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8/21/2022 1 FARMACODINÂMICA II - SDE3862 Ementa Farmacodinâmica: Autacóides (histamina e Anti-histaminicos); Anestésicos Locais; Farmacologia do Sistema Nervoso Central. Farmacologia do sistema cardiovascular e renal. Farmacologia do sistema endócrino. Farmacologia do sistema respiratório. 1 2 8/21/2022 2 3 4 8/21/2022 3 5 6 8/21/2022 4 FÁRMACOS ANTI- HISTAMÍNICOS HISTAMINA • História – palavra grega para tecido (histos); - 1910-1911 (Dale e Laidlaw) – descoberta do estímulo de grande número de músculos lisos e intensa ação vasopressora; - 1927 (Lewis e cols) – liberada através da pele por estímulos lesivos, incluindo reação Ag-Ac; - Hoje – A histamina endógena desempenha papel fundamental da resposta alérgica imediata e constitui um importante regulador da secreção gástrica, além de possuir ação moduladora da liberação de neurotransmissores nos SNC e SNP. 7 8 8/21/2022 5 INTRODUÇÃO • Histamina: desempenha importante papel na resposta alérgica imediata e regulador da secreção gástrica de ácido; • Antagonistas dos receptores da histamina – bloqueiam os efeitos; • O mastócito constitui o local predominante de armazenamento de histamina nos tecidos; • Elevada presença de mastócitos na pele, mucosa da árvore brônquica e a mucosa intestinal; • No sangue, a histamina está presente nos basófilos; INTRODUÇÃO • Injeção IV de um liberador de histamina: (ex. Alérgeno) - Sensação de ardência e prurido; - Sensação de calor, rubor; - Hipotensão e taquicardia, cefaléia; - Cólica, náuseas, hipersecreção de ácido e broncoespasmo moderado. 9 10 8/21/2022 6 HISTAMINA – PRINCIPAIS AÇÕES • Tecidos Periféricos: resposta alérgica imediata; • SNC: Aumenta o estado de vigília através dos receptores H1. (anti-H1 podem atuar como sedativos); • Secreção de ácido gástrico: ativação dos receptores H2 das células parietais. Funções da histamina • Papel nas reações alérgicas: Geração de Ac IgE Célula B Antígen o Mastócito Receptor para IgE (FcRI) Mastócito ativado Ig E 11 12 8/21/2022 7 Possíveis usos do fármaco histamina: - Teste de Função Pulmonar – aerossóis de histamina como teste provocativo para evidenciar hiper-reatividade brônquica. - Controle positivo em testes cutâneos de sensibilidade. - Pesquisar a capacidade do estômago de secretar ácido; - Investigação de Feocromocitoma: histamina causa liberação de catecolaminas pelas células da medula adrenal em portadores de feocromocitoma, efeito praticamente indetectável em indivíduos sadios. 13 14 8/21/2022 8 H1 - sinaliza pós receptor via proteína G: IP3, diacilglicerol e Ca intracelular No músculo liso dos brônquios, endotélio vascular intestino e útero, cérebro H2 – Age via ptn G e adenilato ciclase: AMPc células parietais gástricas; músculo cardíaco; mastócito; SNC H3 – Age via ptn G e adenilato ciclase: ↓ AMPc plexos mioentéricos; SNC: neurônios auto-receptores pré-sinápticos, que mediam inibição por feedback da liberação e síntese de histamina hetero-receptores, que controlam a liberação de outros transmissores, principalmente no SNC. Agonistas causam sono. H4 - Age via ptn G: ↓ AMPc e Ca intracelular, Céls de origem hematopoiética; mucosa gástrica. Características dos RECEPTORES DA HISTAMINA Golan, 2009 15 16 8/21/2022 9 FÁRMACOS ANTIHISTAMÍNICOS • Antagonistas fisiológicos: • - A adrenalina atua sobre o músculo liso de forma oposta ao da histamina; • - Na anafilaxia sistêmica há liberação maciça de histamina; • - Injeção de adrenalina nos pacientes com anafilaxia sistêmica. • Inibidores da liberação: • - Reduzem a desgranulação dos mastócitos desencadeada imunologicamente por uma interação antígeno IgE. • Antagonistas dos receptores histamínicos: • - São drogas que competem com os efeitos da histamina; • - Antagonistas competitivos reversíveis H1 e H2. FÁRMACOS ANTIHISTAMÍNICOS Fármacos que diminuem ou abolem as principais ações da histamina, pela competição com receptores H1, H2 e H3 da histamina; Não inibem a produção de histamina. 17 18 8/21/2022 10 FÁRMACOS ANTIHISTAMÍNICOS • H1 - Úteis e eficazes no tratamento de respostas alérgicas e inflamatórias, mediadas pela histamina, como rinite, urticária e alergias. • H2 - Reduzem a secreção ácida gástrica de pacientes com úlcera péptica e doenças relacionadas. • H3 - Úteis na regulação cardiovascular, alergias e doenças mentais. ANTI-HISTAMÍNICOS H1 • apresentam uma afinidade > pela histamina. • São ativados com baixas doses de histamina. • promovem uma resposta dilatadora RÁPIDA de CURTA DURAÇÃO. ANTI-HISTAMÍNICOS: Possuem grande semelhança com a molécula de histamina, apresentando o grupamento etilamina em suas estruturas. 19 20 8/21/2022 11 ANTI-HISTAMÍNICOS H1 • Podem ser de 1ª ou de 2ª Geração; • Usados em respostas alérgicas onde histamina é liberada em virtude da ativação celular por processos de hipersensibilidade; • Efeitos não relacionados ao bloqueio dos receptores histamínicos: - Sedação: relacionado aos de 1ª Geração; - Crianças podem apresentar excitação; - 2ª Geração: efeitos adversos menos observados; - Ação antinauseante e anti-emética: antagonistas H1 podem prevenir a cinetose. ANTI-HISTAMÍNICOS H1 • 2ª Geração: ionizados em pH fisiológico (não sofrem rápida difusão através da membrana); ligam-se com alta afinidade à albumina, bem como à bomba de efluxo de P-glicoproteína na superfície luminal do endotélio vascular, limitando sua distribuição ao SNC. 21 22 8/21/2022 12 23 24 8/21/2022 13 FARMACOCINÉTICA dos anti-histamínicos - bem absorvidos por vias oral e parenteral - Como regra geral, os de 1º geração são lipossolúveis e os de 2º geração pouco penetram no SNC. - início de ação: 15 a 30 minutos após uso oral - Biotransformação: hepática. Alguns envolvem citocromo P450 = possibilidade de interação. - Eliminação: via renal ou fecal - Em geral, os anti-H1 mais modernos, ditos de 2a geração, têm maior duração de ação. HISTAMINA • Distribuição: - Tecidos (1 a mais de 100g/g): - Plasma e líquidos corporais; - Líquido cefalorraquidiano (LCR); - Mastócito (pele, mucosa da árvore brônquica e mucosa intestinal). • Síntese, armazenamento e distribuição: - Mastócito nos tecidos e basófilos no sangue sintetizam histamina e armazenam em grânulos secretores. • Outros locais de armazenamento de histamina: - Células da epiderme; - Células da mucosa gástrica; - Neurônios no SNC; - Células de tecidos em regeneração ou crescimento rápido. 25 26 8/21/2022 14 ANTI-HISTAMÍNICOS H1 • Usos clínicos: - Prevenção e tratamento de reações alérgicas; - Tratamento de rinite alérgica, urticárias 0e conjuntivite; - Pouco eficazes no TTT da asma; - Atuam juntamente com a epinefrina no tratamento da anafilaxia sistêmica e no angioedema grave; - Tratamento da cinetose (prometazina, dimenidrinato e difenidramina e meclizina são usados com êxito nas cinetoses e em distúrbios vestibulares como a Doença de Ménière, bem como outros tipos de vertigem. - Efeitos anti-parkinsonianos; - Ações anti-receptores colinérgicos: 1ª Geração exercem efeitos atropiniformes sobre receptores muscarínicos periféricos (boca seca); - Ação bloqueadora dos receptores adrenérgicos: hipotensão ortostática; - Ação bloqueadora da serotonina; - Anestesia local: antagonistas de receptores H1 são anestésicos locais (difenidramina e prometazina). ANTI-HISTAMÍNICOS H1 27 28 8/21/2022 15 ANTI-HISTAMÍNICOS – ANTAGONISTAS H1 ANTI-HISTAMÍNICOS H1 – 1ª geração 29 30 8/21/2022 16 Etanolaminas: Carbinoxamina Difenidramina Difenilpiralina Dimenidrinato Doxilamina Etilenidiaminas: Antazolina Clemizol Mepiramina (Pirilamina) Tripelenamina BLOQUEADORES DOS RECEPTORES H1 Anti-histamínicos de Primeira Geração Alquilaminas: bromofeniramina Clorfeniramina Dexclorfeniramina Dimetindeno Feniramina Triprolidina Piperazinas: Ciclizina Hidroxizina Meclizina Fenotiazinas: Isotipendila Prometazina Piperidina de 1ª Ger. Ciproeptadina Fenindamina ANTI-HISTAMÍNICOSH1 – 2ª geração Piperidinas: Azatadina Azelastina Ebastina Epinastina Fexofenadina Loratadina Desloratadina Rupatadina Piperazina de 2ª ger: Cetirizina Bilastina 31 32 8/21/2022 17 ANTI-HISTAMÍNICOS H1 • Efeitos adversos: - Causam sedação; - Tem propriedades anticolinérgicas (secura na boca, retenção urinária e disúria); - Os de 2ª Geração não penetram no SNC, não apresentando efeitos antimuscarínicos; - Os de 2ª Geração são os de escolha no TTT de alergias; - H1 de 1ª Geração não devem ser indicados gestantes e lactentes. 33 34 8/21/2022 18 Sonolência, lassidão, fadiga, fraqueza, depressão, hiporreflexia. Na intoxicação aguda o maior perigo relaciona-se com efeitos excitatórios centrais: ataxia, incoordenação, delírio, coma, tinnitus, vertigem, diplopia, visão turva, midríase, insônia, cefaléia, tremores, parestesia, paralisia, síncope. EFEITOS COLATERAIS dos anti-histamínicos Febre, hipertermia intensa (confunde com intox. atropínica) Taquicardia, hipertensão, hipotensão, alterações no ECG (retirados astemizol e terfenadina). Náuseas, perda de apetite, vômitos, constipação, diarréia. Disúria, aumento da freqüência urinária, retenção urinária. Ressecamento de boca, nariz e garganta. Leucopenia, agranulocitose, anemia hemolítica, hepatite. Fotossensibilidade. (fenotiazinas) 35 36 8/21/2022 19 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS dos anti-histamínicos Cuidado na associação com: - barbitúricos, benzodiazepínicos, álcool e com outras drogas depressoras do SNC pois há possibilidade de potencialização dos efeitos depressores desses agentes. Alternativa: AH de 2ª geração. loratadina, desloratadina e fexofenadina são os únicos permitidos para uso por pilotos de aeronaves. GOLAN, David (ed.). Princípios de Farmacologia - A Base Fisiopatológica da Farmacologia, 3ª edição. Guanabara Koogan, 02/2014. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS dos anti-histamínicos Outros cuidados: Podem ↑ efeitos anticolinérgicos de certas drogas (Atropina, Antidepressivos tricíclicos); Podem antagonizar a ação de antiadrenérgicos usados no tratamento da Hipertensão Arterial. Interação com Enzimas Hepáticas: ex. Terfenadina ou Astemizol foram retirados do mercado: problemas com Cetoconazol, Itraconazol ou Macrolídeos, prolongar QT no ECG e arritmias cardíacas graves. 37 38 8/21/2022 20 anti-histamínicos usados no Brasil 39 40 8/21/2022 21 41 42 8/21/2022 22 43 44 8/21/2022 23 45 46 8/21/2022 24 • São utilizados p/ inibir a secreção gástrica ( cimetidina e ranitidina) PGE - muco e bicarbonato Caminhos - AMPc e Ca2+ protegendo mucosa ANTI-HISTAMÍNICOS H2 47 48 8/21/2022 25 • Aplicações terapêuticas: - Tratamento de úlcera duodenal e gástrica; - Doença do refluxo do gastroesofágico (GERD); - Sangramento gastrintestinal; - Em associação no tratamento de H. pylori; - H1 + H2 - urticária idiopática que não responde só a H1 – dermatite de contato. ANTI-HISTAMÍNICOS H2 49 50 8/21/2022 26 • EFEITOS ADVERSOS NOS ANTI-HISTAMÍNICOS H2 - Mais comuns (< 3 %): Diarréia, dor de cabeça, sonolência, fadiga, dor muscular, constipação; - Ginecomastia em homens; - Galactorréia em mulheres; - Atravessam placenta e são excretados no leite; - Cimetidina inibe citocromo P450 e altera metabolismo e concentração de fármacos. ANTI-HISTAMÍNICOS H2 51 52 8/21/2022 27 ANTI-HISTAMÍNICOS H3 • Receptores H3: - Auto receptores - Controlam síntese e liberação de histamina pré-sinápticamente - Hetero receptores - Controlam a liberação de outros transmissores, principalmente no SNC APLICAÇÕES TERAPÊUTICAS DOS ANTI - H3 - Na asma redução da neurotransmissão não adrenérgica, não colinérgica e colinérgica e relaxamento das vias aéreas - Na isquemia do miocárdio excessiva liberação de norepinefrina - Antidiarréico - Tratamento de úlceras diminui secreção gástrica No SNC regulam vigília Na epilepsia alta densidade de H1 Outras desordens do SNC regula liberação de neurotransmissores 53 54 8/21/2022 28 Perspectiva de uso do receptor H3 para tratar obesidade A sinalização central da histamina tem sido implicada na regulação do apetite e inibição de sinalização do receptor H1 ou estimulação de receptores H3 também podendo desempenhar um papel no ganho de peso associado com medicação antipsicótica. A sinalização da histamina é autorregulada pela receptor pré-sináptico H3-histamina, que inibe síntese e liberação de histamina quando ativada. Caso clínico: Ginecomastia induzida por anti-histamínicos no tratamento da urticária crônica. An Bras Dermatol. 2007;82(3):253-6 Define-se urticária crônica pela presença de urticas de tamanhos e formatos diversos, com duração inferior a 24 horas, diárias ou quase diárias, por período superior a seis semanas. causa física, alérgica, pseudo-alérgica, infecciosa ou relacionada a drogas, sendo denominada idiopática se nenhuma dessas causas for identificada. 55 56 8/21/2022 29 Caso clínico: Ginecomastia induzida por anti-histamínicos no tratamento da urticária crônica. An Bras Dermatol. 2007;82(3):253-6 A histamina é o principal mediador da urticária, e a ativação do receptor H1 causa o prurido e o edema cutâneo característicos, enquanto os receptores H2 têm papel menor na formação das urticas. os antagonistas de receptores H1, chamados anti-histamínicos, são a medicação de primeira escolha para o tratamento da urticária crônica, com eficácia e segurança indiscutíveis. Caso clínico: Ginecomastia induzida por anti-histamínicos no tratamento da urticária crônica. An Bras Dermatol. 2007;82(3):253-6 Paciente do sexo masculino, 32 anos, procurou o Serviço de Dermatologia do Hospital o com história de lesões pruriginosas pelo corpo há um ano, com duração de cerca de 24 horas. Negava quaisquer fatores desencadeantes - urticária crônica idiopática. Regime inicial de tratamento: hidroxizine 50mg/dia e fexofenadina 180mg/dia por três meses. Segundo regime: aumento gradativo da dose do hidroxizine de 50mg para 75mg e, então, para 100mg/dia, além da troca da fexofenadina pela desloratadina 5mg/dia 57 58 8/21/2022 30 Caso clínico: Ginecomastia induzida por anti-histamínicos no tratamento da urticária crônica. An Bras Dermatol. 2007;82(3):253-6 Cerca de três meses após a troca, observou-se aumento do volume mamário bilateral, assintomático. Troca do regime: suspenso o uso do hidroxizine e da desloratadina com substituição por cipro- heptadina 4mg/dia. Em três semanas não se observou involução da ginecomastia nem melhora do quadro urticariforme, assim, substituiu-se a cipro- heptadina pelo maleato de dexclorfeniramina 8mg/dia. diagnóstico de ginecomastia induzida por drogas. involução do volume mamário ocorreu cerca de nove meses após a descontinuação do hidroxizine e da desloratadina. Foi substituído pela fexofenadina 180mg/dia e corticoterapia oral (30mg/dia) Caso clínico: Ginecomastia induzida por anti-histamínicos no tratamento da urticária crônica. An Bras Dermatol. 2007;82(3):253-6 Discussão sobre o caso apresentado: 1 - No caso relatado não foram encontradas outras causas para a ginecomastia, que regrediu nove meses após a retirada da desloratadina, do hidroxizine e da cipro-heptadina. 2 - Durante o uso do hidroxizine associado à fexofenadina não ocorreu aumento do volume mamário; esse se desenvolveu três meses após a associação da desloratadina ao hidroxizine. 3- involução da ginecomastia deu-se em vigência do uso do maleato de dexclorfeniramina, e o posterior uso da fexofenadina, em monoterapia, não desencadeou crescimento mamário. 4 - A ginecomastia surgiu durante a associação do hidroxizine com a desloratadina. Não é possível distinguir qual droga especificamente ocasionou a ginecomastia, uma vez que nenhuma dessas teve seu uso experimentado isoladamente antes ou após a regressão da ginecomastia. Pode-se questionar se o sinergismo entre essas drogas e o uso de doses acima das preconizadas, nocaso do hidroxizine, foram os responsáveis pela ginecomastia 59 60 8/21/2022 31 Caso clínico: Ginecomastia induzida por anti-histamínicos no tratamento da urticária crônica. An Bras Dermatol. 2007;82(3):253-6 Discussão sobre o caso apresentado: O hidroxizine é anti-histamínico muito utilizado na prática no ambulatório de urticária e é freqüentemente prescrito em doses acima das preconizadas pelos fabricantes ou associado a outras drogas anti-histamínicas não sedantes. A desloratadina é um novo anti-histamínico de segunda geração, sendo o metabólito ativo primário da loratadina - 10 a 20 vezes mais potente na ligação com o receptor H1 que a loratadina in vitro, com maior potência anti-histamínica e bom perfil de segurança. Objetivou-se discutir os efeitos colaterais dos anti-histamínicos e apresentar um efeito adverso pouco descrito, a ginecomastia secundária ao seu uso. E ainda frisar a dificuldade no manejo terapêutico de um quadro de urticária crônica com o uso restrito desse grupo de drogas. Priscila e Hadrya estavam em um restaurante, ambas começaram a apresentar tontura, vermelhidão na pele da face e do tórax e náuseas durante a refeição. Pouco tempo depois, na outra mesa uma pessoa também apresentou sinais e sintomas semelhantes, com acentuada hipotensão ortostática. O menu do dia era composto de salada verde, peixe refogado com arroz e torta de frango. Ao chegar no hospital, a enfermeira Isabella explicou para os pacientes que ele s demonstraram sinais e sintomas típicos causados por uma intoxicação de histamina. Feliz mente, nenhum deles nesse episódio de intoxicação ali mentar apresentou edema laríngeo ou broncospasmo de grau significativo. Explicou também, que certos tipos de peixes, quando inadequadamente conservados, contêm grandes quantidades de histamina, devido à conversão – por bactérias que contaminam o tecido muscular – da histidina em histamina. Se o peixe for consumido em quantidade suficiente, pode ocorrer absorção de histamina o suficiente para provocar o quadro clínico descrito. Essa síndrome é denominada intoxicação escombroide. Dessa forma, cite e explique o mecanismo de ação das possíveis medicações utilizadas no quadro desses pacientes. Discussão em sala 61 62 8/21/2022 32 63 64 8/21/2022 33 Anafilaxia Anafilaxia define- e como uma reação de hipersensibilidade sistémica, grave e ameaçadora da vida, sendo classificada em alérgica ou não alérgica consoante é, ou não, demonstrada na presença de mecanismo imunológico . Anafilaxia Anafilaxia alérgica Anafilaxia não alérgica IgE mediada Não IgE mediada O tratamento está na administração precoce de adrenalina intramuscular, aliada à fluidoterapia ev, corticoterapia e terapêutica com anti-histamínico , sem esquecer medidas gerais , como a colocação do doente na posição de Trendlenbourg e a oxigenioterapia. Anafilaxia 65 66 8/21/2022 34 Acessem o site e leiam o caso clínico de choque anafilático apresentado https://www.sanarmed.com/caso-clinico-de-medicina-molecular-choque- anafilatico Discussão em sala Leitura de estudo CRIADO, P.R., CRIADO, R.F.J., MARUTA, C.W., MACHADO FILHO, C.A. Histamina, receptores de histamina e antihistaminicos: novos conceitos. An Bras Dermatol.2010;85(2):195210. • Conceitue a diferença dos anti-histamínicos de primeira e segunda geração com atuação nos receptores H1. • Quais as indicações do uso dos anti-histamínicos H1? Quais as contra-indicações ao uso destes fármacos? Quais as principais indicações terapêuticas do anti-histamínicos H2 ? • Quais são as principais diferenças entre os anti-histamínicos de 1ª Geração dos de 2ª Geração? • Qual é o percursor da histamina? • Complete a seguinte lista de locais onde atua a histamina com: receptor envolvido (H1 ou H2) e ação exercida. – Microcirculação, , Terminações sensitivas da pele, – Arteríolas, Mucosa gástrica – Artérias de grande calibre, veias e vénulas, Medula supra-renal. – Vasos cerebrais, – Miocárdio, – Brônquios, 67 68
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