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MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL SENAPPEN_Modulo_2

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Prévia do material em texto

MULHERES
no Sistema Prisional 
MÓDULO 2
Recebimento e procedimentos 
de custódia em ambientes 
prisionais femininos
EXPEDIENTE
BY NC ND
GOVERNO FEDERAL
Presidente da República 
Luiz Inácio Lula da Silva
Vice-Presidente da República 
Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho
Ministro da Justiça e Segurança Pública 
Flávio Dino de Castro e Costa
Secretário da Secretaria Nacional de Políticas Penais – SENAPPEN 
Rafael Velasco Brandani
Diretora da Escola Nacional de Serviços Penais – ESPEN 
Stephane Silva de Araújo
Equipe ESPEN 
Haynara Jocely Lima de Almeida 
Italo Rodrigues dos Santos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Coordenação Geral 
Luciano Patrício Souza de Castro
Financeiro 
Fernando Machado Wolf
Consultoria Técnica EaD 
Giovana Schuelter
Coordenação de Produção 
Caroline Daufemback Henrique
Francielli Schuelter
Coordenação de AVEA 
Andreia Mara Fiala
Revisão Textual
Supervisão: Evillyn Kjellin 
Victor Rocha Freire Silva
Vivianne Oliveira Rodrigues
 
Design Instrucional
Supervisão: Milene Silva de Castro 
Joyce Regina Borges
Design Gráfico
Supervisão: Mary Vonni Meürer de Lima
Airton Jordani Jardim Filho
Cleber da Luz Monteiro
Giovana Aparecida dos Santos
Guilherme Comerão Stecca Almeida
Julia Morato Leite Lucas
Renata Cristina Gonçalves
Sonia Trois
Tiago Augusto Paiva 
Programação
Supervisão: Alexandre Dal Fabbro
Luan Rodrigo Silva Costa
Luiz Eduardo Pizzinatto
Audiovisual 
Supervisão: Rafael Poletto Dutra 
Angie Luiza Moreira de Oliveira
Arthur Pereira Neves 
Dilney Carvalho da Silva 
Eduardo Corrêa Machado 
Kimberly Araujo Lazzarin 
Marcelo Vinícius Netto Spillere 
Marília Gabriela Salomao Dauer 
Maycon Douglas da Silva
Apresentação 
Áureo Mafra de Moraes
Conteúdo 
Carlos Rodrigo Martins Dias
Todo o conteúdo do curso Mulheres no Sistema Prisional, da Secretaria Nacional de Políticas Penais 
do Ministério da Justiça e Segurança Pública do governo federal – 2022, está licenciado sob a 
Licença Pública Creative Commons Atribuição - Não Comercial - Sem Derivações 4.0 Internacional. 
Para visualizar uma cópia desta licença, acesse: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BR.
A partir de 1º de janeiro de 2023, o Departamento Penitenciário Nacional 
(DEPEN) passou a ser denominado Secretaria Nacional de Políticas Penais 
(SENAPPEN), instituída pelo Art. 59 da Medida Provisória nº 1.154; porém, 
devido ao fato de o material deste curso ter sido produzido antes da vigência 
da referida medida provisória, há conteúdos em que a atual SENAPPEN 
é mencionada como DEPEN. É possível, ainda, que outros órgãos gover-
namentais federais citados nos materiais, como ministérios, secretarias 
e departamentos, disponham de uma nova estrutura regimental e uma 
nova nomenclatura e sejam mencionados de maneira diferente da atual.
ESCLARECIMENTO
SUMÁRIO
Apresentação ................................................................................................................................................6
Objetivos do módulo 7
Unidade 1: Recebimento de mulheres nas unidades prisionais ...9
1.1 Mulheres presas no geral 11
1.2 Mulheres grávidas presas 13
1.3 Mulheres presas acompanhadas de criança 14
1.4 Mulheres e/ou homens transgênero presos 15
Unidade 2: Alocação ..........................................................................................................................19
Unidade 3: Produção de dados ..........................................................................................24
Unidade 4: Maternidade ............................................................................................................ 27
Unidade 5: Procedimentos de segurança em mulheres presas .....33
Unidade 6: Acessos ............................................................................................................................ 37
6.1 Acesso ao trabalho e à renda 37
6.2 Acesso à educação 39
6.3 Acesso à saúde 43
SUMÁRIO
6.4 Acesso à assistência social 45
6.5 Acesso à assistência religiosa 48
6.6 Atenção específica às mulheres indígenas 49
Síntese do módulo .............................................................................................................................. 52
Referências ................................................................................................................................................... 53
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 6
APRESENTAÇÃO
Olá, cursista! 
No primeiro módulo do curso, abordamos o histórico do aprisionamento 
feminino no sistema prisional brasileiro. Também falamos sobre as 
legislações vigentes em nosso território, incluindo os acordos e pactos 
nos quais o Brasil é signatário. 
Neste módulo, trataremos sobre a atenção específica às mulheres em 
situação de prisão. Assim, abordaremos como deve ser: 
• O recebimento de mulheres nas unidades prisionais. 
• A alocação de mulheres, crianças e homens trans. 
• A produção de dados nas unidades prisionais femininas.
• A maternidade.
• Os procedimentos de segurança em mulheres presas.
• Os acessos ao trabalho e à renda, à educação, à saúde, à assistência 
social e à assistência religiosa.
Antes de começarmos, vale lembrar que, nas penitenciárias femininas, 
como será visto mais adiante, vivem mulheres, homens trans e crianças. 
Dessa maneira, quando falamos sobre o funcionamento desse sistema, 
é preciso ter todo esse grupo em mente. No entanto, como trataremos 
muito sobre a especificidade das necessidades femininas, os assuntos 
a seguir serão tratados no feminino.
Bom estudo!
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 7
Objetivos do módulo
• Apresentar o conteúdo dos principais dispositivos legais que embasam 
a atenção específica às mulheres presas. 
• Esclarecer procedimentos de recebimento e de visita de mulheres e 
crianças em unidades prisionais. 
• Abordar questões relacionadas à custódia de mulheres presas: 
saúde, educação, acesso ao mundo do trabalho, assistência social e 
assistência religiosa.
UNIDADE 1
Recebimento de mulheres 
nas unidades prisionais 
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 9
1. RECEBIMENTO DE MULHERES NAS UNIDADES PRISIONAIS 
Nesta unidade, abordaremos as especificidades no recebimento de 
mulheres nas unidades prisionais. É indispensável reconhecer essas 
especificidades para que haja acolhimento adequado. Sem esse reco-
nhecimento, a individualização da pena fica comprometida e há risco de 
violência contra as mulheres – em especial contra as mulheres grávidas 
ou acompanhadas de crianças. 
A abordagem dessas especificidades se dará sobretudo a partir da Nota 
Técnica n° 17/2020, produzida pela Divisão de Atenção às Mulheres e 
Grupos Específicos (DIAMGE) do Departamento Penitenciário Nacio-
nal (DEPEN), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. 
Na nota, o órgão trata dos procedimentos em relação à custódia de 
mulheres no sistema prisional brasileiro, atendendo aos regramentos 
internacionais e nacionais.
De início, é importante discorrer sobre a porta de entrada das unida-
des prisionais femininas, pois é onde a mulher presa aguarda a de-
finição acerca de qual cela ou ala/pavilhão/raio ela será destinada. 
Trata-se, portanto, de um momento decisivo e repleto de incertezas. 
A popular “porta de entrada do sistema prisional” trata-se não apenas da 
entrada física, mas de uma expressão dada ao momento de chegada das 
pessoas presas nas unidades prisionais, e, geralmente, possui procedimentos 
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 10
bastante consolidados, os quais foram originalmente criados para recebi-
mento de homens cisgênero heterossexuais (pessoa com órgão masculino, 
identidade de gênero masculino e heterossexual).Nesse sentido, aponta-se como um dos procedimentos mais usuais 
nas unidades prisionais o momento de preenchimento de fichas de 
identificação, a fim de colher os dados sobre a mulher presa e divulgar 
as informações a respeito das principais regras das unidades prisionais. 
Assim, esse início de conversa foca em identificar e conhecer essa pes-
soa por meio de uma entrevista, entender quais são suas demandas 
específicas (considerando o corpo feminino e a possível existência de 
filhos(as) abandonados no momento da prisão) e como a administração 
poderá garantir sua dignidade.
Sobre o ingresso em unidades prisionais femininas, as Regras de Ban-
gkok dispõem:
“Regra 2 
1. Atenção adequada deve ser dedicada aos procedimentos de ingresso 
de mulheres e crianças, devido à sua especial vulnerabilidade nesse 
momento. Recém ingressas deverão ser providas de condições para 
contatar parentes; acesso a assistência jurídica; informações sobre as 
regras e regulamentos das prisões, o regime prisional e onde buscar 
ajuda quando necessário e em um idioma que elas compreendam; 
e, em caso de estrangeiras, acesso aos seus representantes consulares. 
2. Antes ou no momento de seu ingresso, deverá ser permitido às mu-
lheres responsáveis pela guarda de crianças tomar as providências 
necessárias em relação a elas, incluindo a possibilidade de suspender 
por um período razoável a medida privativa de liberdade, levando em 
consideração o melhor interesse das crianças.” (CONSELHO NACIONAL 
DE JUSTIÇA, 2016, p. 21).
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 11
Foto: © [Lueine Tuany] / Brasil de Fato.
Portanto, a equipe de triagem precisa entrevistar a mulher que aden-
tra a unidade prisional, a fim de obter informações necessárias para a 
atenção específica. Considerando o que traz a Nota Técnica n° 17/2020, 
apresentamos diversos pontos que devem ser abordados, na oportuni-
dade de entrevista à pessoa presa na porta de entrada.
1.1 Mulheres presas no geral
É fundamental, ao gestor prisional responsável pela presa na sua entre-
vista de entrada, observar a faixa etária, identidade de gênero, peso e se 
a pessoa possui deficiência física ou mental. Confira a seguir um passo 
a passo para você se basear ao levantar as informações iniciais sobre a 
mulher presa; pergunte, investigue e registre essas informações.
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 12
Caso a mulher presa seja idosa (nesse caso, provisória) e não possua do-
cumentação, considerar a priori a idade informada até confirmação oficial.
Informações coletadas pelo gestor
Se possui filhos menores de 
idade e a localidade deles.
Informar à Vara da Infância e Juventude, 
ao Conselho Tutelar, à Defensoria Pública 
do Estado e à Vara de Execuções 
Criminais ou Vara de Execuções Penais.
Se está grávida, suspeita que esteja, 
ou teve filho há menos de duas semanas.
Se tem alguma doença e 
se precisa de medicamentos.
Caso haja suspeita de gravidez, 
providenciar teste.
Agendar consulta médica, se necessária. 
Passado tempo de triagem, 
alocar a pessoa idosa, gestante, 
obesa ou parturiente em 
espaço de vivência específico.
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4
3
6
Registrar as informações por 
formulários ou sistema 
destinado a registro.
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MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 13
1.2 Mulheres grávidas presas
Ao ser encaminhada à unidade prisional feminina, se a mulher se encontra 
grávida ou com suspeita de gravidez, o (a) gestor prisional é responsável 
por registrar e providenciar diferentes medidas. Veja abaixo um passo 
a passo base.
Fonte: Adaptado da BRASIL, 2020.
Questões direcionadas às mulheres grávidas
Se possui filhos menores de 
idade e a localidade deles.
Informar à Vara da Infância e Juventude, 
ao Conselho Tutelar, à Defensoria Pública 
do Estado e à Vara de Execuções 
Criminais ou Vara de Execuções Penais.
Providenciar teste de gravidez, 
caso haja suspeita.
Se tem alguma doença e 
se precisa de medicamentos.
Organizar de imediato 
consulta médica.
Passado o tempo de triagem, 
alocar a gestante em espaço 
de vivência específico.
Registrar as informações por 
formulário ou sistema destinado.
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2
$1
4
3
6
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7
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 14
1.3 Mulheres presas acompanhadas de criança
Caso uma mulher presa acompanhada de criança(s) seja encaminhada 
à unidade prisional feminina, o (a) gestor prisional é responsável por 
levantar os seguintes dados:
Fonte: Adaptado da BRASIL, 2020.
Questões direcionadas às mulheres 
acompanhadas de crianças
Se possui filhos menores de 
idade e a localidade deles.
Informar à Vara da Infância e Juventude, 
ao Conselho Tutelar, à Defensoria Pública 
do Estado e à Vara de Execuções 
Criminais ou Vara de Execuções Penais.
Manter a mulher em triagem que 
deve ser livre de insalubridade, 
insetos, ruídos, sol, chuva ou qualquer 
tipo de situação que não preserve a 
saúde da criança e da mulher.
Se tem alguma doença e 
se precisa de medicamentos.
Aguardar confirmação se a mulher presa 
deverá ou não permanecer 
acompanhada da criança.
Alocar a mulher 
acompanhada da criança em 
espaço de vivência específico.
Registrar as informações em 
formulários ou sistema destinado.
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$1
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MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 15
Lembre-se que os três primeiros pontos já levantados no passo a passo 
anterior, devem ser considerados aqui também.
1.4 Mulheres e/ou homens transgênero presos
Símbolo trans. 
Fonte: © [ParaDox] / Wikipédia. 
É possível haver encaminhamento da mulher transgênero (com ou 
sem cirurgia e independentemente da retificação de seus documentos) 
à unidade prisional feminina ou masculina, dependendo de manifes-
tação de vontade da pessoa presa e mediante expressa autorização da 
Comissão Técnica de Classificação, observando a identidade de gênero 
indicada pela pessoa presa, ou para cumprimento de ordem judicial. 
É possível também que o homem trans (com ou sem cirurgia), 
mesmo havendo a retificação do nome e sexo constante de seu regis-
tro civil (para masculino), seja encaminhado para unidades prisionais 
femininas, para garantir sua segurança. Nesses casos, o gestor prisional 
é responsável por levantar o passo a passo a seguir.
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 16
Fonte: Adaptado da BRASIL, 2020.
Questões relacionadas às pessoas transgênero
10
Perguntar nome social da pessoa.
Perguntar a identidade de gênero.
Perguntar se possui filhos menores de idade.
Incluir o nome social da pessoa 
nos formulários e documentos.
Informar à Vara da Infância e Juventude, 
ao Conselho Tutelar, à Defensoria Pública 
do Estado e à Vara de Execuções Criminais 
ou Vara de Execuções Penais.
Se tem alguma doença e se 
precisa de medicamentos.
Se necessário, organizar consulta médica.
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5
Promover que todos os agentes prisionais 
e demais servidores se reportem à pessoa 
fazendo uso do nome social.
Alocar a pessoa em espaço de vivência 
específico, separada do convívio das demais 
presas (não alocar em isolamento).
Registrar em formulário ou 
sistema destinado.
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MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 17
Diante do exposto sobre a população trans, é preciso se atentar ao fato 
de que, para se autodeclarar pessoa trans, não há obrigação de retificação 
de documentos (trocando o nome de registro para o feminino ou do 
feminino para o masculino) ou ter passado por procedimentos médicos 
como a redesignação sexual. 
Tampouco, por exemplo, o fato de acontecera retificação de nome 
de um homem trans (alteração de nome feminino para o masculino) 
conduz o preso a ser transferido para um presídio masculino. Assim sendo, 
recomenda-se que o homem trans que teve seu nome retificado ou que 
passou por redesignação sexual seja mantido em unidade prisional feminina.
No caso das mulheres trans, caso a pessoa tenha sido destinada à unidade 
feminina, mesmo sem retificação de nome e comprovação de que houve 
redesignação sexual, o tratamento dado deve ser sempre no feminino. 
Na sequência, veremos a grande preocupação dos gestores e operadores 
de segurança, que é a alocação da mulher trans.
Pessoas admitidas em unidades prisionais femininas
Unidades prisionais femininas
Mulheres cisgênero Mulheres transgênero Homens transgênero
UNIDADE 2
Alocação
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 19
2. ALOCAÇÃO
Relembrando o que já tratamos na Unidade 1, as primeiras arquiteturas 
prisionais não consideraram o corpo feminino. E, com isso, as construções 
dos espaços prisionais não consideraram que as regras de segurança da 
unidade podem ser diferentes das realizadas nas unidades masculinas. 
Por isso, a alocação das mulheres presas – em especial, as que este-
jam acompanhadas de filhos(as), as idosas, as grávidas, as parturientes, 
as deficientes físicas, as mulheres e homens trans – deve ser pensada 
de maneira que respeite suas condições específicas.
É nesse sentido que o DEPEN, através da Nota Técnica n° 17/2020, 
recomenda que seja garantido alocação com:
“a) espaço adequado para o descanso (cama, colchão, lençol e travesseiro); 
b) boa ventilação e iluminação; 
c) água corrente e potável disponível na cela; e 
d) fácil acesso ao setor de saúde e de assistência social.” (BRASIL, 2020).
Evidente que tais recomendações também podem (e devem) ser direcio-
nadas à realidade das unidades prisionais masculinas. Entretanto, voltemos 
ao assunto das especificidades femininas. As demandas das mulheres são 
diferentes ou mais intensas em alguns pontos. Mulheres e homens suportam 
o cárcere de formas diferentes.
PODCAST
Para entender essa diferença, podemos pensar em dois exemplos:
Primeiro exemplo: a garantia de espaço específico e adequado 
para o descanso das mulheres presas e, também, boa ventila-
ção, iluminação, água corrente e potável disponível na cela são 
fundamentais quando a mulher está grávida, acompanhada de 
um bebê ou menstruada.
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 20
Segundo exemplo: seguindo o exemplo anterior, faz-se neces-
sário o fácil acesso ao setor de saúde e, principalmente, ao de 
assistência social. Isso é ainda mais importante para as mães, 
quando consideramos a necessidade de acesso às notícias de 
filhos e como isso traz um peso psicológico à mulher presa. 
Por isso, essa necessidade vai além de interesses pessoais.
Não obstante, o DEPEN também aponta, na mesma nota técnica, 
que os interiores das celas devem conter:
Essa recomendação é direta para as necessidades das mulheres, 
em especial, as mulheres grávidas ou acompanhadas de seus filhos(as). 
É na lixeira com tampa que se descarta as fraldas usadas, por exemplo. 
Para além do uso da própria mulher presa, dependendo do clima de 
algumas regiões do país, é necessário garantir acesso à temperatura 
aceitável da água do banho para os bebês que acompanham suas mães. 
É incompreensível a indução de banho gelado em bebês, principalmente 
durante o inverno de algumas regiões do país.
Pensando em garantir esses acessos, bem como a alocação adequada, 
o DEPEN sugeriu um agrupamento de presas(os), com a pretensão de 
juntar demandas parecidas de alguns grupos. Os agrupamentos foram 
os seguintes:
Espaço para aleitamento materno
Lixeira com tampa
Chuveiro aquecido 
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 21
“I - mulheres idosas e grávidas – esse agrupamento se dá devido 
à possibilidade das mulheres idosas auxiliarem as mulheres grávi-
das. Além disso, há relatos de que misturar mulheres grávidas com 
mulheres que acabaram de ter bebê pode gerar conflitos. Ex: uma 
mulher grávida com dificuldades para dormir (devido ao tamanho da 
barriga) entrar em conflito com a mulher com bebê de colo, devido a 
eventualidade do choro da criança; 
II - doentes crônicas ou que tenham doenças respiratórias, 
obesas e deficientes físicos – este agrupamento tem a ver com o 
acesso à saúde, em especial, quanto à pandemia; 
III - mulheres que estejam acompanhadas de filhos/as – este agrupa-
mento pretende juntar mulheres com a mesma demanda: a atenção 
às necessidades das crianças. Com este agrupamento alguns produtos 
e experiências podem ser compartilhados;
IV - mulheres trans (caso tenha na unidade prisional) – agrupar as 
mulheres trans tem o sentido de garantir a segurança e dignidade 
sexual destas mulheres e das mulheres cisgênero; e
V - homens trans.” (BRASIL, 2020).
Considerando a necessidade de manutenção de vínculos familiares, 
as Regras de Bangkok apontam:
“4. Alocação
Regra 4 
Mulheres presas deverão permanecer, na medida do possível, 
em prisões próximas ao seu meio familiar ou local de reabilita-
ção social, considerando suas responsabilidades como fonte de 
cuidado, assim como sua preferência pessoal e a disponibilidade 
de programas e serviços apropriados.” (CONSELHO NACIONAL 
DE JUSTIÇA, 2016, p. 22).
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 22
Trataremos de forma mais aprofundada sobre o tema da manutenção 
de vínculos familiares um pouco adiante. Mas vale já ressaltar que é co-
mum as filas que se formam para visitas em unidades masculinas serem 
enormes, ao passo que na frente das unidades femininas pouquíssimas 
pessoas (na maioria das vezes mulheres e crianças) aguardam o momento 
de ver as mulheres em situação de prisão.
A frase “O homem não costuma pagar cadeia com mulher” é dita nos 
corredores das unidades femininas. Os supostos motivos são vários: 
• Parte dos maridos ou namorados estão presos ou mortos.
• Muitas unidades prisionais femininas não possuem espaços ou organi-
zação para recebimento de visitas íntimas.
• O simples abandono por parte do cônjuge.
UNIDADE 3
Produção de dados 
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 24
3. PRODUÇÃO DE DADOS
Diante das constantes necessidades de atendimentos administrati-
vos, judiciais, de saúde e de assistência social, é importante manter 
uma listagem atualizada das mulheres presas e suas especificidades, 
principalmente as que estão na condição de grávidas ou de mães de 
crianças de até 12 anos. Nota-se que, para fins de atualização de listagem, 
a condição de mãe considera as que possuem crianças de até 12 anos. 
Isso quer dizer que não basta ter listagem de mulheres com filhos(as) 
que a acompanham no cárcere. É preciso ter listagem de mulheres que, 
ainda que presa, são responsáveis por seus filhos(as) extramuros.
Eventualmente, será exigido da direção prisional feminina listagens atu-
alizadas diante das hipóteses previstas no art. 318, inciso IV, do Código 
do Processo Penal (BRASIL, 1941). Por isso, diante da produção desses 
dados, a título de conhecimento e possíveis providências, o DEPEN re-
comenda que mensalmente seja enviada listagem aos seguintes órgãos:
1. Ministério Público do Estado 
2. Vara de Execuções Criminais
3. Vara de Execuções Penais
4. Defensoria Pública do Estado 
5. OAB 
As Regras de Bangkok também trazem à baila a coleta de dados quando 
se refere ao registro. É o que segue:
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 25
“3. Registro
Regra 3 
1. No momento do ingresso, deverão serregistrados o número e os da-
dos pessoais dos/as filhos/as das mulheres que ingressam nas prisões. 
Os registros deverão incluir, sem prejudicar os direitos da mãe, ao menos 
os nomes das crianças, suas idades e, quando não acompanharem a mãe, 
sua localização e situação de custódia ou guarda. 2. Toda informação 
relativa à identidade das crianças deverá ser confidencial e o uso de tais 
informações deverá sempre obedecer à exigência de garantir o melhor 
interesse das crianças.” (CONSELHO NACIONA DE JUSTIÇA, 2016, p. 22). 
Diante da demanda relacionada às mulheres que estão grávidas, 
vale relembrar que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou a Reso-
lução n° 252/2018, que, em seu escopo, possui o artigo 8º, que diz que 
o poder público agirá para:
“[...] assegurar a interlocução entre as varas com competência na 
área de família, da infância e juventude, criminal e de execução penal 
nos casos relativos aos filhos cujos genitores estejam encarcerados.” 
(CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, 2018).
QR CODE
Aponte a câmera do seu dispositivo móvel (smartphone ou tablet) 
no QR Code ao lado para assistir o vídeo sobre a coleta de informa-
ções a respeito das mulheres nas unidades prisionais, especialmente 
as grávidas, ou acesse o link: https://youtu.be/6GiiNrbkP6c.
https://youtu.be/6GiiNrbkP6c
UNIDADE 4
Maternidade
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 27
4. MATERNIDADE
Ao falar de maternidade em unidades prisionais, principalmente no 
que diz respeito à primeira infância (período que abrange o período os 
primeiros 6 anos completos ou 72 meses de vida da criança), é urgente 
recorrer aos seguintes normativos:
• Lei n° 13.257, de 8 de março de 2016, que altera a Lei n° 8.069, 
de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente)
(BRASIL, 2016).
• O Decreto-Lei n° 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de 
Processo Penal) (BRASIL, 1941).
• A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1° de maio de 1943 (BRASIL, 1943).
• A Lei n° 11.770, de 9 de setembro de 2008 (BRASIL, 2008).
• A Lei n° 12.662, de 5 de junho de 2012 (BRASIL, 2012).
Entre os dispositivos citados, vamos recorrer agora diretamente ao Mar-
co Legal da Primeira Infância: a Lei n° 13.257, de 8 de março de 2016. 
Essa lei dispõe, em seu art. 3º, uma mensagem direta, que deve nortear 
a atenção às mulheres que estão na condição de mães:
“A prioridade absoluta em assegurar os direitos da criança, do ado-
lescente e do jovem, nos termos do art. 227 da Constituição Federal 
e do art 4º da Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, implica o dever do 
Estado de estabelecer políticas, planos, programas e serviços para a 
primeira infância que atendam às especificidades dessa faixa etária, 
visando a garantir seu desenvolvimento integral.” (BRASIL, 2016).
Portanto, a atenção às mulheres que são mães (inclusive as que estão 
presas) deve ser coerente ao que é dever do Estado: proteger as crianças 
em prioridade absoluta. 
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 28
Nesse sentido, é possível que haja consecutivas decisões de juízes para 
substituir a prisão preventiva pela domiciliar. Portanto, novamente, 
recorreremos aos dados das mulheres presas. As gestões prisionais 
não podem furtar-se a saber das especificidades de cada mulher presa. 
Caso haja decisão de substituição de pena, as gestões prisionais precisam 
remeter aos juízos detalhes sobre a pessoa em questão.
Porém, caso o juízo não substitua a prisão preventiva pela domiciliar, 
cabe à gestão prisional garantir a convivência e a manutenção dos vínculos 
entre mulheres e seus filhos(as) em espaço específico (já mencionados 
na Unidade 1 deste módulo). Outro ponto a ser considerado é o tempo 
de vínculo entre mãe e filho(a). 
Vamos lá! Qual é o tempo ideal para que a mulher presa tenha a 
companhia de seu filho(a)? Ou, qual é o tempo ideal para que a 
criança tenha a companhia de sua mãe? É nessa seara que pre-
cisamos conversar sobre a permanência da criança em unidade 
prisional e a preparação da saída do filho(a) da mulher presa para 
o lar dos cuidadores. 
Assim, o DEPEN considera que deve ser recebido:
a) o artigo 5º da Constituição de 1988 que se lê que:
“L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam 
permanecer com seus filhos durante o período de amamentação.” 
(BRASIL, 1984). 
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 29
b) o artigo 83, § 2º da LEP que diz que:
“Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de 
berçário, onde as condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive 
amamentá-los, no mínimo, até 6 (seis) meses de idade.” (BRASIL, 1984). 
c) a Resolução n° 04/2009 do Conselho Nacional de Política Criminal e 
Penitenciária (CNPCP), que em seu art. 2º aponta que:
 
“deve ser garantida a permanência de crianças no mínimo até um ano 
e seis meses para as(os) filhas(os) de mulheres encarceradas junto as 
suas mães, visto que a presença da mãe nesse período é considerada 
fundamental para o desenvolvimento da criança, principalmente 
no que tange à construção do sentimento de confiança, otimismo e 
coragem, aspectos que podem ficar comprometidos caso não haja 
uma relação que sustente essa primeira fase do desenvolvimento 
humano; esse período também se destina para a vinculação da mãe 
com sua(seu) filha(o) e para a elaboração psicológica da separação 
e futuro reencontro.” (BRASIL, 2009). 
d) A Nota Técnica: COVID-19 e crianças privadas de liberdade, organizada pela 
Aliança para a Proteção da Criança em Ações Humanitárias e pelo UNICEF, 
no título 2.3 Proteção contra a discriminação, diz que:
 
 
“Os Estados devem implementar medidas adequadas para ga-
rantir abordagens sensíveis ao gênero em atendimentos frente a 
emergência COVID-19 em locais onde as crianças são privadas de 
liberdade, incluindo o atendimento das necessidades especiais de 
bebês e crianças privadas de liberdade com suas mães, em particular 
mães que amamentam.” (UNICEF, 2020). 
e) a Resolução n° 252, de 4 de setembro de 2018, do Conselho Nacional 
de Justiça que expressa o seguinte: 
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 30
“Art. 8º. A convivência entre mães e filhos em unidades prisionais ou 
de detenção deverá ser garantida, visando apoiar o desenvolvimento 
da criança e preservar os vínculos entre mãe e filhos, resguardando-se 
sempre o interesse superior destes, conforme disposto no Estatuto da 
Criança e do Adolescente. § 1º Para garantia da convivência das mulhe-
res privadas de liberdade com seus filhos, o poder público adotará as 
seguintes ações mínimas: I - garantir a convivência entre mães e filhos, 
respeitando-se o período de amamentação exclusiva, no mínimo, nos seis 
primeiros meses de vida da criança, sem prejuízo de complementação, 
caso necessário.” (CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, 2018).
Ainda sobre os cuidados com os filhos (as) de mulheres presas, é impor-
tante ter em mente o seguinte.
Informações sobre amamentação
Faz-se necessário e urgente dar ênfase a não 
interrupção da permanência mínima de seis 
meses de convivência entre mãe e filho(a). 
Mais especificamente: o período de a criança 
deixar de se alimentar com leite materno 
deve ser após 6 meses de vida. Não se deve 
iniciar a separação de mãe e filho(a) por 
motivo algum, inclusive com risco de 
promover o chamado “desmame”.
A atividade de repassar filhos de mulheres 
presas aos seus futuros cuidadores deve ser 
acompanhada pela gestão prisional, 
de preferência pelo serviço de assistência 
social ou psicossocial disponível para 
atuação conjunta com: 
I – a Vara da Infância e Juventude.
II – o Conselho Tutelar.
III – a Vara de Execuções Criminais ou Vara 
de Execuções Penais.IV – a Defensoria Pública do Estado. 
Para o desmame, mais uma vez, recorre-se 
ao art. 2º da Resolução n° 04/2009 
(BRASIL, 2009), do Conselho Nacional de 
Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), 
quando se evoca a visita gradual dos futuros 
cuidadores da criança.
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 31
As administrações prisionais devem, sempre, liberar os filhos das mu-
lheres presas através da anuência ou solicitação de ao menos uma das 
instituições citadas acima. 
Também é necessário reforçar que a manutenção dos vínculos entre 
mães e seus filhos(as) compreende organizar visitas que respeitem a 
dignidade das crianças. Por isso, as gestões prisionais devem priorizar 
espaços e momentos em que filhos(as) de mães presas possam ter 
contato em ambiente que não aparente prisional ou que não seja numa 
cela, por exemplo.
Imagens de uma visita social de filhos(as) de mulheres presas. 
Foto: Penitenciária feminina do Distrito Federal.
A visita de filhos(as) pode ser o momento em que as mães sejam dirigidas 
por profissionais de educação a observarem os cadernos da escola dos 
filhos, verem um desenho ou simplesmente brincarem juntos.
Imagens de uma visita social de filhos(as) de mulheres presas. 
Foto: Penitenciária feminina do Distrito Federal.
UNIDADE 5
Procedimentos de segurança 
em mulheres presas
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 33
5. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA EM MULHERES PRESAS
É sempre muito importante recomendar o uso do aparelho de scanner 
corporal (aparelho que detecta substâncias ou objetos suspeitos no 
corpo humano) ou detectores de metais em substituição às revistas ín-
timas. O principal motivo da recomendação é evitar constrangimentos 
de mulheres presas e de servidores, além de prevenir possíveis abusos 
e acusações de abusos.
Contudo, considerando os procedimentos operacionais padronizados, 
consolidados e organizados pelas administrações estaduais e bastante 
difundidos nas unidades prisionais, há a necessidade de especificar como 
podem ser as abordagens em mulheres. Além disso, recomenda-se que, 
caso haja necessidade de revista íntima, que seja feita por outra mulher. 
O DEPEN, através da Nota Técnica n° 17/2020, orientou os gestores 
estaduais sugerindo que: 
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 34
“I - seja organizado procedimento alternativo ao “sentado - 
enfileirado - encaixado um ao outro - com as mãos na cabeça”; 
II - evite-se o uso de espargidores de pimenta e afins; 
III - seja considerado as possíveis condições de surdez, doenças neu-
rológicas e dificuldades das pessoas mulheres idosas e deficientes 
presas em atender rapidamente aos comandos de voz; 
IV - ao transportar gestantes e parturientes a hospital, mater-
nidade ou qualquer outro lugar, utilizar carro adequado (não 
utilizar carro cela, por exemplo); 
V - a condução de mulheres gestantes e parturientes não seja utiliza-
da algemas desde sua saída da unidade prisional até o seu retorno, 
conforme prevê o art. 3º do Decreto nº 8.858/2016 e; e 
VI - gestantes, mães com filhos ou em período de amamentação não 
sejam colocadas em isolamento, nos termos da Regra 22 das Regras 
de Bangkok.” (BRASIL, 2020, grifo nosso). 
Como dito na nota técnica, os carros adequados para o transporte de 
gestantes e parturientes segue o padrão apresentado na imagem.
No ano de 2021, o Depen produziu 99 carros adaptados para mulheres gestantes, 
parturientes, idosas e deficientes físicas que foram doados aos estados. 
Foto: Penitenciária Feminina do Distrito Federal.
Sentado - enfileirado - 
encaixado um ao outro - 
com as mãos na cabeça
Procedimento muito 
utilizado pelo meio 
operacional (segurança) 
nas unidades prisionais. 
Consiste em ordenar que 
as pessoas sentem com as 
pernas abertas, encaixadas 
de maneira enfileirada. 
As pessoas também 
devem permanecer com 
as duas mãos entrelaçadas 
na altura da nuca.
Espargidores
São aerossóis de defesa 
(sprays) muito utilizados 
para controlar multidões 
ou conter pessoas que 
ofereçam algum risco ao 
operador de segurança.
É um dos equipamentos 
não-letais utilizados 
por policiais penais nas 
unidades prisionais em 
alternativa ao uso de 
equipamentos letais.
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 35
Quando o assunto é segurança, é sempre muito importante enfatizar o 
uso de algemas em mulheres.
A começar, é vedado o uso de algemas em mulheres grávidas 
durante o parto e em mulheres que acabaram de ter bebê.
A Lei n° 13.434, de 12 de abril de 2017, que acrescenta parágrafo único 
ao art. 292 do Decreto-Lei n° 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código 
de Processo Penal), veda a utilização de algemas nesses casos. Para re-
forçar essa ideia, recorreremos à Resolução n° 2, de 1º de junho de 2012, 
do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciário (CNPCP), 
que recomenda cuidado no transporte de pessoas presas. Tal resolução 
aponta, em seu art. 6º:
“Devem ser destinados cuidados especiais à pessoa presa ou inter-
nada idosa, gestante, com deficiência, acometida de doença ou que 
necessite de tratamento médico.” (BRASIL, 2012).
UNIDADE 6
Acessos
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 37
6. ACESSOS
A seguir, veremos atividades de muita relevância para a execução penal. 
Ao passo que a pessoa presa perde provisoriamente a sua liberdade, 
o seu direito ao acesso à saúde, à educação, à assistência jurídica, 
ao acesso à visitação permanece. Estas atividades aparecem na Lei de 
Execução Penal (LEP) com muita clareza, basta relembrarmos o artigo 10. 
São atividades de direito de toda pessoa presa. 
Já o trabalho é direito social, previsto no artigo 6° da Constituição Federal, 
e dever social, condição de dignidade humana, de finalidade educativa e 
produtiva de todas as pessoas presas, segundo o artigo 28, caput, da LEP. 
Cabe ao Estado proporcionar o acesso das pessoas presas ao trabalho.
Por isso, nesta unidade 6, trataremos dessas atividades voltadas às 
mulheres presas.
6.1 Acesso ao trabalho e à renda
Pensar no aprisionamento feminino é também pensar no mundo do 
trabalho. E o mundo do trabalho está relacionado à autonomia financeira 
e à possibilidade de sustento dos filhos(as), principalmente quando a 
mulher presa progredir de regime ou se tornar uma egressa. 
Passa pelo aprisionamento feminino a oferta de vagas de capacitação e 
de trabalho nas oficinas ligadas ao Programa de Capacitação Profissional 
e Implementação de Oficinas Permanentes (PROCAP) ou demais oficinas 
que as gestões prisionais conseguirem organizar.
Por isso, deve ser garantido o acesso das mulheres presas ao mundo 
do trabalho e à renda. As gestões prisionais precisam se esforçar no 
sentido de ofertar vagas de trabalho para todas as mulheres presas. 
Nesse sentido, relembramos as Regras de Mandela (CONSELHO NACIO-
NAL DE JUSTIÇA, 2016), entre as quais, temos a regra n° 96, que observa:
“1. Todos os reclusos condenados devem ter a oportunidade de traba-
lhar e/ou participar ativamente na sua reabilitação, em conformidade 
com as suas aptidões física e mental, de acordo com a determinação 
do médico ou de outro profissional de saúde qualificado.” (CONSELHO 
NACIONAL DE JUSTIÇA, 2016, p. 41).
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 38
Portanto, no sentido de oportunizar vagas de trabalho às mulheres presas, 
recomenda-se que sejam ofertados nas unidades prisionais femininas 
as seguintes oportunidades:
• Vagas para cursos profissionalizantes.
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
Cursos profissionalizantes em presídios de Minas Gerais. 
Foto: © [AscomSedectes] / Depen MG.
• Vagas para atuação em oficinas do PROCAP e demais oficinas.
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
 Cursos PROCAP em presídios do Espírito Santo. 
Foto: Sejus, ES. 
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 39
• Vagas de trabalho remunerado, quando houver oportunidade.
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
 Confecção de lençóis por mulheres privadas de liberdade em MS. 
Foto: © [Tatyane Santinoni] / Agepen, MS. 
6.2 Acesso à educação
Com relação ao mundo do trabalho: do mesmo modo que o acesso à 
educação contribui para a autonomia da mulher presa – ao conseguir o 
aumento de escolaridade e a posse de certificação de uma profissão –, 
ele também contribui para a continuação dessa autonomia para além 
da prisão, já que torna o sucesso ao procurar emprego mais garantido.
Foto: © [Itana Alencar] / G1 BA.
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 40
É necessário que as gestões das unidades prisionais se esforcem no 
sentido de não somente oferecer vagas, mas acompanhar a evolução 
da execução das atividades com intuito de confirmar se, por exemplo, 
os cursos de qualificação profissional fazem sentido para a promoção 
da autonomia financeira da mulher custodiada.
Os responsáveis pedagógicos que acompanham as ofertas de cur-
sos, em especial os da Educação de Jovens e Adultos, geralmente, 
são importantes parceiros na busca do sucesso escolar.
Também, é valioso dar acesso à leitura às mulheres presas. Entretanto, 
solicita-se que a leitura seja organizada para fins de remição de pena, não ape-
nas para leitura recreativa. Para isso, é preciso considerar que o Poder Judiciário 
já foi orientado para recepcionar os pedidos de remição de pena, conforme é 
recomendado na Resolução 391, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O Conselho Nacional de Justiça estabeleceu procedimentos e diretrizes 
a serem observados pelo Poder Judiciário para o reconhecimento do 
direito à remição de pena por meio de práticas sociais educativas em 
unidades de privação de liberdade.
SAIBA MAIS
Veja mais sobre os procedimentos e diretrizes mencionados 
acima, disponível em: https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/3918.
Ainda sobre leitura, o DEPEN orientou as administrações prisionais sobre 
como atuar com as atividades de remição de leitura em consonância 
com o que o CNJ recomendou aos juízes. Na oportunidade, também foi 
tratado sobre o acesso à cultura, aos esportes e aos exames nacionais.
SAIBA MAIS
O DEPEN produziu nota técnica sobre procedimentos quanto às 
ações de fomento à leitura, cultura e esportes em ambientes de 
cárcere, integrando a política de educação para o sistema prisional, 
disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2021/09/
nota-tecnica-72-fomento-a-leitura-cultura-esportes.pdf.
Remição de pena
É um instituto jurídico 
utilizado para diminuição 
do tempo de cumprimento 
de pena. Para tanto, 
a pessoa presa precisa 
estudar e/ou trabalhar. 
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/3918
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2021/09/nota-tecnica-72-fomento-a-leitura-cultura-esportes.pdf
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2021/09/nota-tecnica-72-fomento-a-leitura-cultura-esportes.pdf
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 41
Para facilitar a produção das atividades de leitura para fins de remição, 
recomenda-se o uso dos formulários a seguir:
Anexo I – Formulário para elaboração do relatório de leitura
Parte I - Informações pessoais
Nome do(a) leitor(a) e n° de registro:
Nome do estabelecimento prisional:
Município/Estado:
Diretor(a) responsável:
Comarca/Vara de execução:
Parte II - Informações sobre a leitura
Nome do livro:
Data do empréstimo: Data de devolução:
Relatório de leitura: conte-nos sua compreensão a respeito do livro lido
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 42
Produzido o relatório de leitura, após a aprovação feita pela Comissão de 
Validação, a unidade prisional deverá encaminhar um outro formulário 
ao juízo. Esse formulário é de encaminhamento à Vara de Execuções 
Penais (VEP). É o que segue:
Anexo II – Formulário padrão para validação dos relatórios 
Parte I - Informações institucionais
Nome do estabelecimento prisional:
Município/Estado:
Diretor(a) responsável:
Comarca/Vara de execução:
Parte II - Informações sobre a leitura
Nome do(a) leitor(a) e n° de registro:
Nome do livro:
Data do empréstimo: Data de devolução: Data da validação:
Parte III - Informações sobre a validação
O relatório atende ao critério de estética textual (legibilidade e
 organização do relatório)? ( ) Sim ( ) Não
O relatório atende ao critério de fidedignidade (autoria)? ( ) Sim ( ) Não
O relatório atende ao critério de clareza (tema e assunto do livro lido)? ( ) Sim ( ) Não
O relatório habilita o(a) leitor(a) à remição de pena pela leitura? ( ) Sim ( ) Não
Justifique abaixo os itens analisados como “não”: 
Nome do(a) responsável pela análise 
do relatório: Data:
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 43
Portanto, diante do exposto sobre educação, recomenda-se que seja 
ofertado às mulheres presas:
• Vagas na Educação de Jovens e Adultos.
• Oportunidade de inscrição em exames nacionais, como Enem PPL 
e Encceja PPL.
• Oportunidade de inscrição em cursos profissionalizantes.
• Oportunidade de leitura e, com isso, remição pela leitura.
6.3 Acesso à saúde
Primeiramente, salienta-se a necessidade de atenção à saúde das presas, 
considerando as suas especificidades enquanto mulheres.
A recomendação n° 6, das regras das Nações Unidas, para o tratamento 
de mulheres presas e medidas não privativas de liberdade para mulheres 
infratoras (Regras de Bangkok), aponta como devem ser os exames mé-
dicos no ingresso de mulheres em unidades prisionais, sendo o seguinte: 
“O exame médico de mulheres presas deverá incluir avaliação ampla 
para determinar a necessidade de cuidados de saúde básicos e deverá 
também determinar: 
(a) A presença de doenças sexualmente transmissíveis ou de transmis-
são sanguínea; e, dependendo dos fatores de risco, mulheres presas 
poderão optar por realizar testes de HIV, com orientação antes e 
depois do teste; 
(b) Necessidades de cuidados com a saúde mental, incluindo transtorno 
de estresse pós-traumático e risco de suicídio e de lesões auto infligidas; 
(c) O histórico de saúde reprodutiva da mulher presa, incluindo gravidez atual 
ou recente, partos e qualquer questão relacionada à saúde reprodutiva;
(d) A existência de dependência de drogas; 
(e) Abuso sexual ou outras formas de violência que possa ter sofrido ante-
riormente ao ingresso.” (CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, 2016, p. 24).
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 44
É nesse sentido que as gestões prisionais não 
podem se furtar a oportunizar a oferta da 
atenção integral na rede de serviços do SUS 
para a população feminina presa e o acesso à 
saúde especializada.
É de responsabilidade dos gestores da administração prisional garantir 
os acessos aos serviços de saúde, articulando o atendimento médico 
na própria unidade prisional (através das unidades básicas de saúde, 
por exemplo) ou garantindo transporte e escolta para locomoção das 
mulheres presas aos serviços externos (hospitais, prontos-socorros, 
unidades básicas de saúde etc.).
Carros adaptados doados aos estados. 
Foto: Penitenciária Feminina do Distrito Federal.
Considerando a realidade da mulher presa e sua saúde, não se pode es-
quecer da saúde das crianças que as acompanham (inclusive durante a 
gestação). Comrelação a esse assunto, o Conselho Nacional de Justiça lançou 
a Resolução n° 252/2018, que em seu art. 10, especificamente, aponta:
“Todas as crianças filhas de mulheres privadas de liberdade acolhi-
das junto a sua mãe no período legalmente permitido têm direito ao 
acesso a ações de atenção integral à saúde, que incluem cobertura 
vacinal, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento e re-
alização de exames e consultas médicas.” (CONSELHO NACIONAL 
DE JUSTIÇA, 2018).
Fonte: Câmara dos Deputados.
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 45
Os profissionais de saúde costumam ser bastante atentos quanto ao 
estabelecido no SUS. Portanto, as gestões prisionais precisam estar em 
contato com o serviço de saúde para que seja garantido o que é direito 
das mulheres e suas crianças.
Foto: Penitenciária Feminina do Distrito Federal.
QR CODE
Aponte a câmera do seu dispositivo móvel (smartphone ou tablet) 
no QR Code ao lado para assistir o vídeo que trata sobre o acesso 
das mulheres à saúde nas unidades prisionais, ou acesse o link: 
https://youtu.be/VDH2XeMRYU8.
6.4 Acesso à assistência social
Pesa ao aprisionamento de mulheres a palavra abandono. No cotidiano 
das unidades prisionais femininas, observa-se que o contexto que a 
assistência social atua é ligado à tentativa de estabelecer ou contribuir 
para a continuidade de vínculos familiares.
Quem conhece in loco unidades 
prisionais femininas e masculinas 
deve ter percebido que as filas de 
entrada para visitas sociais são 
menores do que as que se formam 
nas unidades prisionais para homens.
https://youtu.be/VDH2XeMRYU8
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 46
Perceber isso faz parte das experiências adquiridas de quem, de algu-
ma maneira, teve acesso à realidade da mulher presa. Nesse sentido, 
atividades rotineiras, quando relacionadas à visitação prisional para 
mulheres, trazem prejuízos, quais sejam:
• Agravo da saúde mental relacionado ao abandono amoroso.
• Falta de recebimento de itens de higiene e vestuário.
• Falta de notícias de filhos(as) e sentimento de incapacidade maternal.
Com a ausência familiar em visitação às unidades prisionais, parte da 
população feminina fica entregue ao Estado como único fornecedor de 
itens básicos.
Por isso, as gestões prisionais precisam valorizar a assistência social 
voltada às mulheres presas. O serviço social possui em sua natureza a 
compreensão da vivência da mulher presa e de seus filhos. É esse serviço 
que auxilia na manutenção de vínculos familiares da mulher presa.
Portanto, a assistência social das unidades prisionais precisa desenvolver 
ações voltadas às mulheres presas, em especial, no sentido de opor-
tunizar o acesso ao que um familiar, eventualmente, e com sacrifícios, 
poderia fornecer.
Itens fornecidos unicamente pelo Estado
Itens de higiene Alimentos Vestuário
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 47
Os serviços de assistência social das unidades prisionais devem 
estar atentos às demandas específicas de toda pessoa presa em 
unidades femininas. Por isso, sempre que houver uma dificul-
dade que impeça a mulher presa de viver com dignidade por 
conta de questões que envolvem suas demandas específicas, 
os serviços de assistência social devem produzir relatórios ex-
pondo os entraves e sugerindo soluções, encaminhando às ges-
tões prisionais para possíveis providências. A título de exemplo, 
o acesso a absorventes.
A própria Política Nacional de Atenção às Mulheres Presas e Egressas 
(PNAMPE) tem como uma de suas metas que os estabelecimentos 
prisionais contemplem as mulheres presas, considerando o que segue:
“a) assistência material: alimentação, vestuário e instalações higiê-
nicas, incluindo itens básicos, tais como: 
1. alimentação: respeito aos critérios nutricionais básicos e casos de 
restrição alimentar; 
2. vestuário: enxoval básico composto por, no mínimo, uniforme es-
pecífico, agasalho, roupa íntima, meias, chinelos, itens de cama e 
banho, observadas as condições climáticas locais e em quantidade 
suficiente; e 
3. itens de higiene pessoal: kit básico composto por, no míni-
mo, papel higiênico, sabonete, creme e escova dental, xampu, 
condicionador, desodorante e absorvente, em quantidade suficiente.” 
(BRASIL, 2014, p. 3).
Diante do exposto, vale comentar cada item. 
1. Alimentação: é preciso se atentar ao corpo feminino, em especial às 
demandas que vêm junto com a gestação. Assim, é preciso considerar, 
para fins de alimentação, a criança que a mulher carrega. Para isso, 
os serviços de saúde e de nutrição devem ser acionados. A gestão 
prisional deve garantir que a mulher presa tenha acesso a vitaminas 
necessárias (sempre quando prescritas) e que sua dieta seja balanceada 
para sua saúde e a do bebê. E isso, muitas vezes, passa pela garantia 
em contratos de alimentação.
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 48
2. Vestuário: os uniformes masculinos, muitas vezes, não cabem no 
corpo feminino. Geralmente, os uniformes masculinos são “retos” e não 
contemplam os formatos corporais de uma mulher.
3. Itens de higiene pessoal: é preciso se atentar à quantidade suficiente de 
papel higiênico. A quantidade de uso de papel higiênico por uma mulher 
é maior do que por um homem. Também, é preciso fornecer absorven-
tes em quantidade suficiente. Cada mulher possui um fluxo menstrual 
diferente e, por isso, é preciso fornecer absorventes de acordo com a 
necessidade. Ainda, é necessário que as gestões prisionais compreendam 
que xampu e condicionador são essenciais para higiene feminina. 
Vale também ressaltar o que consta nas Regras de Bangkok:
“5. Higiene pessoal
Regra 5 
A acomodação de mulheres presas deverá conter instalações e mate-
riais exigidos para satisfazer as necessidades de higiene específicas das 
mulheres, incluindo absorventes higiênicos gratuitos e um suprimento 
regular de água disponível para cuidados pessoais das mulheres 
e crianças, em particular mulheres que realizam tarefas na cozinha 
e mulheres gestantes, lactantes ou durante o período da menstruação.” 
(CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, 2016, p. 23).
6.5 Acesso à assistência religiosa
A assistência religiosa é muito valiosa à população feminina presa. 
Contudo, recomenda-se atenção na oferta, no sentido de que as mulheres 
presas precisam manifestar vontade de receber ou não a visita de um 
religioso ou de participar de alguma celebração religiosa; seja um culto, 
uma missa ou um passe feito por religião de matriz africana. 
 Culto Missa Passe
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MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 49
De maneira alguma é aceitável a assistência religiosa impositiva. A própria 
Lei de Execução Penal trata desse assunto em seu artigo 24:
“A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos 
presos e aos internados, permitindo-se lhes a participação nos serviços 
organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de 
instrução religiosa. § 1º No estabelecimento haverá local apropriado 
para os cultos religiosos. § 2º Nenhum preso ou internado poderá ser 
obrigado a participar de atividade religiosa.” (BRASIL, 1984).
6.6 Atenção específica às mulheres indígenas
Quanto às questões específicas das mulheres que se autodeclaram in-
dígenas, recorremos inicialmente à Resolução 287/2019, do Conselho 
Nacional de Justiça. Na oportunidade, o CNJ produziu um documento 
baseado na resolução, intitulado de “Manual de procedimentos relativos 
a pessoas indígenas acusadas, rés, condenadas ou privadas de liberdade”.Chama-se atenção ao que traz a página 37, ao apontar que:
“a) o juízo da execução monitore atentamente as condições dos es-
tabelecimentos penais nos quais essas mulheres ficarão recolhidas, 
de forma contínua durante toda a execução da pena; e 
b) garanta que as mulheres indígenas desfrutem de proteção e de 
garantias plenas contra todas as formas de violência e discriminação.” 
(CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, 2019, p. 37).
Na mesma esteira sobre os acessos ao mundo do trabalho, educação, 
saúde, assistência social e religiosa, as mulheres indígenas possuem 
direitos de acesso, respeitando suas especificidades étnicas.
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 50
Fotos: Unifesp. 
Também, ressaltamos a necessidade de coletar dados de mulheres indí-
genas que sejam mães de filhos(as) de até 12 anos de idade ou deficientes. 
E, ainda sobre a maternidade, o referido manual traz o previsto no art. 
83, parágrafo 2º e no art. 89 da Lei de Execução Penal:
“[...] deve-se respeitar a autonomia da mãe para conduzir a amamen-
tação, a alimentação e todas as práticas de cuidado em conformidade 
com seus costumes.” (BRASIL, 1984 apud CONSELHO NACIONAL DE 
JUSTIÇA, 2019, p. 38).
Ademais, ainda no referido manual, é apresentado:
“a) os agentes estatais devem zelar para que não haja nenhuma forma 
de violência antes, durante e após o parto, e que os procedimentos 
estejam em conformidade com os costumes da cultura da parturiente; e 
b) entre as práticas que poderiam configurar violência estão o uso 
de algemas – vedado pelo art. 292, parágrafo único do CPP –, 
intervenções médicas não consentidas, negação de recursos solicita-
dos para alívio da dor ou exigência de que o parto ocorra na posição 
litotômica (deitada de barriga para cima).” (CONSELHO NACIONAL 
DE JUSTIÇA, 2019).
MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL
MÓDULO 2 | Recebimento e procedimentos de custódia em ambientes prisionais femininos 51
Respeitar as especificidades dos diversos povos indígenas é imprescin-
dível. Entenda mais sobre o tema, lendo a resolução na íntegra.
SAIBA MAIS
Para conhecer as recomendações da Resolução 287/2019, do CNJ, 
sobre as pessoas indígenas, acesse o link, disponível em: https://
www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2019/09/Manual-Resolu%-
C3%A7%C3%A3o-287-2019-CNJ.pdf.
Veja a seguir uma retomada dos principais pontos abordados neste módulo.
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2019/09/Manual-Resolu%C3%A7%C3%A3o-287-2019-CNJ.pdf
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2019/09/Manual-Resolu%C3%A7%C3%A3o-287-2019-CNJ.pdf
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2019/09/Manual-Resolu%C3%A7%C3%A3o-287-2019-CNJ.pdf
SÍNTESE DO MÓDULO
52
Vimos grande parte do contexto das pessoas em situação de prisão nas 
unidades prisionais femininas. Começamos por entender os dados a 
serem levantados no recebimento delas, respeitando suas diversidades 
(grávidas, acompanhadas de crianças e pessoas trans). Em seguida, 
entendemos a alocação dessas pessoas e como suas necessidades se 
diferenciam das dos homens em unidades prisionais masculinas.
Depois, passamos a entender o processo da formação de dados e para quais 
órgãos públicos esses devem ser enviados. Sobre a maternidade, aprendemos 
e fomos instigados a pensar na melhor forma possível de tratar, no contexto 
do cárcere, mulheres grávidas e com filhos de diversas idades. 
Em seguida, foram apresentados os procedimentos de segurança em 
mulheres presas que incluem a revista menos invasiva, transporte ade-
quado e o não uso das algemas nas grávidas. Por fim, focamos nos di-
versos acessos que levam essas pessoas presas à uma vida mais digna 
dentro da prisão.
Você finalizou o Módulo 2! 
Esperamos que tenham sido esclarecedoras as orientações trazidas no curso 
sobre os procedimentos que as unidades precisam executar para garantir 
dignidade e segurança às mulheres em privação de liberdade.
REFERÊNCIAS
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Brasil. Organizado por Juarez de Oliveira. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1990. 
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em: 27 jul. 2022. 
 
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Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 10227, 13 jul. 1984. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm. Acesso em: 
27 jul. 2022. 
BRASIL. Lei n° 11.770, de 9 de setembro de 2008. Cria o Programa Em-
presa Cidadã, destinado à prorrogação da licença-maternidade mediante 
concessão de incentivo fiscal, e altera a Lei no 8.212, de 24 de julho de 
1991. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 1, 10 set. 2008. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2008/lei/l11770.htm. Acesso em: 27 jul. 2022. 
BRASIL. Lei n° 12.662, de 5 de junho de 2012. Assegura validade nacional 
à Declaração de Nascido Vivo - DNV, regula sua expedição, altera a Lei 
nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, e dá outras providências. Diário 
Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 3, 6 jun. 2008. Disponível em: 
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públicas para a primeira infância e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 
1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o Decreto-Lei nº 3.689, de 
3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), a Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 
1943, a Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, e a Lei nº 12.662, de 5 
de junho de 2012. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 1, 9 mar. 
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art. 292 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Pro-
cesso Penal), para vedar o uso de algemas em mulheres grávidas durante o 
parto e em mulheres durante a fase de puerpério imediato. Diário Oficial 
da União: seção 1, Brasília, DF, p. 1, 13 abr. 2017. Disponível em: http://www.
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Acesso em: 29 ago. 2022.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13257.htm
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https://www.gov.br/depen/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-tecnicas/procedimentos-com-custodiados/Procedimentos%20quanto%20a%20custodia%20de%20mulheres%20no%20sistema%20prisional%20brasileiro.pdf/view
https://www.gov.br/depen/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-tecnicas/procedimentos-com-custodiados/Procedimentos%20quanto%20a%20custodia%20de%20mulheres%20no%20sistema%20prisional%20brasileiro.pdf/view
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dígenas acusadas, rés, condenadas ou privadas de liberdade, e dá diretrizes 
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https://www.gov.br/depen/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-tecnicas/procedimentos-com-custodiados/Procedimentos%20quanto%20a%20custodia%20de%20mulheres%20no%20sistema%20prisional%20brasileiro.pdf
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https://www.gov.br/depen/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-tecnicas/procedimentos-com-custodiados/Procedimentos%20quanto%20a%20custodia%20de%20mulheres%20no%20sistema%20prisional%20brasileiro.pdf
https://www.gov.br/depen/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-tecnicas/procedimentos-com-custodiados/Procedimentos%20quanto%20a%20custodia%20de%20mulheres%20no%20sistema%20prisional%20brasileiro.pdf
https://www.gov.br/depen/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-tecnicas/procedimentos-com-custodiados/Procedimentos%20quanto%20a%20custodia%20de%20mulheres%20no%20sistema%20prisional%20brasileiro.pdf
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2019/09/cd8bc11ffdcbc397c32eecdc40afbb74.pdf
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2019/09/cd8bc11ffdcbc397c32eecdc40afbb74.pdf
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2019/09/a9426e51735a4d0d8501f06a4ba8b4de.pdf
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2019/09/a9426e51735a4d0d8501f06a4ba8b4de.pdf
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https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/2667#:~:text=RESOLVE%3A,liberdade%2C%20nos%20termos%20desta%20Resolu%C3%A7%C3%A3o
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/2667#:~:text=RESOLVE%3A,liberdade%2C%20nos%20termos%20desta%20Resolu%C3%A7%C3%A3o
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/2667#:~:text=RESOLVE%3A,liberdade%2C%20nos%20termos%20desta%20Resolu%C3%A7%C3%A3o
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https://www.gov.br/depen/pt-br/composicao/cnpcp/resolucoes/2012/resolucao-no-2-de-01-de-junho-de-2012.pdf
REFERÊNCIAS
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	Apresentação
	Objetivos do módulo
	1. Recebimento de mulheres nas unidades prisionais 
	1.1 Mulheres presas no geral
	1.2 Mulheres grávidas presas
	1.3 Mulheres presas acompanhadas de criança
	1.4 Mulheres e/ou homens transgênero presos
	2. Alocação
	3. Produção de dados
	4. Maternidade
	5. Procedimentos de segurança em mulheres presas
	6. Acessos
	6.1 Acesso ao trabalho e à renda
	6.2 Acesso à educação
	6.3 Acesso à saúde
	6.4 Acesso à assistência social
	6.5 Acesso à assistência religiosa
	6.6 Atenção específica às mulheres indígenas
	Síntese do Módulo
	Referências

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