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Gustavo Moreno T19 AULA 18: Hemorragia Pós Parto Introdução: Principal causa de morte materna Definição: perda de mais de 500ml de sangue no parto normal ou mais de 1000ml na cesariana Mais comum no pós parto imediato, mas pode ocorrer até 6 semanas após o parto Maior parto dos casos são INEVITÁVEIS e Imprevisíveis Fatores predisponentes para a HPP: Multiparidade Placentação anômala Trabalho de parto prolongado Gestante com hipovolemia e anemia Infiltração hematomiometrial – útero de Couvelaire Placenta retida Sobredistensão uterina Cesariana prévia e atual Parto instrumentado Episiotomia Curetagem uterina pós-parto Tempo prolongado do 3º período Corioamnionite Uso de ocitocina no 1º período Uso de uteroinibidores Atonia uterina prévia Plaquetopenia ou hipofibrinogenemia Pré-eclâmpsia Deslocamento prematuro de placenta Embolia amniótica Causas de Hemorragia pós parto: (P) 4T’s (P) Tônus – atonia uterina (70%) Trauma – laceração / trauma (19%) Tecido – tecido retido / acretismo (10%) Trombina – coagulopatias (1%). Prevenção da hemorragia: 2 amp de ocitocina IM (PN) ou EV (PC) Na falta de ocitocina, pode fazer Methergin (Se a paciente não for hipertensa) Clampeamento do cordão após 1 min Tração do cordão e massagem uterina para retirada de placenta → Ocitocina deve ser protocolo em todas as instituições Diagnóstico e estimativa de perda volêmica: Estimativa visual Pesar compressas sujas de sangue Coletor volumétrico – Índice de choque (marcador clínico de instabilidade hemodinâmica) Tratamento inicial: 1. Peça ajuda 2. Determine o ABC vias aéreas, respiração, coração – pulso, PA 3. Infusão de cristalóides EV 4. Massageie o útero 5. Dê ocitócitos / ácido tranexâmico / misoprostol 6. Esvazie a bexiga – SVD 7. Compressão bimanual uterina – tamponamento uterino 8. Revisão canal de parto e restos placentários / coagulopatia 9. Tamponamento uterino com Balão de Barki 10. Sutura compressiva do útero – B- 11. Lynch 12. Desvascularização pélvica – ligadura ilíacas internas 13. Radiologia intervencionista 14. Histerectomia (quando nada dar certo) Manobra de Hamilton: Cirurgia de de B-Lynch – Sutura – normalmente catgut cromado 0 Medicações uterotônica e antifibrinolítica: Medicação uterotônica – Ocitocina (fármaco de primeira escolha no tratamento da HPP), cada ampola de 1 ml contém 5 UI de ocitocina) – 5 UI de ocitocina. EV, lentamente (3 min), associada a 20 UI a 40 UI em 500 ml de SF a 0,9%, a 250 ml/h. Manutenção a 125 ml/h por 4h Nos casos de antonia grave, avaliar a dose de manutenção de ocitocina até 24 horas ( a uma velocidade de 67,5 ml/h ou 3 UI/h) Obs – ocitocina endovenosa apresenta início de ação em 1 minuto e meia vida de 3 a 12 minutos –Maleato de metilergometrina (cada ampola de 1 ml contém 0,2 mg de maleato de ergometrina) –Injetar 0,2mg, IM, repetir em 20 minutos, se necessário (se a primeira dose falhar, será improvável que a segunda funcione) Nos casos de sangramentos graves: administrar mais 3 doses de 0,2 mg IM, a cada 4 horas (dose máxima de 1mg/24 horas) Contraindicação principal: pacientes hipertensas Obs - o início de ação do fármaco, IM, ocorre entre 2 a 3 minutos e sua meia-vida varia de 30 a 120 minutos –Misoprostol (comprimidos de 25,100 ou 200 micrograma de misoprostol –Inserir 800 micrograma de misoprostol, via retal Obs – considerar o tempo do inicio de ação de misoprostol: via retal 15 a 20 minutos, Via oral de 7 a 11 minutos. Medicação antifibrinolítica: –Ácido tranexâmico – cada ampola 5 ml contém 250 mg de ácido tranexâmico –Infundir 1 grama, IV, lentamente em 10 minutos Iniciar imediatamente após o inicio do sangramento ou até 3 horas do seu inicio de qualquer causa (4Ts) Repetir se houver persistência do sangramento após 30 minutos ou reinício do sangramento em até 24 horas da primeira dose Obs – a cada 15 minutos de atraso para administração da primeira dose de ácido tranexâmico, ocorre redução de 10% no seu efeito hemostático. Não se recomenda seu uso após 3 horas do início da HPP. Tratamento invasivo não cirúrgico: Tratamento cirúrgico: Obs – auxílio do vascular Hemocomponentes mais usados na pratica clinica de HPP:
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