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• Infecção viral autolimitada com acometimento da mucosa das vias aéreas superiores • Rinofaringite Definição: Epidemiologia: • Extremamente frequente até os 7anos de idade, podendo ocorrer de 6 a 10 vezes ao ano • Nos adultos ocorre com uma frequência de 2 a 3 vezes ao ano • Distribui-se por todas as estações do ano • Menos de 10% evoluem para uma rinossinusite aguda bacteriana ( não realizar antibioticoterapia) • Acomete com mais frequência crianças em creches Etiologia e transmissão : • O principal agente é o rinovírus: por ter vários sorotipos, não desenvolve imunidade duradoura, sendo frequente a reinfecção por outros sorotipos • Período de incubação de 2-5 dias • Outros agentes são: coronavírus, VSR, metapneumovírus e menos frequentemente o vírus influenza e parainfluenza • A principal forma de contágio é o contato direto ( o rinovírus permanece viável para contágio por cerca de 8h na pele humana), mas também ocorre por meio de pequenas gotículas que percorrem distâncias maiores em suspensão e por meio de grandes gotículas que percorrem distâncias menores • Essas partículas infectantes atingem a mucosa nasal ou conjuntiva do paciente susceptível Patogênese : • O processo de infecção do epitélio nasal gera uma resposta aguda com produção de citocinas inflamatórias e infiltração por células inflamatórias, coincidindo com as manifestações clínicas e secreção nasal hialina que se torna esverdeada devido ação enzimática dessas células (a cor da secreção indica progressão normal da doença) • A elevada frequência dessa condição na infância deve-se a imunidade incompleta e cuidados de higiene limitados nessa faixa etária • O rinovírus e o VSR não causam destruição epitelial, enquanto o influenza e adenovírus podem levar a alterações histológicas Manifestações clínicas: • O início dos sintomas ocorre de um a três dias após a infecção e tem um quadro autolimitado de uma a duas semanas, sendo que a tosse é o sintoma que mais persiste, podendo chegar a três semanas • As primeiras manifestações costumam ser dor de garganta (“garganta arranhando”) acompanhada de rinorreia (coriza) e obstrução nasal- alteração de cor e consistência do muco é normal • Espirros • Tosse • Gotejamento pós-nasal • Inapetência • Febre não é comum no adulto, mas pode aparecer nos lactentes e pré-escolares • Linfadenomegalia cervical • Exame físico revelam ausência de taquipneia e estridor. Além disso, observa-se hiperemia e edema dos cornetos nasais, além de roncos pela obstrução nasal Diagnóstico: • É eminentemente clínico Tratamento: • Conversar com a mãe sobre a natureza viral e benigna do quadro • O tratamento medicamentoso é essencialmente sintomático • Antipiréticos como dipirona e paracetamol • Lavasem nasal com solução salina para desobstrução • Manter hidratação adequada • O Tamiflu- Oseltamivir- é um um inibidor da neuraminidase e tem modesta ação sobre a redução da duração dos sintomas, o obstáculo é que precisa de uma administração precoce, preferencialmente dentro das primeiras 48h dos sintomas. Impotrante: não prescrever AAS devido risco de ocorrer a Síndrome de REYE nas infecções por influenza Complicações: • As duas principais complicações são otite média aguda e sinusite • Outra complicação é a exacerbação da asma brônquica • Pneumonias Trata-se de uma rinofaringite viral, que é autolimitada A secreção esverdeada não indica infecção bacteriana e sim a progressão normal da doença Não deve receitar antibioticoterapia como foi feito Sem benefício : Descongestionantes, antitussígenos, expectorantes, mucolíticos, corticóides.
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