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LOURDES LARYSSA LUANA GONÇALVES Pré-operatório e complicações cirúrgicas PEDRO ANTONIO RENATHA LIMA PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO Objetivo: identificar e quantificar a gravidade de uma doença associada capaz de trazer prejuízo à cirurgia e à evolução pós-operatória de um determinado paciente. Anamnese detalhada; Exame físico completo; Solicitação de exames complementares (se necessário); Traçar condutas que minimizem a morbiletalidade perioperatória e pós-operatória tardia; Comorbidades, tipo de cirurgia proposta, técnica anestésica empregada e setor do hospital em que o paciente será tratado no pós-operatório imediato. RISCO ANESTÉSICO-CIRÚRGICO 4 perguntas: O risco anestésico-cirúrgico está acima da média para a cirurgia proposta? Quais são os exames complementares necessários para estimar com maior precisão esse risco? A cirurgia deve ser adiada, modificada (para um procedimento menos invasivo) ou contraindicada? Quais são as ações que devem ser implementadas para minimizar o risco? Fatores que influenciam o risco anestésico-cirúrgico: Relacionados ao procedimento: Duração > 4h Perda sanguínea > 1.500 ml Invasão de cavidades (peritoneal, pleural) Anestesia geral ou bloqueio neuraxial Cirurgia de emergência RISCO ANESTÉSICO-CIRÚRGICO Fatores que influenciam o risco anestésico-cirúrgico: Relacionados ao paciente: Idade > 70 anos Doença cardiovascular, pulmonar, metabólica (diabetes), renal ou hepática Baixa capacidade funcional Instabilidade cardiovascular ou respiratória Como estimar o risco anestésico-cirúrgico? Risco anestésico Risco cardiovascular Risco pulmonar RISCO ANESTÉSICO-CIRÚRGICO RISCO ANESTÉSICO Pacientes ASA I possuem mortalidade operatória baixa (0,1%), enquanto indivíduos ASA IV apresentam mortalidade cirúrgica acima de 7%. Limitações: subjetividade; não avalia um órgão específico. RISCO ANESTÉSICO-CIRÚRGICO RISCO CARDIOVASCULAR Índice de Risco Cardíaco Revisado (IRCR), ou índice de Lee, estima o risco cardiovascular com base no tipo de cirurgia e critérios clínicos. Risco de morte cardíaca, IAM não fatal e parada cardíaca não fatal. Nenhum preditor de risco (risco de 0,4%); um preditor de risco (risco de 0,9%); dois preditores de risco (risco de 6,6%); três ou mais preditores de risco (risco > 11%). RISCO ANESTÉSICO-CIRÚRGICO RISCO PULMONAR Complicações Pulmonares Pós-Operatórias (CPPO): Atelectasia Infecções (pneumonias e bronquites) Insuficiência respiratória (ventilação mecânica > 48h ou IOT não programada) Hipoxemia Exacerbação de DPOC ou asma Fatores de risco para CPPO: Relacionados ao paciente: Idade > 60; DPOC; ASA ≥ II; Dependência funcional; ICC; Apneia obstrutiva do sono; HAP; sepse pré-operatória; Perda de peso > 10% em 6 meses; Albumina < 3,5 mg/dl; BUN ≥ 21 mg/dl; Creatinina > 1,5 mg/dl; Tabagismo ativo. Relacionados à cirurgia: Tempo > 3h; sítio de operação; cirurgia de emergência; anestesia geral; transfusão perioperatória; bloqueio neuromuscular operatório. Nunca substituir o exame clínico por exames complementares. Devem ser solicitados em casos selecionados; Pacientes assintomáticos: pedir exames pré-operatórios somente em determinadas circunstâncias, tendo como base a idade do paciente, o tipo de ato cirúrgico e alterações evidenciadas na história ou exame clínico. Um perfil laboratorial de até 90 a 180 dias antes do ato cirúrgico, desde que esteja normal, não precisa ser repetido. Desordens hepáticas, renais, respiratórias, grandes síndromes endócrinas e infecção pelo HIV requerem usualmente exames pré-operatórios realizados nos últimos 30 dias. EXAMES PRÉ-OPERATÓRIOS Principais exames pré-operatórios em cirurgias de baixo risco, em pacientes sem comorbidades: Idade < 45 anos: nenhum exame Idade entre 45-54 anos: Eletrocardiograma (ECG) caso sexo masculino. Idade entre 55-69 anos: ECG, hemograma e plaquetas. Idade > 70 anos: ECG, hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico (ou ureia) e glicemia. Tabagismo, independentemente da faixa etária: ECG. Mulher em idade reprodutiva: beta-hCG urinário na manhã da cirurgia. EXAMES PRÉ-OPERATÓRIOS QUANDO SOLICITAR EXAMES E QUAIS EXAMES DEVEM SER SOLICITADOS CONSIDERAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS ADICIONAIS MEDICAMENTOS Anticoagulantes: Warfarina: deve ser suspenso cerca de 5 dias antes de operações eletivas, com INR realizado no pré-operatório imediato. INR < 1,5 permite intervenção cirúrgica; Pacientes com grande risco tromboembólico devem ser anticoagulados até o momento mais próximo possível da cirurgia. HNF em dose anticoagulante deve ser iniciada em infusão contínua e mantida até 6h antes da cirurgia, quando deve ser suspensa; HNF pode ser reiniciada em 12-24h no pós-operatório juntamente com o warfarin. Nas cirurgias emergenciais em pacientes utilizando warfarin, o plasma fresco congelado deve ser infundido na dose de 15-20ml/kg para elevar a atividade dos fatores de coagulação CONSIDERAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS ADICIONAIS MEDICAMENTOS Anticoagulantes: Heparina de Baixo Peso Molecular (HBPM): deve ser suspensa 24h antes da cirurgia, sendo reiniciada – em intervenções que não ofereçam grande risco de sangramento – dentro de 12 a 24h de pós-operatório. Pacientes heparinizados sistemicamente com HNF que necessitam se submeter à cirurgia emergencial, o sulfato de protamina deve ser empregado para neutralizar a heparina. Dose: 1 mg para cada 100 unidades de heparina. Rivaroxaban: deve ser suspensa cerca de 2-3 dias antes de procedimentos cirúrgicos, com reinício no pós-op assim que uma hemostasia adequada for obtida. CONSIDERAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS ADICIONAIS MEDICAMENTOS Agentes antiplaquetários: AAS: deve ser continuada em baixas doses (75-100mg/dia) durante todo o período perioperatório em pacientes portadores de doença isquêmica do miocárdio submetidos a cirurgias não cardíacas e também à cirurgia cardíaca. Clopidogrel: Quando o risco de sangramento inerente à cirurgia for médio a elevado, deve ser suspenso cerca de 5 dias antes da operação e o AAS mantido em doses mais baixas durante todo o período perioperatório; prasugrel deve ser suspenso pelo menos 7 dias antes. AINEs interferem na função plaquetária da mesma forma que o AAS. Contudo, esta inibição é reversível; sendo assim, devem ser suspensos por um período de 1 (ibuprofeno, indometacina) a 3 dias (naproxeno) no pré-operatório. CONSIDERAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS ADICIONAIS MEDICAMENTOS Medicações anti-hipertensivas: Anestesistas recomendam a suspensão dos IECA e BRA na manhã da cirurgia devido aos riscos de hipotensão BCC, beta-bloqueadores e agonistas alfa-2 centrais: devem ser mantidos até a manhã da cirurgia. Medicações para DM: Antidiabéticos orais e drogas injetáveis não insulina são suspensos no dia da cirurgia, ou seja, sua última dose deve ser administrada na noite anterior ao procedimento. Paciente em uso destas medicações e que se mantém em bom controle glicêmico (HbA1C < 7%) não necessita de insulina para o controle da glicemia em cirurgias de curta duração. CONSIDERAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS ADICIONAIS TRICOTOMIA E PREPARO DA PELE Tricotomia: é a retirada de pelos da área a ser operada. Aumenta as taxas de infecção de sítio cirúrgico, mas geralmente é recomendado pelos cirurgiões por questões técnicas. O melhor momento para a realização da tricotomia é imediatamente antes da cirurgia, e o uso de máquinas elétricas com "cabeças descartáveis" é o instrumento ideal para isso; Na véspera da cirurgia: uma boa higiene e banho com soluções degermantes antissépticas, lavando, em especial, a região que será incisada. Preparo da pele no campo cirúrgico: Primeiro tempo: Degermação - uso de tensoativos (sabão) para "ensaboarmos" a pele; Polivinilpirrolidona-Iodo (PVP-I) e clorexidina. Segundo tempo: soluções alcoólicas das mesmas substâncias utilizadas na degermação. CONSIDERAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS ADICIONAIS ANTIBIOTICOPROFILAXIA Objetivo: diminuir a probabilidade de um determinado paciente vir a desenvolver infecção de sítio cirúrgico (ferida operatória) no pós-operatório. Quanto maior o graude contaminação de um determinado procedimento cirúrgico, maior o risco dessa complicação aparecer. Pacientes sujeitos a risco de infecção do sítio cirúrgico (ferida operatória) ou aqueles com baixo risco, porém com alta morbidez e mortalidade em caso de infecção, se beneficiam do uso profilático de antibióticos. CONSIDERAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS ADICIONAIS ANTIBIOTICOPROFILAXIA CONSIDERAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS ADICIONAIS AVALIAÇÃO HEMATOLÓGICA QUANDO RECOMENDAR A TRANSFUSÃO DE CONCENTRADO DE HEMÁCIAS? Hb < 6 g/dl: transfusão recomendada; Hb 6 a 7 g/dl: transfusão provavelmente recomendada; Hb 7,1 a 8: transfusão pode ser apropriada em pacientes submetidos a cirurgia ortopédica ou cirurgia cardíaca e em pacientes com doença cardiovascular estável; Hb 8,1 a 10 g/dl: transfusão geralmente não indicada, mas pode ser considerada em alguns casos: anemia sintomática, sangramento em curso, SCA com isquemia; Hb > 10 g/dl: transfusão geralmente não indicada. Contagens de plaquetas abaixo de 50.000/mm³ impedem a realização de qualquer procedimento cirúrgico. Boa hidratação com SF 0,9% + reposição de KCl impede a desidratação e a alcalose hipoclorêmica + aspiração com cateter de Levine por 3 dias antes da cirurgia (impedir diátese ulcerosa). Preparo mecânico de cólon com laxativos + emprego de ATB orais (tema controverso) + ATB parenterais como profilaxia de ISC (obrigatório). 1) Estenose pilórica: 2) Cirurgias do cólon: PREPARO ESPECÍFICO PARA DETERMINADAS OPERAÇÕES A REMIT pode precipitar doenças CV; Agentes inalatórios geralmente são ionotrópicos negativos e vasodilatadores, assim como o N²O. Usar com cautela em pacientes com baixa reserva CV; No hipertenso: não usar diuréticos e iECAs/BRA no dia da cirurgia. Reiniciar no pós-op se se não houver hipotensão e o paciente conseguir ingerir líquidos; E os betabloqueadores? Devem ser mantidos no perioperatório se usuário crônico, devem ser iniciados com 30 dias de antecedência naqueles de risco intermediário/elevado em testes de estratificação pré-operatória. No dia da cirurgia, usar dose plena se PAS acima de 130 mmHg e suspensa de PAS abaixo de 115 mmHg. Estatinas: mantidas se o paciente já era usuário crônico, iniciadas 15 dias antes da cirurgia com indicação (operações vasculares) e mantidas por mais 30 dias e com seguimento após níveis de LDL. ALGUMAS CONDIÇÕES SISTÊMICAS E PREPARO PRÉ-OP DOENÇA CARDIOVASCULAR E nos pacientes com DAC? Em alguns pacientes é necessária a solicitação de testes provocativos de isquemia miocárdica, para se definir e quantificar doença isquêmica presente. Via de regra, em cirurgias não emergenciais, deve-se estimar o risco perioperatório de eventos CV maiores com base no risco clínico/cirúrgico. Naqueles com mais de dois preditores de risco no IRCR e com baixa capacidade funcional em METs (menos de 4 METs), realizar testes adicionais. Nos demais, proceder à cirurgia (vide fluxograma). .Aguardar 6 semanas após cirurgia de revascularização e 6 meses após angioplastia com colocação de stent farmacológico e metálico em situações ideais. ALGUMAS CONDIÇÕES SISTÊMICAS E PREPARO PRÉ-OP DOENÇA CARDIOVASCULAR COHN, FLEISHNER, 2023 Conforme a ADA, os níveis de glicemia perioperatórios devem estar entre 80 e 180 mg/dL, nos doentes críticos deve ser entre 140 e 180 mg/dL; Biguanidas, sulfonilureias, tiazolidinedionas, drogas injetáveis que não insulina devem ser suspensos no dia da cx; Nos pacientes com DM tipo 2, usar ⅔ da dose habitual de NPH na noite anterior à cirurgia e ½ da dose na manhã da cirurgia. Nos pacientes com DM tipo 1 e em procedimentos de curta duração, a dose de insulina glargina ou NPH da manhã deve ser reduzida em 30-50%. ALGUMAS CONDIÇÕES SISTÊMICAS E PREPARO PRÉ-OP DIABETES MELLITUS Níveis de creatinina acima de 2 mg/dL se correlacionam com elevado risco de desordens cardiovasculares; Condições mais comuns: anemia, distúrbios hidroeletrolíticos (sobretudo quando TFG abaixo de 15 mL/min) desordens da hemostasia, desnutrição, alterações metabólicas, hipertensão arterial e dificuldade de metabolização de certos anestésicos. Os níveis de Hb devem ser entre 12 e 13 g/dL. Nos pacientes em hemodiálise, essa deve ser realizada nas últimas 24h. A succinilcolina deve ser evitada como BNM, assim como o metoxiflurano e enflurano. O fentanil é o opiáceo de escolha para analgesia em pacientes renais crônicos, a meperidina deve ser evitadas. ALGUMAS CONDIÇÕES SISTÊMICAS E PREPARO PRÉ-OP DOENÇA RENAL CRÔNICA Condições que contraindicam eletivas: hepatite alcoólica, hepatite viral aguda, insuficiência hepática fulminante, cirrose classe C de Child-Pugh, hepatite crônica com histologia grave, coagulopatia grave, complicações graves extra-hepáticas; Nos pacientes Child A, geralmente as eletivas são permitidas, nos pacientes Child B somente se importante preparo pré-operatório; Terapia adequada no pré-operatório: correção de hipoprotrombinemia (com vitamina K ou plasma), de distúrbios plaquetários, da ascite, desnutrição e sangramentos; A transfusão de plaquetas é indicada se número de plaquetas inferior a 50.000; Lactulona e suplementação de zinco devem ser realizados em pacientes propensos a encefalopatia; Repouso, dieta pobre em sódio, uso de furosemida e espironolactona para correção de ascite. ALGUMAS CONDIÇÕES SISTÊMICAS E PREPARO PRÉ-OP DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA COMPLICAÇÕES FEBRE NO PÓS-OPERATÓRIO Encontrada em 22 a 33% dos pacientes submetidos a cirurgias de médio porte; Principais causas: infecção de sítio cirúrgico, infecção urinária, infecção relacionada ao cateter e pneumonia; Febre intraoperatória (24h): infecção preexistente ou a reações transfusionais; Primeiras 72h: Atelectasia pulmonar. Achado concomitante ou causador? Após 72h: foco urinário (cateterização vesical ou procedimento sobre as vias urinárias), deiscência anastomótica e contaminação peritoneal; 7º e 10º dia de pós-operatório: infecção da ferida operatória DESORDENS DA TERMORREGULAÇÃO Hipertermia maligna: A exposição a determinados agentes anestésicos provoca uma brutal saída de Ca++ do retículo para o citoplasma do miócito. O resultado é uma contração muscular incessante, levando a um aumento significativo do metabolismo muscular (gerando calor e hipertermia). Início geralmente em até 30 min pós exposição! COMPLICAÇÕES COMPLICAÇÕES DA FERIDA OPERATÓRIA O que é seroma? Acúmulo de soro e linfa no tecido celular subcutâneo; Lesão de pequenos canais linfáticos Não há sinais flogísticos da ferida operatória, com eventual drenagem de líquido de aspecto claro; Complicação "benigna" Tratamento: aspiração com agulha calibrosa seguida de curativo compressivo. Reacumulou após 2 aspirações? Drenagem aberta da coleção + compressão da ferida com gaze umidificada. Separação dos folhetos musculoaponeuróticos; Vísceras abdominais tendem a invadir o tecido celular subcutâneo; Secreção serohemática; Pode ser notada apenas após a cicatrização da ferida Hérnia incisional! Mais comum entre o sétimo e o décimo dia de pós-operatório; Alguns fatores de risco são: Técnica cirúrgica incorreta no fechamento de aponeuroses e fáscias; cirurgia de emergência; infecção intra-abdominal; idade avançada.; infecção de ferida, hematoma, seroma; pressão intra-abdominal elevada; obesidade; uso crônico de glicocorticoide; episódio anterior de deiscência; desnutrição; radioterapia ou quimioterapia. O tratamento é cirúrgico. Evisceração é uma emergência cirúrgica! COMPLICAÇÕES DEISCÊNCIA DA FERIDA OPERATÓRIA Infecção que ocorre na incisão cirúrgica ou nos tecidos manipulados durante a operação; Ocorre entre 30 dias a um ano após a cirurgia (em caso de operações que envolvem implante de material sintético); Pode ser classificada em: Incisional superficial: acomete somente a pele e/ou o tecido celular subcutâneo. Pode apresentar drenagem purulenta da incisão superficial; dor local, eritema e edema; Incisional profunda: envolve as camadas mais profundas, como a fáscia e os músculos, independentemente do acometimento do tecido celular subcutâneo.Pode apresentar drenagem purulenta, abscesso, febre (> 38°C), dor ou aumento da sensibilidade local; De órgão ou cavidades: acomete qualquer região ou órgão manipulado durante a operação. Ex.: abscesso subfrênico complicando uma esplenectomia. Pode haver drenagem purulenta, abscesso ou outra evidência de infecção; 1. 2. 3. COMPLICAÇÕES INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO Fatores ambientais Medicações contaminadas; Desinfecção/esterilização inadequadas; Antissepsia inadequada da pele; Presença de corpo estranho FATORES DE RISCO COMPLICAÇÕES INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO Relacionados ao paciente ASA ≥ 3; Ascite; Inflamação crônica; Desnutrição; Obesidade; Diabetes mellitus; Extremos de idade; Hipercolesterolemia; Hipoxemia; Doença vascular periférica, etc. Relacionados ao tratamento Presença de drenos; Cirurgias emergenciais; Antibioticoprofilaxia inadequada; Hospitalização pré- operatória; Cirurgia prolongada Tratamento: ISC incisionais superficiais: abrir os pontos da ferida + drenagem de material purulento + irrigação diária com SF + desbridamento. Após manipulação, a ferida deve ser recoberta com gaze umedecida em soro fisiológico e uma nova camada com gaze seca. Na ausência de celulite e manifestações sistêmicas, não existe a necessidade de prescrição antibiótica; ISC incisional profunda: abertura dos pontos da área incisada, desbridamento extenso e drenagem do material purulento. A presença de crepitação da ferida está associada a fasciíte necrosante (participação de micro-organismos aeróbios e anaeróbios). A terapia antimicrobiana é recomendada. Infecção em órgão ou cavidade: coleções localizadas --> drenagem externa guiada por métodos de imagem + antibioticoterapia. Em infecções difusas --> nova abordagem cirúrgica + lavagem exaustiva da cavidade + terapia antimicrobiana. COMPLICAÇÕES INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO Uma das mais frequentes Reduzem a CRF: distensão abdominal, posição supina, obesidade, incisão dolorosa em abdome superior, obesidade, DPOC, anestesia geral (disfunção diafragmática) COMPLICAÇÕES PULMONARES Referências COHN, S.L. FLEISHNER, L.A. Evaluation of cardiac risk prior to non cardiac surgery. Uptodate, 2023. Acessado em: 07 de abril de 2023.
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