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Gustavo Moreno T19 AULA 14: Trombofilias e Gestação: São condições que aumentam o risco de doença tromboembólica Associado a aumento tromboembólico da gestação está associado a maior frequência de TVP e EP Tipos de trombofilias: (P) Adquiridas: SAAF (Síndrome do anticorpo antifosfolípide):*** Trombofilia que está mais relacionado com abortamento, abortamento de repetição, morte intrauterina Neoplasia mieloproliferativas, hemoglobinúria paroxística noturna, exposição a quimioterápicos, ou hormônios, trombocitopenia essencial. Hereditárias: Mutação genética que afetam a quantidade ou a função de proteínas envolvidas na cascata de coagulação Fator V de leiden – gene A1691G Mutação da protrombina – G20210A Deficiência de proteína S Deficiência de proteína C Deficiência de antitrombina III MTHFR*** (metiltetrahidrofolato redutase) relacionado ao aumento de homocisteína no organismo (propicia aterogênese e aumenta risco de trombose, apesar disso, não está relacionada a desfecho ruim na gestação) Trombofilias de Alto risco: SAAF, Deficiência de antitrombina III, Homozigose para fator V de leiden, Homozigose para mutação da protrombina e heterozigose combinada do fator de V de leiden da mutação da protrombina Trombofilias de Baixo risco: Heterozigose para fator V de leiden, heterozigose isolada para fator V de leiden, deficiência de proteína C e proteína S Associação entre trombofilias adquiridas e hereditárias e desfechos obstétricos adversos: Obs – SAAF mais relacionado com a maioria das complicações, relacionadas com efeito adverso na gestação!! Indicação de investigação e rastreamento: Rastreio universal é contraindicado Avaliar se o resultado irá interferir no manejo Rastreamento de trombofilias: Vai ter divergência de literatura quanto aos abortos e critérios. Precisa saber os critérios todos!! . Trombofilias adquiridas – SAAF Critérios laboratoriais Presença de anticoagulante lúpico ou anticorpo anticardiolipina (IgG ou IgM) - em títulos altos ** Presença de anticorpos anti-B2-glicoproteina IgG ou IgM - em títulos altos Amostras mantidas em 2 coletas com espaço > de 12 sem Critérios clínicos: 1 ou mais episódio de TV ou TA prévia 1 ou mais OFIU não explicadas de feto morfologicamente normal 1 ou mais nascimentos neonatos < 34 semanas por eclâmpsia, PE ou insuficiência placentária. 3 ou mais abortos consecutivos <10 sem Trombofilias Hereditárias: Laboratoriais solicitados: Fator V de leiden Mutação da protrombina G20210A Atividade de antitrombina III Atividade da proteína C da coagulação Atividade da proteína S funcional Obs – nunca investigar no período da gravidez, nem em período puerperal porque ainda estará tendo alterações fisiológicas da gestação podendo alterar os marcadores MTHFR; enzima que faz conversão do ácido fólico em folato (20% da população tem essa enzima positiva) Gestação e investigação* Manejo: Trombofilia adquirida: heparina / AAS (se critério clínico morbidade obstétrica) Se AAS sem critério clínico: controverso / necessita estudos Exceto SAAF com abortamento recorrente não há evidência de melhora no desfecho para profilaxia tromboembólica Custo elevado, dificuldade na aplicação, risco… Se HNF → acompanhar RNI do TTPA. Efeitos adversos do uso de HBPM dose profilática: Sangramento em 0,4 - 2% das gestantes sangramento maior - anteparo 0;95% CI 0-0,6% e pós parto 0,3%; 95% CI 0-1%) Osteoporose com fraturas vertebrais em 0,09% das pacientes – enoxaparina Trombocitopenia em 0,1 a 0,4% das pacientes – IgG mediada Cuidados no parto:** Parto programado: >= 37 semanas (se possivel - 39 semanas*) salvo indicação obstétrica para antecipação do parto*** Cesárea não é obrigatória Interromper HBPM 24 horas antes do parto Reintroduzir 6 - 12 horas após Hemostasia muito cuidadosa Tromboprofilaxia e anestesia: Suspender HBPM – dose profilática ou terapêutica: 12 horas antes da indução do trabalho de parto Dose profilática: 12 horas antes cesárea eletiva Dose terapêutica: 24 horas de cesárea eletiva* Tromboflebite Pélvica séptica: Trombose de veias da pelve em função da infecção Principal fator de risco: cesariana 90% Suspeita: febre não explicada no puerpério até uma semana após o parto ou cesariana Fisiopatologia: tríade de Virchow Veia ovariana 40% (Mais comum de ser afetada) Infecção pélvica → infecção da parede vascular → dano a camada íntima** → trombogênese no local → trombo invadido por micro-organismo → liberação de êmbolos sépticos** Diagnóstico: clínico, laboratorial, imagem (TM) Clínico – febre, leucorreia purulenta, dor a mobilização de colo, hemograma infeccioso, sinais de endometrite Tratamento: ATB largo espectro – geralmente já está com cobertura endometrite Anticoagulação doses terapêuticas – tempo? Espera-se resolução da febre em até 48 horas pós início anticoagulação
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