Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
https://www.youtube.com/EstrategiaCursos https://www.tiktok.com/@estrategia.concursos https://www.instagram.com/estrategiaconcursos/ https://web.facebook.com/EstrategiaConcursos 2Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNUE-BOOK Apresentação Olá, pessoal! É com imensa satisfação que damos início a este projeto de E-books de Questões Comentadas da Cesgranrio para o CNU! Como, ao longo de sua preparação, é fundamental que vocês resolvam diversas questões de concursos passados, sabemos que esta série de e-books será de grande utilidade. Nosso objetivo é proporcionar mais uma valiosa ferramenta de estudo para deixá-los mais perto de sua aprovação. Aproveitem muito este material! Bons estudos! Equipe Estratégia Concursos Estratégia Concursos @estrategia.concursos @estrategiaconcursos Estrategia Concursos https://www.youtube.com/EstrategiaCursos https://www.tiktok.com/@estrategia.concursos https://www.instagram.com/estrategiaconcursos/ https://web.facebook.com/EstrategiaConcursos E-BOOK 3Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU CESGRANRIO/PETROBRÁS - PPNS - DIREITO - 2018 01 - No exame de acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho balizará sua atuação pelo princípio da intervenção na autonomia da vontade coletiva A) efetiva B) positiva C) contributiva D) mínima E) protetiva Comentários: Inserido pela Reforma Trabalhista, o § 3º do art. 8º da CLT prevê expressamente o princípio da intervenção mínima na autonomia coletiva: Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. § 3o No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. Logo, a alternativa D está correta. Gabarito: D CESGRANRIO/TRANSPETRO – PTNS - ADVOCACIA - 2018 02 - O sócio retirante, nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade, relativas ao período em que figurou como sócio, depois de averbada a modificação do contrato, somente em ações ajuizadas até A) um ano A) dois anos B) três anos C) quatro anos D) cinco anos Comentários: O enunciado da alternativa exige conhecimento do art. 10-A, inserido na CLT pela Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), que assim dispõe: E-BOOK Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU 4 Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: (...) Com efeito, o sócio retirante responderá pelas ações ajuizadas até 2 anos depois de averbada a modificação do contrato. Portanto, o prazo questionado pela questão é de 2 anos. Gabarito: B CESGRANRIO/ELETRONUCLEAR – PNS - ADVOGADO - 2022 03 - Uma empregada de uma empresa de cosméticos falta ao serviço diante do falecimento do seu pai. Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, o empregado tem direito à ausência decorrente de falecimento de ascendente até A) dois dias consecutivos B) três dias consecutivos C) quatro dias consecutivos D) seis dias consecutivos E) sete dias consecutivos Comentários: A alternativa A está correta. Entre as hipóteses de interrupção do contrato de trabalho, há o afastamento em decorrência do falecimento de ascendente, o qual dá direito ao trabalhador de se ausentar por até 2 dias consecutivos: Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica; As demais alternativas estão incorretas. Gabarito: A E-BOOK 5Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU CESGRANRIO/PETROBRÁS – PPNS – DIREITO - 2015 04 - Sr. P teve o seu contrato de trabalho suspenso, mas necessita de percepção de valores para custear as suas despesas ordinárias. Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), poderá o empregador durante o período de suspensão conceder A) indenização por danos materiais B) ajuda compensatória mensal, sem natureza salarial C) décimo-quarto salário a título de auxílio D) valor-permanência de índole salarial E) doação de alimentos para sobrevivência Comentários: A questão exige conhecimento sobre o art. 476-A da CLT. No normativo, o contrato de trabalho pode ser suspenso, por 2 a 5 meses, para participar em curso ou programação de qualificação profissional oferecido pelo empregador. Nesse caso, o empregador pode conceder ajuda compensatória mensal, sem natureza salarial, durante o período de suspensão contratual (§ 3º). Art. 476-A. O contrato de trabalho poderá ser suspenso, por um período de dois a cinco meses, para participação do empregado em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador, com duração equivalente à suspensão contratual, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho e aquiescência formal do empregado, observado o disposto no art. 471 desta Consolidação. § 3o O empregador poderá conceder ao empregado ajuda compensatória mensal, sem natureza salarial, durante o período de suspensão contratual nos termos do caput deste artigo, com valor a ser definido em convenção ou acordo coletivo. Portanto, a alternativa B está correta. Gabarito: B CESGRANRIO/IBGE – ANALISTA - RECURSOS HUMANOS - ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL - 2013 05 - Mediante seleção pública, uma estagiária de órgão público onde todos os servidores são estatutários, obteve classificação para ali trabalhar. Nos termos da Lei nº 11.788, de 21 de setembro de 2008, o período de estágio é considerado A) obrigatório e gratuito. B) gerador de vínculo empregatício. C) ilimitado quanto à carga horária. D) ato educativo escolar. E) exclusivo de quem possui Ensino Superior. E-BOOK Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU 6 Comentários: A alternativa A está incorreta. O estágio pode ser classificado como obrigatório ou não obrigatório, conforme art. 2º da Lei nº 11.788/2008: Art. 2o O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso. § 1o Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. § 2o Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. A alternativa B está incorreta. Embora o vínculo do estagiário possua todos os requisitos da relação de emprego, ele foi excluído pelo legislador da proteção celetista, conforme prevê o art. 3º da Lei nº 11.788/2008: Lei 11.788/2008, Art. 3o O estágio, tanto na hipótese do § 1o do art. 2o desta Lei quanto na prevista no § 2o do mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes requisitos: (...) A alternativa C está incorreta, pois o vínculo de estágio deve prever limitação da carga horária, segundo art. 10 da Lei nº 11.788/2008: Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o alunoestagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar: I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular. § 1o O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, desde que isso esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino. A alternativa D está correta. A alternativa encontra-se completamente de acordo com o art. 1º da Lei nº 11.788/2008, que conceitua o contrato de estágio: Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. Por fim, a alternativa E está incorreta. Como visto na alternativa anterior, o estágio pode ocorrer com alunos desde o ensino fundamental até a educação superior, o que torna a alternativa errada. Gabarito: D E-BOOK 7Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU CESGRANRIO/LIQUIGÁS - PROFISSIONAL JÚNIOR - DIREITO - 2018 06 - Nos termos da legislação de regência, o trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações, nos portos organizados, será realizado por trabalhadores portuários com vínculo empregatício por prazo indeterminado e por trabalhadores portuários A) autônomos B) especializados C) iniciantes Comentários: A alternativa A está incorreta. O trabalhador autônomo não se submete à subordinação jurídica do empregador/tomador de serviços. Há profissionalidade e habitualidade, mas o trabalhador atua por sua própria conta e risco. São algumas características não essenciais do trabalho autônomo: liberdade de horário; fungibilidade na prestação de serviços; possibilidade de recusa na oferta de prestação de serviços sem penalidade; liberdade para contratação sem ajudantes; e ausência de fiscalização direta pelo destinatário da prestação de serviços. CLT, Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3o desta Consolidação. A alternativa B está incorreta. Os trabalhadores especializados não são uma classificação atribuída pela legislação ou pela doutrina trabalhista, não se adequando ao enunciado da questão. A alternativa C está incorreta, pois os trabalhadores iniciantes não são uma classificação atribuída pela legislação ou pela doutrina trabalhista, não se adequando ao enunciado da questão. A alternativa D está incorreta. Os estagiários são uma categoria de trabalhadores regidos pela Lei nº 11.788/2008, segundo a qual o estágio é: Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. Por fim, a alternativa E está correta. Os trabalhadores elencados pelo enunciado da questão são trabalhadores avulsos. No Regulamento da Previdência Social (Decreto nº 3.048/1999), há um rol de trabalhadores considerados como avulsos: Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: VI - como trabalhador avulso - aquele que: a) sindicalizado ou não, preste serviço de natureza urbana ou rural a diversas empresas, ou equiparados, sem vínculo empregatício, com intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra, nos termos do disposto na Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, ou do sindicato da categoria, assim considerados: D) estagiários E) avulsos E-BOOK Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU 8 1. o trabalhador que exerça atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga e vigilância de embarcação e bloco; Gabarito: E CESGRANRIO/LIQUIGÁS - PROFISSIONAL JÚNIOR - ADMINISTRAÇÃO - 2018 07 - Nos termos da Lei nº 13.429/2017, o contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades meio e outras, a serem executadas na empresa tomadora de serviços, pertinentes às atividades A) intermediárias B) fim C) gerenciais D) acessórias E) parciais Comentários: O contrato de trabalho temporário é disciplinado pela Lei nº 6.019/1974, alterada pela Lei nº 13.429/2017. Após a mudança efetivada, o normativo passou a prever: Art. 4o-A. Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. Art. 9o O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços será por escrito, ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de serviços e conterá: § 3o O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços. Por fim, também vale frisar que, em 30/08/2018, o STF firmou Tese de Repercussão Geral de que a terceirização das atividades-fim seria LÍCITA: Tema 725 (RE 958252): É lícita a terceirização ou qualquer outra forma de divisão do trabalho entre pessoas jurídicas distintas, independentemente do objeto social das empresas envolvidas, mantida a responsabilidade subsidiária da empresa contratante. Assim, a alternativa B está correta. Gabarito: B E-BOOK 9Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU CESGRANRIO/IBGE – ANALISTA - RECURSOS HUMANOS - ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL - 2013 08 - Considerando-se remuneração como o conjunto de parcelas devidas e pagas diretamente pelo empregador ao empregado, decorrente da relação de emprego (artigo 457 da CLT), os elementos da remuneração são: A) a) habitualidade, periodicidade, quantificação, essencialidade e reciprocidade B) b) habitualidade, comissões, diárias e essencialidade C) c) gratificações, comissões, bônus, diárias e gorjetas D) d) reciprocidade, gratificações, essencialidade, bônus e abonos E) e) periodicidade, quantificação, habitualidade, comissões e gratificações Comentários: Sérgio Pinto Martins atribui 5 elementos à remuneração, sendo eles: habitualidade, periodicidade, quantificação, essencialidade e reciprocidade. • Habitualidade: elemento preponderante para saber se o pagamento feito pode ou não ser considerado como salário ou remuneração; • Periodicidade: o empregador deve fixar critérios objetivos de periodicidade do pagamento, respeitados os prazos máximos que a norma fixa para o seu pagamento. Os salários deverão ser pagos após a prestação de serviços e nunca em intervalos superiores de 1 mês; • Quantificação: decorre da necessidade de o empregado saber exatamente o valor do trabalho e o valor da futura remuneração; • Essencialidade: a remuneração é um elemento essencial para a caracterização do vínculo de emprego; • Reciprocidade: último elemento da remuneração e decorre do caráter sinalagmático do contrato de trabalho, na medida em que o empregador tem de pagar salários em função dos serviços que foram prestadospelo empregado. Portanto, a alternativa A está correta. Gabarito: A CESGRANRIO/IBGE – ANALISTA - RECURSOS HUMANOS - ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL - 2013 09 - Salário-utilidade, salário in natura ou salário indireto são termos sinônimos que significam salário pago sob forma de determinados benefícios. NÃO se enquadra(m) na definição de salário in natura o(s) seguinte(s) benefício(s): A) Utilização de automóvel por um técnico, como ferramenta de trabalho, para que ele possa exercer suas funções com maior agilidade e eficiência. B) Fornecimento de vestuário ao empregado a ser utilizado no local de trabalho, para a prestação dos respectivos serviços. C) Custeio de educação em estabelecimento de ensino da própria empresa ou de terceiros, compreendendo os valores relativos à matrícula, mensalidade, anuidade e material didático. E-BOOK Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU 10 D) Transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e ao retorno, em percurso servido ou não por transporte público, além de assistência médica, hospitalar e odontológica. E) Oferecimento de assistência médica, hospitalar e odontológica, seguros de vida e acidentes pessoais, além de previdência privada. Comentários: A alternativa A está correta. A utilização de automóvel por técnico como ferramenta de trabalho, para exercer suas funções, não se enquadra na definição de salário in natura, conforme Súmula no 367 do TST, inciso I: Súmula no 367 do TST: UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO. I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares. II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde. A alternativa B está incorreta. O fornecimento de vestuário a ser utilizado durante a prestação de serviços é considerado salário in natura (art. 458, caput, CLT), mas não possui natureza salarial (art. 458, § 2º, I): Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por fôrça do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. § 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; A alternativa C está incorreta pela mesma justificativa da alternativa B, conforme art. 458, § 2º, II: Art. 458, § 2º, II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; A alternativa D está incorreta. A hipótese enunciada nessa alternativa aborda o art. 458, § 2º, incisos III e IV: Art. 458, § 2º, III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; Por fim, a alternativa E está incorreta, pois enquadra-se perfeitamente às hipóteses do art. 458, § 2º, incisos IV, V e VI: Art. 458, § 2º, IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; E-BOOK 11Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU V – seguros de vida e de acidentes pessoais; VI – previdência privada; Gabarito: A CESGRANRIO/LIQUIGÁS – PROFISSIONAL JÚNIOR - DIREITO - 2013 10 - Há mais de 10 anos, em período de oito horas diárias, Efigênia vem exercendo um trabalho catalogado como insalubre pelas normas trabalhistas. Consoante a legislação trabalhista, considerado o agente nocivo de grau mínimo, qual o percentual do adicional incidente sobre sua remuneração? A) 50% B) 40% C) 30% D) 20% E) 10% Comentários: A questão aborda a literalidade do disposto no art. 192 da CLT, que institui os percentuais referentes ao adicional de insalubridade, a depender do grau de nocividade aferido na perícia técnica: Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário- mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. Isso posto, considerando a previsão legal de que o adicional de insalubridade em grau mínimo é devido em 10% do salário-mínimo vigente, a resposta da questão encontra-se na alternativa E. Gabarito: E E-BOOK Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU 12 CESGRANRIO/IBGE – ANALISTA - RECURSOS HUMANOS - ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL - 2013 11- No que diz respeito ao direito dos trabalhadores de receberem remuneração idêntica no desempenho de idênticas funções (equiparação salarial), a legislação ordinária o regulou no artigo 461 da CLT. Para que ocorra equiparação salarial, é necessário que A) a diferença de tempo entre os comparados não seja superior a cinco anos no mesmo cargo. B) as funções entre trabalhadores cotejados sejam absolutamente semelhantes, de forma a buscar uma identidade parcial de função. C) o postulante e o modelo tenham exercido a mesma função, concomitantemente, pelo menos, por algum tempo. D) o tempo de serviço seja contado no emprego, e não na função, após dois anos da data de admissão do empregado. E) os trabalhadores comparados apresentem produtividades diferentes e qualificações semelhantes. Comentários: A alternativa A está incorreta. Não há lapso temporal de 5 anos no que se refere à equiparação salarial prevista no art. 461 da CLT. Com isso, para que seja possível ocorrer a equiparação entre os dois empregados (paradigma x paragonado), eles não podem possuir mais de 4 anos de diferença de trabalho para o mesmo empregador nem mais de 2 anos de diferença de trabalho na mesma função: CLT, art. 461, § 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. A alternativa B está incorreta. O dispositivo legal não exige os requisitos abordados pelo enunciado da alternativa. Isso posto, o art. 461, c/c o § 1º, prevê que, para ser possível a equiparação salarial, os trabalhos prestados pelos empregados paradigma e paragonado precisam possuir igual valor, que, por sua vez, desdobra-se na mesma produtividade e perfeição técnica: Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. § 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. A alternativa C está correta. Essa alternativa aborda o disposto no § 5º do art. 461 da CLT, que dispõe sobre a necessidade de os empregados exercerem a mesma função de forma concomitante/contemporânea por um mínimo de lapso temporal: Art. 461, § 5o A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em açãojudicial própria. E-BOOK 13Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU A alternativa D está incorreta, pois viola a norma contida no art. 461, § 1º, que prevê expressamente a necessidade de que os empregados não possuam mais de 2 anos de diferença no tempo de exercício da FUNÇÃO, não do emprego. Por fim, a alternativa E está incorreta. Novamente a alternativa viola o disposto expressamente no caput e no § 1º do art. 461 da CLT, haja vista a necessidade de os trabalhos prestados pelos empregados possuírem o mesmo valor (produtividade + perfeição técnica). Gabarito: C CESGRANRIO/BASA - TÉCNICO CIENTÍFICO - MEDICINA DO TRABALHO - 2015 12 - O trabalho em turnos no Brasil é regido pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) e pelo Ministério do Trabalho. Com relação a esse tipo de trabalho e àquilo que dispõe a legislação, tem-se que: A) o horário noturno é considerado o mesmo para qualquer atividade profissional. B) o trabalhador noturno recebe um adicional noturno de 20% independente da frequência com que essa atividade é realizada. C) a idade mínima para exercer atividades noturnas é de 16 anos, mediante autorização dos pais ou tutores legais. D) a hora trabalhada na jornada noturna, para fins de remuneração, corresponde a 52,3 minutos. E) os profissionais de saúde são mais bem adaptados e apresentam menos alterações no ciclo vigília-sono. Comentários: A alternativa A está incorreta. Não é correto afirmar que o horário noturno é o mesmo para qualquer atividade profissional, haja vista disposições diversas na CLT e na legislação extravagante. Para o empregado comum, o período noturno estende-se das 22h às 5h (art. 73, § 2º, da CLT), enquanto para os trabalhadores rurais o período é diverso, a depender da atividade exercida (Lei no 5.889/1973): CLT, art. 73, § 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. Lei no 5.889/1973, Art. 7º - Para os efeitos desta Lei, considera-se trabalho noturno o executado entre as vinte e uma horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as vinte horas de um dia e as quatro horas do dia seguinte, na atividade pecuária. A alternativa B está incorreta. O adicional noturno enseja a percepção pelo trabalhador de 20% a mais sobre o valor da hora trabalhada, mas não independe da frequência com que essa atividade é realizada. Sendo assim, além de o percentual de 20% ser o mínimo a ser pago pelo empregador, a depender da frequência de trabalho, o adicional comporá a base de cálculo do salário, conforme a Súmula no 60 do TST: CLT, Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. Súmula nº 60 do TST, I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974) II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-OJ nº 6 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996) E-BOOK Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU 14 A alternativa C está incorreta, pois a idade mínima para exercer o trabalho noturno é de 18 anos, conforme art. 7º, XXXIII, da CF: CR, art. 7º, XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; A alternativa D está correta. Embora essa alternativa contenha uma imprecisão matemática, essa é a resposta da questão. Conforme prevê o art. 73, § 1º, da CLT, a hora noturna possui duração de 52 minutos e 30 segundos: Art. 73, § 1º. A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. Todavia, como é cediço, 30 segundos não equivalem a 0,3 minuto, mas a 0,5 minuto, de modo que a alternativa estaria 100% correta se enunciasse 52,5 minutos. Por fim, a alternativa E está incorreta. Essa alternativa não faz sentido e não possui respaldo legal ou jurisprudencial. Não é lógico assumir que o simples fato de um empregado pertencer à área da saúde constituiria razão para ele ser mais bem “adaptado” à jornada noturna. Gabarito: D CESGRANRIO/EPE - ANALISTA DE GESTÃO CORPORATIVA - RECURSOS HU- MANOS - 2014 13 - Por ser estabelecida em lei, a inclusão das horas-extras no cálculo da folha de pagamentos requer muita atenção por parte dos analistas de Recursos Humanos, de forma a garantir que A) as realizadas no mês de pagamento do 13º salário integrem o cálculo deste. B) as realizadas durante a semana integrem o repouso semanal remunerado. C) seu valor seja, no máximo, 50% superior à remuneração normal. D) seu valor, para o mensalista, seja calculado dividindo -se o salário mensal por 22 dias úteis e por 8 horas diárias. E) seu valor de salário-hora, para o mensalista, seja multiplicado por 50% e depois pelo número de dias de trabalho extraordinário. Comentários: A alternativa A está incorreta. Embora as horas extras integrem o cálculo da gratificação natalina/13º salário, o montante a ser considerado não é do mês de pagamento do 13º, mas do mês anterior, segundo prevê o art. 2º da Lei no 4.749/1965: Lei no 4.749/1965, Art. 2º. Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador pagará, como adiantamento da gratificação referida no artigo precedente, de uma só vez, metade do salário recebido pelo respectivo empregado no mês anterior. Súmula no 45 do TST. A remuneração do serviço suplementar, habitualmente prestado, integra o cálculo da gratificação natalina prevista na Lei nº 4.090, de 13.07.1962. E-BOOK 15Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU Súmula no 347 do TST. O cálculo do valor das horas extras habituais, para efeito de reflexos em verbas trabalhistas, observará o número de horas efetivamente prestadas e a ele aplica-se o valor do salário-hora da época do pagamento daquelas verbas. A alternativa B está correta. As horas extras realizadas durante a semana integram a remuneração do empregado e, por consequência, majoram o valor do RSR, nos termos da Lei no 605 e da OJ no 394 do TST: Lei no 605/1949, art. 7º. A remuneração do repouso semanal corresponderá: a) para os que trabalham por dia, semana, quinzena ou mês, à de um dia de serviço, computadas as horas extraordinárias habitualmente prestadas b) para os que trabalham por hora, à sua jornada norma de trabalho, computadas as horas extraordinárias habitualmente prestadas; (..) OJ no 394 do TST: REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. INTEGRAÇÃO DAS HORAS EXTRAS. REPERCUSSÃO NO CÁLCULO DAS FÉRIAS, DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO, AVISO PRÉVIO E DEPÓSITOS DO FGTS. I - A majoração do valor do repouso semanal remunerado, decorrente da integração das horas extras habituais, deve repercutir no cálculo, efetuado pelo empregador, das demais parcelas que têm como base de cálculo o salário, não se cogitando de bis in idem por sua incidência no cálculo das férias, da gratificação natalina, do aviso prévio e do FGTS; II - O item I será aplicado às horas extras trabalhadas a partir de 20/3/2023. A alternativa C está incorreta, pois o valor da hora extra é de, no mínimo, 50% a mais do valor da hora comum: CR, art. 7º, XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; Além disso, sua negociação constitui cláusula ilícita nas negociações coletivas: CLT, Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos: X - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à do normal; A alternativa D está incorreta. O cálculo da hora extra não é feito da forma explicitadapela alternativa, haja vista que o empregado não necessariamente laborará pelos 22 dias úteis do mês, além de não laborar, em regra, 8 horas diárias todos os dias, visto que trabalha pelo período de 4h aos sábados. Por fim, a alternativa E está incorreta. O valor não será multiplicado simplesmente pelo número de dias de trabalho realizado, visto que não necessariamente trabalhará em jornada extraordinária pela mesma quantidade de HEs em todos os dias do mês. Gabarito: B E-BOOK Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU 16 CESGRANRIO/PETROBRÁS – PPNS - ENFERMAGEM DO TRABALHO - 2018 14 - A partir da entrada em vigor da reforma trabalhista, algumas modificações relativas ao gozo das férias foram implementadas. De acordo com a legislação em vigor, as férias poderão ser divididas em, no máximo, A) dois períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a vinte dias corridos. B) dois períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a dezesseis dias corridos. C) três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos, e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. D) três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a dezesseis dias corridos, e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. E) quatro períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a dez dias corridos, e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. Comentários: Após a Reforma Trabalhista (Lei no 13.467/2017), o prazo de usufruto das férias passou a poder ser gozado em até 3 períodos, não podendo ser um deles inferior a 14 dias e os demais inferiores a 5 dias, conforme previsão do art. 134, caput e § 1º, da CLT: CLT, Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. § 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. Ante o exposto, é possível concluir que a resposta ao enunciado da questão está na alternativa C, que reproduz fielmente o dispositivo legal. Gabarito: C CESGRANRIO/PETROBRÁS - TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE JÚNIOR - 2015 15 - Um fiscal do Ministério do Trabalho autuou uma empresa porque seu procedimento relativo às férias dos empregados não estava em conformidade com o que estabelece a legislação trabalhista e, consequentemente, o direito do trabalhador não estava sendo respeitado. No que se refere a férias, segundo o regime da CLT, é direito do trabalhador o A) aviso ao empregador sobre o início de seu período de férias, com antecedência mínima de 30 dias. B) abono pecuniário, que representa a venda dos 30 dias de férias ao empregador, recebendo seu salário em dobro. C) equivalente a 2,5 dias de férias por cada mês trabalhado, iniciando-se o período aquisitivo um ano após a data de admissão. D) recebimento da remuneração de férias quando retornar ao trabalho. E) gozo de um período de férias, anualmente, sem prejuízo da remuneração. E-BOOK 17Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU Comentários: A alternativa A está incorreta. O aviso sobre o início do período de férias, com antecedência mínima de 30 dias, é dado ao empregado, não ao empregador, consoante art. 135, caput, da CLT: Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo. A alternativa B está incorreta. O abono pecuniário não pode incidir sobre todo o período de férias do empregado, haja vista que somente poderá converter em pecúnia até 1/3 dos dias, segundo prevê o art. 143, caput: Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. A alternativa C está incorreta, pois não há tal equivalência entre os dias de férias e os meses de trabalho, nem o período aquisitivo se inicia após um ano da data da admissão. A única equivalência que há é entre a quantidade de faltas durante o exercício de 12 meses com a quantidade de dias de férias a que o empregado possui direito, segundo art. 130 da CLT: Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. Além disso, o período aquisitivo é o lapso temporal (12 meses) necessário para que o empregado possa adquirir o direito de gozar férias, iniciando-se na data da admissão. A alternativa D está incorreta. O salário referente ao período de férias deve ser pago até 2 dias antes do início de seu usufruto (art. 145, CLT): Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. Por fim, a alternativa E está correta. Essa alternativa reproduz a norma do art. 129 da CLT, de modo que se encontra irretocável: CLT, Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. Gabarito: E E-BOOK Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU 18 CESGRANRIO/LIQUIGÁS - PROFISSIONAL JÚNIOR - DIREITO - 2013 16 - Carlos, funcionário de uma empresa do ramo de calçados, completou o seu período anual de trabalho, fazendo jus, então, às merecidas férias. Dirigiu-se ao Departamento de Recursos Humanos, onde a gerente lhe apresentou uma planilha com a anotação das faltas ao trabalho no ano aquisitivo. Lá constava um dia para visitar uma irmã em Barbacena; dois dias para acompanhar sua mãe ao dentista e onze dias de licença médica, pelo INSS. Após esse levantamento, consoante a legislação celetista, a quantos dias de férias Carlos teria direito? A) 30 B) 24 C) 18 D) 16 E) 14 Comentários: Inicialmente, é necessário verificar quantas faltas registradas são, de fato, injustificadas e, por consequência, poderiam afetar a quantidade de dias de férias. Isso posto, vamos à análise. A quantidade de dias de férias que o empregado gozará obedece à proporção prevista no art. 130 da CLT: Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. § 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço. § 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço. Como visto, a quantidade de dias de férias a ser gozada depende do número de faltas injustificadas no decorrer do período aquisitivo. Todavia, algumas ausências do empregado não configuram faltas injustificadas, nos termos do art. 131 da CLT: Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado:I - nos casos referidos no art. 473; Il - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social; E-BOOK 19Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133; IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário; V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; e VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art. 133. Sob essa perspectiva, percebe-se que visitar a irmã em outra cidade e acompanhar a mãe em consulta no dentista não eximem o empregado de comparecer ao trabalho, configurando falta injustificada. Por outro lado, o afastamento por licença médica não representa falta injustificada (art. 131, III, CLT), desde que não ultrapasse mais de 30 dias: Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias; Por todo o exposto, o empregado não faltou mais de 5 dias, portanto ainda faz jus aos 30 dias corridos de férias. Gabarito: A CESGRANRIO/LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO I - 2018 17 - De acordo com a legislação trabalhista vigente no país, a hora do trabalho diurno difere da hora do trabalho noturno. Considera-se como trabalho noturno aquele executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte, e cuja hora é computada como de 52 minutos e 30 segundos. Se os funcionários de uma empresa que trabalham no período diurno recebem R$ 2.000,00 de salário, qual deverá ser, no mínimo, o salário dos funcionários que trabalham regularmente no período noturno? A) R$ 2.050,00 B) R$ 2.200,00 C) R$ 2.400,00 D) R$ 2.500,00 E) R$ 2.600,00 Comentários: O trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno, segundo dispõe o art. 7º, IX, da CR. Além disso, prevê o art. 73, caput, da CLT, que o adicional noturno será de 20% sobre a remuneração. E-BOOK Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU 20 CF, Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; CLT, Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. Sob essa perspectiva, um adicional de 20% sobre R$ 2.000,00 resulta em R$ 2.400,00. Portanto, a resposta da questão encontra-se na alternativa C. Gabarito: C CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL – MÉDICO DO TRABALHO - 2014 18 - No Brasil, o trabalhador noturno tem hora de trabalho reduzida, 52 minutos e 30 segundos, e tem remuneração 20% superior à hora diurna. É considerado trabalho noturno aquele realizado entre as A) 22 h de um dia até as 05 h do dia seguinte B) 21 h de um dia até as 06 h do dia seguinte C) 20 h de um dia até as 05 h do dia seguinte D) 19 h de um dia até as 06 h do dia seguinte E) 18 h de um dia até as 05 h do dia seguinte Comentários: A resposta da questão está na alternativa A, considerando-se as regras celetistas. Sendo assim, a regra geral do trabalho noturno está prevista no art. 73 da CLT, segundo o qual sua hora é reduzida (52 minutos e 30 segundos), seu adicional é de 20% sobre o salário e sua duração dá-se entre 22h de um dia e 5h do dia seguinte: CLT, Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. § 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. § 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. Todavia, no caso do trabalhador rural, as regras do trabalho noturno são diferentes, segundo prevê a Lei no 5.889/1973: E-BOOK 21Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU Art. 7º - Para os efeitos desta Lei, considera-se trabalho noturno o executado entre as vinte e uma horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as vinte horas de um dia e as quatro horas do dia seguinte, na atividade pecuária. Parágrafo único. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) sobre a remuneração normal. Gabarito: A CESGRANRIO/PETROBRÁS - PROFISSIONAL JÚNIOR - DIREITO - 2015 19 - Sr. W é empregado da empresa X & X Ltda., tendo recebido ordem do gerente de serviços gerais para praticar ato que o colocaria em risco de vida. Nesse caso, o empregado A) pode exercer o seu direito de resistência diante do risco verificado. B) pode assumir o risco, exonerando de responsabilidade o empregador. C) pode indicar comissão para verificar a possibilidade de praticar o ato. D) deve convocar assembleia de empregados para decidir se pratica o ato. E) deve cumprir a ordem por ser inerente à subordinação no contrato de trabalho. Comentários: A alternativa A está correta. No caso de o empregador exigir que o empregado pratique atividade ou ato que ponha em risco sua integridade física, estará o empregador violando seus deveres (elencados na Norma Regulamentadora – NR 1), o que possibilitará ao empregado pleitear a rescisão indireta de seu contrato de trabalho (art. 483 da CLT): NR 1 - 1.4 Direitos e deveres 1.4.1 Cabe ao empregador: a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho; b) informar aos trabalhadores: I. os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho; II. as medidas de prevenção adotadas pela empresa para eliminar ou reduzir tais riscos; III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; e IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. c) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos trabalhadores; d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho; e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho, incluindo a análise de suas causas; f) disponibilizar à Inspeção do Trabalho todas as informações relativas à segurança e saúde no trabalho; e g) implementar medidas de prevenção, ouvidos os trabalhadores, de acordo com a seguinte ordem de prioridade: I. eliminação dos fatores de risco; II. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas de proteção coletiva; III. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas administrativas ou de organização do trabalho; e IV. adoção de medidas de proteção individual. CLT, Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; c) correr perigo manifesto de mal considerável; d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; E-BOOK Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU 22 A alternativa B está incorreta. Não seria plausível que o empregado assumisse o risco de uma atividade que pusesse sua integridade física em risco e, além disso, eximisse de responsabilidade o empregador. A alternativa C está incorreta, pois o ordenamento legal e regulamentar não respalda o enunciado dessa alternativa. A alternativaD está incorreta. O disposto nessa alternativa não encontra guarida nas normas regentes. Por fim, a alternativa E está incorreta. De fato, a subordinação é inerente ao contrato de trabalho. Porém, o empregador não pode lançar mão de seu poder de ingerência para colocar em risco a vida de seus empregados, o que ensejaria a rescisão indireta do contrato de trabalho por parte do empregador (art. 473 da CLT). Gabarito: A CESGRANRIO/AGERIO – ADVOGADO - 2023 20 - A regulação do trabalho doméstico ganhou amplitude com a edição de vários instrumentos normativos. De acordo com a Lei Complementar no 123/2015, o horário normal de trabalho do empregado durante o aviso prévio, quando a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, sem prejuízo do salário integral, será reduzido de A) duas horas diárias B) três horas diárias C) quatro horas diárias Comentários: A alternativa A está correta. Especificamente, o trabalho dos domésticos é disciplinado pela Lei Complementar no 150/2015, e não pela Lei Complementar no 123/2015, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Abstraindo-se de tal lapso do Examinador, a questão exige conhecimento da possibilidade da redução de jornada durante o aviso-prévio. Com efeito, há disposição celetista no art. 488 que prevê tal redução, não obstante haja dispositivo específico para os domésticos de mesmo teor no art. 24 da LC no 150/2015: CLT, Art. 488, caput - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral. LC 150/2015, Art. 24. O horário normal de trabalho do empregado durante o aviso prévio, quando a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral. A alternativa B está incorreta. Como visto, a redução da jornada durante o aviso-prévio dá-se em 2 horas diárias. A alternativa C está incorreta. Como visto, a redução da jornada durante o aviso-prévio dá-se em 2 horas diárias. A alternativa D está incorreta. Como visto, a redução da jornada durante o aviso-prévio dá-se em 2 horas diárias. Por fim, a alternativa E está incorreta. Como visto, a redução da jornada durante o aviso-prévio dá-se em 2 horas diárias. D) cinco horas diárias E) seis horas diárias Gabarito: A E-BOOK 23Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU CESGRANRIO/PETROBRÁS - PROFISSIONAL JÚNIOR - DIREITO - 2015 21 - Um trabalhador viu rescindido o seu contrato de trabalho, tendo direito à percepção de aviso prévio. O empregado labutou por mais de vinte anos na empresa. Nesse caso, ele receberá, quanto ao aviso prévio, o correspondente a A) trinta dias B) quarenta dias C) cinquenta dias D) sessenta dias E) noventa dias Comentários: O aviso-prévio é direito constitucionalmente assegurado ao trabalhador, contido no art. 7º, XXI, da CR, o qual visa disponibilizar tempo útil tanto ao empregado quanto ao trabalhador para se preparar para o término do contrato de trabalho. O tema é disciplinado do art. 487 a 491 da CLT, bem como pela Lei no 12.506/2011. Sob essa perspectiva, a Lei no 12.506/2011 dispõe que o empregado receberá um mínimo de 30 dias de aviso-prévio, aumentando conforme a quantidade de tempo de serviço prestado ao empregador. Portanto, a regra posta é que cada ano completo trabalhado acrescerá 3 dias aos 30 dias basilares, de modo que a soma ao final não ultrapasse 90 dias: Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. Dessa forma, se o empregado labora por mais 20 anos completos, terá 90 dias de aviso-prévio (30 + 3x20). Assim, a alternativa E está correta. Gabarito: E CESGRANRIO/EPE - ANALISTA DE GESTÃO CORPORATIVA - RECURSOS HU- MANOS - 2014 22 - Um engenheiro recebeu uma notificação de aviso prévio trabalhado. Não sabendo exatamente o que significava nem quais seriam seus direitos em relação à referida notificação, procurou um advogado que o orientasse. Dentre as orientações recebidas, está a de que o aviso prévio A) um direito em caso de rescisão de contrato de trabalho por justa causa. E-BOOK Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU 24 B) um instituto específico dos contratos por prazo determinado, com a finalidade de possibilitar ao empregado a sua recolocação antes do final do término de seu contrato de trabalho. C) garante a quem é demitido por justa causa o direito de ter a sua jornada reduzida em três horas diárias, sem prejuízo do salário integral. D) garante salário ao trabalhador durante seu período de vigência, de forma a prover meios de subsistência, visando a sua recolocação. E) garante o trabalho normal de sua jornada, sem redução durante os primeiros 15 dias para que seja liberado nos demais 15 dias, sem prejuízo de seu salário integral. Comentários: A alternativa A está incorreta. Nos termos do art. 487, caput, da CLT, o aviso-prévio somente será devido quando houver rescisão do contrato de trabalho sem justa causa, seja pelo empregado ou pelo empregador. Portanto, alternativa errada. Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de: I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. A alternativa B está incorreta. O aviso-prévio não é específico para os contratos por prazo determinado, conforme previsão expressa do art. 487, caput, o qual prevê “não havendo prazo estipulado (...)”. A alternativa C está incorreta, pois, novamente, o aviso-prévio não é devido quando há dispensa por justa causa, somente ocorrendo quando a rescisão se dá “sem justo motivo”. A alternativa D está correta. O período de vigência do aviso-prévio é considerado como tempo de trabalho, conforme norma do art. 489 da CLT. Nesses termos, o empregado laborará sob as dependências do empregador e, por consequência, perceberá sua remuneração normalmente: Art. 489 - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. Parágrafo único - Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado. Por fim, a alternativa E está incorreta. A dinâmica da redução da jornada durante o aviso-prévio não ocorre da forma posta pela alternativa. Sendo assim, segundo o art. 488 da CLT, quando a rescisão sem justa causa tiver sido por iniciativa do empregador, o empregado possuirá direito a reduzir 2 horas diárias de trabalho durante sua vigência, ou poderá optar por deixar de trabalhar por 7 dias seguidos, tudo sem prejuízo de sua remuneração: Art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral. Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do inciso lI do art. 487 desta Consolidação. Gabarito: D E-BOOK25Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU CESGRANRIO/BNDES – PROFISSIONAL BÁSICO - DIREITO - 2013 23 - O contrato de trabalho brasileiro tem como regra a indeterminação de prazo, podendo ser rescindido sem justa causa, por qualquer das partes, mediante a concessão de um aviso prévio à outra parte. O instituto do aviso prévio assegura que este A) deve ser de, no mínimo 30 dias, acrescendo-se 3 dias por ano trabalhado ou fração superior a 6 meses, até o máximo de 60 dias, perfazendo um total de até 90 dias. B) deve ser de, no máximo 30 dias, podendo ser de 8 dias para os trabalhadores que recebem salário por semana ou periodicidade inferior. C) deve ser de 30 dias para qualquer trabalhador, independentemente da periodicidade do pagamento do salário, se mensal ou outro inferior. D) é devido mesmo na hipótese de rescisão indireta do contrato de trabalho. E) não é devido na hipótese de rescisão por fato do príncipe (factum principis). Comentários: A alternativa A está incorreta. Nos termos da Lei no 12.506/2011, o aviso-prévio deve ser de, no mínimo, 30 dias, acrescendo-se 3 dias por ano trabalhado, até o máximo de 60 dias, perfazendo um total de até 90 dias. Não há, na norma legal, previsão de “fração superior a 6 meses”: Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. A alternativa B está incorreta. O trabalhador que receba salário por semana ou periodicidade inferior possuiria, segundo a literalidade da CLT, aviso-prévio de 8 dias, porém, nos outros casos, o máximo não será de 30 dias, mas de 90 dias, segundo parágrafo único do art. 1º da Lei no 12.506/2011. CLT, Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de: I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; A alternativa C está incorreta, pois não é de 30 dias para qualquer trabalhador, como visto no teor dos incisos I e II do art. 487 da CLT e art. 1º, caput e parágrafo único, da Lei no 12.506/2011, podendo variar de 8 dias a 90 dias. A alternativa D está correta. Essa alternativa reproduz perfeitamente a norma do art. 487, § 4º, da CLT, segundo a qual o aviso-prévio é devido no caso de rescisão indireta do contrato de trabalho: Art. 487, § 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta. E-BOOK Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU 26 A lógica de tal normativo é que a despedida indireta ocorre quando a justa causa dá-se por conta do empregador. Nesse caso, o empregado pode pleitear a rescisão do contrato de trabalho na Justiça do Trabalho, o que implicará as mesmas verbas rescisórias e direitos de uma dispensa sem justa causa, hipótese autorizadora do aviso-prévio. Por fim, a alternativa E está incorreta. Celso Antônio Bandeira de Mello (2009) explica que o fato do príncipe se trata de “agravo econômico resultante de medida tomada sob titulação diversa da contratual, isto é, no exercício de outra competência, cujo desempenho vem a ter repercussão direta na econômica contratual estabelecida na avença”. Com isso, prevê o art. 486 da CLT que, nessa hipótese, o empregador não se eximirá de suas responsabilidades, entre as quais, o aviso-prévio, nada obstante elas corram à conta do Poder Público: CLT, Art. 486 - No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo responsável. Gabarito: D CESGRANRIO/LIQUIGÁS – PROFISSIONAL JÚNIOR - DIREITO - 2013 24 - Alcir é empregado de uma empresa especializada na comercialização de instrumentos para lutas marciais, a qual fabrica alguns dos seus produtos através de unidades de produção espalhadas pelo Brasil. Após longo tempo de trabalho, ele resolve pedir o desligamento da empresa. Por força de política interna, antecipando-se a essa decisão, a empresa decide efetuar a sua demissão sem justa causa, com o pagamento dos seus direitos rescisórios previstos em lei. Ocorre que, seis meses após o seu desligamento, Alcir tem ciência da modificação dos critérios de pagamento do aviso prévio, que passa a sofrer majoração, considerando o tempo de serviço prestado ao empregador. Após tratativas com a empresa, ele tem como resposta a negativa de seu pleito. Ao consultar especialista em matéria trabalhista, obtém a seguinte resposta: A) A lei trabalhista sempre retroage para beneficiar o trabalhador; assim, o pagamento majorado é devido. B) A modificação dos critérios de pagamento do aviso prévio por lei somente tem efeito após a sua publicação, eficácia e vigência. C) As modificações impostas ao aviso prévio indenizado por lei são devidas somente aos trabalhadores sindicalizados. D) O pagamento do aviso prévio majorado deve ser aplicado às categorias que estenderam o benefício por acordo coletivo depois da vigência da lei. E) Os direitos trabalhistas previstos constitucionalmente são indisponíveis e, majorados por lei, aplicam-se aos trabalhadores, sem distinção temporal. Comentários: A alternativa A está incorreta. A lei trabalhista, in casu, trata-se da Lei no 12.506/2011, que versa sobre o aviso-prévio. Todavia, conforme prevê a Súmula no 441 do TST, sua aplicação não retroagirá para antes de sua publicação. A alternativa B está correta. A Lei no 12.506/2011 trata do aviso-prévio, que é direito constitucionalmente garantido pelo art. 7º, XXI, da CF. Porém, segundo jurisprudência do TST, sua aplicação somente será devida a partir de sua publicação: E-BOOK 27Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU Lei no 12.506/2011, Art. 1º. O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. CF, art. 7º, XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; Súmula no 441 do TST: AVISO PRÉVIO. PROPORCIONALIDADE. O direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011. A alternativa C está incorreta, pois não há previsão legal que restrinja a aplicação da Lei no 12.506/2011 aos trabalhadores sindicalizados. A alternativa D está incorreta. Segundo prevê a Lei no 12.506/2011, o aviso-prévio não pode ser majorado por negociação coletiva, seja acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho. Por fim, a alternativa E está incorreta. Novamente, não há que se falar em aplicação da Lei no 12.506/2011 aos trabalhadores antes de sua publicação, conforme cediça jurisprudência do TST firmada pela Súmula no 441. Gabarito: B CESGRANRIO/PETROBRÁS – PROFISSIONAL JÚNIOR - ENGENHARIA DE SE- GURANÇA DO TRABALHO - 2015 25 - De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, os titulares da representação dos empregados nas CIPA gozarão de estabilidade no emprego em relação a despedidas baseadas em motivos A) técnicos B) financeiros C) arbitrários D) disciplinaresE) econômicos Comentários: A questão aborda explicitamente o art. 165 da CLT, que assim dispõe: Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado. E-BOOK Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU 28 Além disso, cabe frisar que o empregado da CIPA (“cipeiro”) possui garantia de estabilidade provisória, conforme prevê o art. 10, II, “a”, da CF no ADCT, bem como a Súmula no 339 do TST: ADCT, Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição: II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato; Súmula no 339 TST - CIPA. SUPLENTE. GARANTIA DE EMPREGO. CF/1988. I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. (ex-Súmula nº 339 - Res. 39/1994, DJ 22.12.1994 - e ex-OJ nº 25 da SBDI-1 - inserida em 29.03.1996) II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. (ex-OJ nº 329 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003) Portanto, a resposta está na alternativa C. Gabarito: C CESGRANRIO/BNDES – PROFISSIONAL BÁSICO - DIREITO - 2013 26 - A Constituição Federal de 1988, no artigo 10, II, b, do ADCT, prevê a estabilidade da gestante até 5 meses após o parto. Segundo a interpretação do TST, a(o) A) empregada que engravida no curso do aviso prévio não tem direito à estabilidade. B) empregada que sofre a perda do bebê aos 7 meses de gestação não tem direito à estabilidade. C) empregada contratada sob contrato de experiência tem direito à estabilidade se ficar grávida dentro desse contrato a prazo determinado. D) propositura de ação trabalhista, após o término do período de estabilidade, impede a reintegração e, consequentemente, o direito aos salários do período estabilitário. E) desconhecimento do estado gravídico pelo empregador, no momento da dispensa, afasta o direito à estabilidade. Comentários: A questão aborda o art. 10, II, “b”, do ADCT e a Súmula no 244 do TST, que versa sobre a estabilidade provisória da empregada gestante. Isso posto, vamos às alternativas. A alternativa A está incorreta. O fato de a empregada engravidar no curso do aviso-prévio não obsta seu direito à estabilidade, visto que o desconhecimento do estado gravídico por parte do empregador quando da dispensa não o exime do cumprimento da imposição do art. 10, II, “b”, do ADCT e do art. 391-A da CLT: E-BOOK 29Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU CLT, Art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. "AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. ESTABILIDADE PROVISÓRIA DA GESTANTE. DESCONHECIMENTO DA GESTAÇÃO PELO EMPREGADOR . O Tribunal Regional consignou que a gravidez da reclamante teve início no curso do aviso prévio. Dito isso, predomina nesta Corte Superior o entendimento segundo o qual os direitos decorrentes do disposto nos arts. 7º, XVIII, da Constituição Federal e 10, II, "b", do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) não têm sua eficácia condicionada ao prévio conhecimento pelo empregador, porquanto erigidos a partir da responsabilidade objetiva do Estado. Desse modo, cuidando-se de proteção ao nascituro, prevalecerão os benefícios constitucionais, ainda que a própria empregada ou o empregador, ao tempo da rescisão contratual, desconheça a gravidez. Nesse sentido foi editada a Súmula nº 244, I, do TST. Agravo de instrumento conhecido e não provido" (AIRR-678-02.2017.5.09.0662, 8ª Turma, Relatora Ministra Dora Maria da Costa, DEJT 24/06/2019). A alternativa B está incorreta. O TST tem entendido que a empregada que perde a criança possui direito à estabilidade. No bojo do RR-1236- 86.2011.5.04.0382, o TST uniformizou o entendimento no sentido da garantia da estabilidade pelo período de 2 semanas após o aborto espontâneo: Esta Corte, ao interpretar os arts. 10, inc. II, alínea “b”, da Constituição da República e 395 da CLT, uniformizou o entendimento de que à empregada gestante é garantida a estabilidade provisória no emprego desde a concepção até cinco meses após o parto. Todavia, em caso de interrupção da gravidez por aborto espontâneo, essa garantia persiste desde a concepção até duas semanas após o aborto. O único pressuposto para que a empregada gestante tenha assegurado o seu direito à estabilidade provisória (ADCT, art. 10, inc. II, alínea “b”) é que esteja grávida, não se cogitando de outro prazo para o ajuizamento da ação, senão o de dois anos a contar da extinção do contrato de trabalho A alternativa C foi dada como correta por reproduzir a Súmula no 244, inciso III, do TST: Súmula 244 do TST, III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado. Cabe frisar que, atualmente, a 4ª Turma do TST entendeu que, a partir do RE 629.053/SP, houve superação do item III da Súmula no 244 do TST, portanto, na hipótese de admissão mediante contrato por prazo determinado, não há direito à garantia provisória de emprego da gestante prevista no artigo 10, inciso II, alínea “b”, do ADCT (Informativo TST nº 230). A alternativa D está incorreta, pois a Súmula no 244 do TST refere-se somente à reintegração, não perdendo a empregada seu direito quanto aos salários: Súmula 244 do TST, II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. Por fim, a alternativa E está incorreta. Essa alternativa está em desacordo com o inciso I da Súmula no 244 do TST, ipsis litteris: Súmula 244 do TST, I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). Gabarito: C E-BOOK Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU 30 CESGRANRIO/AGERIO – ADVOGADO - 2023 27 - De acordo com a Lei no 8.036/1990, algumas aplicações aprovadas pelo Conselho Curador do FGTS são realizadas exclusivamente para operações de crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas, bem como a instituições sem fins lucrativos que atuam no campo para pessoas com deficiência e que participam do Sistema Único de Saúde (SUS), de forma complementar, em percentual máximo a ser definido pelo Ministério da Saúde. Essas operações devem preencher, dentre outros requisitos, o da consignação de A) pagamentos B) recebíveis C) valores D) bens E) coisas Comentários: O tema do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) é disciplinado pela Lei no 8.036/1990, que dispõe, entre outras matérias, sobre as aplicações financeiras possíveis de serem realizadas com os recursos do Fundo, nos termos do art. 9º do diploma legal: Art. 9º As aplicações com recursosdo FGTS serão realizadas exclusivamente segundo critérios fixados pelo Conselho Curador do FGTS e em operações que preencham os seguintes requisitos: I - Garantias: a) hipotecária; b) caução de Créditos hipotecários próprios, relativos a financiamentos concedidos com recursos do agente financeiro; c) caução dos créditos hipotecários vinculados aos imóveis objeto de financiamento; d) hipoteca sobre outros imóveis de propriedade do agente financeiro, desde que livres e desembaraçados de quaisquer ônus; e) cessão de créditos do agente financeiro, derivados de financiamentos concedidos com recursos próprios, garantidos por penhor ou hipoteca; f) hipoteca sobre imóvel de propriedade de terceiros; g) seguro de crédito; h) garantia real ou vinculação de receitas, inclusive tarifárias, nas aplicações contratadas com pessoa jurídica de direito público ou de direito privado a ela vinculada; i) aval em nota promissória; j) fiança pessoal; l) alienação fiduciária de bens móveis em garantia; E-BOOK 31Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU m) fiança bancária; n) consignação de recebíveis, exclusivamente para operações de crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas, bem como a instituições que atuam no campo para pessoas com deficiência, e sem fins lucrativos que participem de forma complementar do Sistema Único de Saúde (SUS), em percentual máximo a ser definido pelo Ministério da Saúde; e o) outras, a critério do Conselho Curador do FGTS; II - correção monetária igual à das contas vinculadas; III - taxa de juros média mínima, por projeto, de 3 (três) por cento ao ano; IV - prazo máximo de 35 (trinta e cinco) anos. A alternativa A está incorreta. Conforme visto, não há tal previsão no art. 9º da Lei no 8.036/1990. A alternativa B está correta. Essa é a resposta da questão, por encontrar respaldo no art. 9º, I, “n”, no normativo. A alternativa C está incorreta. Conforme visto, não há tal previsão no art. 9º da Lei no 8.036/1990. A alternativa D está incorreta. Conforme visto, não há tal previsão no art. 9º da Lei no 8.036/1990. Por fim, a alternativa E está incorreta. Conforme visto, não há tal previsão no art. 9º da Lei no 8.036/1990. Gabarito: B CESGRANRIO/CEF - TÉCNICO BANCÁRIO NOVO - SEM ÁREA - 2021 28 - Um trabalhador é regido pelas regras da CLT e tem conta vinculada ao FGTS. Curioso por saber as hipóteses de levantamento do FGTS, formula consulta ao órgão competente. Nos termos da Lei no 8.036/1990, a conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada no caso de A) aquisição de imóvel comercial B) aposentadoria concedida pela Previdência Social C) desligamento por justa causa D) compra de automóvel E) aluguel de entidade familiar Comentários: Segundo prevê a Lei no 8.036/1990, a conta vinculada no FGTS poderá ser movimentada somente nas situações elencadas pelo art. 20 do diploma legal: Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações: I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior; I-A - extinção do contrato de trabalho prevista no art. 484-A da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto- Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943; E-BOOK Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU 32 II - extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agências, supressão de parte de suas atividades, declaração de nulidade do contrato de trabalho nas condições do art. 19-A, ou ainda falecimento do empregador individual sempre que qualquer dessas ocorrências implique rescisão de contrato de trabalho, comprovada por declaração escrita da empresa, suprida, quando for o caso, por decisão judicial transitada em julgado; III - aposentadoria concedida pela Previdência Social; IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão de pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do interessado, independente de inventário ou arrolamento; V - pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional concedido no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), desde que: a) o mutuário conte com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes; b) o valor bloqueado seja utilizado, no mínimo, durante o prazo de 12 (doze) meses; c) o valor do abatimento atinja, no máximo, 80 (oitenta) por cento do montante da prestação; VI - liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor de financiamento imobiliário, observadas as condições estabelecidas pelo Conselho Curador, dentre elas a de que o financiamento seja concedido no âmbito do SFH e haja interstício mínimo de 2 (dois) anos para cada movimentação; VII – pagamento total ou parcial do preço de aquisição de moradia própria, ou lote urbanizado de interesse social não construído, observadas as seguintes condições: a) o mutuário deverá contar com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou empresas diferentes; b) seja a operação financiável nas condições vigentes para o SFH; VIII - quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos fora do regime do FGTS; IX - extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores temporários regidos pela Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974; X - suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a 90 (noventa) dias, comprovada por declaração do sindicato representativo da categoria profissional. XI - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de neoplasia maligna. XII - aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização, regidos pela Lei n° 6.385, de 7 de dezembro de 1976, permitida a utilização máxima de 50 % (cinqüenta por cento) do saldo existente e disponível em sua conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na data em que exercer a opção. XIII - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus HIV; XIV - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes estiver em estágio terminal, em razão de doença grave, nos termos do regulamento; XV - quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a setenta anos. XVI - necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorra de desastre natural, conforme disposto em regulamento, observadas as seguintes condições: a) o trabalhador deverá ser residente em áreas comprovadamente atingidas de Município ou do Distrito Federal em situação de emergência E-BOOK 33Estratégia Concursos | Direito do Trabalho para o CNU ou em estado de calamidade pública, formalmente reconhecidos pelo Governo Federal; b) a solicitação de movimentação da conta vinculada será admitida até 90 (noventa) dias após a publicação do ato de reconhecimento, pelo Governo Federal, da situação de emergência ou de estado de calamidade pública; e c) o valor máximo do saque da conta vinculada será definido na forma do regulamento. XVII - integralização de cotas do FI-FGTS, respeitado o disposto na alínea i do inciso XIII do art. 5o desta Lei, permitida a utilização máxima de 30% (trinta por cento) do saldo existente e disponível na data em que exercer a opção. XVIII - quando o trabalhador com deficiência, por prescrição, necessite adquirir órtese ou prótese para promoção de acessibilidade e de inclusão social. XIX - pagamento
Compartilhar