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AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL

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08/05/2020 AVA UNINOVE
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AUDITORIA E CERTIFICAÇÃO
AMBIENTAL
DESCREVER OS TIPOS DE AUDITORIAS AMBIENTAIS E SABER COMO REALIZÁ-LAS, CONHECER TAMBÉM
OS TIPOS DE CERTIFICAÇÕES AMBIENTAIS DISPONÍVEIS E MAIS CONHECIDAS MUNDIALMENTE.
AUTOR(A): PROF. MAURICIO LAMANO FERREIRA
1. Introdução
A auditoria ambiental é mais um instrumento que permite o órgão do meio ambiente verificar os aspectos
de uma atividade, a qual  resultará em diversos  impactos na saúde humana, em segurança e meio ambiente.
Essa verificação ocorre de um modo sistemático, organizado e documentado, por meio de um escopo e
programa de trabalho pré-estabelecido, resultando em recomendações e análise que visam equacionar
possíveis distorções constantes do Programa de Acompanhamento e Monitoramento dos impactos da
atividade.
É um instrumento de grande valia no contexto do processo de Avaliação de Impacto Ambiental e da gestão
da qualidade do meio ambiente, que visa:
Criar condições para assegurar o controle externo à implementação dos Programas de Acompanhamento e
Monitoramento de impacto ambiental de empreendimento licenciado pelo órgão de meio ambiente.
Comprovar, por meio da concessão de Certificados de Auditoria Ambiental, os resultados alcançados na
implementação de Programas de Acompanhamento e Monitoramento de impacto ambiental aprovados no
licenciamento do empreendimento.
As atividades licenciadas pelo órgão de meio ambiente poderão estar sujeitas a exame de auditoria
ambiental. Essa exigência, entretanto, deverá constar em cada licença concedida. A auditoria ambiental,
deve ser realizada nos termos da lei, pelo órgão de meio ambiente e por equipe técnica designada. 
Já na certificação ambiental, existe a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que atua desde 1950
no desenvolvimento de programas de certificação apropriados a diversas áreas da sociedade brasileira.
A ABNT atua em conformidade com os modelos internacionalmente aceitos e estabelecidos no âmbito do
Comitê de Avaliação da Conformidade (CASCO) da International Standartization Organization (ISO).
A International Standartization Organization (ISO) é uma organização sediada em Genebra (Suíça),
reconhecida e aceita internacionalmente no estabelecimento de normas técnicas desenvolvidas e avaliadas
no âmbito de competência de suas delegações nacionais.
O Instituto Brasileiro de Normas Técnicas (INMETRO) representa o Comitê Brasileiro de Certificação – CBC
(criado pela resolução CONMETRO n. 8 de 24/08/92) na ISO e, assim, possui, além das responsabilidades
atribuídas aos seus membros, a de divulgar, avaliar e preservar a aceitação, o uso e integridade da marca
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ISO.
A ABNT é o organismo de certificação brasileiro, credenciado pelo INMETRO, para atuação em certificação
de sistemas de garantia de qualidade no país e também de produtos.
 
1. AUDITORIA AMBIENTAL
O sistema de gestão ambiental (SGA), está intimamente ligado à auditoria ambiental. Ele depende da
auditoria para poder evoluir na perspectiva de melhoria contínua. Ao implementar um SGA,
automaticamente implementa-se a auditoria ambiental periódica. Assim, é necessário o conhecimento da
auditoria ambiental como instrumento de gestão ambiental que irá colocar em prática  o SGA,  no ANEXO
A.
 
1. Conceito
Conforme a NBR ISO 14010 (ABNT 1996c), a auditoria ambiental é o processo sistemático de verificação
documentado, executado para obter e avaliar, de forma objetiva, as evidências da auditoria, para determinar
se as atividades, eventos, sistema de gestão e condições ambientais especificados ou informações
relacionadas a estes  processos, estão em conformidade com os critérios de auditoria e para comunicar os
resultados ao cliente.
 Os resultados de uma auditoria ambiental em um empreendimento habitacional, retratam seu desempenho
ambiental, em relação ao critério de auditoria considerado, em um dado momento. O cliente constitui o
próprio morador, quanto os órgãos competentes que tratam da questão ambiental e habitacional.
 
1.  Histórico
A auditoria ambiental surgiu nos Estados Unidos no final da década de 70, com o objetivo principal de
verificar o cumprimento da legislação. Ela era vista pelas empresas norte-americanas como uma ferramenta
de gerenciamento utilizada para identificar, de forma antecipada, os problemas provocados por suas
operações. Essas empresas consideravam a auditoria ambiental como um meio de minimizar os custos
envolvidos com reparos, reorganizações, saúde e reivindicações.
Muitas empresas aplicavam, também, a auditoria para se prepararem para inspeções da Environmental
Protection Agency - EPA e para melhorar suas relações com aquele órgão governamental.
O papel da EPA com relação às auditorias ambientais tem-se alterado com o passar do tempo:
• 1980 - requeria a implantação de programas de auditoria ambiental a qualquer empresa que causasse
danos ao meio ambiente;
• 1981 - passou a encarar a auditoria ambiental como de utilização voluntária por parte das empresas e as
incentivava a adotá- la fornecendo em contrapartida, por exemplo, a agilização de processos de pedidos de
licença e a diminuição no número de visitas de fiscalização;
• 1982 - assumiu o papel de incentivadora de auditorias voluntárias, sem conceder benefícios, e de
fornecedora de assistência a programas de auditoria ambiental.
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Na Europa, a auditoria ambiental começou a ser utilizada na Holanda, em 1985, em filiais de empresas
norte-americanas, por influência de suas matrizes. Em seguida, em outros países da Europa, a prática da
auditoria passou a ser disseminada em países como Reino Unido, Noruega e Suécia, também por influência
de matrizes americanas. É na Europa, em 1992, no Reino Unido, que surgiu a primeira norma de sistema de
gestão ambiental, a BS 7750 (BSI, 1994), baseada na BS 5770 de Sistema de Gestão da Qualidade, onde a
auditoria ambiental encontra- se ali normalizada. Na seqüência, outros países, como, por exemplo, França e
Espanha, também apresentam suas normas de sistema de gestão ambiental e de auditoria ambiental. Em
1993, começou a ser discutido o Regulamento da Comunidade Econômica Européia - CEE no 1.836/93, em
vigor a partir de 10 de abril de 1995, que trata do sistema de gestão e auditoria ambiental da União
Européia (Environmental Management and Auditing Scheme - Emas).
No Brasil, a auditoria ambiental surgiu, pela primeira vez, por meio da legislação, no início da década de 90,
quando da publicação de diplomas legais sobre o tema, citados a seguir:
a) Lei no 790, de 5/11/91, do Município de Santos-SP;
b) Lei no 1.898, de 16/11/91, do Estado do Rio de Janeiro;
c) Lei no 10.627, de 16/1/92, do Estado de Minas Gerais;
d) Lei no 4.802, de 2/8/93, do Estado do Espírito Santo;
e) Projeto de Lei Federal no 3.160, de 26/8/ 92; e
f) Anteprojeto de Lei do Estado de São Paulo.
Internacionalmente, a auditoria ambiental sobre base normalizada começou a ser discutida em 1991 com a
criação do Strategic Advisory Group on Environment – Sage no âmbito da ISO. A discussão se amplia
mundialmente, em 1994, com a divulgação dos projetos de norma dentro da série ISSO 14000. Em 1996, tais
projetos de norma são alçados à categoria de normas internacionais, sendo adotadas pelos países
participantes da ISO. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT apresentou, em
dezembro de 1996, as NBR ISO 14010, 14011 e 14012, referentes à auditoria ambiental.
Observe-se, ainda, que projetos de normas de auditoria ambiental, da mesma forma que outros projetos de
normas de gestão ambiental, são submetidos à discussão e votação dos Organismos Nacionais de
Normalização dos países integrantes do Mercado Comum do Sul - Mercosul, para aprovação como norma
Mercosul.
 
1.  Tipos de AuditoriaAmbiental
A auditoria ambiental, para um empreendimento habitacional, pode ser interna ou externa. A auditoria
interna, executada pelos moradores, por meio de uma associação representativa e, se necessário por
auditores independentes contratados, tem seus resultados (conclusão da auditoria) de uso interno ou
condominial. A auditoria externa é realizada, necessariamente, por auditores independentes externos à
organização, sendo seus resultados avaliados por terceiros, como organização de certificação, e seu uso
deve ser atinente ao Poder Público, por meio de órgãos responsáveis por políticas habitacionais e/ou
ambientais, e mesmo disponibilizados para consulta pública, principalmente no caso de determinadas leis.
2- Objetivos da Auditoria Ambiental
Uma auditoria ambiental pode ser realizada com finalidades diferentes, tais como:
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a) CANTER (1984) trata a auditoria como uma ferramenta a ser utilizada no processo de Avaliação de
Impacto Ambiental. O autor argumenta que uma auditoria realizada após a implantação de um
empreendimento permite averiguar se as medidas de mitigação e monitoramento previstas foram
instaladas; se essas medidas têm desempenho satisfatório; se, e como, os impactos previstos se realizaram;
ou ainda, se ocorreram impactos que não estavam previstos;
b) POLIDO et al. (1993) refere-se à auditoria ambiental na contratação de seguro ambiental para um
empreendimento, ao citar a necessidade da realização, pela empresa seguradora, de uma inspeção técnica
criteriosa das instalações;
c) LEPAGE-JESSUA (1992) cita, entre outras, a realização de auditoria ambiental em cinco situações:
1. Auditoria de conformidade: consiste na verificação do cumprimento da legislação aplicável existente.
Segundo a própria autora, é uma auditoria de ambição muito limitada, pois se restringe à legislação
existente e de caráter “defensivo”.
2. Auditoria pós-acidente: centrada nos problemas de responsabilidade penal ou civil, tem por objetivo
determinar as causas de um acidente. Em geral, realizada paralelamente a um procedimento jurídico, pode
dar elementos à procuradoria, mas também pode fornecer à empresa os meios necessários para sua defesa.
3. Auditoria de risco: pode ser aplicada no caso de um contrato de seguro ou, em um âmbito mais geral, no
caso de uma análise de risco. Neste último caso, ela é útil para a empresa conhecer com precisão a extensão
do risco de um acidente para o meio ambiente e, consequentemente, os riscos jurídico, econômico e
financeiro. Com este tipo de auditoria, a empresa visa simplesmente limitar seus riscos.
4. Auditoria de operações de fusão, absorção ou de aquisição: uma empresa que deseja, por exemplo,
adquirir uma outra empresa pode solicitar uma auditoria ambiental para saber a natureza dos riscos ao qual
ela estaria sujeita.
Outro caso, por exemplo, é o da venda de terrenos nos quais serão colocados materiais descartados; a
empresa vendedora pode realizar uma auditoria ambiental para se desembaraçar de responsabilidades
futuras no caso de contaminação. Da mesma forma, uma empresa que vai comprar um terreno pode solicitar
uma auditoria para saber em que situação, com relação à qualidade do solo e das águas, ele se encontra.
5. Auditoria de gerenciamento geral: essa auditoria tem um objetivo maior.
Trata-se de verificar todos os possíveis impactos da empresa sobre o meio ambiente. Essa auditoria permite
a definição de uma orientação e de uma política da empresa por meio da totalidade dos dados ambientais e
considera as evoluções futuras do contexto jurídico.
d) no âmbito do sistema de gerenciamento ambiental sobre base normalizada - SGA, a auditoria é realizada
com diferentes finalidades:
• GILBERT (1995) cita a realização de auditoria ambiental na revisão preparatória da BS 7750 (BSI, 1994);
• BRAGA et al. (1996) propõem a realização de uma auditoria, a qual chamam de auditoria ambiental
preliminar inform. mal, como ROTHERY (1993), para definição dos aspectos ambientais da organização
(requisito da etapa de Planejamento do SGA da NBR ISO 14001);
• a NBR ISO 14001 (ABNT, 1996a) indica a utilização da auditoria ambiental na etapa de Verificação e Ação
Corretiva, que permite a realização da etapa seguinte (Análise Crítica pela Administração) que vai avaliar o
desempenho do sistema implantado e indicar as mudanças necessárias no mesmo, o qual passará a
funcionar em um novo patamar;
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• a NBR ISO 14011 (ABNT, 1996d) indica a auditoria ambiental para avaliação do SGA de uma empresa que
vise o estabelecimento de relação contratual com outra empresa; e
• com vistas à certificação.
Para um empreendimento habitacional, os objetivos da Auditoria Ambiental consistiriam, principalmente,
para a identificação dos aspectos ambientais, para avaliação do sistema de gestão ambiental e para a
avaliação da conformidade legal. A figura 1 mostra como deve ser o processo de auditoria em uma empresa.
 
1. Agentes sociais
Os agentes sociais envolvidos na realização de auditorias são representantes da OEMA ou do IBAMA.
Enquanto órgão licenciador, deve identificar os demais agentes sociais que formarão a equipe de auditoria
ambiental, sob sua coordenação, formalizando a composição dessa equipe nos termos da lei.
Alternativamente, pode reservar-se o papel de apenas analisar e aprovar os resultados de Auditoria
Ambiental feita diretamente pelo empreendedor, quando essa delegação for um instrumento de rotina na
sua prática de gestão.
Enquanto empreendedor responsável pela atividade instalada, participa do processo de auditoria
coordenado pelo órgão de meio ambiente, por meio da indicação de técnicos de diferentes unidades do seu
empreendimento para compor a equipe de auditoria ambiental. É o responsável, também, pelos custos e
despesas necessárias à realização da auditoria ambiental. Alternativamente, pode ser credenciado pelo
órgão de meio ambiente a realizar diretamente a auditoria ambiental, de acordo com as diretrizes pré-
estabelecidas.
 
1. Equipe de auditoria ambiental
Além de representantes do órgão de meio ambiente e do empreendedor, deve ser composta por:
Técnicos especializados independentes, em que estes são altamente especializados em avaliação de efeitos
ambientais, especialmente convidados pelo órgão de meio ambiente para compor a equipe de auditoria
ambiental. A responsabilidade técnica pela auditoria ambiental deve ficar a cargo de um ou mais técnicos
especializados independentes.
Entidades civis (ONGs), sendo estes representantes de segmentos da sociedade organizada, participam da
equipe de auditoria ambiental como observador e fiscalizadores das atividades desenvolvidas na Auditoria
Ambiental. Devem ser escolhidos por eleição, realizada em reunião que congregue ONGs representativas
dos grupos sociais diretamente afetados pelo empreendimento.
Ministério Público, que são representantes do Poder Público, participam da equipe de auditoria ambiental
como observador e fiscalizadores das atividades desenvolvidas, exercendo seu legítimo poder de propor
inquérito civil, ações civis etc., quando se fizer necessário.
 
1. Procedimentos para realização de auditorias ambientais
A realização da Auditoria Ambiental deve atender basicamente aos seguintes aspectos:
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Determinar a qualidade do desempenho das funções da gestão ambiental, dos sistemas e dos
equipamentos utilizados pelo empreendedor.
Verificar o cumprimento das normas locais, estaduais e federais.
Propor medidas a serem adotadas para restaurar o meio ambiente e proteger a saúde humana.
Verificar o encaminhamento que está sendo dado à política, às diretrizes e aos padrões do empreendedor,
objetivando manter e/ou melhorar a qualidade ambiental.
Identificar possíveis falhas ou deficiênciasno que se refere aos itens anteriores.
Oferecer soluções que permitam minimizar a probabilidade de exposição da população a riscos
provenientes dos acidentes hipotéticos mais prováveis e de emissões contínuas, que possam afetar, direta
ou indiretamente, sua saúde e segurança.
Comunicar os resultados da auditoria ambiental a todos os agentes sociais envolvidos no processo de AIA
do empreendimento, por meio da divulgação de cada laudo de auditoria ambiental concedido pelo órgão
de meio ambiente.
O trabalho de auditoria ambiental deverá ser processado com a periodicidade estabelecida no
licenciamento, no horário normal de funcionamento da atividade, salvo em casos especiais, com prévia
aquiescência do órgão de meio ambiente, hipótese em que se fixará horário especial para sua realização.
As fases básicas de um processo típico de auditoria ambiental são:
 
Fase 1: Pré-auditoria
O órgão de meio ambiente seleciona o empreendimento a ser auditado e programa a auditoria ambiental,
conforme expresso na última licença ambiental fornecida.
O órgão de meio ambiente seleciona os membros da equipe e, após confirmada a disponibilidade de seus
integrantes, fornece-lhes credenciais para o exercício da auditoria ambiental. No caso alternativo de ter
sido delegada ao empreendedor a realização da auditoria ambiental, o órgão de meio ambiente apenas
fornece as credenciais para os membros da equipe auditora.
A equipe de auditoria ambiental planeja a auditoria ambiental, com base nas informações já disponíveis
sobre o empreendimento:
Analisa os resultados do estudo ambiental e o Programa de Acompanhamento e Monitoramento dos
Impactos Ambientais aprovado no licenciamento.
Toma conhecimento dos pré-requisitos e exigências constantes em cada licença concedida (LP, LI e LO).
Informa-se sobre os procedimentos de auditoria ambiental estabelecidos em nível federal, estadual e
municipal.
Define o escopo da auditoria ambiental.
Detalha os tópicos prioritários para auditagem.
Realiza visita antecipada, caso necessário.
Elabora questionário de pré-auditoria.
Especifica os recursos materiais e financeiros necessários.
 
Fase 2: Atividades in situ
a). Conhecer os sistemas de gestão do empreendimento, por meio de: entrevistas; exames de registro;
observações; testes limitados de verificação.
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b). Identificar os pontos fracos e fortes, como: riscos inerentes; controles internos.
c). Coletar as evidências dos efeitos constatados, por meio de: planos de teste; estratégias de amostragem.
d). Avaliar as constatações e registrar preliminarmente as conclusões da equipe: resumir as constatações;
ressaltar as exceções e as observações.
e). Discutir as constatações das atividades in situ em reunião interna da equipe de auditoria.
 
Fase 3: Elaboração do relatório
Preparar e revisar a minuta do Relatório de Auditoria, abordando: aspectos ambientais; aspectos técnico-
operacionais; aspectos jurídicos; administração da instalação; plano de ação para solucionar os problemas
constatados.
Emitir o relatório de auditoria.
Encaminhar formalmente o relatório de auditoria ao órgão de meio ambiente.
 
Fase 4: Pós-auditoria
O órgão de meio ambiente analisa o relatório de auditoria e emite o Laudo de Auditoria Ambiental e o
Certificado de Auditoria Ambiental, quando for o caso.
O órgão de meio ambiente encaminha formalmente o laudo e o certificado ao empreendedor.
O empreendedor implementa o plano de ação constante do Relatório de Auditoria Ambiental.
 
 
6- Ferramentas de apoio à realização de auditorias ambientais
1. Regulamentação legal pertinente:
Resoluções CONAMA relativas a padrões de qualidade ambiental:
a). Resolução CONAMA 020/86 (http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res2086.html
(http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res2086.html)), publicada no DOU de 30/07/1986.
b). Resolução CONAMA 005/89 (http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res89/res0589.html
(http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res89/res0589.html)), publicada no DOU de 30/08/1989.
c). Resolução CONAMA 003/90 (http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res90/res0390.html
(http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res90/res0390.html)), publicada no DOU de 28/06/1990.
Normas da ABNT (http://www.abnt.org.br) (ABNT NBR ISSO 14000) – Associação Brasileira de Normas
Técnicas.
2. Programa de Acompanhamento e Monitoramento dos Impactos Ambientais contido no Estudo de
Impacto Ambiental aprovado.
3. Licenças ambientais já expedidas para o empreendimento auditado.
4. Credencial para a equipe de auditoria ambiental: o credenciamento dos membros da equipe de auditoria
pelo órgão de meio ambiente visa permitir livre acesso ao local das atividades a serem auditadas.
5. Materiais e equipamento para visitas ao local, coleta e análises de informações.
http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res2086.html
http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res89/res0589.html
http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res90/res0390.html
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6. Formulário de laudo de auditoria: é o documento formal que comunica ao empreendedor o resultado da
auditoria ambiental.
7. Certificado de auditoria ambiental: é o documento formal que comprova a realização da auditoria
ambiental, tendo prazo de validade limitada.
 
ATIVIDADE
Em relação aos princípios dos Sistemas de Gestão Ambiental
especificados pela série das Normas ISO 14.000, é correto afirmar:
A. A análise de "ciclo de vida" é constituída por três processos: fabricação,
uso e disposição final.
B. Os rótulos de divulgação de informações e avisos de perigo são
obrigatórios nos programas de rotulagem ambiental.
C. As auditorias ambientais têm caráter geral, de forma a facilitar a
compreensão dos funcionários e do público em geral.
D. A rotulagem ambiental constitui um instrumento de verificação do
desempenho do Sistema de Gestão Ambiental.
E. A auditoria ambiental representa uma ferramenta utilizada,
principalmente, para avaliação do desempenho ambiental de um
produto.
ATIVIDADE
Em relação aos "selos de aprovação", é correto afirmar:
I - Os mais comuns concedem ou licenciam o uso de um logo, para
produtos que o programa julga serem menos prejudiciais em termos
ambientais, quando comparado com outros produtos, com base num
conjunto específico de critérios estabelecidos.
II- A forma de operar dos programas não difere em nenhuma categoria
e não obedece nenhum processo ou sequencia de etapas
III- Dos cronogramas de rotulagem ambiental que concedem selo de
aprovação, os mais conhecidos são o "Blue Angel" da Alemanha, o "Eco-
logo" do Canadá e o "Green Seal" dos Estados Unidos. 
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A. I está correta
B. I e II estão corretas
C. III, está correta
D. I, II e III estão corretas
E. I e III estão corretas
1. Certificações:
1. Série ISO 14000
Como foi mencionado anteriormente, são 28 normas relacionadas a Sistemas de Gestão Ambiental,
abrangendo seis áreas definidas:
Sistema de gestão ambiental
Auditorias ambientais
Avaliação de desempenho ambiental
Rotulagem ambiental
Aspectos ambientais em normas de produtos
Análise do ciclo de vida do produto.
As normas ISO 14000 não estabelecem os níveis de desempenho ambiental, elas especificam
somente os requisitos que um sistema de gestão ambiental(SGA) deverá cumprir. referem -se de
uma forma geral, o que deverá ser feito por uma organização para diminuir o impacto de suas
atividades no meio ambiente, mas não "falam" como o fazer.
Inicialmente foram aprovadas cinco normas: ISO 14001, ISO14004, ISO14010, ISO14011 (I e II) e
ISO14012.
ISO 14000 – "Guia de orientação do conjunto de normas da série".
ISO 14001  – SGA, apresenta as especificações, (17 requisitos)
ISO 14004 – SGA, apresenta sistemas e técnicas de suporte, diretrizes para princípios. 
ISO 14010– Diretrizes para auditoria ambiental, princípios gerais.
ISO 14011 (I, II) – Procedimento de auditoria, diretrizes para auditoria ambiental, 
ISO 14012 – Critérios para qualificação de auditores, diretrizes para auditoria ambiental, 
Essas diretrizes são publicadas em duas partes, porém a Parte 1 das Diretrizes ISO/IEC é a mais
importante, pois ela define os procedimentos para o trabalho técnico.
1. Aplicabilidade da norma
As normas ISO 14000 na gestão ambiental foram elaboradas  inicialmente visando ao "manejo ambiental",
que significa "o que se faz para minimizar os efeitos nocivos ao ambiente causados por suas atividades".
Visam à prevenção dos processos de contaminações ambientais, uma vez que orientam à sua estrutura, de
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forma operaçional e de levantamento, armazenamento, recuperação e disponibilização dos dados e
resultados (sempre atentando para as necessidades  imediatas e futuras de mercado e consequentemente, a
satisfação do cliente), assim como outras orientações, inserindo a organização no contexto ambiental.
Tal como as normas ISO 9000,  ISO 14000 também proporcionam a implementação prática de seus critérios.
Entretanto, devem-se refletir o pretendido no contexto de planificação ambiental, que inclui planos
dirigidos a tomadas de decisões que favoreçam a mitigação de impactos ambientais ou prevenção de caráter
compartimental e inter-compartimental, tais como, água, ar, flora,  fauna e contaminações de solo, além de
processos escolhidos como significativos no contexto ambiental.
 
1. Norma ISO 14001 e a gestão ambiental
A norma ISO 14001 estabelece a organização  do sistema de gestão ambiental e assim:
 
1. Avalia as consequências ambientais das atividades, serviços  e produtos.
2. Atende a demanda da social.
3. Define políticas e objetivos baseados em indicadores ambientais definidos pela organização que podem
retratar necessidades desde utilização racional dos recursos naturais.até a redução de emissões de
poluentes. 
4. Implicam na prestação de serviços e prevenção e na redução de custos.
5. É aplicada às atividades de meio ambiente com potencial de efeito.
6. É aplicável como um todo à organização .
 
As normas de gestão ambiental cobrem uma vasta gama de assuntos, de Sistemas de Gestão Ambiental
(SGA) e Auditorias Ambientais até Rotulagem Ambiental e Avaliação do Ciclo de Vida.
 
1. ABNT
O Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental ABNT/CB 38 tem como objetivo acompanhar e analisar os
trabalhos desenvolvidos pelo ISO/TC 207 e avaliar o impacto das normas ambientais internacionais nas
organizações brasileiras.
As principais atribuições e responsabilidades dos órgãos que constituem o comitê seguem o Regimento
Interno da ABNT. O CB 38 tem hoje em sua estrutura os seguintes subcomitês:
As normas de gestão ambiental cobrem uma vasta gama de assuntos, de Sistemas de Gestão Ambiental
(SGA) e Auditorias Ambientais até Rotulagem Ambiental e Avaliação do Ciclo de Vida.
O Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental ABNT/CB 38 tem como objetivo acompanhar e analisar os
trabalhos desenvolvidos pelo ISO/TC 207 e avaliar o impacto das normas ambientais internacionais nas
organizações brasileiras.
As principais atribuições e responsabilidades dos órgãos que constituem o comitê seguem o Regimento
Interno da ABNT. O CB 38 tem hoje em sua estrutura os seguintes subcomitês:
SC 01: Sistemas de Gestão Ambiental.
SC 02: Auditorias Ambientais.
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SC 03: Rotulagem Ambiental.
SC 04: Desempenho Ambiental.
SC 05: Avaliação de Ciclo de Vida.
SC 06: Termos e Definições.
SC 07: Desenvolvimento de Produtos (Ecodesign) e Integração de Aspectos Ambientais no Projeto.
SC 08: Comunicação Ambiental.
SC 09: Mudanças Climáticas.
ATIVIDADE
Com relação à norma ISO 14000, é correto afirmar que...
A. Ela regula as atividades de recuperação do meio ambiente.
B. É aplicável à organização como um todo.
C. Se aplica a processos de produção industrial, mas não aos de prestação
de serviços.
D. Sua aplicação não pode implicar redução de custos, prestação de
serviços e prevenção.
ATIVIDADE
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Em relação à norma ABNT NRS ISSO 14000 com auditoria externa ou
interna, assinale a alternativa correta.
A. O aumento crescente da consciência ambiental e aumento de recursos
naturais vêm influenciando cada vez mais as organizações a
contribuírem de forma sistematizada no aumento dos impactos
ambientais associados aos seus processos
B. A conformidade do sistema com a ABNT NBR 14001 garante o aumento
da carga de poluição gerada por essas organizações, porque envolve a
revisão de um processo produtivo visando à piora continua do
desempenho ambiental, controlando insumos e matérias-prima que
representem desperdícios de recursos naturais.
C. Certificar um Sistema de Gestão Ambiental significa comprovar junto ao
mercado e à sociedade que a organização adota um conjunto de práticas
destinadas a minimizar impactos que imponham riscos à preservação da
biodiversidade.
D. Todas estão corretas
E. A letra a e b estão corretas
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