023 7 INTRAMUSCULAR VANTAGENS -absorção rápida, mais segura que a intravenosa alguns fármacos fazem depósito no músculo promovendo terapêuticas prolongadas (ex. Penicilina: 3 a 4 semanas) DESVANTAGENS – possibilidade de lesão de nervos, tecidos ou vasos sanguíneos, dor, desconforto, dano celular, hematoma, abscessos e reações alérgicas absorver o Distância em relação a vasos e nervos importantes; Musculatura suficientemente desenvolvida para medicamento; INTRAMUSCULAR ATENÇÕES COM ESSA VIA A dose usual é de 3ml ou menos, mas podem ser administrados até 5ml em um músculo de grande porte As crianças, as pessoas idosas e as magras podem tolerar menos de 2ml INTRAMUSCULAR INTRAMUSCULAR •Técnica em Z: O método em Z (Z-track) cria um ziguezague através dos tecidos, o que veda o trajeto da agulha, para evitar o retorno da medicação Evita irritação subcutânea e manchas pelo gotejamento de soluções no trajeto da agulha , esticar a pele , o tecido subcutânea e o músculo antes de introduzir a agulha após a introdução da solução , soltar os tecidos enquanto retira a agulha. 25 26 27 28 30/01/2023 8 INTRAMUSCULAR DELTÓIDE •Suporta volume pequeno até 1,0mL • Não deve ser utilizado para crianças até 12 anos. • Próximo ao nervo radial e artéria braquial • Evitar o membro pós mastectomia ou fístula arteriovenosa • Traçar uma linha aproximadamente 5cm (3 dedos) abaixo do acrômio • Traçar duas linhas em diagonal que se encontram na inserção inferior do deltóide • Aplicar no centro do triângulo INTRAMUSCULAR DORSOGLÚTEO •Suporta grande volume até 5,0 mL • Não deve ser utilizado para crianças até 12 anos. •Contraindicado a Idosos com pouca musculatura • Glúteo Máximo • Traçar uma linha imaginária em diagonal, que sai da espinha ilíaca postero superior e vai até o trocânter do fêmur • Distender a pele com o polegar e indicador e pinçar o músculo • Aplicar acima da linha traçada (2,5 cm), no ponto médio da mesma INTRAMUSCULAR DORSO GLÚTEO INTRAMUSCULAR DORSOGLÚTEO •Suporta grande volume até 4,0 mL • Não deve ser utilizado para crianças até 12 anos. •Contraindicado a Idosos com pouca musculatura Quadrante superior lateral 29 30 31 32 30/01/2023 9 INTRAMUSCULAR VENTRO-GLÚTEO •Suporta grande volume até 4,0 mL • Não há restrião de faixa etária •Área menos dolorosa • Colocar o dedo médio sobre a crista ilíaca • Deixar a palma da mão cair naturalmente sobre o trocanter • Afastar o dedo indicador apontando-o para a espinha ilíaca ântero superior • Aplicar no triângulo formado pelos dedos médio e indicador Posicionar o paciente: Decúbito lateral e Decúbito central Lado direito do paciente, utilizar a mão esquerda e vice-versa Introduzir a agulhalevemente voltada para a crista ilíaca INTRAMUSCULAR VENTRO-GLÚTEO •Suporta grande volume até 4,0 mL • Não há restrião de faixa etária •Área menos dolorosa INTRAMUSCULAR VENTRO-GLÚTEO INTRAMUSCULAR VASTO LATERAL •Suporta grande volume até 4,0 mL • Posicionar o paciente: Decúbito lateral e Decúbito central Lado direito do paciente, utilizar a mão esquerda e vice-versa Introduzir a agulha levemente voltada para a crista ilíaca 33 34 35 36 30/01/2023 10 INTRAMUSCULAR VASTO LATERAL •Músculo vasto lateral da coxa; •Aplicar no centro do terço médio •Suporta grande volume até 4,0 mL • Não há restrição de faixa etária •Área mais dolorosa •Muito utilizada para medicamentos em lactentes crianças e adultos Dividir a distância em três partes iguais; Aplicar no centro do terço médio Agulha com ângulo de 45 graus ao eixo longitudinal da coxa e em direção podálica. Risco de lesão neural Grandes vasos e nervos Área para bebês, crianças e pessoas magras e debilitas INTRAMUSCULAR VASTO LATERAL COMPLICAÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO IM Abscessos Necrose Lesões dos nervos Dor prolongada Periostite (inflamação da membrana que cobre o osso) Embolia COMPLICAÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO IM Complicações pós-aplicação de dezoitoinjeções deDiclofenaco de Sódio Paniculite (doença inflamatória que se caracteriza pela formação de nódulos dolorosos no tecido subcutâneo) por inoculação de medicamento 37 38 39 40 30/01/2023 11 BOLHA NA SERINGA COMPLICAÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO IM Embolia Massa intravascular sólida, líquida ou gasosa que se destaca e chega até uma região distante do seu ponto de origem Embolia Gasosa: Pode acontecer com injeção de ar e nas contrações uterinas durante o parto e nas perfurações torácicas ADMINISTRAÇÃO SUBCUTANEA A injeção subcutânea é aplicada no tecido adiposo, logo abaixo da derme. Ela é utilizada para a administração de medicamentos e vacinas que não causam irritação nos tecidos do corpo e precisam de uma absorção lenta e gradual. ADMINISTRAÇÃO SUBCUTÂNEA Agulhas Indicação Ângulo da Inserção da Agulha 6 mm Todas as pessoas 90° para adultos 45° para crianças e adolescentes 8 mm Risco de aplicação IM em crianças e adolescentes 90° ou 45° adultos 45° crianças e dolescentes 12, 12, 7 e 13 mm Risco de aplicação IM em todas as pessoas 45° 26G 1/2 (13mm x 0,45mm) AGULHAS 41 42 43 44 30/01/2023 12 ADMINISTRAÇÃO SUBCUTÂNEA SERINGAS PREGA SUBCUTÂNEA ADMINISTRAÇÃO SUBCUTÂNEA PREGA MUSCULAR ADMINISTRAÇÃO SUBCUTÂNEA Princípios de administração de medicamentosMaterial e procedimentos • Identificar o paciente e explicar o procedimento; • Lavar as mãos; • Reunir o material; • Aspirar a dose prescrita do medicamento a ser administrado; Calçar as luvas de procedimento; • Fazer a antissepsia da pele com álcool de 70% em movimento • circular de dentro para fora do sitio da injeção; • Aplicar o álcool a 70% por 30 segundos e deixar secar completamente; • Com a mão não dominante, segure a pele realizando o pinçamento do músculo (o pinçamento facilita o procedimento e minimiza a dor); • Com a mão dominante, introduzir a agulha em movimento único e rápido, com um ângulo adequado à região de aplicação; • Aspirar para verificar se há retorno venoso, antes da administração do medicamento; • Injetar o medicamento lentamente, 1 ml a cada dez segundos; • Esperar 10 segundos antes de retirar a agulha; Realizar leve compressão local sem massagear; • Descartar seringa e agulha em recipiente rígido, sem reencapar a agulha; 45 46 47 48 30/01/2023 13 Princípios de administração de medicamentos Como evitar erros? • Sempre faça três verificações; Sempre pratique os seis certos; • Ao calcular dose, confira com outro enfermeiro seu raciocínio; • Injetáveis: mantenha a técnica estéril e precauções- padrão; • Sempre palpe os pontos anatômicos e a massa muscular para assegurar a localização correta. 49 50
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