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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PREVIDENCIÁRIO
Aposentadorias do RGPS
Livro Eletrônico
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Aposentadorias do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Cassius Garcia
Sumário
Aposentadorias do RGPS ............................................................................................................... 3
Aposentadoria por Incapacidade Permanente ......................................................................... 3
Aposentadoria Programada........................................................................................................ 23
Aposentadoria Especial ...............................................................................................................38
Aposentadoria por Idade do Trabalhador Rural .....................................................................49
Aposentadoria da Pessoa com Deficiência ............................................................................. 53
Regras de Transição Pós-Reforma ............................................................................................ 59
Aposentadoria por Idade ............................................................................................................. 59
Aposentadoria por Tempo de Contribuição .............................................................................60
Aposentadoria Especial ............................................................................................................... 62
Questões de Concurso .................................................................................................................64
Gabarito ......................................................................................................................................... 102
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Aposentadorias do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Cassius Garcia
APOSENTADORIAS DO RGPS
AposentAdoriA por incApAcidAde permAnente
Acredito que você já tenha ouvido falar nesse benefício, principalmente com a clássica 
denominação de aposentadoria por invalidez, cuja disciplina se encontra nos arts. 41 a 47 da 
Lei de Benefícios da Previdência Social (LBPS) e nos arts. 43 a 50 do Regulamento da Pre-
vidência Social (RPS). Trata-se de prestação concedida ao segurado que, mediante exame 
médico pericial a cargo da Previdência Social, for considerado: (1) incapaz para o trabalho; e 
(2) insuscetível de reabilitação para atividade que lhe garanta a subsistência.
Desse conceito curtinho já extraímos duas informações relevantes, não é mesmo?
EXEMPLO
Não será concedida aposentadoria por incapacidade permanente ao estivador que, em decor-
rência de séria lesão nos joelhos, está definitivamente incapacitado apenas para o exercício 
de atividades que demandem esforço físico.
Ainda que a perícia médica conclua que ele nunca mais poderá exercer a estiva, é perfei-
tamente possível que, participando de processo de reabilitação profissional, aprenda outra 
atividade. Sua lesão não o impediria, em tese, de exercer a profissão de porteiro, auxiliar de 
escritório, advogado, dentista, ou qualquer outra função que não demande elevados esforços 
nas pernas.
Nessa hipótese, ele receberá apenas o auxílio por incapacidade temporária — benefício que 
estudaremos mais adiante — enquanto não for concluído o processo de reabilitação.
Acerca desse exemplo, no entanto, é prudente destacar o que diz o Superior Tribunal de 
Justiça (STJ). A análise da possibilidade de exercer outra atividade deve — veja bem, DEVE 
— levar em consideração aspectos socioeconômicos, profissionais e culturais. Supondo que 
nosso estivador fosse analfabeto, o rol de atividades para as quais ele poderia ser reabilitado 
se restringiria barbaramente, não é verdade? Isso pode — dependendo da análise de cada 
caso — resultar em concessão da aposentadoria por incapacidade permanente.
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Aposentadorias do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Cassius Garcia
Segue um acórdão representativo desse entendimento, no tempo em que esse benefício 
ainda era conhecido como aposentadoria por invalidez:
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. APO-
SENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE PARCIAL. CONSIDERAÇÃO DOS ASPECTOS 
SOCIOECONÔMICOS, PROFISSIONAIS E CULTURAIS. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES.
1. O Tribunal de origem deixou claro que, na hipótese dos autos, o autor não possui con-
dições de competir no mercado de trabalho, tampouco desempenhar a profissão de ope-
radora de microônibus.
2. Necessário consignar que o juiz não fica adstrito aos fundamentos e à conclusão do 
perito oficial, podendo decidir a controvérsia de acordo o princípio da livre apreciação da 
prova e do livre convencimento motivado.
3. A concessão da aposentadoria por invalidez deve considerar, além dos elementos pre-
vistos no art. 42 da Lei n. 8.213/91, os aspectos socioeconômicos, profissionais e cul-
turais do segurado, ainda que o laudo pericial apenas tenha concluído pela sua incapa-
cidade parcial para o trabalho. Precedentes das Turmas da Primeira e Terceira Seção. 
Incidência da Súmula 83/STJ Agravo regimental improvido.
(STJ – AgRg no AREsp 384.337/SP – Relator Ministro HUMBERTO MARTINS – Segunda 
Turma – Julgamento em 01.10.2013 – Publicação em 09.10.2013)
Carência
Como regra geral, a legislação prevê, para a aposentadoria por incapacidade permanente, 
a carência de 12 contribuições (LBPS, art. 25, I).
Será, contudo, isenta de carência se a incapacidade for decorrente de acidente de qual-
quer natureza, bem como de doenças profissionais ou do trabalho (enfermidades que são 
equiparadas por lei a acidente de trabalho).
Também será dispensada a carência se a incapacidade, surgida após a filiação (cuidado 
com esse detalhe, ok?), decorrer de alguma das doenças previstas em lista elaborada pelos 
Ministérios da Saúde e da Previdência Social (LBPS, art. 26, II). Essa lista abrange todas as 
enfermidades previstas no art. 151 da LBPS: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, 
esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e inca-
pacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia 
grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência 
imunológica adquirida (AIDS) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da me-
dicina especializada.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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Se houver perda da qualidade de segurado, contribuições vertidas ANTES dessa perda não 
valerão para fins de carência, enquanto o segurado não efetuar contribuições em número 
equivalente a, no mínimo, metade da carência fixada para o benefício. É a chamada regra do ½.
Se, por exemplo, o seu José contribuiu de 2000 a 2010 e só voltou a contribuir em 2020, ele 
só terá direito à aposentadoria por incapacidade permanente se, comprovada a incapaci-
dade total e definitiva, houver pagado, desdeo reinício dos recolhimentos, pelo menos seis 
contribuições.
Só um alerta: quando o benefício for isento de carência, é óbvio que não se aplica a regra do 
½. Basta comprovar a qualidade de segurado na data de início da incapacidade e haverá di-
reito ao benefício.
Segurados Cobertos
No Regime Geral de Previdência Social (RGPS), a regra é que os benefícios sejam devidos 
a todos os tipos de segurado; excepcionalmente, há prestações que são restritas a um ou ou-
tro grupo de segurados. NÃO É o caso da aposentadoria por incapacidade permanente.
Então, prezado(a), temos aqui uma prestação previdenciária que pode ser recebida, aten-
didos os demais requisitos, por empregados, contribuintes individuais, domésticos, trabalha-
dores avulsos, segurados especiais e facultativos: os velhos CADES F.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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Salário de Benefício (SB)
O SB da aposentadoria por incapacidade permanente é calculado pela média dos salários 
de contribuição correspondentes a todo o período contributivo desde julho de 1994, segundo 
a Emenda Constitucional (EC) n. 103, art. 26.
Renda Mensal
Se a aposentadoria por incapacidade permanente não for precedida de auxílio por inca-
pacidade temporária (hipótese excepcionalíssima), a renda mensal do benefício (RMB) cor-
responderá a:
REGRA GERAL
60% do SB + 2% por ano que supere: (1) os 20 anos de contribuição, no caso de segurado; 
(2) os 15 anos de contribuição, no caso de segurada.
EXCEÇÃO
100% do SB se a incapacidade for decorrente de acidente do trabalho ou de doença pro-
fissional ou do trabalho.
Por outro lado, se for precedida de auxílio por incapacidade temporária (é a regra), a RMB 
corresponderá aos mesmos percentuais acima, mas tendo por base o SB que serviu de base 
para o cálculo da RMB do auxílio.
Se não houve nenhum reajuste entre a concessão do auxílio por incapacidade temporária e 
a conversão para aposentadoria, a conta é simples: basta pegar o valor do SB do cálculo origi-
nal do auxílio, multiplicar pelo coeficiente correto da aposentadoria e PRONTO, teremos a RMB 
da aposentadoria por incapacidade permanente.
Se houve algum (ou vários) reajuste(s), esse SB apurado no cálculo de concessão do auxí-
lio por incapacidade temporária deve ser reajustado pelos mesmos índices de correção dos 
benefícios em geral, até a data de início da aposentadoria por incapacidade permanente.
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Relembre o que nos diz a LBPS:
Art. 29. [...] § 5º Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por incapaci-
dade, sua duração será contada, considerando-se como salário de contribuição, no período, o salário 
de benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e 
bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salário mínimo.
Em uma leitura apressada, poderíamos entender que mesmo a aposentadoria por incapacida-
de permanente precedida de auxílio por incapacidade temporária deveria ter sua renda mensal 
inicial apurada COM NOVO CÁLCULO, usando como salário de contribuição (SC) o SB do auxílio 
precedente, durante todo o período em que esse auxílio vigorou.
Não é essa, no entanto, a interpretação administrativa; não é isso que o STF entendeu válido ao 
se pronunciar sobre o tema.
Portanto, essa regra que determina considerar como SC o SB dos benefícios por incapacidade 
vale para qualquer caso, EXCETO para a transformação de auxílio por incapacidade temporária 
em aposentadoria por incapacidade permanente, OK?
Para compreensão, imaginemos duas situações:
Situação 1 – José recebeu um auxílio por incapacidade temporária de janeiro a outubro de 
2012; após isso, retornou normalmente ao trabalho e, em janeiro de 2020, requereu sua apo-
sentadoria programada.
Nessa hipótese, o cálculo do SB da aposentadoria pleiteada deverá considerar como SC 
dos meses de janeiro a outubro de 2012 o valor do SB do auxílio por incapacidade temporá-
ria recebido.
Situação 2 – Daniel recebeu um auxílio por incapacidade temporária de janeiro a abril de 
2015. Depois retornou normalmente ao trabalho. Em setembro de 2018 sofreu um acidente, 
que resultou na concessão de outro auxílio por incapacidade temporária; depois de seis me-
ses recebendo o benefício, em reavaliação pericial realizada em março de 2019, reconheceu-
-se sua incapacidade total e permanente.
Nessa hipótese, a renda mensal da aposentadoria por incapacidade permanente resultará 
simplesmente da conversão do SB do auxílio por incapacidade temporária iniciado em 2018. 
Toma-se o valor do SB do auxílio e multiplica-se pelo coeficiente adequado ao caso (60% + 
2% por ano superior ao mínimo ou 100%). Simples assim.
Observe, contudo, que no cálculo do SB do auxílio iniciado em 2018 foram considerados 
como SC de janeiro a abril de 2015 os valores do SB daquele auxílio por incapacidade tempo-
rária pretérito.
Ficou mais claro?
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Um último alerta — apesar da literalidade normativa, é prudente destacar: o que será con-
siderado como SC no caso de haver benefício por incapacidade é o valor do salário de benefí-
cio, e não a renda mensal. Se José recebeu de auxílio por incapacidade temporária, em 2012, 
o valor mensal de R$ 2.730, o cálculo da renda de sua aposentadoria programada realizado 
em 2020 considerará, para cada um dos meses, o valor de R$ 3.000,00.
Início do Benefício
Analise a seguinte assertiva: “A data de início da aposentadoria por incapacidade perma-
nente precedida de auxílio por incapacidade temporária deve ser fixada no dia imediatamente 
posterior ao da cessação do auxílio”. Como vocês a julgariam?
Olha, professor, parece certa, mas é uma frase tão óbvia que só pode ser pegadinha. En-
tão eu chutaria ERRADA.
MUITO BEM, colega.
Viu? Eu disse que era pegadinha!
Um ponto A MENOS para você.
O quê?!
Permita que eu aproveite este momento para chamar sua atenção. Todos nós estamos 
cansados de saber o quanto as bancas abusam de pegadinhas, de textos legais com altera-
ções discretas, mas suficientes para alterar o sentido do texto, de invenções esdrúxulas dos 
examinadores para pegar os incautos. Mas fique atento(a) para o seguinte: A QUEM MUITO 
ESTUDA, MUITA COISA PARECE ÓBVIA. Portanto, se uma determinada questão na prova pa-
recer “fácil demais pra ser verdade”, isso pode, eventualmente, ser resultado de uma pegadi-
nha da banca, mas é MUITO PROVÁVEL que seja apenas reflexo do seu estudo exaustivo, ok? 
Conheço inúmeros casos de gente infinitamente mais bem preparada que eu que reprovou em 
concursos nos quais fui aprovado; reprovações decorrentes, em parte, do nervosismo, mas 
também em razão dessa desconfiança excessiva, que fez o candidato errar muitas questões 
por achar que a resposta certa era “pegadinha”, já que parecia demasiado óbvia.
Voltandoao foco, essa primeira parte está mais do que clara. Se o segurado vinha rece-
bendo auxílio por incapacidade temporária e a perícia médica do Instituto Nacional do Seguro 
Social (INSS) constatou que ele deveria ser aposentado por incapacidade permanente, seu 
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auxílio será cessado e, no dia seguinte, iniciará a aposentadoria por incapacidade permanen-
te. É isso que diz o art. 43 da LBPS: “A aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia 
imediato ao da cessação do auxílio-doença, [...]”.
E nos (repito, EXCEPCIONAIS) casos de concessão direta de aposentadoria por incapa-
cidade permanente, qual deve ser a data de início? Para essa pergunta, a melhor resposta 
é: depende.
Depende do quê? Do tipo de segurado.
• Segurado empregado: a aposentadoria iniciará no 16º dia a partir do afastamento do 
trabalho ou, se ele requerer o benefício após mais de 30 dias do afastamento, na data 
do requerimento (LBPS, art. 43, § 1º, a). Durante os primeiros 15 dias de afastamento, 
cabe à empresa pagar o salário do empregado (LBPS, art. 43, § 2º).
• Os outros segurados: a aposentadoria iniciará na data fixada pela perícia médica do 
INSS como sendo o início da incapacidade ou, se o benefício for requerido mais de 30 
dias após essa data, na data do requerimento (LBPS, art. 43, § 1º, b).
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001. (FCC/2012/INSS/PERITO MÉDICO PREVIDENCIÁRIO/ADAPTADA) Conforme prevê a 
legislação previdenciária, em relação ao benefício da aposentadoria por incapacidade perma-
nente é correto afirmar que:
a) a sua concessão dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame 
médico-pericial a cargo da Previdência Social.
b) por sua natureza em nenhuma situação dependerá de período de carência.
c) será devida apenas se o segurado estiver em gozo de auxílio por incapacidade temporária.
d) não é devida ao segurado empregado doméstico.
e) durante os primeiros trinta dias de afastamento da atividade por motivo de invalidez, cabe-
rá à empresa pagar ao segurado empregado o salário.
Assertiva por assertiva, como é nosso costume e, de longe, a melhor forma de estudar.
�a) Certa. A aposentadoria por incapacidade permanente é devida ao segurado que, mediante 
exame médico pericial a cargo da Previdência Social, for considerado incapaz para o tra-
balho e insuscetível de reabilitação para atividade que lhe garanta a subsistência. Onde diz 
isso? Na LBPS, ora:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, 
será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz 
e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-
-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de inca-
pacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às 
suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.
�b) Errada. A concessão da aposentadoria por incapacidade permanente depende, em regra, 
do cumprimento da carência de 12 meses (LBPS, art. 25, I). Essa carência é dispensada em 
hipóteses excepcionais presentes no art. 26, II, também da LBPS (acidente de qualquer natu-
reza ou causa, doença profissional ou do trabalho, doenças e afecções especificadas em lista 
elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Economia).
�c) Errada. É fato que o INSS tem uma fé inabalável na capacidade de recuperação do segurado. 
Muitas vezes os pobres segurados estão “caindo aos pedaços” e o INSS reluta em aposentá-
-los, mantendo-os indefinidamente em auxílio por incapacidade temporária.
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No entanto, na teoria, ao menos, a aposentadoria por incapacidade permanente pode ser con-
cedida de imediato, sem a necessidade de prévia concessão de auxílio por incapacidade tem-
porária. O art. 42 da LBPS é claríssimo nesse sentido:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, 
será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e 
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á 
paga enquanto permanecer nesta condição. (grifo nosso)
�d) Errada. A aposentadoria por incapacidade permanente é devida aos CADES F. Duvida? Leia 
o art. 43 da LBPS:
Art. 43. A aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia imediato ao da cessação do auxí-
lio-doença, ressalvado o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo.
§ 1º Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e definitiva para o 
trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida:
a) ao segurado empregado, a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade ou a partir 
da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais 
de trinta dias;
b) ao segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, especial e facul-
tativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre 
essas datas decorrerem mais de trinta dias. (grifos nossos)
�e) Errada. Quando se trata de segurado empregado, realmente cabe à empresa o pagamento 
do benefício por certo período. O problema é que não são 30 dias, mas 15, como nos prova a 
LPBS:
Art. 43. [...] § 2º Durante os primeiros quinze dias de afastamento da atividade por motivo de invali-
dez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário (grifo nosso).
Letra a.
Cessação do Benefício
A legislação prevê algumas hipóteses de cessação dessa prestação previdenciária. A pri-
meira é mais óbvia. Extingue-se a aposentadoria por incapacidade permanente pelo óbito do 
beneficiário.
Também será cessada a aposentadoria se o segurado retornar voluntariamente ao trabalho.
Mas professor, conheço muita gente aposentada que continua trabalhando.
Eu também conheço, colega. São beneficiários das atualmente inexistentes aposentado-
rias por idade ou por tempo de contribuição (TC). Em breve veremos beneficiários de aposen-
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tadoria programada que permanecem em atividade. Mas não aposentados por incapacidade 
permanente.
Se o requisito fundamental para a concessão da aposentadoria por incapacidade perma-
nente é —ÓBVIO — a incapacidade laborativa permanente, é impossível sustentar a continui-
dade do pagamento a um segurado que retorna ao trabalho, dando a entender que RECUPE-
ROU sua aptidão laboral.
Por fim, será encerrado o benefício se a perícia médica do INSS constatar a recupera-
ção da capacidade laboral. Para essa hipótese, há algumas regras, das quais tratarei logo 
mais. Aguarde.
Outras Informações Relevantes sobre o Benefício
1ª – FILIAÇÃO PRÉVIA
A aposentadoria por incapacidade permanente será devida se, e somente se, a incapa-
cidade surgir APÓS a filiação do segurado (LBPS, art. 42, § 2º). Nada impede que, no ato da 
filiação, o segurado já tenha alguma doença ou lesão; o que não se admite é que a incapaci-
dade já exista.
EXEMPLO
Se tenho diabetes no ato da filiação, mas sem consequências outras sobre minha saúde, 
posso perfeitamente me filiar e iniciar minhas atividades laborais. Se essa doença se agravar 
após a filiação e resultar em incapacidade laborativa, terei direito ao benefício.
2ª – ACOMPANHAMENTO NA PERÍCIA
O segurado poderá, querendo, comparecer à perícia médica acompanhado de médico de 
sua confiança. Mas o custo desse acompanhamento corre por conta do segurado (LBPS, 
art. 42, § 1º).
3ª – VALOR DA RENDA DO BENEFÍCIO
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Informação que trago apenas para as hipóteses em que a banca exige a velha e odiosa 
decoreba legislativa. Veja o que diz o art. 44, § 2º da LBPS:
Art. 44. § 2º Quando o acidentado do trabalho estiver em gozo de auxílio-doença, o valor da aposen-
tadoria por invalidez será igual ao do auxílio-doença se este, por força de reajustamento, for superior 
ao previsto neste artigo.
Sabes qual é a probabilidade de isso ocorrer hoje em dia? NENHUMA! ZERO! ABAIXO DE 
ZERO! ANTIGAMENTE, BEM ANTIGAMENTE, quando a LBPS foi editada (1991), o auxílio por 
incapacidade temporária — na época ainda era denominado auxílio-doença — decorrente de 
acidente de trabalho podia corresponder a um percentual do SB ou do último salário de con-
tribuição, O QUE FOSSE MAIS VANTAJOSO. Se o segurado tinha, por qualquer razão, recebido 
um valor elevado no último pagamento antes do início do auxílio por incapacidade temporária, 
provavelmente o valor desse salário superaria o valor do SB. Apenas nessa hipótese se vis-
lumbra uma utilidade para o dispositivo legal que logo acima transcrevi.
Como a sistemática de cálculo dos benefícios acidentários mudou em 1995, hoje esse 
dispositivo é letra morta. Sua aplicabilidade é zero, mas ele NÃO FOI REVOGADO; desse modo, 
não nos surpreendamos se algum examinador cobrar a literalidade desse parágrafo na prova.
Peraí, professor! O auxílio por incapacidade temporária corresponde a 91% do SB; a 
aposentadoria por incapacidade permanente, segundo as novas regras da Reforma, 
pode corresponder até mesmo a 60%. Não dá para dizer que esse artigo aí volta a ter 
aplicabilidade?
Quase, prezado(a). Você só esqueceu de um detalhezinho: o artigo fala em um acidentado 
do trabalho que está recebendo auxílio por incapacidade temporária. O coeficiente de 60%+2% 
por ano da aposentadoria por incapacidade permanente é a REGRA GERAL, mas, quando a 
incapacidade decorre de acidente do trabalho, doença profissional ou doença do trabalho, a 
aposentadoria corresponderá a 100% do SB. Então, nesse ponto, continua tudo igual. O § 2º 
do art. 44 da LBPS é letra morta.
4ª – ACRÉSCIMO DE 25%
Outro ponto importantíssimo da aposentadoria por incapacidade permanente é o direito 
a um acréscimo na remuneração, devido ao segurado que necessitar de assistência perma-
nente de terceiros (LBPS, art. 45). Alguns chamam a esse acréscimo auxílio-acompanhante.
Esse segurado receberá 25% a mais em sua remuneração, acréscimo que será pago mes-
mo que supere o valor teto do RGPS. É isso mesmo. Se o segurado já recebe o valor teto, ainda 
assim terá direito ao adicional; se recebe um valor inferior ao teto, mas o acréscimo de 25% 
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supera esse limite, não há problema. É uma das expressas exceções legais ao limite máximo 
(LBPS, art. 45, parágrafo único, alínea a).
Ele só será pago enquanto vigorar a aposentadoria por incapacidade permanente. Em caso 
de óbito do segurado, cessará o adicional, transferindo-se aos pensionistas apenas o valor da 
aposentadoria (LBPS, art. 45, parágrafo único, alínea c).
A legislação garante esse adicional exclusivamente à aposentadoria por incapacidade perma-
nente. Auxílio por incapacidade temporária não dá direito a ele; aposentadoria programada 
também não; aposentadoria por idade do trabalhador rural? Não, também.
Apenas na via judicial houve decisões favoráveis a beneficiários de outras aposentadorias, 
inclusive do STJ.
Em 12.03.2019, contudo, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu todos os processos 
que versavam sobre a extensão do auxílio a beneficiários de outras aposentadorias; portanto, 
não há possibilidade, no momento, de obtenção desse auxílio judicialmente.
Ficamos, então, com o que diz a lei: esse adicional é só para aposentado por incapacidade 
permanente! Simples assim.
002. (FCC/2012/TRT 6ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO) Eunice trabalhou como empregada 
doméstica informal desde a adolescência e só ao atingir os 50 anos, preocupada com seu 
futuro, resolveu associar-se à Previdência Social. Após um ano de recolhimento foi diagnos-
ticada com doença grave degenerativa, rapidamente progressiva e de causa não relacionada 
ao trabalho. A perícia da Previdência Social revelou-a incapaz para trabalhar.
Supondo que Eunice tenha direito à aposentadoria por incapacidade permanente e necessite 
de auxílio permanente de outra pessoa a aposentadoria consistirá em:
a) uma renda mensal correspondente a 91% do salário de benefício, acrescida de 20% pela 
necessidade de auxílio permanente.
b) um acréscimo de 25% pela necessidade de auxílio permanente, sendo este acréscimo in-
corporável ao valor da pensão, quando da sua morte.
c) uma renda mensal correspondente a 60% do salário de benefício, acrescida de 25% pela 
necessidade de auxílio permanente.
d) um acréscimo de 15% pela necessidade de auxílio permanente, não sendo este acréscimo 
incorporável ao valor da pensão, quando da sua morte.
e) uma renda mensal correspondente a 91% do salário de benefício, acrescida de 15% pela 
necessidade de auxílio permanente.
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Solucionamos essa questão com três informações MUITO BÁSICAS sobre a aposentadoria por 
incapacidade permanente:
1) A renda mensal desse benefício, quando não decorre de acidente do trabalho, doença profis-
sional ou doença do trabalho, corresponde a 60% aos 20 anos de contribuição (homem) ou aos 
15 anos de contribuição (mulher), acrescido de 2% para cada ano de contribuição que supere 
esses limites. É essa a previsão do art. 44 do RPS:
Art.44. A aposentadoria por incapacidade permanente será devida a partir do dia imediato ao da 
cessação do auxílio por incapacidade temporária, ressalvado o disposto no § 1º, e consistirá em 
renda mensal decorrente da aplicação dos seguintes percentuais incidentes sobre o salário de 
benefício, definido na forma do disposto no art. 32:
I – sessenta por cento, com acréscimo de dois pontos percentuais para cada ano de contribuição 
que exceder o tempo de vinte anos de contribuição, para os homens, ou quinze anos de contribui-
ção, para as mulheres; ou
II – cem por cento, quando a aposentadoria decorrer de:
a) acidente de trabalho;
b) doença profissional; ou
c) doença do trabalho. (grifos nossos)
Eunice tinha quantos anos de contribuição quando teve sua incapacidade diagnosticada? Ape-
nas um. Então ela cai na regra geral dos 60%. Despedimo-nos das alternativas “a” e “e”.
2) O aposentado por incapacidade permanente que necessita de auxílio permanente de tercei-
ros faz jus a um adicional de 25% no valor do benefício (LBPS, art. 45):
Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência perma-
nente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).
Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo:
a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal;
b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado;
c) cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão. (grifo nosso)
Vale lembrar que esse adicional é válido ainda que o total pago supere o teto máximo do 
RGPS. Despedimo-nos, também, da letra d. E se a primeira informação não fosse suficiente 
para derrubar as letras “a” e “e”, elas teriam caído por terra agora, né?
3) Esse adicional cessa com o óbito do beneficiário, ou seja, não se transmite à pensão (LBPS, 
art. 45, parágrafo único, alínea c). Com isso, nos livramos também da letra b. Quem sobrou?
Letra c.
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5ª – ABRANGÊNCIA DA INCAPACIDADE
Agora trago algo aparentemente óbvio; mas, como a maldade dos examinadores é imen-
surável e jamais conseguiremos prever todas as artimanhas por eles utilizadas para nos 
enlouquecer nas provas, preciso mencionar: um segurado que exerce mais de uma atividade 
só poderá se aposentar por incapacidade permanente caso se afaste de todas elas (RPS, art. 
44, § 3º).
O auxílio por incapacidade temporária não tem tal exigência; o segurado pode se afastar 
apenas da atividade para a qual está incapacitado. A aposentadoria por incapacidade perma-
nente, por seu turno, pressupõe incapacidade total (ou seja, para qualquer atividade profissio-
nal) e permanente (pouca ou nenhuma probabilidade de recuperação).
6ª – PERÍCIAS PERIÓDICAS
Uma característica especial da aposentadoria por incapacidade permanente é ser um be-
nefício de caráter provisório.
Hein? Como assim, professor? Provisório é o auxílio por incapacidade temporária!
De fato, prezado(a), o auxílio por incapacidade temporária também é provisório. Em ambos, 
o segurado se submete, com regularidade, a perícias médicas para avaliação de sua incapaci-
dade. As principais diferenças são o grau de incapacidade; na aposentadoria por incapacida-
de permanente, ela é omniprofissional (incapacidade para todas as atividades) e tendente à 
perpetuidade.
Dados os constantes avanços da medicina, é impossível afirmar, com 100% de convicção, 
que esse ou aquele segurado está permanentemente inválido. Podemos afirmar que há uma 
tendência à invalidez permanente, tendência esta que será reavaliada a qualquer tempo.
A reavaliação das condições de saúde do aposentado por incapacidade permanente era 
bienal até pouco tempo atrás, por força do art. 46, parágrafo único, do RPS. No finalzinho de 
2015, o art. 101 da LBPS foi alterado para dispensar dessa avaliação pericial bienal os maio-
res de 60 anos. Em 2017, alterou-se a regra da periodicidade da reavaliação. O art. 43, § 4º, 
da LBPS prevê a convocação a qualquer tempo do aposentado por incapacidade permanente 
para avaliação das condições que ensejaram a aposentadoria.
Se a perícia médica constatar que a capacidade laborativa foi recuperada, o benefício ces-
sará, devendo o segurado retornar ao trabalho.
No mesmo ano, foram dispensados da reavaliação os maiores de 55 anos que estejam 
afastados há mais de 15 anos (ou seja, decorridos mais de 15 anos do início da aposentadoria 
ou do auxílio por incapacidade temporária que a precedeu).
Em 2019 eliminou-se a obrigatoriedade de reavaliação da pessoa com HIV/AIDS.
7ª – TRATAMENTOS OBRIGATÓRIOS
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Além do item acima, há a nobilíssima preocupação de nosso legislador com a qualidade 
de vida do segurado aposentado por incapacidade permanente. Não basta aposentar-se, é ne-
cessário realizar tratamentos que possam contribuir para sua recuperação ou, no mínimo, para 
melhor qualidade de vida. Vejam o que diz o art. 101 da LBPS:
Art. 101. O segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e o pensionista in-
válido estão obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a 
cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e 
tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facul-
tativos. (grifos nossos)
Em suma, o INSS dá o benefício, mas se esforça ao máximo para que o segurado recupere 
logo sua capacidade laborativa.
Mas essa obrigatoriedade não é eterna. Veja o que diz na sequência do mesmo artigo:
Art. 101. [...] § 1º O aposentado por invalidez e o pensionista inválido que não tenham retornado à 
atividade estarão isentos do exame de que trata o caput deste artigo:
I – após completarem cinquenta e cinco anos ou mais de idade e quando decorridos quinze anos 
da data da concessão da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a precedeu; ou
II – após completarem sessenta anos de idade.
§ 2º A isenção de que trata o § 1º não se aplica quando o exame tem as seguintes finalidades:
I – verificar a necessidade de assistência permanente de outra pessoa para a concessão do acrés-
cimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor do benefício, conforme dispõe o art. 45;
II – verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante solicitação do aposentado ou 
pensionista que se julgar apto;
III – subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela, conforme dispõe o art. 110. (grifos 
nossos)
O § 1º trata da dispensa da perícia, já mencionada no item anterior. O § 2º estabelece ex-
ceções a essa dispensa. Tudo simples e claro, sem maiores dificuldades, não é?
8ª – MENSALIDADE DE RECUPERAÇÃO
Pagando minha dívida contraída alguns parágrafos acima: o segurado aposentado por in-
capacidade permanente que tiver sua capacidade laborativa reconhecida pela perícia médica 
do INSS terá seu benefício cessado de acordo com as regras do art. 47 da LBPS.
Se o segurado simplesmente retornar ao trabalho, seu benefício cessará de imediato, sem a 
aplicação dessa regra do art. 47 (é essa a única maneira de interpretar o art. 46 da LBPS e o art. 
48 do RPS). Por isso, se o segurado se sente apto a retornaràs atividades e não quer perder a 
benesse do art. 47, deve solicitar a realização de nova avaliação médica; reconhecida, nessa 
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nova avaliação, a recuperação da capacidade laboral, então o benefício cessará seguindo as 
regras do art. 47.
Que regras são essas? O artigo é de tão fácil compreensão que não vale a pena me dar o 
trabalho de reescrevê-lo com minhas palavras. Aqui vai:
Art. 47. Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, será ob-
servado o seguinte procedimento:
I – quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data do início da aposen-
tadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção, o benefício cessará:
a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava 
na empresa quando se aposentou, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, 
para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela Previdência Social; ou (grifos nossos)
Por que existe essa previsão? Porque a aposentadoria por incapacidade permanente é 
causa de SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO, conforme art. 475 da Consolidação das 
Leis do Trabalho (CLT). Esse artigo assegura ao ex-aposentado o retorno à função que ocu-
pava ao tempo da aposentadoria. Com a manutenção do status anterior assegurado, não há 
realmente motivo para a prorrogação do benefício.
b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença ou da aposentadoria 
por invalidez, para os demais segurados;
Recebeu o benefício três anos? Ganha três meses de benefício APÓS a recuperação da ca-
pacidade. Esse bônus tem a função de dar ao segurado, que já se encontrava há certo tempo 
alijado do mercado formal de trabalho, um prazo razoável para retomar suas atividades pro-
fissionais. Esse pagamento prorrogado, bem como aquele previsto no inciso II, logo abaixo, é 
denominado MENSALIDADE DE RECUPERAÇÃO.
II – quando a recuperação for (1º motivo) parcial, ou (2º motivo) ocorrer após o período do inciso 
I, ou ainda (3º motivo) quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso 
do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade:
a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que for verificada a recupera-
ção da capacidade;
b) com redução de 50% (cinquenta por cento), no período seguinte de 6 (seis) meses;
c) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período de 6 (seis) meses, ao 
término do qual cessará definitivamente. (grifos nossos)
É isso mesmo, prezado(a). Se o segurado recebeu aposentadoria por mais de cinco anos 
ou, mesmo que em menos tempo, tenha sido REABILITADO para outra atividade, ou ainda 
tenha recuperado PARTE de sua capacidade para o exercício do trabalho habitual, continuará 
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recebendo algum dinheiro do INSS por 18 MESES: seis meses integral + seis meses de 50% + 
seis meses de 25%.
A lógica é a mesma comentada acima. Já se espera que o segurado tenha dificuldade 
para se readaptar ao trabalho e, por essa razão, é assegurada a manutenção dos pagamentos 
por um período razoável.
003. (CONSULPLAN/2017/TRF 2ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL DE JUSTIÇA AVA-
LIADOR FEDERAL) “Jerônimo era contribuinte individual, foi aposentado por incapacidade per-
manente aos 53 anos de idade e, na ocasião, necessitava do auxílio permanente de uma pes-
soa, daí porque contratou um cuidador. Passados alguns anos, e com o avanço da medicina, 
Jerônimo se recuperou e conseguiu um emprego.” Diante da situação retratada e da legislação 
previdenciária em vigor, assinale a alternativa correta.
a) Enquanto necessitou do auxílio permanente de uma pessoa, Jerônimo poderia requerer um 
acréscimo de 25% sobre o valor do benefício.
b) Jerônimo é obrigado, sob pena de perda do benefício, a se submeter às cirurgias determina-
das pelo INSS, mas não à transfusão de sangue.
c) O segurado em questão, por ter alcançado cinquenta anos, fica dispensado de realizar perí-
cia a cada dois anos para verificar eventual recuperação.
d) A aposentadoria em questão será paga a partir do 16º dia da invalidez e quitada na razão de 
100% do salário de benefício até a obtenção do emprego.
�a) Certa. Iniciamos a questão pelo nosso gabarito! A assertiva trata daquele nosso já conheci-
do auxílio-acompanhante, que está previsto no art. 45 da LBPS:
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Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência perma-
nente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).
Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo:
a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal;
b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado;
c) cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão. (grifo nosso)
�b) Errada. O INSS sempre confia cegamente na possibilidade de recuperação dos segurados. 
Por isso costuma “enrolar” um doente durante anos pagando um auxílio por incapacidade tem-
porária, para só depois converter o benefício em aposentadoria por incapacidade permanente.
Em razão dessa fé inabalável na capacidade de reabilitação das pessoas, a Previdência Social 
oferece diversos exames e tratamentos, aos quais os segurados são obrigados a aderir, sob 
pena de suspensão do benefício. Isso está no art. 101 da LBPS:
Art. 101. O segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e o pensionista inváli-
do estão obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da 
Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento 
dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. (grifo 
nosso)
Em suma: se o INSS marcar um exame para o segurado, ele deve ir; se o INSS marcar fisiotera-
pia para o segurado, ele deve ir; se o INSS ofertar um curso profissionalizante para o segurado, 
a fim de prepará-lo para o exercício de atividade compatível com sua condição de saúde, ele 
deve ir, sob pena de suspensão do benefício.
Mas procedimentos cirúrgicos e transfusão de sangue o segurado não é obrigado a aceitar. Se 
a única possibilidade para sua recuperação for cirúrgica e o segurado não quiser realizar esse 
tratamento, o INSS NÃO PODE suspender seu benefício. Entendido?
�c) Errada. Como a aposentadoria por incapacidade permanente é, por natureza, um benefício 
precário (ou seja, não é necessariamente vitalício, pode ser cancelado desde que o segurado 
recupere sua saúde), a legislação previa a realização de perícias a cada dois anos — regra 
ainda presente no art. 46, parágrafo único, do RPS.
Mas,em 2017, a Lei n. 13.457 incluiu o § 4º no art. 43 da LBPS:
Art. 43. § 4º O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento para 
avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial ou 
administrativamente, observado o disposto no art. 101 desta Lei. (grifo nosso)
Então, a regra do exame bienal já não é mais aplicável; a convocação pode se dar a qual-
quer momento.
Mas o erro do enunciado não está apenas aí. Realmente existe previsão de DISPENSA da reali-
zação da perícia, mas apenas quando o segurado atinge 55 anos (com mais de 15 anos de be-
nefício) ou 60 anos; Jerônimo não se enquadra em nenhum desses casos. Isso está na LBPS:
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Art. 101. § 1º O aposentado por invalidez e o pensionista inválido que não tenham retornado à 
atividade estarão isentos do exame de que trata o caput deste artigo: [...]
I – após completarem cinquenta e cinco anos ou mais de idade e quando decorridos quinze anos 
da data da concessão da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a precedeu; ou
II – após completarem sessenta anos de idade.
§ 2º A isenção de que trata o § 1º não se aplica quando o exame tem as seguintes finalidades:
I – verificar a necessidade de assistência permanente de outra pessoa para a concessão do acrés-
cimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor do benefício, conforme dispõe o art. 45;
II – verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante solicitação do aposentado ou 
pensionista que se julgar apto;
III – subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela, conforme dispõe o art. 110. (grifos 
nossos)
�d) Errada. Esta assertiva tem pelo menos TRÊS erros. Vamos lá:
1º erro – início do pagamento do benefício: a aposentadoria por incapacidade permanente, 
no caso do Jerônimo, que é contribuinte individual, é paga a partir do início da incapacidade. 
Diz a LBPS:
Art. 43. A aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia imediato ao da cessação do auxí-
lio-doença, ressalvado o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo.
§ 1º Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e definitiva para o 
trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida:
a) ao segurado empregado, a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade ou a partir 
da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais 
de trinta dias;
b) ao segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, especial e facul-
tativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre 
essas datas decorrerem mais de trinta dias. (grifos nossos)
2º erro – Depois o enunciado escorrega de novo, falando que a aposentadoria será quitada à 
razão de 100% do SB. Essa até era a regra na data da elaboração da questão, mas hoje esbarra 
no art. 44 do RPS:
Art. 44. A aposentadoria por incapacidade permanente será devida a partir do dia imediato ao da 
cessação do auxílio por incapacidade temporária, ressalvado o disposto no § 1º, e consistirá em 
renda mensal decorrente da aplicação dos seguintes percentuais incidentes sobre o salário de be-
nefício, definido na forma do disposto no art. 32:
I – sessenta por cento, com acréscimo de dois pontos percentuais para cada ano de contribuição 
que exceder o tempo de vinte anos de contribuição, para os homens, ou quinze anos de contribuição, 
para as mulheres; ou
II – cem por cento, quando a aposentadoria decorrer de:
a) acidente de trabalho;
b) doença profissional; ou
c) doença do trabalho. (grifo nosso)
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3º erro – E a enorme sequência de erros do examinador é concluída com a afirmação de que 
o benefício será pago integralmente até a obtenção do emprego. O examinador, para nos con-
fundir, fingiu ignorar a existência da mensalidade de recuperação. Eu explico.
Um segurado que passa muito tempo afastado de sua atividade profissional em virtude de 
incapacidade — vale lembrar que a aposentadoria por incapacidade permanente é benefício 
devido ao segurado que está, em princípio, definitivamente incapaz para todo e qualquer tra-
balho apto a lhe prover o sustento — pode ter dificuldades para se adaptar ao trabalho quando 
retorna. O exercício do labor pode desencadear novo processo incapacitante, por exemplo.
Pensando nisso, o legislador estabeleceu um prazo durante o qual o benefício continua sendo 
pago. É a tal mensalidade de recuperação, regulada pelo art. 47 da LBPS.
Art. 47. Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, será ob-
servado o seguinte procedimento:
I – quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data do início da aposen-
tadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção, o benefício cessará:
a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava 
na empresa quando se aposentou, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, 
para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela Previdência Social; ou
b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença ou da aposentadoria por 
invalidez, para os demais segurados;
II – quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período do inciso I, ou ainda quando o 
segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a 
aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade:
a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que for verificada a recupera-
ção da capacidade;
b) com redução de 50% (cinqüenta por cento), no período seguinte de 6 (seis) meses;
c) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período de 6 (seis) meses, ao 
término do qual cessará definitivamente.
Observe: nenhuma das hipóteses legais de pagamento da mensalidade de recuperação cor-
responde à mencionada no enunciado. Ou o benefício cessa de imediato ou tem uma duração 
determinada, que independe de obtenção ou não do emprego.
Tudo entendido?
Letra a.
9ª – NOVO BENEFÍCIO
Encerrando o que tínhamos para dizer sobre a aposentadoria por incapacidade permanen-
te, mais uma obviedade legislativa. Mas, se está na lei — ou, para ser mais preciso, no RPS, 
nesse caso —, eu TENHO A OBRIGAÇÃO de tocar no assunto, porque há certos examinadores 
de concurso TARADOS por copiar artigos pouco importantes e exigir o conhecimento de sua 
literalidade nas provas.
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Aposentadorias do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Cassius Garcia
Diz o art. 50 do RPS que o ex-aposentado por incapacidade permanente que retornar à 
atividade poderá, a qualquer tempo, requerer novo benefício (qualquer aposentadoria, auxílio 
por incapacidade temporária etc.); seu requerimento deverá ser processado normalmentepelo 
INSS. No entanto, caso esse novo benefício seja requerido durante o prazo de recebimento da 
mensalidade de recuperação, caberá ao segurado optar por um deles, assegurada a opção 
pelo benefício mais vantajoso.
Se o novo benefício cessar antes do que seria o prazo final da mensalidade de recupe-
ração, ela poderá ser retomada pelo período remanescente, respeitadas as reduções cor-
respondentes.
Ufa! Finalmente chegamos ao fim desse tópico. Vamos em frente, pois ainda temos MUI-
TOS benefícios para ver.
AposentAdoriA progrAmAdA
Esse é o mais novo benefício do RGPS. Trata-se da aposentadoria criada para eliminar uma 
distorção vigente em nosso RGPS: o Brasil era acompanhado apenas por dois ou três outros 
países NO MUNDO em conceder uma aposentadoria desvinculada de qualquer requisito de 
idade mínima — a falecida aposentadoria por TC.
Faça as contas: segurados contribuem com 11% de seu salário de contribuição (mesmo 
com a nova tabela de alíquotas chegando a 14%, a incidência progressiva faz com que a contri-
buição corresponda, de fato, a menos de 12%); empresas, com cota patronal de 20%. Ou então 
os contribuintes individuais contribuem com 20%.
Sem a imposição de um requisito etário, o desequilíbrio nas contas salta aos olhos. O 
segurado contribui durante 25, 30, 35 anos, à base de 11 ou 20% e, aposentando-se jovem, 
passa outros 30, 40 anos recebendo um benefício cujo cálculo ainda desprezava os “20% me-
nores” salários. Não são raros, por exemplo, os casos de professoras aposentando-se aos 45 
anos! Contribuíram durante 25 anos e passarão 40 recebendo.
Nada contra a digníssima profissão do magistério. Mas a conta não fecha. Em razão des-
sa imensa quantidade de distorções — meu exemplo acima, da professora, é apenas um dos 
casos — nosso legislador constitucional pegou a aposentadoria por idade e a aposentadoria 
por TC, jogou ambas no liquidificador, acrescentou algumas pitadas de crueldade e doses 
generosas de lógica matemática, e com isso criou a aposentadoria programada, que estuda-
remos a partir de agora.
Esse benefício ainda não está previsto na LBPS, apenas o RPS foi atualizado para abran-
gê-lo. É fácil deduzir, no entanto, que várias disposições da LBPS, aplicáveis às excluídas 
aposentadorias por idade e por TC, valem para a estreante aposentadoria programada. Sos-
segue que vou explicar tudinho.
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Aposentadorias do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Cassius Garcia
As linhas gerais da aposentadoria programada nos são dadas pela Constituição, em seu 
art. 201, § 7º. Ele nos diz:
Art. 201. [...] § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da 
lei, obedecidas as seguintes condições:
I – 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, 
observado tempo mínimo de contribuição;
§ 8º O requisito de idade a que se refere o inciso I do § 7º será reduzido em 5 (cinco) anos, para o 
professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil 
e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar. (grifos nossos)
DICA:
A redução no requisito de idade é válida para os professores 
que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício 
das funções de magistério na educação infantil, ensino funda-
mental e médio.
O professor universitário NÃO TEM DIREITO a essa redução de TC.
Juntando tudo isso acima transcrito, temos o seguinte:
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Aposentadorias do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Cassius Garcia
Sabemos que a aposentadoria programada depende do cumprimento de idade mínima e 
de tempo mínimo de contribuição. Você já parou para pensar o que pode ser computado, hoje, 
como tempo de contribuição?
Não morro de amores pelo Ctrl+C/Ctrl+V. Sempre que possível, evito colar aqui o texto le-
gislativo, pois acredito que há maneiras mais interessantes de ensinar o conteúdo (embora eu 
recomende, SEMPRE, a leitura reiterada da lei, porque muitas vezes sua literalidade é cobrada 
nas provas).
Mas, em alguns momentos, não resta alternativa. Estou diante de um desses casos. Veja 
o que pode ser, nos termos do RPS, considerado tempo de contribuição, com alguns comen-
tários meus:
Art. 19-C. Considera-se tempo de contribuição o tempo correspondente aos períodos para os quais 
tenha havido contribuição obrigatória ou facultativa ao RGPS, dentre outros, o período: (grifo nosso)
Uma grande mudança implementada pela Reforma da Previdência se deu nesse ponto. 
Anteriormente, TC era contado de data a data — ou seja, computavam-se os dias de TC. Um 
segurado que tivesse trabalhado de 15 de janeiro a 10 de fevereiro teria duas contribuições 
mensais para fins de carência, mas contaria apenas vinte e cinco dias de TC.
A nova regra, pós-Reforma, conta o TC em meses de contribuição. No nosso exemplo, o 
segurado teria duas contribuições mensais para fins de carência, e também dois meses de TC 
para fins de aposentadoria.
Só o que se exige, tanto para a carência quanto para TC, é que a contribuição seja igual ou 
superior ao mínimo.
O art. 19-C do RPS prossegue, apresentando períodos que, dentre outros, podem ser con-
tados como TC:
I – de contribuição efetuada por segurado que tenha deixado de exercer atividade remunerada que 
o enquadrasse como segurado obrigatório da previdência social;
II – em que a segurada tenha recebido salário-maternidade;
III – de licença remunerada, desde que tenha havido desconto de contribuições;
IV – em que o segurado tenha sido colocado em disponibilidade remunerada pela empresa, desde 
que tenha havido desconto de contribuições;
V – de atividade patronal ou autônoma, exercida anteriormente à vigência da Lei n. 3.807, de 26 de 
agosto de 1960, desde que tenha sido indenizado conforme o disposto no art. 122;
VI – de atividade na condição de empregador rural, desde que tenha havido contribuição na forma 
prevista na Lei n. 6.260, de 6 de novembro de 1975, e indenização do período anterior, conforme o 
disposto no art. 122;
VII – de exercício de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, desde que tenha ha-
vido contribuição na época apropriada e este não tenha sido contado para fins de aposentadoria 
por outro regime de previdência social;
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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VIII – de licença, afastamento ou inatividade sem remuneração do segurado empregado, inclusive o 
doméstico e o intermitente, desde que tenha havido contribuição na forma prevista no § 5º do art. 
11; e
IX – em que o segurado contribuinte individual e o segurado facultativo tenham contribuído na 
forma prevista no art. 199-A, observado o disposto em seu § 2º.
§ 1º Será computado o tempo intercalado de recebimento de benefício por incapacidade, na forma 
do disposto no inciso II do caput do art. 55 da Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, exceto para efeito 
de carência.
A previsão desse § 1º já foi cobrada em várias provas. O auxíliopor incapacidade tempo-
rária e a aposentadoria por incapacidade permanente são contados como tempo de contri-
buição SE INTERCALADOS. Ou seja: estava trabalhando, afastou-se para receber auxílio por 
incapacidade temporária e/ou aposentadoria por incapacidade temporária, e voltou a tra-
balhar. Esse período de recebimento de benefícios INTERCALADO por períodos de atividade 
CONTARÁ como TC.
Mas NÃO se admite, por exemplo, que o segurado com 20 anos de contribuição passe 15 
anos entre auxílio por incapacidade temporária e aposentadoria por incapacidade permanen-
te e venha, ao final, requerer aposentadoria programada. Se o período não for INTERCALADO, 
não conta.
A vedação à contagem desse tempo para fins de carência pode encontrar barreiras no Judi-
ciário, que reconhece, pacificamente, o direito a esse cômputo. É que a legislação era omissa, 
deixando nas mãos do Juiz a decisão. Agora, com previsão normativa expressa, pode ser que 
o posicionamento judicial seja revisto.
Retornando ao RPS, finalizando a leitura do artigo, temos o seguinte:
§ 2º As competências em que o salário de contribuição mensal tenha sido igual ou superior ao li-
mite mínimo serão computadas integralmente como tempo de contribuição, independentemente da 
quantidade de dias trabalhados.
Aqui o legislador reforça que o importante, para o RGPS, é a contribuição, não necessaria-
mente o número de dias trabalhados. Um segurado que trabalhou apenas dois dias no mês 
e, por esses dois dias, recebeu remuneração igual ou superior ao mínimo, poderá computar 
como TC toda a competência, ou seja, o mês inteiro.
Por outro lado, alguém que trabalhou 20 dias e recebeu menos que o mínimo não terá 
direito ao cômputo da competência como TC — a menos que se valha das hipóteses de com-
plemento, agrupamento ou aproveitamento de contribuições.
Além das hipóteses do art. 19-C, o RPS relaciona, no art. 188-G, diversos períodos passí-
veis de cômputo como TC — de data a data — até 13 de novembro de 2019. São eles:
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Art. 188-G. O tempo de contribuição até 13 de novembro de 2019 será contado de data a data, desde 
o início da atividade até a data do desligamento, considerados, além daqueles referidos no art. 19-C, 
os seguintes períodos:
I – o tempo de serviço militar, exceto se já contado para inatividade remunerada nas Forças Arma-
das ou auxiliares ou para aposentadoria no serviço público federal, estadual, distrital ou municipal, 
ainda que anterior à filiação ao RGPS, obrigatório, voluntário ou alternativo, assim considerado o 
tempo atribuído pelas Forças Armadas àqueles que, após o alistamento, alegaram imperativo de 
consciência, entendido como tal aquele decorrente de crença religiosa ou de convicção filosófica 
ou política, para se eximirem de atividades de caráter militar;
II – o tempo em que o anistiado político esteve compelido ao afastamento de suas atividades 
profissionais, em decorrência de punição ou de fundada ameaça de punição, por motivo exclusi-
vamente político, situação que será comprovada nos termos do disposto na Lei n. 10.559, de 13 de 
novembro de 2002;
III – o tempo de serviço público federal, estadual, distrital ou municipal, inclusive aquele prestado 
a autarquia, sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo Poder Público, regularmente 
certificado na forma prevista na Lei n. 3.841, de 15 de dezembro de 1960, desde que a certidão 
tenha sido requerida na entidade para a qual o serviço tenha sido prestado até 30 de setembro de 
1975, data imediatamente anterior ao início da vigência da Lei n. 6.226, de 14 de junho de 1975;
IV – o tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior à competência novembro de 1991;
V – o tempo de exercício de mandato classista junto a órgão de deliberação coletiva em que, nessa 
qualidade, tenha havido contribuição para a previdência social;
VI – o tempo de serviço prestado à Justiça dos Estados, às serventias extrajudiciais e às escrivanias 
judiciais, desde que não tenha havido remuneração pelo erário e que a atividade não estivesse, à 
época, vinculada a regime próprio de previdência social;
VII – o tempo de atividade dos auxiliares locais de nacionalidade brasileira no exterior amparados 
pela Lei n. 8.745, de 9 de dezembro de 1993, anteriormente a 1º de janeiro de 1994, desde que a sua 
situação previdenciária esteja regularizada no INSS;
VIII – o tempo de contribuição efetuado pelo servidor público de que tratam as alíneas “i”, “j” e “l” 
do inciso I do caput do art. 9º e o § 2º do art. 26, com fundamento do disposto nos art. 8º e art. 9º 
da Lei n. 8.162, de 8 de janeiro de 1991, e no art. 2º da Lei n. 8.688, de 21 de julho de 1993; e
IX – o tempo exercido na condição de aluno-aprendiz referente ao período de aprendizado profis-
sional realizado em escola técnica, desde que comprovados a remuneração pelo erário, mesmo 
que indireta, e o vínculo empregatício.
Parágrafo único. O tempo de contribuição de que trata este artigo será considerado para fins de 
cálculo do valor da renda mensal de qualquer benefício.
004. (FCC/2012/TRT 4ª REGIÃO (RS)/JUIZ DO TRABALHO) NÃO pode ser computado, para 
fins de recebimento de aposentadoria programada perante o INSS, o tempo:
a) de contribuição obrigatória feita por segurado especial sobre a produção rural co-
mercializada.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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b) em que a segurada esteve recebendo salário-maternidade.
c) de serviço militar, inclusive o voluntário, desde que não aproveitado por outro regime pre-
videnciário.
d) de serviço prestado alternativamente ao militar por alegação de imperativo de consciência.
e) comprovado mediante prova testemunhal, baseada em início de prova material contempo-
rânea dos fatos.
a) Certa. Eis que a banca nos brinda, de cara, com o gabarito. É fácil deduzir por que esse 
período não vale como TC. O tempo de trabalho rural cumprido pelo segurado especial até 
1991 pode ser computado como tempo de serviço. Por que tempo de serviço, e não de con-
tribuição? Simplesmente porque NÃO HAVIA, DE FATO, CONTRIBUIÇÃO do segurado especial 
para o RGPS.
E por que esse bônus só até 1991? Porque os trabalhadores rurais foram incluídos no RGPS só 
com a Constituição. Os dispositivos constitucionais relativos ao financiamento da seguridade 
social foram regulamentados só em 1991, com a LOCSS. Antes disso, o segurado especial não 
tinha a obrigação de contribuir para o RGPS. Portanto, o reconhecimento do tempo laborado 
até então é medida da mais absoluta justiça, compreende?
Mas, desde 1991, a contribuição do segurado especial não vale para fins de concessão de 
aposentadoria por TC — a atual aposentadoria programada. Em outras palavras, o segurado 
especial só contará como TC, após 1991, o período em que OPTAR por contribuir, nos termos 
do art. 39, II, da LBPS:
Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do caput do art. 11 desta Lei, fica ga-
rantida a concessão:
I – de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxílio-reclusão ou de pen-
são, no valor de 1 (um) salário mínimo, e de auxílio-acidente, conforme disposto no art. 86 desta 
Lei, desde que comprovem o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua,no pe-
ríodo imediatamente anterior ao requerimento do benefício, igual ao número de meses correspon-
dentes à carência do benefício requerido, observado o disposto nos arts. 38-A e 38-B desta Lei; ou
II – dos benefícios especificados nesta Lei, observados os critérios e a forma de cálculo estabe-
lecidos, desde que contribuam facultativamente para a Previdência Social, na forma estipulada no 
Plano de Custeio da Seguridade Social. (grifos nossos)
Mas, professor, a questão não fala se o período é anterior ou posterior a 1991.
E precisa? Se a tal contribuição do segurado especial sobre o resultado da comercialização de 
sua produção só surgiu com a LOCSS, em 1991, é mais que óbvio que a questão está falando 
do período posterior, ora essa!
Tudo entendido?
�b) Errada. Lembre-se do art. 19-C do RPS:
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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Art. 19-C. Considera-se tempo de contribuição o tempo correspondente aos períodos para os 
quais tenha havido contribuição obrigatória ou facultativa ao RGPS, dentre outros, o período: [...]
II – em que a segurada tenha recebido salário-maternidade;
O que mais preciso dizer?
�c) Errada. Correndo para o art. 188-G do RPS, extraímos o seguinte:
Art. 188-G. O tempo de contribuição até 13 de novembro de 2019 será contado de data a data, desde 
o início da atividade até a data do desligamento, considerados, além daqueles referidos no art. 19-C, 
os seguintes períodos:
I – o tempo de serviço militar, exceto se já contado para inatividade remunerada nas Forças Arma-
das ou auxiliares ou para aposentadoria no serviço público federal, estadual, distrital ou municipal, 
ainda que anterior à filiação ao RGPS, obrigatório, voluntário ou alternativo, assim considerado o 
tempo atribuído pelas Forças Armadas àqueles que, após o alistamento, alegaram imperativo de 
consciência, entendido como tal aquele decorrente de crença religiosa ou de convicção filosófica ou 
política, para se eximirem de atividades de caráter militar; [...] (grifos nossos)
�d) Errada. Prossigamos na análise do art. 188-G do RPS. O mesmo inciso I, que já transcrevi ao 
comentar a letra c, prevê o cômputo como TC do tempo de serviço militar alternativo decorren-
te de imperativo de consciência.
�e) Errada. Veja o que diz o art. 55, § 3º, da LBPS:
Art. 55. [...] § 3º A comprovação do tempo de serviço para fins do disposto nesta Lei, inclusive me-
diante justificativa administrativa ou judicial, observado o disposto no art. 108, só produzirá efeito 
quando for baseada em início de prova material contemporânea dos fatos, não admitida a prova 
exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, na 
forma prevista no Regulamento. (grifos nossos)
Portanto, o período comprovado por prova testemunhal, baseada em início de prova material 
contemporânea dos fatos a comprovar, vale como TC. Simples assim.
Letra a.
E vamos logo prosseguir no estudo da aposentadoria programada.
Ok, ok. Tudo isso que está aí em cima pode ser contado como TC. Mas basta que eu che-
gue até o balcão do INSS, sente na frente do simpático atendente, e explique a ele que tenho 
40 anos de contribuição divididos entre o período de aluno aprendiz, serviço militar, dois ou 
três auxílios por incapacidade temporária, um curto período como autônomo, e vários anos 
empregado com registro em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)? NÃO, colega. 
O servidor que me atender até pode acreditar, se minha historinha for convincente, mas ele só 
poderá averbar o tempo que:
a) Constar no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). É um banco de dados que 
agrega todas as informações relativas a vínculos empregatícios e contribuições previdenciá-
rias. Diz o art. 19 do RPS que:
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[...] os dados constantes do Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS relativos a vínculos, 
remunerações e contribuições valem como prova de filiação à previdência social, tempo de contri-
buição e salários de contribuição. (grifo nosso)
Isso quer dizer que, se as informações do CNIS estiverem corretas, batendo com minha 
historinha, o atendente poderá, então, levar adiante meu requerimento de aposentadoria.
b) Se não constarem no CNIS todos os vínculos empregatícios, contribuições e remune-
rações (é a hipótese mais comum, porque a informatização integral iniciou em meados dos 
anos 1990, de forma que não são totalmente confiáveis registros anteriores; além disso, há 
inúmeras ocorrências de empregos registrados em CTPS nos quais o empregador deixa de 
cumprir a obrigação de recolher as contribuições), então o empregado pode se valer da previ-
são do art. 19-B do RPS. Ele traz uma lista de documentos que, subsidiariamente ao disposto 
no art. 19, são válidos para a prova do tempo de contribuição.
Se o tempo a comprovar for de atividade rural, o rol de documentos está no § 11 do art. 
19-D do RPS. Não vejo motivo para colar outros artigos grandes aqui, mas a leitura é sem-
pre válida.
Carência
Cento e oitenta (180) contribuições (LBPS, art. 25, II). Não se aplica a esse benefício a re-
gra do ½. Basta que o segurado cumpra, a qualquer tempo, com as 180 contribuições. Se tiver 
179 e passar 10 anos sem contribuir, bastará recolher UMA contribuição para poder requerer 
o benefício.
Segurados Cobertos
Todos. Isso mesmo, os CADES F. Eis mais um benefício tipo “coração de mãe”. Sempre 
cabe mais um.
Obs.: � o segurado especial pode ter direito a este benefício, desde que contribua facul-
tativamente.
Salário de Benefício (SB)
O SB da aposentadoria programada é calculado pela média dos salários de contribuição 
correspondentes a todo o período contributivo desde julho de 1994 (art. 32 do RPS).
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Renda Mensal
A RMB da aposentadoria programada será:
• Para o contribuinte individual e o segurado facultativo que, amparados pelo Sistema 
Especial de Inclusão Previdenciária (art. 201, § 12 da Constituição), contribuem com 
alíquota reduzida (11% ou 5%): 1 salário mínimo.
• Para os demais segurados, aí incluído o segurado especial que opta por contribuir na 
forma do art. 39, II da LBPS: 60% do SB quando atingido o tempo mínimo de contribui-
ção + 2% por ano que supere esse tempo mínimo, que é de:
− 20 anos para o homem;
− 15 anos para a mulher.
Ou seja: se um segurado contribuiu por 20 anos, a RMB será equivalente a 60% do SB; se 
contribuiu por 25 anos, 70%; por 35 anos, 90%; por 40 anos, 100%. Por 45 anos, 110%.
É isso mesmo! O legislador constitucional não limitou o percentual de cálculo da RMB a 
100%, o que significa que, uma vez ultrapassados, no nosso exemplo, os 40 anos de contribui-
ção, o coeficiente de cálculo continua sendo elevado, extrapolando os 100%.
005. (CESPE/2015/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO) Pedro mantém vínculo com o Regime Geral 
da Previdência

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