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MÓDULO 1 - BEHAVIORISMO RADICAL E ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

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07/02/2023 18:39 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/6
B.F. Skinner, análise do comportamento e o behaviorismo radical
Objetivos: Conhecer a vida e obra de Skinner e os preceitos do behaviorismo
radical e da análise do comportamento. Saber diferenciar o conhecimento
científico do senso comum e as diferenças entre mentalismo e behaviorismo.
Burrhus Frederic Skinner (Susquehanna, Pensilvânia, 20 de Março de 1904 —
Cambridge, 18 de Agosto de 1990) foi um autor e psicólogo estadunidense.
Conduziu trabalhos pioneiros em psicologia experimental e foi o propositor do
Behaviorismo Radical, abordagem que busca entender o comportamento em
função das inter-relações entre a filogenética, o ambiente (cultura) e a história de
vida do indivíduo.
A base do trabalho de Skinner refere-se a compreensão do comportamento
humano através do comportamento operante (Skinner dizia que o seu interesse
era em compreender o comportamento humano e não manipulá-lo).
O trabalho de skinner é o complemento, e o coroamento de uma escola
psicológica. Skinner adotava práticas experimentais derivadas de física e outras
ciências.
Outros importantes estudos do autor referem-se ao comportamento verbal
humano e a aprendizagem. (Wikipédia)
A vida de Skinner: 
Nascido em uma família presbiteriana, teve uma infância bem tradicional.
Segundo Skinner "seu ambiente da infância era estável e não lhe faltou afeto".
Ele se formou em inglês, recebeu a chave simbólica da Phi Beta Kappa e
manifestou o desejo de tornar-se escritor. Quando criança, tinha escrito poemas e
histórias, e, em 1925, num curso de verão sobre redação, o poeta Robert Frost
fizera comentários favoráveis sobre seu trabalho.
Durante dois anos depois da formatura, Skinner dedicou-se a escrever. Passou um
ano no Greenwich Village, mas acabou se desiludindo com sua falta de habilidade
literária. Concluiu que tinha poucas experiências e que lhe faltava uma perspectiva
pessoal para escrever.
Depois de ler sobre John B. Watson e Ivan Pavlov, decidiu transferir seu interesse
literário pelas pessoas para um interesse mais científico. Em 1928, inscreveu-se
na pós-graduação de psicologia em Harvard, embora nunca tivesse estudado
psicologia antes.
Comprometido ou não, doutorou-se três anos mais tarde. Seu tema de
dissertação dá um primeiro vislumbre da posição a que ele iria aderir por toda a
sua carreira. Sua principal proposição era de que um reflexo não é senão a
correlação entre um estímulo e uma resposta. Concluiu o mestrado em 1930 e o
doutorado em 1931.
Depois de vários pós-doutorados, Skinner foi dar aulas na Universidade de
Minnesota (1936–45), nessa época casou-se com Yvonne Blue, com quem teve
dois filhos, e na Universidade de Indiana (1945–47). Em 1947, voltou a Harvard.
Seu livro de 1938, "O Comportamento dos Organismos", descreve os pontos
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essenciais de seu sistema inicial. Seu livro de 1953, "Ciência e Comportamento
Humano", é tido como um manual básico da sua psicologia comportamentalista.
Skinner manteve-se produtivo até a morte, aos oitenta e seis anos, trabalhando
até o fim com a mesma determinação com que começara uns sessenta anos
antes. Em seus últimos anos de vida, ele construiu, no porão de sua casa, sua
própria "caixa de Skinner" – um ambiente controlado que propiciava reforço
positivo.
Aos sessenta e oito anos, escreveu um artigo intitulado "Auto-Administração
Intelectual na Velhice", citando suas próprias experiências como estudo de caso.
Ele mostrava que é necessário que o cérebro trabalhe menos horas a cada dia,
com períodos de descanso entre picos de esforço, para a pessoa lidar com a
memória que começa a falhar e com a redução das capacidades intelectuais na
velhice. Doente terminal com leucemia, apresentou uma comunicação na
convenção de 1990 da APA, em Boston, apenas oito dias antes de morrer; nela,
ele atacava a psicologia cognitiva.
Na noite anterior à sua morte, estava trabalhando em seu artigo final, "Pode a
Psicologia ser uma Ciência da Mente?", outra critica ao movimento cognitivo que
pretendia suplantar sua definição de psicologia. Skinner morreu em 18 de Agosto
de 1990. (wikipédia)
Exercício comentado: 
Skinner fez diversas contribuições à psicologia, sendo que sua trajetória
profissional teve como principais características:
I – A preocupação com o rigor e critérios do método científico
II – A produção contínua de conhecimento científico desde o início de sua carreira
até a morte
III – O foco permanente nos temas e assuntos da psicologia experimental
São corretas as seguintes afirmações:
A) I
B) II
C) III
D) I e II
E) I e III
Resposta: D. Skinner não se manteve focado nos temas e assuntos da psicologia
experimental. Do meio para o final de sua carreira Skinner direcionou sua obra
para temas sociais e cognitivos como é possível verificar pelos títulos dos seus
últimos trabalhos. Apesar desta mudança temática, Skinner nunca deixou de
adotar métodos e critérios científicos em seu trabalho.
As idéias de Skinner :
Skinner sempre esteve preocupado com Questões humanas. Por meio da
psicologia construir um mundo melhor. Queria também ter uma compreensão
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mais profunda sobre homem e sua natureza.
Acreditava na ciência como caminho mais seguro para construção do
conhecimento, inclusive incluindo fenômenos da subjetividade humana.
Foi usado como base para grande diversidade de trabalhos. A análise do
comportamento e Skinner tem produções em praticamente todas as áreas de
atuação da psicologia).
Sua obra aborda quase todos os assuntos necessários à compreensão do ser
humano: aprendizagem, desenvolvimento, memória, ansiedade, Self,
subjetividade, consciência, psicopatologias, criatividade, pensamento, cognição,
emoções, personalidade, linguagem, social e cultura, vontade, desejos, insights,
introspecção, etc.
Apesar de abordar temas clássicos da psicologia, o fez de forma diferente em
relação a outros grandes nomes da psicologia (Freud, Jung, Adorno, Moreno, etc) .
Publicou em torno de 300 artigos e 20 livros. Verifique uma lista de obras
publicadas por Skinner
aqui: https://www.redepsi.com.br/portal/modules/news/article.php?storyid=23
Exercício Comentado:
Skinner abordou os temas clássicos da psicologia como fizeram outros grandes
nomes da psicologia
A diferença principal é:
Enquanto Skinner abortou tais temas de forma científica, os outros psicólogos e
autores mais famosos da psicologia clássica o fizeram de forma não-científica
Com base na leitura dessas frases, é CORRETO afirmar que
A) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
B) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
C) as duas afirmações são falsas.
D) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da
primeira.
E) as duas afirmações são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa
correta da primeira.
Resposta: B Embora Skinner utilizasse os métodos da ciência natural e via de
regra os outros grandes psicólogos e autores não, isto não quer dizer que suas
produções não eram científicas, pois os mesmos utilizavam outros critérios de
ciência
A Análise do comportamento:
É a ciência baseada na filosofia do behaviorismo radical. Busca compreender o ser
humano a partir de sua interação com o ambiente. Ambiente? Existe diferença
entre a definição do senso comum e a definição científica que inclui o mundo
físico, o mundo social, a história de vida e a interação consigo mesmo.
https://www.redepsi.com.br/portal/modules/news/article.php?storyid=23
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Busca compreender como o indivíduo interage com o ambiente (a partir dos
conceitos de condicionamento) para tentar prever e controlar o comportamento.
Acredita que as consequências produzidas no passado selecionaram o
comportamento presente.
E quando ocorre erro na previsão? - Provavelmente é por conta de uma análise
incompleta pois diversas evidências empíricas (práticas) já foram e continuam
sendo demonstradas em laboratório e em ambiente natural pela análise
experimental do comportamento.
O Behaviorismo Radical de Skinner: filosofia da ciência análise do
comportamento.
“O Behaviorismo não é a ciência do comportamento humano, mas, sim, a filosofia
dessa ciência. Algumas das questões que ele propõe são: É possível tal ciência?
Pode ela explicar cada aspecto do comportamento humano? Que métodos pode
empregar? São suas leis tão válidas quanto as da Física e da Biologia?
Proporcionará ela uma tecnologia e, em caso positivo, que papel desempenhará
nos assuntos humanos? São particularmente importantes suas relações com as
formas anteriores de tratamento do mesmo assunto. O comportamento humano é
o traço mais familiar do mundo em que as pessoas vivem, e deve ter dito mais
sobre ele do que sobre qualquer outra coisa. E de tudo o que foi dito, o que vale a
pena ser conservado?” (Skinner, 1974)
Existem muitas críticas infundadas ao behaviorismo radical e a análise do
comportamento. Geralmente feitas por pessoas que desconhecem o assunto.
O Behaviorismo não nega auto-observação ou autoconhecimento, mas a natureza
do que é sentido e observado (nosso corpo, quanto dele podemos conhecer? Quão
fidedigna é nossa observação?) 
Não nega os estados privados (sentimentos e pensamentos), questiona qual o seu
papel na determinação da conduta humana. Estados privados não explicam
comportamento, são em sí comportamentos (devem ser explicados) . Ex: fiz isso
porque me sentia assim (isto não é explicação).
Os eventos públicos observáveis e os eventos privados tem a mesma natureza, a
única diferença é que o primeiro é acessível a todos e o segundo apenas ao
indivíduo que se comporta.
Não concorda com a dicotomia mente e corpo (dualismo): tem rompimento radical
em prol do monismo (eventos privados são eventos físicos).
Conclusão: para o behaviorismo radical, a ciência do comportamento vai estudar
quaisquer comportamento e seus determinantes, sejam públicos ou privados.
Em vez de verdades, busca previsão e controle.
Se denomina radical porque nega radicalmente a casualidade mental
(mentalismo) e quer chegar à raiz dos determinantes do comportamento.
Exercício comentado:
A seguir estão afirmações (Skinner, 1974) comumente feitas ao Behaviorismo
Radical e Análise do Comportamento. Verifique se existe alguma afirmação
verdadeira.
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1. O Behaviorismo ignora a consciência, os sentimentos e os estados mentais.
2. Negligencia os dons inatos e argumenta que todo comportamento é adquirido
durante a vida do indivíduo.
3. Apresenta o comportamento simplesmente como um conjunto de respostas a
estímulos, descrevendo a pessoa como um autômato, um robô, um fantoche ou
uma máquina.
4. Não tenta explicar os processos cognitivos.
5. Não considera as intenções ou os propósitos.
6. Não consegue explicar as realizações criativas — na Arte, por exemplo, ou na
Música, na Literatura, na Ciência ou na Matemática.
7. Não atribui qualquer papel ao eu ou à consciência do eu.
8. É necessariamente superficial e não consegue lidar com as profundezas da
mente ou da personalidade.
9. Limita-se à previsão e ao controle do comportamento e não apreende o ser, ou
a natureza essencial do homem.
10. Trabalha com animais, particularmente com ratos brancos, mas não com
pessoas, e sua visão do comportamento humano atém-se, por isso, àqueles traços
que os seres humanos e os animais têm em comum.
11. Seus resultados, obtidos nas condições controladas de um laboratório, não
podem ser reproduzidos na vida diária, e aquilo que ele tem a dizer acerca do
comportamento humano no mundo mais amplo torna-se, por isso, uma
metaciência não-comprovada.
12. Ele é supersimplista e ingênuo e seus fatos são ou triviais ou já bem
conhecidos.
13. Cultua os métodos da Ciência mas não é científico; limita-se a emular as
Ciências.
14. Suas realizações tecnológicas poderiam ter sido obtidas pelo uso do senso
comum.
15. Se suas alegações são válidas, devem aplicar-se ao próprio cientista
behaviorista e, assim sendo, este diz apenas aquilo que foi condicionado a dizer e
que não pode ser verdadeiro.
16. Desumaniza o homem; é redutor e destrói o homem enquanto homem.
17. Só se interessa pelos princípios gerais e por isso negligencia a unicidade do
individual.
18. É necessariamente antidemocrático porque a relação entre o experimentador
e o sujeito é de manipulação e seus resultados podem, por essa razão, ser usados
pelos ditadores e não pelos homens de boa vontade.
19. Encara as idéias abstratas, tais como moralidade ou justiça, como ficções.
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20. É indiferente ao calor e à riqueza da vida humana, e é incompatível com a
criação e o gozo da arte, da música, da literatura e com o amor ao próximo.
Resposta: São todas falsas. Caso você tenha considerado alguma verdadeira,
provavelmente não compreendeu corretamente alguns conceitos do behaviorismo
radical ou análise do comportamento. Reveja o material deste e dos outros
módulos e se necessário consulte seu professor para esclarecimento.
Referência:
SKINNER, B. F. Sobre o Behaviorismo. São Paulo: Cultrix, 1974.
Bibliografia básica:
MOREIRA, M. B; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise do
comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. Cap. 12
Bibliografia complementar:
MICHELETTO, N. Bases filosóficas do Behaviorismo Radical. Em BANACO, R.A.
Sobre comportamento e cognição. Aspectos teóricos, metodológicos e de
formação em Análise do comportamento e Terapia Cognitivista. Santo André:
ESETec, 2001.
MATOS, M. A. Com o quê o behaviorista radical trabalha? Em BANACO, R.A. Sobre
comportamento e cognição. Aspectos teóricos, metodológicos e de formação em
Análise do comportamento e Terapia Cognitivista. Santo André: ESETec, 2001.
SÉRIO, T. M. A. P. Por que sou behaviorista radical? Em BANACO, R.A. Sobre
comportamento e cognição. Aspectos teóricos, metodológicos e de formação em
Análise do comportamento e Terapia Cognitivista. Santo André: ESETec, 2001.
ROSE, J. C. C. O que é comportamento? Em BANACO, R.A. Sobre comportamento
e cognição. Aspectos teóricos, metodológicos e de formação em Análise do
comportamento e Terapia Cognitivista. Santo André: ESETec, 2001.
SOUZA, D. G. O que é contingência? Em BANACO, R.A. Sobre comportamento e
cognição. Aspectos teóricos, metodológicos e de formação em Análise do
comportamento e Terapia Cognitivista. Santo André: ESETec, 2001.

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