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Terapia Cognitiva no Ambiente Hospitalar - Abordagem a Pacientes Oncológicos e Terminais Aplicações da Terapia Cognitivo-Comportamental em pacientes oncológicos: Uma Revisão Integrativa Câncer Termo genérico para um grupo muito grande de doenças que podem afetar qualquer parte do corpo. ➔ Características: Crescimento de células anormais, de modo difuso, que vão além dos seus limites, com possibilidade de ser espalhadas em outras regiões corporais (metástase). ➔ Epidemiologia: Essa doença tem apresentado altas taxas de prevalência, em ambos os sexos, assim como em todas as faixas etárias, representando uma das principais causas de mortalidade. ➔ Causas: As causas do câncer são multifatoriais, e pode ser decorrente de fatores tanto internos quanto externos. FATORES INTERNOS Presentes no organismo - A partir da formação do câncer ocorrem danos no Ácido Desoxirribonucleico (DNA) celular. FATORES EXTERNOS Presentes no meio ambiente – como radiação, exposição a produtos químicos, tabaco, alimentos e outros componentes – podem contribuir para o surgimento e a evolução da doença – 80% dos casos. OBS: OS TERMOS UTILIZADOS PARA DENOMINAR ESSAS ALTERAÇÕES MAIS PRECOCES ATÉ A FORMAÇÃO DA DOENÇA SÃO ONCOGÊNESE OU CARCINOGÊNESE. ➔ Existe uma influência significativa dos aspectos psicológicos, comportamentais e sociais na evolução e na remissão do câncer. ➔ Sinais físicos – Mudança da imagem corporal e medo das mutilações – Provoca diversas reações emocionais no paciente oncológico. ➔ Sinais psicológicos – Perda da autonomia, ameaça a expectativa de vida e os planos futuros. ➔ Reações emocionais identificadas – Angústia, ansiedade, alívio, esperança, desesperança, desamparo, apreensão, medo e diversos sentimentos e emoções, podem surgir no percurso do enfrentamento do câncer. Dor, exames invasivos, alterações na imagem corporal, mudanças de papel social, isolamento e dependência de cuidadores, além das incertezas associadas ao tratamento, aumentam a vulnerabilidade de pacientes e familiares para transtornos mentais. Diante disso, faz-se necessário o uso de intervenções psicológicas para auxiliar os pacientes a lidar e manejar suas emoções e sentimentos de uma forma mais funcional, com orientações, esclarecimentos, escuta psicológica e suporte psicológico, além de outros recursos para o enfrentamento da doença. Técnicas cognitivas e comp�tamentais (TCC) podem ser utilizadas, visando à melh� qualidade de vida, visão de si mesmo, da doença e do futuro TCC É um modelo de tratamento terapêutico estruturado e de curta duração criado por Aaron Beck por volta da década de 1960. ➔ Ela parte da perspectiva de que o pensamento influencia o sentimento, que, por sua vez, influencia os comportamentos. ★ Ademais, a modificação destes pensamentos, denominados disfuncionais, pode possibilitar a consequente modificação do comportamento do cliente, utilizando tanto técnicas cognitivas quanto comportamentais. ➔ Esta abordagem baseia-se na aliança terapêutica sólida, na formulação em desenvolvimento constante dos problemas dos pacientes e no avanço individual de cada um deles. ★ Enfatiza, ainda, a colaboração e a participação ativa do paciente, bem como a valorização do presente, e objetiva ensiná-lo a ser seu próprio terapeuta. ➔ A TCC, no tratamento de pacientes oncológicos, demonstrou resultados favoráveis, tanto individualmente quanto em grupos. ★ Identificou-se que essa abordagem auxiliou no manejo para a gestão do stress, na melhora em relação ao enfrentamento da doença e na percepção de apoio social. ★ Outros efeitos importantes percebidos incluem no tratamento da insônia, manejo dos efeitos adversos/sequelas do tratamento, manejo da dor, transtornos sexuais, sobrepeso/obesidade, tratamento de comorbidades psiquiátricas como ansiedade e depressão, queixas psicossociais e outras problemáticas. Tratamentos: Reestruturação cognitiva, o enfrentamento e as técnicas de relaxamento. TCC na Psicologia Hospitalar: Principais Conceitos O que gera o sofrimento humano não é necessariamente aquilo que nos acontece (o evento em si), mas sim a percepção ou a interpretação dos eventos. Não é a descoberta do câncer que necessariamente gera um sofrimento emocional na pessoa, mas sim como elas interpretam esse evento. ➔ A interpretação acerca da situação (funcionamento cognitivo) irá influenciar diretamente em como a pessoa vai encarar o processo de adoecimento, bem como o seu tratamento. ★ Encarar de uma maneira mais sofrida, visando somente os aspectos negativos da situação. ★ Encarar de uma maneira mais adaptativa, focando que é uma chance de mudar hábitos (oportunidade de mudança) e aderindo ao tratamento commais otimismo. Quando conseguimos compr�nder um pouco mais a respeito do funcionamento cognitivo do paciente, começamos a planejar o tratamento mais adequado de ac�do com as suas necessidades. OBS: ESSAS DIFERENÇAS DE INTERPRETAÇÕES PARTEM DAS NOSSAS CRENÇAS CENTRAIS (DE NÓS MESMOS, DOS OUTROS E DO MUNDO). ● Essas crenças vão se construindo desde as nossas primeiras experiências do mundo, na infância. Essas experiências, positivas e negativas, influenciam diretamente na nossa percepção das coisas. ● Em situações de estresse elas são ativadas, fazendo com o que a nossa percepção seja diferente de outras pessoas. ● As respostas comportamentais podem ser culturais e particulares de cada indivíduo. ● PERCEPÇÃO DE MUNDO: ESQUEMAS MENTAIS + CRENÇAS CENTRAIS. Ao se hospitalizarem, as pessoas manifestam diversas reações emocionais. ● Respostas mais comuns: Medo, tristeza e ansiedade. OBS: ESSAS CRENÇAS SÃO CRIADAS A PARTIR DE EXPERIÊNCIAS QUE ADQUIRIMOS AO LONGO DA VIDA. LOGO, EXPERIÊNCIAS NEGATIVAS ACERCA DA HOSPITALIZAÇÃO IRÁ DEIXAR O PACIENTE ANGUSTIADO E COM MEDO DESSA SITUAÇÃO. OBS: A FORMA COMO NOS SENTIMOS E AGIMOS INFLUENCIA EM COMO AS PESSOAS AO NOSSO REDOR IRÃO SE COMPORTAR TAMBÉM. Distorções Cognitivas SITUAÇÃO DISTORÇÃO “Tudo neste tratamento vai dar errado!” Catastrofização/ polarização: Tudo sempre dá errado em qualquer lugar. Paciente com indicação para realizar uma ressonância magnética: “Eu vou ficar tão nervosa que não serei capaz Desqualificação de entrar naquela máquina” Paciente antes de cirurgia: “O médico me falou que tenho 10% de chances de não ficar curada” Abstração seletiva “Tudo dá errado sempre” Polarização: Dois extremos; 8 ou 80. “Tudo de ruim só acontece COMIGO”. Personalização: Ideia de que tudo que acontece só acontece com a paciente e não com as outras pessoas. Intervenções SITUAÇÃO INTERVENÇÕES “Então tu estás me dizendo que as coisas sempre dão errado contigo, é isso?” Reflexão: Ele apenas traduz ou devolve o que a paciente está dizendo. Mostra que está atento ao que a paciente diz. “Poderiam acontecer com outras pessoas também?” “Dito isso, de que poderia acontecer com outras pessoas, o que te faz pensar que isso estava acontecendo de propósito?” Questionamento socrático: Faz a paciente pensar sobre outras possibilidades daquilo que ela está pensando. “Deve ser difícil quando as coisas não dão certo pra ti” Resposta empática: Percebe como a paciente se sente e devolve com o tom mais emocional. “Estou querendo dizer que talvez se as pessoas que convivam contigo fiquem nervosas por saber que tu podes ser agressiva possam se afastar ou acabar cometendo erros, por medo, insegurança, ou algum outro motivo. E isso poderia levar tu a pensar que elas não são competentes contigo” Reestruturação cognitiva: Fazer a paciente perceber os pensamentos disfuncionais que geram sofrimento. Oferece uma outra interpretação da situação. Confirma a crença central. “Eu nunca tinha pensado nessas possibilidades” Flexibilização: A paciente nunca tinha pensado sobre essas possibilidades e passa a pensar. OBS: INTERVENÇÕES NO HOSPITAL SÃO CURTAS, BREVES E PONTUAIS. NORMALMENTE EM PACIENTES ONCOLÓGICOS OS PACIENTES TÊM MAIS TEMPO PARA AS SESSÕES, PODENDO APROFUNDAR MAIS. Psico-Oncologia O que é o Câncer? Conjunto de mais de 100 DOENÇAS que têm emcomum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e/ou órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. ★ Quando se fala em Câncer, se fala nessa capacidade de uma célula invadir outras. ★ Doença Multifatorial. EXEMPLO: Câncer Primário – Câncer de mama ESPALHOU-SE PARA OUTRAS REGIÕES (ex: OSSOS) – Câncer de mama com metástases ósseas. ALERTA: A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que, no ano 2030, podem-se esperar 27 milhões de casos incidentes de câncer, 17 milhões de mortes por câncer e 75 milhões de pessoas vivas, anualmente, com câncer. O maior efeito desse aumento vai incidir em países de baixa e média rendas. O que é a Psico-Oncologia? Entender o fenômeno do câncer através de um olhar psicológico, tentando identificar as causas e fatores que possam aliviar o sofrimento desses pacientes. ➔ Papel do Psicólogo – Identificar os períodos de vulnerabilidade desses pacientes. ★ Diagnóstico – Podem ocorrer nos primeiros momentos do recebimento da notícia. 1. Forma que encara essa nova situação causa vulnerabilidade. 2. Pode desenvolver transtorno de estresse pós-traumático. 3. Primeiro acolhimento, escuta e esboçar um tratamento. ★ Cirurgia – Nem todos os pacientes passam. Momento de vulnerabilidade. 1. Momento crítico de oscilações no humor. ★ Espera dos Resultados – Momento de angústia para grande parte dos pacientes. Não sabem se os exames vêm bons ou ruins. 1. Suporte necessário para passar e enfrentar isso. ★ Recorrência – O câncer volta. O paciente precisa passar por um novo tratamento. 1. Não tem como saber o que vai acontecer. 2. Momento de angústia para o paciente e para a sua família. 3. A doença pode voltar mais agressiva e as chances de tratamento acabam diminuindo. 4. CADA CASO É UM CASO. 5. Suporte emocional e acolhimento. ★ Cuidados Paliativos – Todos os cuidados para os tratamentos que não tem cura. 1. Cuidar dessa pessoa, mas não visar curá-la. 2. Pode evoluir para a TERMINALIDADE. Momento crítico. 3. Acompanhar os pacientes e a família para intervir nesses quadros. OBS: AS EMOÇÕES PODEM NOS DEIXAR MAIS SUSCETÍVEIS E VULNERÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO DE DIVERSAS DOENÇAS, ENTRE ELAS O CÂNCER. PORÉM, AS EMOÇÕES NÃO ESTÃO DIRETAMENTE RELACIONADAS COM O DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER. Avaliação dos Pacientes Oncológicos e o Modelo Cognitivo 1. Avaliação dos Pacientes ➔ Visão do paciente sobre o adoecimento: Que tipo de visão ou percepção eles têm sobre ficar doente – Punição/sacrifício. ➔ Crenças religiosas/espirituais: Atribuir significado espiritual para o que está acontecendo. ➔ Rede de apoio social: Rede de suporte para quando as coisas ficarem críticas. Tem influência direta no tratamento. ➔ Estratégias de enfrentamento: Analisar o histórico de vida do paciente/situações estressoras e ver como ele reagiu a elas. Auxiliar em técnicas de resolução de problemas para aqueles que enfrentam de maneira negativa. ● Qual a situação mais estressora que você passou? ● O que você fez para lidar com essa situação? ➔ Comorbidades psiquiátricas: Analisar os transtornos psiquiátricos que o paciente pode ter. interfere diretamente no decorrer do tratamento. O PACIENTE É UM SER ➔ Ser Biológico: Efeitos da quimioterapia/radioterapia. ● Perda dos cabelos; náuseas; vômitos; problemas gastrointestinais. ➔ Ser Psicológico: Esses efeitos podem provocar mudanças emocionais significativas. ● Tristeza, ansiedade, medo e raiva. ➔ Ser Social: Paciente envolvido dentro de um sistema que envolve, trabalho, família, relacionamentos íntimos. Essa dimensão é afetada com o câncer. ● Relações podem ser quebradas, além do afastamento/aproximação de pessoas. ➔ Ser Espiritual: “Deus me abandonou”; “Essa doença é o meu castigo”. Leitura religiosa do paciente. A FAMÍLIA ➔ Mudanças no papel que cada elemento passou a exercer nos núcleos familiares. ➔ Nosso suporte social primário. ➔ Não é só o paciente que costuma sofrer com o tratamento. A família acaba adoecendo junto, enfrentando um sofrimento emocional intenso com a possibilidade de perda do ente querido. ➔ Quando possuem um membro do seu núcleo hospitalizado, a família passa por momentos de incerteza, inseguranças e medos do futuro. ➔ Temem pela saúde do ente querido e pelas perspectivas de tratamento que envolvem o seu estado de saúde. O PSICÓLOGO ➔ Trabalha baseado na tríade: Paciente – Família – Equipe de saúde. ➔ Vai ser uma ponte de intermédio entre eles. O TRATAMENTO ➔ Durante o tratamento oncológico, algumas variáveis psicológicas são importantes de serem avaliadas por terem impactos no tratamento dos pacientes: ★ Sintomas de ansiedade; ❖ Pacientes que possuem crises do pânico durante o tratamento; ❖ TOC e FOBIAS: Foram destacados por atrapalharem no tratamento. ★ Sintomas de depressão: Complicação significativa que exige uma avaliação individualizada e tratamento; ★ Nível de estresse; ★ Aspectos cognitivos; ★ Qualidade de vida. ➔ Outros aspectos importantes de serem avaliados: ★ Mau controle da dor ou outros sintomas; ★ Doença avançada: Que nível essa doença estava no seu diagnóstico; ★ Histórico de transtornos psiquiátricos; ★ Pior condição socioeconômica; ★ Rede de apoio frágil; ★ Comunicação pobre com a equipe; ★ Fatores de risco. Disfunções Sexuais 1. Problemas sexuais: Perda na libido, mudanças na atividade sexual, diminuição da satisfação e dos orgasmos. 2. Disfunção sexual: Secura vaginal, sangramento, vaginismo e ejaculação precoce. BARREIRAS ➔ Preocupações sobre sexualidade de pacientes com câncer não estão sendo tratadas de forma adequada; ➔ Profissionais da saúde acham a sexualidade um tema difícil de discutir com os pacientes; ➔ Profissionais da saúde relatam a falta de conhecimento e habilidades nesta área; ➔ Falta de tempo; ➔ Falta de um espaço privado para conversar com pacientes; ➔ Medo se intrometer em assuntos pessoais; ➔ Vergonha (idade, sexo, diferenças comportamentais e culturais). Imagem Corporal 1. Pode ser causada: ➔ Fatores individuais; ➔ Fatores sociais; ➔ Fatores ambientais. Devido a isso, ocorre sérias consequências na vida desses pacientes, trazendo impactos sociais, psicológicos, sexuais e na qualidade de vida deles. Prejuízos Cognitivos Estudos longitudinais indicam que o funcionamento cognitivo tende a diminuir durante o tratamento, principalmente em relação à memória e atenção. ➔ É necessário avaliar esse componente para adequar as intervenções terapêuticas. ➔ A função cognitiva apresentou-se reduzida em diversos domínios, incluindo memória verbal, memória de trabalho, atenção, concentração e velocidade processual. Principais Instrumentos ★ Escalas HADS (Hospital Anxiety and Depression Scale); ★ Escala Beck de Ansiedade (BAI); ★ Escala de Impacto de Evento Revisada (IES-R); ★ Escala Beck de Depressão (BDI-II); ★ Escala Hamilton; ★ Termômetro de Distresse; ★ Escala FACT – Adequadas para avaliar as funções cognitivas; ★ Diagrama de conceitualização cognitiva. Em se tratando desse diagrama de conceitualização cognitiva, precisa ter constado: ❖ Dados relevantes da infância do paciente; ❖ Crenças nucleares; ❖ Pressupostos/Regras; ❖ Estratégias Compensatórias. OBS: OU SEJA, DIANTE DE UMA DETERMINADA SITUAÇÃO, SERÁ REGISTRADO SEUS PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS, BEM COMO OS SEUS SIGNIFICADOS, AS EMOÇÕES E OS COMPORTAMENTOS. OBS: ALGUMAS QUESTÕES PODEM CONTRIBUIR PARA MUDANÇAS NA HIPÓTESE DO TRABALHO E, CONSEQUENTEMENTE, IRÁ MUDAR OS PLANOS DE TRATAMENTO – PODE VARIAR EM ALGUNS MOMENTOS. Avaliação do Paciente Oncológico 1. Para que avaliar? ● Estabelecer parâmetros; ● Prognósticos; ● Acompanhar evolução; ● Informações para outros profissionais. ATENÇÃO: Tanto para avaliar, quanto para realizar o atendimento é necessária uma boa relação terapêutica. Relação Terapêutica Um bom acompanhamento psicológico requer outros componentes além de uma boa relação terapêutica (credibilidade, conhecimento teórico, intervenções baseadas em evidências). Empirismo Colaborativo ➔ Regular (dosar)o nível de empatia e afeto; ➔ Esforço exagerado para ser empático e afetuoso pode ser contraproducente (tão perigoso quanto pouca empatia); ➔ Pacientes com crenças de inferioridade podem interpretar de forma distorcida o comportamento do terapeuta. ● “Ele tem pena de mim, por isso está fazendo isso”. ➔ Pensar junto com o paciente em estratégias para resoluções de problemas. ➔ Discutir e acolher a família para fortalecer o vínculo com os membros familiares e o paciente. OAtendimento Psicológico: Principais Técnicas Utilizadas ATENÇÃO: Como trabalhar problemas comuns ocorridos em pacientes oncológicos, como depressão, ansiedade e disfunções sexuais, aplicando técnicas fundamentais nesse processo Depressão ➔ Quando o paciente apresenta altos níveis de depressão, é importante começar a aplicar técnicas comportamentais e não técnicas cognitivas. ➔ Avaliar os sintomas de um episódio depressivo. ➔ Pacientes com depressão grave não vão ter energia suficiente para fazer reflexões importantes. ➔ Pensar gasta energia. ➔ As escolhas técnicas passam pelo grau de depressão do paciente. 1. Técnicas Utilizadas ● Agenda de atividades – Ativação comportamental no paciente. Começar a despertar o mínimo de energia neles a fim de flexibilizar os pensamentos. Propor tarefas e atividades para o paciente sair daquele estado depressivo, trabalhando nos seus níveis de motivação. IMPORTANTE: Avaliar capacidade física do paciente, exposição a risco de queda imunológica, tipos de câncer, ... Não se pode propor algo que o paciente não possa realizar, tendo em vista suas patologias. Adequar uma agenda de atividades tendo em vista sua rotina e horários adequados para realização delas, de forma que não exija muito desgaste. ● Descatastrofização – Visa reduzir as distorções catastróficas. ● Continuum Cognitivo – “O que de melhor e de pior pode acontecer?” ★ Entender que não existem somente dois polos de visão. Entre o 0 e 100, existem uma série de possibilidades que podem acontecer. ★ Questionar qual a probabilidade daquilo acontecer, dentre diversas possibilidades existentes. ● Duplo-Padrão – “Você diz que o paciente do leito ao lado não conseguiu comer e não teria problema, mas quando acontece com você isso significa que é um fracasso?” ★ Mesma situação, mas com percepções distintas quando se trata dele e do colega. ★ Visão sobre si distorcida – Paciente deprimido com concepções negativas. ★ Questionar porque essas concepções são tão diferentes. ★ Técnicas de autocompaixão – Ter um olhar mais gentil consigo mesmo. ★ Fortificar sua rede de apoio. ● Reestruturação Cognitiva – Visão sobre o tratamento: sofrimento x oportunidade de mudança. ★ Os pacientes não conseguem enxergar o tratamento pelo lado positivo, como uma oportunidade de mudança em diversos aspectos na sua vida. ■ Relacionamentos, emprego, moradia, ... ★ Visão sobre os outros: “As pessoas só sentem pena de mim”. ■ Por que isso é necessariamente ruim? ■ O que você atribuiu quando as pessoas te olharem? ■ Trabalhar com a descastatrofização desse olhar. ★ Visão sobre o futuro: “Não vou ser curado”. ■ O que te faz pensar assim? ■ Reestruturar essa visão e procurar entender um pouco mais sobre o tratamento, a fim de mudar essa rigidez negativa de pensamento. ★ Visão sobre si: “Agora sou um invalido”. ★ Reestruturar a visão do paciente sobre si mesmo e sobre os outros. ● Exame de Evidências – A estratégia de examinar as evidências pode ser um método poderoso para ajudar os pacientes a modificarem seus pensamentos. ★ Consiste em elaborar uma lista de evidências a favor e contra a validade de um pensamento automático, avaliar estas evidências e, então, trabalhar na modificação do pensamento para que seja consistente com as evidências recém-descobertas. ★ “Tenho certeza de que se fizer a quimioterapia não vou sobreviver”. ■ Quais são as evidências que você possui para me dizer que isto realmente irá acontecer? ■ Quais são as evidências a favor desse pensamento? ■ Quais são as evidências contra esse pensamento? ★ Situação: Realizar a quimioterapia e não sobreviver. ○ Evidências a favor: ■ As chances são reais. ■ Conheço um amigo que passou pelo tratamento e não sobreviveu. ○ Evidências contra: ■ É uma chance de cura. ■ Posso não ter o mesmo fim que meu amigo. ■ Eu reagi muito bem à cirurgia. Ansiedade 1. Técnicas Utilizadas ● Resolução de Problemas – “Não sei quem levar para me acompanhar na quimioterapia”. O terapeuta irá sugestionar estratégias para que o paciente possa lidar com os problemas em si. ETAPA 01: RECONHECER E DESCREVER O PROBLEMA APONTANDO SUAS ESPECIFICIDADES. ➔ Por que isso é um problema afinal? Paciente: “Eu gostaria de levar a minha esposa. Porém, se eu escolher levar ela comigo, minha mãe ficará muito magoada com isso, pois ela gostaria de estar lá para me apoiar”. ➔ Problema: Dificuldade de lidar com o sentimento da mãe. ETAPA 02: DETERMINAR OS OBJETIVOS E PROPOR POSSÍVEIS ESTRATÉGIAS VIÁVEIS DE AÇÃO AO ALCANCE DA REALIDADE PESSOAL DO PACIENTE. ➔ Quais são seus objetivos? Paciente: “Conseguir contar para minha mãe a decisão de levar a minha esposa”. ➔ Como podemos fazer isso? Realizar um brainstorm com o paciente para esboçar as possibilidades. 1. Realizar uma chamada de vídeo. 2. Convidá-la para almoçar e falar a decisão. 3. Mandar uma mensagem. ETAPA 03: PONDERAR SOBRE POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS DE CADA ESTRATÉGIA PROPOSTA, ANALISANDO GANHOS E PERDAS A CURTO E MÉDIO PRAZO. ➔ Realizar uma chamada de vídeo. a. Consequências: i. “Eu me sentiria mais tranquilo”. ii. “Minha mãe poderia achar meio frio e distante”. iii. “Eu poderia ter o apoio da minha esposa, pois ela estaria do meu lado”. ➔ Convidá-la para almoçar e falar a decisão. a. Consequências: i. “Eu me sentiria muito nervoso”. ii. “Ao mesmo tempo, poderíamos ter uma experiência prazerosa junto”. iii. “Ela acharia mais atencioso da minha parte”. ➔ Mandar uma mensagem. a. Consequências: i. “Eu me sentiria mais tranquilo de fazer”. ii. “Ela poderia não entender o tom que eu estou passando quando escrevo”. iii. “Acharia meio frio e distante também”. iv. “Eu poderia ter o apoio da minha esposa, pois ela estaria do meu lado”. ETAPA 04: AVALIAR SE A ALTERNATIVA SELECIONADA ESTÁ CONDUZINDO AO RESULTADO DESEJADO. ➔ Exemplo: Decidir quem irá acompanhar o paciente durante a quimioterapia, situações no trabalho, ... ★ Ao fazer isso, você cumpriu seus objetivos? ★ Quem está de fato lhe acompanhando nas quimioterapias? METODOLOGIAS ➔ O psicólogo pode perguntar como o paciente resolveria um problema similar ou como aconselharia um amigo a resolver este problema. ★ Podemos trabalhar também distorções que o paciente pode ter sobre si próprio e sobre as outras pessoas. ➔ Podem ser utilizadas planilhas para a solução de problemas. ➔ Pode realizar a análise do problema identificando as vantagens e desvantagens desse problema ou do ambiente onde este problema está inserido. ➔ Pode ajudar a identificar problemas com pouca e maior probabilidade de ocorrer. ★ Pacientes ansiosos vão colocar a probabilidade de ocorrência do problema muito alta. ★ Estratégias de resolução de problemas. ● Treino de Relaxamento Muscular/ Respiração – A ansiedade é uma resposta comum aos pacientes, que prepara o organismo para atacar ou fugir de perigos reais ou não. ➔ O relaxamento é um processo psicofisiológico, de aprendizagem das respostas biológicas de relaxamento e inclui: ★ Exercícios de respiração: Treino em padrões de baixas taxas de respiração, inspiração-expiração profundas e amplas e respirações diafragmáticas. Esse treino distrai o paciente, dando-lhe sensação de controle sobre o organismo. ★ Relaxamento muscular progressivo: Tensionar e relaxar diferentes grupos musculares para obtenção de um estado de conforto e bem-estar. ○ Aprende a diferenciar estados de tensidade e estados de relaxamento do seu corpo. ATENÇÃO: CONSIDERAR AS ESPECIFICIDADES DE CADA PACIENTE. ● Dessensibilização Sistemática – O paciente, durante umestado de relaxamento físico, vai imaginar uma hierarquia de situações que lhe provocaram uma sensação desagradável, com o objetivo de familiarizar-se com elas e, ao mesmo tempo, com a finalidade de reduzir as respostas antecipatórias. ➔ É uma das principais técnicas utilizadas no tratamento da Fobia Social e Específica e Síndrome do Pânico. ➔ No contexto do tratamento oncológico, pode ser utilizado emmomentos de aplicação de injeções, antes de entrar no ambiente da quimioterapia, na aplicação da quimioterapia, ou em emparelhamento causados. ➔ Outras opções: ★ Visitar o local de maneira recorrente antes de iniciar a quimioterapia de fato – Conversar com os enfermeiros e técnicos de enfermagem – Se familiarizar com o paciente e se sentir mais confortável. ★ Transformar o ambiente em algo mais agradável (exemplo: levar algo familiar). ★ Levar estímulos agradáveis (músicas, filmes, ...). ★ Apresentar um reforço positivo após a exposição (ir passear em algum lugar que possa lhe trazer tranquilidade, realizar algum programa agradável para si, ...). ● Cartões de Enfrentamento – Visa lembrar o paciente de resoluções/conclusões/perguntas importantes identificadas nas sessões. ➔ Pode ser usada uma frase ou imagem de maior efeito para o paciente. ➔ Fazer cartões para: ★ Perceber que o pensamento é extremado. ★ Distanciar da situação e verificar o pensamento. ★ Pensar em alternativas. Insônia ➔ Os pacientes apresentam crises relacionadas a dificuldades de dormir e, consequentemente, prejudicam seu lado emocional. 1. Técnicas Utilizadas ● Relaxamento Progressivo - É uma técnica que envolve a ativação psicofisiológica como mecanismo. ➔ Apresenta um modelo compacto (trabalha com 16 grupos musculares) ★ Terapeuta estimula o paciente a contrair e relaxar grupos musculares; ★ O paciente passa a identificar o estado tensional de um estado mais relaxado. ➔ Sua utilidade extrapola o uso para muito além do manejo da insônia como, por exemplo, na qualidade de vida e no estado de saúde em geral de mulheres em diferentes fases do câncer de mama. ● Terapia de Restrição do Sono - Tem como objetivo unificar o tempo de sono. ➔ Visa limitar o tempo na cama – Resulta numa discreta privação do sono e tem por consequência mais sono consolidado. ➔ Limita o tempo de sono com o intuito de gerar mais sono no paciente, até que o ideal seja alcançado: Cansar – Chegar no limite – Mais sono. ➔ Deve ser feito um aumento gradual do tempo de sono até que o ideal de sono seja alcançado. ● Controle de Estímulos ➔ Trata-se de recomendações comportamentais sobre hábitos relacionados à cama e o quarto e o ciclo de sono. ➔ Apenas deitar-se quando tiver sono; levantar-se caso não consiga dormir em cerca de quinze minutos; a cama é exclusivamente para dormir e manter relações sexuais; manter rotina sobre horários do sono. ● Higiene do Sono ➔ É um processo psicoeducativo sobre práticas de saúde e fatores ambientais que favorecem a qualidade do sono. ➔ Evitar estimulantes; Evitar o uso de álcool, próximo à hora de deitar; fazer exercícios regularmente; não ficar vendo o relógio; Manter o ambiente do quarto, escuro, silencioso e confortável sempre que possível. ● Reestruturação cognitiva - Tem como objetivo identificar crenças disfuncionais a respeito da insônia, do sono e das expectativas associadas à necessidade de dormir. ➔ “Tenho medo de dormir e nunca mais acordar” Questionamento socrático – Reestruturação cognitiva Quais são as probabilidades de isso acontecer? O que lhe faz pensar que isso possa ocorrer? Quantas pessoas você conhece que isso ocorreu? Você já conversou com ummédico sobre o assunto? Quais fatores associados a isso? ● Mindfulness - Kabat-Zinn (1990) define mindfulness como uma forma específica de atenção plena: concentração no momento atual, intencional, e sem julgamento. ➔ Concentrar-se no momento atual significa estar em contato com o presente e não estar envolvido com lembranças ou com pensamentos sobre o futuro. ➔ Viver sob o comando do piloto automático não nos permite lidar de maneira flexível com os eventos do momento, promove modos rígidos e altamente limitados de reagir ao ambiente. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872006000100004 Problemas Sexuais ATENÇÃO: Mulheres que possuem câncer de mama podem ocorrer a perda da imagem corporal, diminuição da baixa autoestima, que contribuirá para o desenvolvimento de problemas sexuais. ➔ Dificuldade de se olhar no espelho. ➔ Falta de atividade sexual. 1. Técnicas Utilizadas http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872006000100004 ● Exposição Gradativa 1. Começar a tocar nas partes do corpo que estão modificadas; 2. Se olhar no espelho e reconhecer aquela nova imagem. 3. Permitir que seu parceiro/parceira possa olhar seu novo corpo. ● Questionamento socrático/Reestruturação cognitiva - Visa trabalhar com as possíveis distorções cognitivas a respeito do corpo, da sexualidade e da vida do casal durante e após o tratamento oncológico. “Meu marido disse que eu estava linda com um vestido vermelho. Você imagina isso? Eu, careca, sem os dois seios, com um vestido vermelho chamativo e ele dizendo que eu estou linda?! Eu fiquei com muita raiva dele!!” Questionamento socrático: O que exatamente a deixou com raiva? Qual o seu conceito sobre “ser linda”? O que a faz pensar que realmente ele não estivesse lhe achando linda? ● Aconselhamento de casal - Tem como objetivo promover o bem-estar de cada um e da relação através da compreensão e da expressão emocional, gerando uma resposta mais adequada e empática entre os parceiros. ➔ É comum que durante esse período o casal não converse sobre esses problemas por medo, vergonha, dúvidas. ➔ Espaço para compreender o que aquele momento significa para um e para o outro. ➔ Espaço seguro para se abrir sobre os problemas e juntos buscar estratégias de resolução de problemas junto com o terapeuta – pensar em soluções. ➔ Proporcionar um espaço de escuta empática. Benefícios da Intervenção 1. Aumento das competências comunicacionais. 2. Início do suporte mútuo. 3. Reconhecimento da importância da escuta empática. 4. Validação das perspectivas de cada um. 5. Autorrevelação sobre as preocupações que cada um tem sobre a doença e o tratamento. 6. Psicoeducação sobre as mudanças impostas pelo câncer. 7. Maior expressão emocional e crescimento após o trauma no casal. Tomada de Decisão ➔ Momentos da Tomada de Decisão ★ Exames diagnósticos: Fazer e não fazer determinado exame; ★ Novos protocolos de tratamento; ★ Cirurgias; ★ Tratamentos experimentais; ★ Situações diversas: Contar para familiares, relacionamentos, ... ATENÇÃO: Quanto mais informações o paciente tiver sobre o seu tratamento, o nível de depressão fica mais leve. ➔ Receber informações facilita o processo de tomada de decisões do paciente e melhora a sua qualidade de vida. Balança Decisional “Quais seriam as vantagens e desvantagens de você fazer a quimioterapia?" Final de Vida e Luto LUTO NORMAL X LUTO PATOLÓGICO ➔ Critérios: ★ Tempo de duração; ★ Tempo entre perda do ente querido; ★ Gravidade dos sintomas. OBS: NO LUTO PATOLÓGICO, O PACIENTE ESTENDE SEU LUTO POR UM PERÍODO MAIOR QUE 6 MESES, CERCA DE 5 ANOS. OBS: A PESSOA, MESMO ESTANDO ENLUTADA, PODE APRESENTAR UM QUADRO DE EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR. ➔ Fatores de proteção (ambientais e individuais) ao luto complicado: ★ Estilo de apego seguro (saudável): O estilo de apego que temos com o ente querido determina o nosso processo de luto – Consegui seguir a vida ou desamparo muito grande. ★ Qualidade do vínculo. ★ Tipo de apoio recebido: Apoio e suporte social é fundamental nessa situação e influencia no processo de luto – Protege em casos de luto complicado. ★ Tipo de morte: O tipo de morte influencia no processo de luto, principalmente em casos de mortes inesperadas. ★ Reconhecimento social do momento do luto. ★ Capacidade de resiliência: Características individuais – Experiências ao longo da vida,tolerância a frustração, crenças. Uma Conceituação Cognitivo Comportamental do Luto Complicado Objetivos da TCC no Luto Complicado ➔ A perda precisa ser conceitualmente processada e integrada ao conhecimento autobiográfico existente (1 e 2). ➔ Crenças e interpretações problemáticas precisam ser identificadas e modificadas (4). ➔ Estratégias de evitação e sintomas de ansiedade e depressão precisam ser substituídas por estratégias mais úteis que facilitem o ajuste (3). TAREFA 01 Aceitar a realidade da perda TAREFA 02 Elaborar a dor da perda TAREFA 03 Ajustar-se a um ambiente onde está faltando a pessoa que faleceu TAREFA 04 Reposicionar em termos emocionais a pessoa que faleceu e continuar a vida 1. Dicas para Orientar os Pacientes - PSICOEDUCAÇÃO ➔ Estabelecer uma rotina simples; ➔ Refeição regular e os tempos de cama; ➔ Aumentar eventos agradáveis; ➔ Promover atividades de autocuidado; ➔ Ingestão de álcool limitada; ➔ Fornecer informações sobre a dor e o que esperar; ➔ Listar as coisas que são preocupantes – Posteriormente resolução de problemas; ➔ Preparar para enfrentar situações novas ou difíceis; ➔ Graduada exposição a situações que são difíceis; ➔ Planos para os “primeiros”, tais como aniversário da morte; ◆ Como é que você quer que ele seja lembrado? ◆ Quem você quer que esteja junto? ➔ Desafiar os pensamentos inúteis; ➔ Incentivar a identificação de pensamentos que levam a sentimentos de culpa e raiva; ◆ Fornecer um quadro estruturado de tomada de decisão para lidar com situações difíceis. 2. Terapia da Dignidade - VOLTADA PARA O PACIENTE ➔ Modelo Terapêutico criado por Harvey Chochinov. ➔ Psicoterapia breve – Em torno de 3 sessões. ➔ As sessões são gravadas e posteriormente transcritas. ➔ Objetivo: Retomar a dignidade do paciente e a construção de um legado diante do processo de terminalidade. ➔ Fazer com que a pessoa seja vista e lembrada para além da doença. ➔ Preservação da sua dignidade. ➔ Resgatar sua história e preservar essa memória. 3. Protocolo de Perguntas Orientadoras da TD A. Fale-me um pouco sobre sua história de vida, particularmente as que recorda serem as mais importantes; B. Quando é que se sentiu mais vivo? C. Existem coisas específicas que você queira que sua família saiba sobre ti? Existem coisas em particular que gostaria que recordassem? D. Quais são os papéis mais importantes que desempenhou em sua vida? (familiar, profissional, etc.) E. Por que esses papéis foram tão importantes para você e o que pensa ter atingido com eles? F. Quais são os seus maiores feitos e os que sente mais orgulho? G. Existem coisas específicas que gostaria de dizer aos seus entes queridos? H. Qual o seu desejo para o futuro de seus entes queridos? I. O que aprendeu com a vida que gostaria de passar para os outros? J. Que conselhos ou palavras gostaria de deixar para (filho, esposa, marido, etc.); K. Existem palavras ou instruções que gostaria de deixar para seus entes queridos para que se preparem para o futuro? L. Na criação este documento, gostaria de deixar outras coisas ditas? Luto Antecipatório O conceito de luto antecipatório apresenta a possibilidade de elaboração do luto, a partir do processo de adoecimento. Permite absorver a realidade da perda gradualmente, ao longo do tempo; Resolver questões pendentes com a pessoa doente (expressar sentimentos, perdoar e ser perdoado); Iniciar mudanças de concepção sobre vida e identidade; Fazer planos para o futuro de maneira que não sejam sentidos como traição ao doente. Referências: Curso de Extensão em Terapia Cognitiva no Ambiente Hospitalar - Abordagem a Pacientes Oncológicos e Terminais - Wainer
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