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Roubo - Direito Penal III

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Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a
pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
Trata-se de crime de elevado potencial ofensivo,
não se admite, portanto, a aplicação dos
benefícios da Lei 9.099/95.
I. ROUBO PRÓPRIO (CAPUT)I. ROUBO PRÓPRIO (CAPUT)I. ROUBO PRÓPRIO (CAPUT)
Momento da utilização do emprego da violência
ou grave ameaça ANTES da subtração.
Crime complexo (em sentido estrito), tendo em
vista que é a fusão de dois ou mais crimes.
A grave ameaça ou violência é ELEMENTAR ao
crime de Roubo.
I.1. Objetividade Jurídica
Pluriofensivo: Resultado que atinge mais de
um bem jurídico:
Patrimônio;
Integridade Corporal - Violência contra pessoa;
Liberdade Individual - Praticado com grave
ameaça.
1.
2.
3.
I.2. Objeto Material
É a coisa alheia móvel e a pessoa atingida pela
violência ou pela grave ameaça;
NÃO SE APLICA O PRÍNCIPIO DA
INSIGNIFICÂNCIA, pois não é possível afastar a
tipicidade; 
NÃO SE ADMITE O ROUBO PRIVILEGIADO E
NÃO HÁ COMO FAZER ANALOGIA (Lembre-
se: apenas em hipóteses admitidas em lei será
cabível o privilégio)
I.3. Núcleo do Tipo
O núcleo (verbo) é subtrair, ou seja retirar sem o
consentimento;
Meios de execução:
 
Promessa de mal grave/ mal injusto: Relevante;
Iminente: Prestes a acontecer;
Verossímil: Possível de ser concretizado;
O destinatário da violência: Proprietário do
objeto ou uma terceira pessoa atingida pela
violência.
a) Grave ameaça ou violência moral (vis
compulsiva):
Constata em atemorizar ou amedrontar a vítima
com ameaças, gestos ou simulações;
OBS.: O caráter intimidatório deve ser analisado
no caso concreto, pois o que pode ser cômico para
uns, pode causar dano mental a outrem.
OBS.: SE O PORTE DE ARMA É SIMULADO
(seja por qualquer postura comportamental) OU
USO DE ARMA BRANCA: GRAVE AMEAÇA.
b) Grave violência a pessoa ou violência física
ou violência própria (vis absoluta):
Emprego de força física contra a vítima, mediante
lesão corporal ou vias de fato, que visa impedir ou
dificultar a defesa da vítima. 
OBS.: Lesão leve fica absolvida do crime de roubo;
Enquanto lesão grave e gravíssima qualificam o
crime de roubo.
IMPORTANTE!
A trombada ou a subtração por arrebatamento
irá caracterizar ROUBO, pois o bem estaria
preso ao corpo da vítima.
1º Corrente: Rogério Grego: Será FURTO;
2º Corrente: Guilherme Nucci: Será ROUBO;
3º Corrente: Masson STJ: Depende da tombada.
TROMBADINHA: Contato leve usado para distrair
a atenção da vítima - FURTO;
TROMBADÃO: Golpe violento que representa uma
verdadeira agressão física - ROUBO.
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Qualquer meio que reduza a possibilidade de
resistência.
O legislador utiliza de intepretação analógica
ou intra-legem.
Apenas é utilizada quando o agente coloca a
vitima em posição de impossibilidade de
resistência.
c) Violência imprópria ou sub-reptício:
OBS: O individuo tem que participar da ferramenta
que impossibilitou, caso contrário, será
considerado furto.
I.4. Sujeito Ativo
Crime Comum - Pode ser praticado por qualquer
pessoa, menos pelo proprietário do bem;
Acidentalmente Coletivo - Praticado em concurso
de pessoas, a pena é aumentada.
I.5. Sujeito Passivo
Proprietário do bem, como qualquer pessoa
atingida pela violência ou pela grave ameaça. 
OBS.: Um único roubo, pode ter mais de uma
vítima.
I.6. Elemento Subjetivo
Precisa do dolo (inverter a posse) + dolo
específico (para si ou para outrem);
Não é preciso que haja lucro;
Não há modalidade culposa;
I.7. Consumação
a) Teoria da Amotio/Apprehension (ADOTADA)
O roubo se consuma no momento em que o
agente tem a posse da coisa, ainda que a
posse não seja mansa e pacífica, ou seja,
antecipa a consumação, sendo assim basta
apenas subtrair o bem;
Há consumação, na hipótese do agente,
mediante violência, subtrair um objeto e ser
impedido posteriormente por um terceiro;
SÚMULA 582 DO STJ
b) Teoria da Contrectatio (NÃO É ADOTADA)
A consumação de dá pelo simples toque do
agente a coisa alheia, não sendo preciso
deslocar a coisa.
c) Teoria da Ablatio (NÃO É ADOTADA)
A consumação acontece APÓS o agente
apoderar-se da coisa, conseguindo deslocá-lo
de um lugar para outro, longe da esfera de
vigilância;
A consumação acontece quando a coisa é
levada ao local desejado pelo agente e fica à
"salvo".
d) Teoria da Illactio (NÃO É ADOTADA)
I.8. Tentativa
O roubo por ser plurissubsistente, a qual a
conduta é fracionada em diversos atos que,
somados, provocam a consumação, logo é
admissível a tentativa.
II. ROUBO IMPRÓPRIO (§1º)II. ROUBO IMPRÓPRIO (§1º)II. ROUBO IMPRÓPRIO (§1º)
Utilização de violência ou grave ameaça APÓS
a subtração do objeto;
Roubo simples;
Pena: 4 a 10 anos
II.1. Meios de Execução
Violência posterior à subtração;
Furto frustrado ou mal executado;
II.2. Momento do Emprego dos Meios
de Execução
Violência posterior à subtração, ou seja, o bem
foi subtraído, mas ainda não se consumou;
NÃO É UM ENTENDIMENTO MAJORITÁRIO;
Cleber Masson: Diante do atual entendimento
sobre o momento da consumação do roubo,
configura o roubo impróprio prejudicado;
II.3. Finalidade do Meio de Execução
OBS.: Salienta-se que se a violência ou a grave
ameaça for empregada com finalidade diversa
não haverá roubo impróprio.
II.4. Consumação
Ocorre quando é utilizado a violência ou
ameaça à vítima, com finalidade de assegurar a
impunidade do crime ou a detenção de coisa
pra si ou terceiro;todos direitos reservados a @_pameelaalves
OBS.: A finalidade não precisa ser alcançada,
basta que seja empregada.
II.5. Tentativa
Há divergências.
1ª Corrente: NÃO SE ADMITE, pois a violência é
empregada e ocorre a consumação ou então ela
não é empregada e acontece o crime de furto -
Adotada pelo STJ; TEORIA MAJORITÁRIA;
2ª Corrente: ADMITE-SE, quando o agente, ao
apoderar-se do bem, tenta empregar a violência ou
grave ameaça, mas é contido - MIRABETE
III. ROUBO CIRCUNSTANCIADOIII. ROUBO CIRCUNSTANCIADOIII. ROUBO CIRCUNSTANCIADO
(CAUSAS DE AUMENTO DE PENA)(CAUSAS DE AUMENTO DE PENA)(CAUSAS DE AUMENTO DE PENA)
Incidirá na terceira fase de aplicação da pena;
§ 2º - A pena aumenta-se de 1/3 (um terço)
até metade:
I – (revogado) 
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de
valores e o agente conhece tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que
venha a ser transportado para outro Estado ou para
o exterior; 
V - se o agente mantém a vítima em seu poder,
restringindo sua liberdade. 
VI – se a subtração for de substâncias explosivas
ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente,
possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego.
VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com
emprego de arma branca; 
III.1. Aplicabilidade
Aplica-se apenas ao roubo próprio e impróprio;
NÃO SE APLICA a roubo qualificado, tendo em
vista que a pena já é maior. 
III.2. Emprego de Arma de Fogo
Inciso I do §2º
Revogado pelo Pacote Anticrime (Lei
13.964/2019);
O crime de roubo, quanto ao emprego de
armas, ele utiliza um sistema progressivo de
majoração da pena-base.
SUBDIVIDE-SE EM 3 ETAPAS:
III.3. Concurso de Pessoas
Inciso II, §2º;
Necessário haver concurso de ao menos duas
pessoas, independente da imputabilidade
(menor incapaz), ou da identificação do
segundo agente. 
OBS.: No furto é uma qualificadora; No
roubo uma MAJORANTE
III.4. Vítima em Serviço de Transportes
de Valores
Inciso III, §2º;
IMPRESCINDÍVEL que a vítima esteja
prestando serviço para alguém e não um favor;
Pode ser uma prestação de serviço formal ou de
forma acidental;
OBS.: Não é necessário para a inclusão dessa
causa de aumento de pena, os requisitos que
constituem a relação de trabalho;
Se os valores pertencer a vítima, NÃO HÁ de se
falar em aumento de pena;
Crime dolosamente preparado;
OBS.: Não incide a causa de aumento de pena,
se apenas na subtração tomar conhecimento da
existência de um valor econômico expressivo;
Há dupla subjetividadepassiva: O crime terá
obrigatoriedade mais de uma vítima (prestador
de serviço do transporte e o proprietário dos
valores).
ATENÇÃO!
 Para que esse bem enseje nessa causa de
aumento de pena é preciso que:
Expressivo valor econômico:
"VALORES" não se restringem à dinheiro, pode ser
também bebida, remédio, etc.
1.
Não existe um valor fixo legalmente, mas
geralmente a partir de 50 mil;
Deve ser analisado de acordo com a realidade da
vítima (circunstâncias concretas do caso);
 2. Liquidez:
Facilidade de revenda;
III.5. Subtração de Veículo automotor
transportado para outro Estado ou para
o Exterior
Inciso IV do §2º
Roubo Majorante;
Dolo de subtrair para enviar para outro Estado
ou para o Exterior; (OBS.: Para incidir a
majorante é preciso que haja o dolo de roubar
para enviar para outro estado ou país);
REQUISITOS:
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Objeto Material deve ser necessariamente um
veículo automotor (que possui a presença de um
motor) - carro, ônibus, motocicletas.
É POSSÍVEL O CONCURSO DE PESSOAS:
MAJORANTE DO CRIME DE ROUBO, §2º, IV -
Se ele foi contratado antes da consumação e
possui conhecimento do roubo;
RECEPTAÇÃO: Se contratado após a subtração e
possuía conhecimento do crime de roubo;
FATO ATÍPICO: Se não tinha conhecimento da
origem ilícita do bem.
Transportar partes isoladas do componente de veículo
automotor, NÃO CARACTERIZA A
QUALIFICADORA;
Quando se tratar de contratação para transporte
exclusivo do veículo automotor a pessoa contratada
responderá por:
1.
2.
3.
III.5. Restrição da Liberdade da Vítima
 Inciso V, §2º;
O pacote anticrime transformou esse crime
majorado em HEDIONDO (novatio legis in pejus),
não pode ser aplicada de forma retroativa;
Objetivo: Assegurar o roubo; OBS.: A restrição tem
que ser fundamental para a consumação, se não
houver a intenção de assegurar o crime,
estaremos diante de crimes diferentes;
A pena aumenta até 1/3 a metade, devido a vítima
ter sua liberdade locomoção cerceada;
III.6. Subtração de Substâncias
Explosivas
 Inciso VI, §2º;
Lei 13.654/2018;
A substância explosiva é subtraída para
fabricação, montagem ou emprego, a res furtiva e
não um meio de execução;
III.7. Emprego de Arma Branca
 Inciso VII, §2º;
A Lei 13.654/18, revogou o inciso I, do §2º que
tratava do emprego de arma branca;
 Críticas da Doutrina (Renato Brasileiro):
A Lei 13.654/18, ao revogar a majorante do
emprego de arma branca, por ser mais
benéfica, retroage, atingido todos os casos
de roubo praticado com emprego de arma
branca. 
Em 2019, o pacote anticrime, incluiu
novamente a majorante do emprego de arma
branca;
Até 2018: Vigorava a majorante “emprego de
arma” (§2º, inciso I), que incluía tanto a arma
branca quanto a arma de fogo.
Lei 13.654/2018: Revogou o inciso I,
acrescentando apenas o emprego de arma
de fogo como majorante, no §2º-A, inciso I.
Hipótese de Novatio Legis in Melius em
relação à arma branca (retroatividade
benéfica).
Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime): Voltou
a prever a majorante para “arma branca” no
§2º, inciso VII. Hipótese de Novatio Legis in
Pejus (irretroatividade)
1º Critica: O fato de revogar a majorante do
roubo com o emprego de arma branca, acaba por
equiparar a conduta do roubo simples prevista no
caput do art. 157;
2º Critica: A Lei manteve a majorante do
emprego de arma branca no crime de extorsão,
criando manifesta incoerência, haja vista a
semelhança entre os dois delitos.
RESUMO:
Arma branca é considerada como sendo
qualquer objeto confeccionado sem finalidade
bélica, mas capaz de intimidar, de ferir (ex.:
Faca, pedra, vidro, etc). 
III.7. Emprego de Arma de Fogo
 Inciso I, §2º, Lei 13.654/18;
Crime Hediondo;
O emprego de arma de fogo = facilita o
roubo; causa maior intimidação; diminui a
chance de defesa; risco a integridade física
da vítima e de outras pessoas;
CONCEITO DA ARMA:
Instrumento que pode ser utilizado para ataque
ou defesa e possui capacidade de matar ou
ferir;
ARMA PRÓPRIA: Criada para matar ou ferir;
ARMA IMPRÓPRIA: Criada para outra
finalidade, mas pode ser utilizada para ataque
ou defesa.
Pena aumenta 2/3
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ARMA BRANCA: Possui ponta ou gume, podendo ser
imprópria ou própria.
É preciso o uso efetivamente da arma (ex.:
aponte a arma para a vítima) ou porte
ostensivamente (ex.: intimida a vítima);
OBS.: Se apenas um agente estiver utilizando da
arma, todos responderão pelo roubo majorado pelo
emprego de arma de fogo.
PRESCINDÍVEIS, desde que o uso da arma possa
ser comprovada por outros meios;
O acusado poderá apresentar o ônus da prova, ao
sustentar a ausência de potencial lesivo.
SITUAÇÕES DO EMPREGO DE ARMA DE FOGO
APREENSÃO E PERÍCIA DA ARMA DE FOGO:
ARMA COM DEFEITO:
Não incide a majorante, em razão de não possuir
ofensividade em razão da tipicidade plena.
ARMA DE BRINQUEDO?
III.8. Destruição ou Rompimento de
Obstáculo mediante uso de explosivo ou de
artefato análogo que cause perigo comum
Para ocorrer a incidência é necessário o
preenchimento de dois requisitos:
O roubo resulte em destruição ou rompimento
do obstáculo;
A destruição ou rompimento causada pelo
uso de explosivo ou artefato análogo.
NÃO é crime HEDIONDO, e sim
MAJORANTE;
II – se há destruição ou rompimento de obstáculo
mediante o emprego de explosivo ou de artefato
análogo que cause perigo comum. (Incluído pela
Lei nº 13.654, de 2018);
1.
2.
§ 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é
exercida com emprego de arma de fogo de uso
restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena
prevista no caput deste artigo.
III.9. Emprego de Uso de Arma de
Fogo de uso restrito ou proibido
Crime HEDIONDO;
Art. 157, §2º B + Decreto 9.879/2019;
ATENÇÃO! O delito do porte/posse de
arma de uso restrito ou proibido fica
ABSOLVIDO pelo crime de roubo;
STF e STJ: Quando a arma for de USO
PERMITIDO, é prescindível a apreensão da
arma ou a realização da perícia, podendo ser
utilizado outros meios de prova;
O mesmo não se vigora quando a arma for de
uso restrito ou proibido, nesse caso
IMPRESCINDÍVEL PARA APLICAÇÃO
DESSA MAJORANTE A APREENSÃO DA
ARMA E A REALIZAÇÃO DA PERÍCIA, já
que a vítima, via de regra não possui
conhecimento técnico;
OBS.: Não havendo perícia e nem
apreensão, aplicará a majorante do §2º - A.
APREENSÃO E PERÍCIA DA ARMA:
IV. ROUBO QUALIFICADOIV. ROUBO QUALIFICADOIV. ROUBO QUALIFICADO
Crime Hediondo;
A lesão corporal ou morte foi provocada
por uma conduta da vítima;
§3º Se da violência resulta: (Redação dada
pela Lei nº 13.654, de 2018);
I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão
de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e multa;
(Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018);
II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a
30 (trinta) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº
13.654, de 2018).
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VI.1. Aplicabilidade
Aplica-se ao roubo próprio e impróprio;
OBS.: As QUALIFICADORAS NÃO SÃO
CUMULATIVAS/COMPATÍVEIS COM AS
MAJORANTES;
Sistema Trifásico:
1ª Fase - Aplicação da pena base;
2ª Fase - Atenuantes/Agravantes;
3ª Fase - Diminuição/Aumento.
V.1. Competência para julgar
Para ser considerado qualificado, a lesão corporal
grave/morte, NECESSARIAMENTE, deverá ser
fruto de VIOLÊNCIA À PESSOA, SEJA
VIOLÊNCIA PRÓPRIA OU IMPRÓPRIA;
Mas, se esse agravador for resultado de uma grave
ameaça, não configura a qualificadora havendo por
tanto = ROUBO EM CONCURSO COM HOMÍCIO
(doloso ou culposo) ou LESÃO CORPORAL
(dolosa ou culposa);
VI.3. Natureza do resultado agravador e
crime qualificado pelo resultado
Roubo qualificado NÃO É NECESSÁRIAMENTE
UM CRIME PRETERDOLOSO, POIS O
RESULTADO AGRAVADOR PODERÁ SER
DOLOSO OU CULPOSO;
Ex.: Culposo: o agente dá um soco na vítima, e ela
acaba caindo e batendo a cabeça no meio fio e vem
a óbito. O agente não tinha o dolo de matar;
Doloso: comete a lesão corporal ou morte para
assegurar a detenção ou a sua fuga.
VI.4. Roubo Qualificado pela Lesão Corporal
grave
I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7
(sete) a 18 (dezoito) anos, e multa; (Incluído pela
Lei nº 13.654, de 2018)
Lesão corporalGRAVE E GRAVÍSSIMA (lesão
corporal leve tipifica o crime de roubo).
VI.5. Momento da Consumação
Irrelevante inversão de posse;
Ocorre quando a vítima ou terceira pessoa suporta
a lesão corporal;
OBS.: Se tiver duas vítimas quando tentou subtrair um
único bem, teremos dois delitos de roubo qualificado,
um pelo inciso I e outro pelo inciso II
VI.6. Aplicabilidade da Lei dos Crimes
Hediondos
Antes do Pacote Anticrime: Apenas o roubo
qualificado pela morte era hediondo;
Atualmente: Roubo qualificado pela lesão
corporal grave quanto pela morte integram o
rol taxativo da lei de crimes hediondos.
V. ROUBO QUALIFICADO PELAV. ROUBO QUALIFICADO PELAV. ROUBO QUALIFICADO PELA
MORTEMORTEMORTE
Latrocínio: O crime é chamado de
complexo, pois tutela tanto a vida quanto o
patrimônio. Apesar dessa natureza, ele não
deixa de ser um crime contra o patrimônio, já
que no latrocínio, a morte é um meio para
atingir o patrimônio da vítima;
O crime de homicídio fica absolvido pelo
crime de roubo em razão de uma política
criminal e por isso o agente não responde
por dois delitos;
É preciso que fique comprovada a
justificativa para matar, que é roubar;
II. Morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30
(trinta) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº
13.654, de 2018);
VI.2. Resultado agravador e violência à
pessoa
Juízo singular (ainda que a morte seja dolosa).
POIS O FIM PRINCIPAL NÃO ERA O
HOMICÍDIO, O OBJETIVO PRINCIPAL ERA
ROUBAR.
SÚMULA 603 STF - a competência para julgar
o processo de latrocínio é do juízo singular e
não do tribunal do júri.
V.2. Consumação e Tentativa
Resumindo, o que se leva em consideração
para determinar a consumação ou tentativa de
latrocínio é a morte.
SÚMULA Nº 610 STF = há crime de latrocínio,
quando o homicídio se consuma, AINDA QUE
O AGENTE NÃO REALIZE A SUBTRAÇÃO
DE BENS DA VÍTIMA.
V.3. Aberratio Ictus
Erro de execução;
O agente responderá pelo delito que queria
que acontecesse e não pelo que
efetivamente aconteceu.
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V.4. Subtração posterior a morte
Um agente mata alguém e aproveita da situação
para subtrair um bem, responderá por concurso
material de crime: homicídio + furto;
V.5. Pluralidade de Mortes
Subtração de dois patrimônios e duas mortes: dois
crimes de latrocínio consumados.
V.6. Roubo e Latrocínio, concurso
material ou crime continuado
Crimes continuados: crimes da mesma espécie em
que se admitem o crime continuado; Os crimes
precisam estar previstos no mesmo dispositivo
legal, além de ofender os mesmos bens jurídicos;
O roubo e o latrocínio haverá concurso material, já
que os bens ofendidos são diferentes: STJ e STF
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