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Variação no Número e Estrutura dos Cromossomos

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Variação no Número e Estrutura dos 
Cromossomos 
Mutações Cromossômicas 
→ Também chamadas de aberrações/ 
alterações cromossômicas, são alterações na 
estrutura ou número de cromossomos 
→ Podem provocar anomalias, malformações 
ou inviabilidade do organismo. 
→ Alterações numéricas: perda ou acréscimo 
de cromossomos; 
→ Alterações estruturais: mudança na 
estrutura dos cromossomos 
→ Incidência global: aproximadamente 1:154 
nativivos 
→ Clinicamente: depende de ocorrer alguma 
perda ou ganho de material cromossômico 
 Balanceadas: não perde e nem ganha 
material genético, apenas rearranja, 
geralmente não tem efeito no indivíduo 
(exceto em funcionamento de um gene 
importante). Mas tem capacidade de 
causar problemas na prole. 
 Não-balanceadas: quase sempre tem 
um efeito adverso no crescimento e 
desenvolvimento. 
→ Anomalias de cromossomos autossômicos: 
graves problemas de desenvolvimento físico 
e mental, várias malformações congênitas e 
dismorfismo facial 
 Morte antes da idade adulta - graves 
malformações internas e aumento da 
susceptibilidade a infecções; 
→ Anomalias de cromossomos sexuais: 
problemas menos graves. 
→ Transtornos cromossômicos: principal 
categoria de doenças genéticas; 
→ Anomalias citogenéticas: 
 Quase 1% dos nativivos 
 ~2% das gestações em mulheres com 
mais de 35 anos 
 Metade dos abortos espontâneos do 
primeiro trimestre 
 
 
→ Euploidia: Haploidia e Poliploidia 
→ Aneuploidia: Nulissomia, Monossomia, 
Trissomia e Tetrassomia 
→ Mixoploidia: Mosaicismo e Quimerismo 
→ Número de Genes: Deleção, Duplicação, 
Cromossomo em anel e Isocromossomo 
→ Localização dos genes: Inversão e 
Translocação 
Alterações Numéricas 
 Provocam alterações no número típico de 
cromossomos da espécie 
 Podem produzir anomalias graves e até a 
morte do organismo. 
 
→ Alterações que envolvem todo o genoma 
 Haploidias/monoploidia (n): 
cromossomos apresentam-se em dose 
simples, como nos gametas 
 Poliploidias: cariótipos representados por 
múltiplos do genoma: 
 Triploidia (3n) 
 Tetraploidia (4n), etc 
 Quase todos os casos de triploidia ou 
tetraploidia em humanos foram 
observados em abortos espontâneos 
ou natimortos (raros casos) 
 
 15% das anomalias cromossômicas que 
ocorrem na concepção – maioria 
espontaneamente abortada; 
 Causas mais comuns: 
 Dispermia 
 Fusão do ovócito e glóbulo polar + 
espermatozóide 
 Falha meiótica → gametas diplóides. 
→ Alterações que envolvem um ou mais 
cromossomos de cada par: 
 Distúrbio mais comum e clinicamente 
significativo (5% das gestações) 
 Associadas a anormalidades físicas e/ou 
mentais; 
 Nulissomia (2n-2): perda de dois 
cromossomos de um par (letais) 
 Monossomia (2n-1): perda de um dos 
cromossomos do par (inviáveis, exceto 
o cromossomo X) 
 Trissomia (2n+1): mesmo cromossomo 
aparece repetido 3 vezes - vistas com 
frequências apreciáveis entre os 
nativivos 
- trissomias poduzem consequências 
menos severas 
 Tetrassomia (2n+2): mesmo 
cromossomo aparece repetido 4 vezes 
→ Se generalizar, as únicas viáveis são 
algumas trissomias e a monossomia do X 
→ O corpo pode tolerar material genético 
em excesso mais facilmente do que uma 
falta de material genético 
 
→ Principal causa → não-disjunção na divisão 
celular. 
 Falha de um par de cromossomos em se 
separar normalmente durante a meiose. 
 
→ Não disjunção na meiose I: forma gametas 
que possuem cromossomos a mais e 
gametas que possuem cromossomos a 
menos (pode ter trissomia ou monossomia) 
→ Não disjunção em meiose II: podemos ter 
como consequência trissomia, monossomia 
ou situação normal com indivíduos normais 
diploides 
→ Não disjunção em mitose: os efeitos nem 
sempre vão ser severos porque geralmente o 
erro logo é deletado 
→ Até o momento, não foram definidas as 
causas da não disjunção, mas, foi observada 
que ocorre principalmente em mulheres de 
idade avançada: 
 O risco de prevalência de anomalias 
cromossômicas aumenta com a idade 
materna; 
 Aumento de não-disjunçã0: ovócitos 
“envelhecidos” 
 
→ “É estimado que se mulheres com mais de 
35 anos deixassem de se reproduzir, a 
incidência de crianças com alterações 
cromossômicas poderia decrescer 30 a 50%” 
– porém, está acontecendo o contrário 
 
→ Duas ou mais linhagens celulares 
geneticamente diferentes dentro de um 
indivíduo: 
 Mosaicismo: as populações de células 
surgem de um mesmo zigoto 
 Quimerismo: zigotos diferentes se 
fundem (mais raro) 
 
→ No mosaicismo a fecundação ocorre 
normalmente, o zigoto começa a fazer suas 
mitoses e em alguma célula ocorre mutação, 
a partir daquele momento todas as células 
que vierem dessa vão ter uma mesma 
mutação e todas as outras células vão 
continuar normais 
→ O quimerismo é quando, por exemplo, em 
uma fecundação de gêmeos dizigóticos, por 
algum motivo esses gêmeos, principalmente 
no início desse desenvolvimento, se grudam 
essas massas celulares e começam a se 
desenvolver como uma pessoa só, então, 
esse indivíduo vai ter células que eram para 
ser de um indivíduo e células que eram para 
ser de outro. 
Alterações Estruturais 
 Mudanças na estrutura dos cromossomos 
que resultam de uma ou mais quebras em 
um ou mais cromossomos, com 
subsequente reunião em uma 
configuração diferente, formando 
rearranjos balanceados ou não. 
 Provocam alterações na estrutura dos 
cromossomos, podendo ocasionar a 
perda de genes, a leitura duplicada ou 
erros na leitura de um ou mais genes. 
 
→ Perda de um fragmento do cromossomo, 
com consequente perda de genes. 
→ Pode ter efeito fenotípico, especialmente 
se a deleção for grande. 
 
 Intersticial: a deleção ocorre no meio 
do cromossomo 
 Terminal: ocorre no fim do cromossomo 
– além de perder o material genético, 
fica sem telômero – consequências 
→ Síndromes de deleção autossômica → 
clinicamente significativas; 
 Severidade clínica: depende do 
tamanho do segmento ausente e a 
função dos genes específicos que 
foram excluídos. 
 
→ Presença de um segmento duplicado do 
cromossomo, acarretando uma dupla leitura 
de genes 
 
→ Acredita-se que aconteça pelo 
pareamento de homólogos feitos de maneira 
errada que faz com que tenha uma 
duplicação cromossômica 
→ De maneira geral, a deleção é pior do que 
a duplicação – melhor ter material genético 
a mais do que a menos – ambas são não 
balanceadas 
 
→ Quebra das pontas dos cromossomos + 
união dos braços 
→ Perda de material genético 
→ Instabilidade durante a divisão celular: 
 Podem ser perdidos, levando a 
monossomias e mosaicismo 
 
 
→ Cromossomo formado por dois braços 
iguais – tem duas cópias de um braço e 
nenhuma do outro – a divisão é feita errada 
→ O centrômero é dividido transversalmente; 
→ Maioria letal. 
→ 15% de todos os casos de Turner 
 
 
→ Quando ocorre a quebra de um segmento 
do cromossomo que se solda invertido, 
provocando erros na leitura dos genes. 
→ Regra geral: inversão é mutação 
balanceada, a gente não perde e nem 
ganha material genético, a não ser que 
quebre algum gene ou mude a regulação 
desses genes, a princípio inversão não vai ter 
consequência para o portador. 
→ Tipos: paracêntrica ou pericêntrica 
(costuma mudar a morfologia do 
cromossomo – mais fácil de perceber) 
 
→ Quando ocorre a troca de segmentos 
entre cromossomos não homólogos, 
provocando erros na leitura. 
→ É considerada balanceada pois não 
perdemos material genético, a gente só 
rearranja o material genético, a não ser que 
interrompa algum gene ou que leve para 
uma regulação diferente nós não vamos ter 
consequências 
 
→ Normalmente essa translocação pode ser 
chamada de translocação reciproca, que é 
mais comum, e não recíproca é mais difícil 
pois precisa de três quebras, e ela pode ser 
categorizada como uma deleção seguida 
de uma inserção em outro cromossomo 
 
→ TranslocaçãoRobertsoniana ou fusão 
cêntrica: o braço curto de 2 cromossomos 
não-homólogos acrocêntricos são perdidos e 
os braços longos se fundem no centrômero 
para formar um único cromossomo 
 Não tem consequências clinicas 
porque normalmente isso acontece 
com dois cromossomos, vamos ter 
ainda todo o resto dos acrocêntricos, 
por mais que esteja perdendo braço 
curto ela é considerada balanceada 
 Tipo mais comum de rearranjo 
observado em humanos. 
 
Resumo 
 
 
→ Portadores de rearranjos balanceados 
precisam de uma avaliação muito 
cuidadosa para determinar a probabilidade 
de desequilíbrio genético em uma criança 
→ Translocações e inversões → gametas 
normais, balanceados, não-balanceados ou 
inviáveis - reflete na prole 
→ Na inversão paracentrica, pode formar 
gametas normais ou inviáveis, então, pode 
ter filhos de maneira normal e nunca vai 
saber, ou começa a ter abortos de repetição 
e não consegue engravidar 
→ Já, na inversão pericentrica, os gametas 
podem ser balanceados (prole normal) ou 
desbalanceados, em que pode ser inviável 
ou viável mas com prole afetada 
 
 
→ Na tronslocação reciproca, podem ter 
prole normal e todos os gametas 
desbalanceados tem chance de prole 
afetada ou inviável 
 
→ Aqui temos uma mulher com 46 
cromossomos, XX, e depois de toda uma 
análise ela foi descobrir que tinha uma 
translocação entre o 11 e o 22, aqui são os 
pontos de quebra dessa translocação, o 
braço longo dos dois. Essa mulher é 
fenotipicamente normal, ela estava tentando 
engravidar, tentou duas vezes e não 
conseguiu, foi fazer análise e viu que tinha a 
translocação e aí pode-se tentar fazer 
diagnóstico pré-implantação, pode arriscar 
pois ela tinha chances ainda de conseguir e 
ela acabou tendo uma filha normal, então as 
vezes descobrimos isso quando começa a ter 
abortos recorrentes.

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