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ANESTÉSICOS GERAIS Gerlane Guerra gerlaneguerra@hotmail.com John Collins Warren (1846): Horace Wells (dentista) – procedimento odontológico com N2O. o gás não foi administrado corretamente O estudante sofreu níveis normais de dor, desacreditando, assim, Wells e o óxido nitroso como anestésico. 16 de outubro de 1846: demonstração pública de um Procedimento odontológico- anestesia com éter administrado pelo William Morton. Paciente inconsciente por 10 min. “Cavalheiros, isto não é fraude” Oliver Wendell Holmes (1847): “ANESTESIA” = descrever insensibilidade induzida por drogas particularmente a dor. Dependendo da concentração produzem desde bloqueio sensitivo até bloqueio motor - possuem efeito temporário e completamente reversível. Características: -atenuar as respostas autônomas e hemodinâmicas decorrentes da estimulação cirúrgica (FC, PA). -rápida recuperação, tão logo se interrompa sua administração grande margem de segurança “É uma completa, contínua e reversível depressão das funções do SNC, que leva a perda da consciência, amnésia, eliminação da dor e a perda da atividade muscular (ausência de resposta a estímulos nocivos)” Conceito Anestésicos Gerais Usos: procedimentos cirúrgicos CLASSIFICAÇÃO • A anestesia geral pode ser classificada quanto a sua via de administração. • A escolha da via de administração adequada baseia-se na eficácia e segurança do método escolhido. • As principais vias de administração utilizadas são a inalatória e endovenosa (maior grau de segurança e boa eficácia). TIPOS: Anestésicos Intravenosos:Anestésicos Inalatórios: TIPO: Anestésicos Intravenosos: TIPOS: Anestésicos Inalatórios: FASES DO PERÍODO ANESTÉSICO INDUÇÃO MANUTENÇÃO RECUPERAÇÃO Compreende a administração das drogas anestésicas, incluindo a fármacos pré-anestésicos, perda da consciência e controle das vias aéreas. A manutenção deve ser realizada conforme as necessidades individuais de cada paciente e as características do procedimento cirúrgico a ser realizado. A recuperação vai desde a finalização do ato cirúrgico até o momento em que o paciente recupere a consciência e estabilize os sinais vitais Estágio III (Anestesia cirúrgica): ➢ Movimentos espontâneos cessam; ➢ Respiração regular; ➢ Reflexos musculares desaparecem; ➢ Relaxamento muscular; Estágio IV (Paralisia bulbar): ➢ respiração e controle vasomotor cessam; ➢ Morte em poucos minutos; Estágio I (Analgesia): ➢ É variável e depende do anestésico específico; ➢ Consciente e sonolento; ➢ Resposta ao estímulo doloroso reduzido. Estágio II (Excitação): ➢ Responde ou não a estímulos não dolorosos; Reflexo da tosse e náuseas presentes e exacerbados; ➢ Ventilação irregular. OS ESTÁGIOS DA ANESTESIA. Locais de ação dos anestésicos gerais A potência de um anestésico pode ser prevista a partir de suas características físico-químicas. O previsor mais fidedigno foi a solubilidade do anestésico em azeite de oliva (ou em outro solvente lipofílico, como o octanol), indicado pelo coeficiente de partição (λ ) óleo/gás. TEORIA LIPÍDICA : MEYER-OVERTON A potência de um anestésico é diretamente proporcional à sua lipossolubilidade. A teoria lipídica afirma que o anestésico dissolvido perturba as propriedades físicas da dupla camada lipídica, o que, por sua vez, modifica a função de uma proteína da membrana excitável - interação com domínios hidrofóbicos das proteínas de membrana. Aumento da permeabilidade da membrana. Os anestésicos inalatórios são levados até o pulmão em misturas gasosas, cujas concentrações e taxa de fluxo são medidas e controladas A obtenção de um estado anestésico depende da concentração do anestésico no cérebro. Aparelhos vaporizadores Possuem terapêutico apresentam farmacológicos administrados antídotos apenas por Concentração Alveolar Minima (CAM) é definida como a concentração que resulta em imobilidade em 50% dos pacientes quando expostos a um estímulo nociceptivo, como uma incisão cirúrgica. • A hipótese unitária afirma que um mecanismo comum é responsável pela ação de todos os anestésicos. • A REGRA DE MEYER-OVERTON E A HIPÓTESE DE LIPOSSOLUBILIDADE • Por outro lado, cada anestésico, ou cada classe de anestésico, pode ter seu próprio mecanismo de ação - vários indícios sugeriram a ausência de um local de ação específico. • O principal mecanismo de ação é a de modulação dos canais iônicos regulados por ligantes (como os receptores de gama-aminobutírico (GABA) e N-metil D-Aspartato (NMDA). MECANISMO DE AÇÃO DOS ANESTÉSICOS GERAIS Não foram descobertos antagonistas farmacológicos dos anestésicos gerais, sugerindo a ausência de um sítio específico pelo qual um antagonista poderia competir com um anestésico geral. • Condução dos potenciais de ação; • Transmissão sináptica; • receptores excitatórios (nicotínico de acetilcolina e NMDA). • os receptores inibitórios (GABAb e glicina) • Reduz a liberação de NT e/ou inibe ação pós-sináptica do NT MECANISMO DE AÇÃO /AMPA Cl- “Anestésicos inalatórios” Barbitúricos: diminuem a ativação do receptor AMPA Xenônio, Óxido nitroso (N2O): bloqueio dos receptores NMDA Cetamina: antagonista do receptor NMDAAMPA - Ácido alfa-Amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazol Propiônico IV: propofol etomidato Barbitúricos MECANISMO DE AÇÃO de Na+ e Ca2+ • Bloqueio de receptores nicotínicos • Hiperpolarização das membrana através bloqueio canais de Na+ e Ca2+ • Ativação dos canais de K+ Na+ Ca2+ Despolarização Excitação neuronal xenônio NO2, quetamina, Depressão ventilatória Respiração rápida e superficial Ventilação assistida Conc. CO2 EFEITO RESPIRATÓRIO ❑ Relaxa o músculo esquelético ❑ Relaxa o músculo liso uterino ❑ Aumenta a sensibilidade da placa motora a agentes bloqueadores neuromusculares EFEITO MUSCULAR Hipertermia maligna Autossômico dominante associado a miopatias congênitas Liberação de Ca+2 • Contratura muscular • Rigidez • Geração de calor pelo ME • Aumento do metabolismo • Acidose metabólica • Taquicardia Tratamento • Resfriamento • O2 • Dantroleno EFEITO CARDIOVASCULAR Hipotensão Depressão miocárdica direta Diminuição da taquicardia mediada por barorreceptor Bradicardia Vasodilatação ↓ DC PA EFEITO RENAL Redução do fluxo sanguíneo renal Redução na taxa de filtração glomerular Urina concentrada OUTROS EFEITO NO SNC Vasoconstricção cerebral Aumento do fluxo sanguíneo ↑ Pressão do LCR ANESTÉSICOS GERAIS Gerlane Guerra gerlaneguerra@hotmail.com
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