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Testemunhas no Processo Penal

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Testemunhas.
Testemunhas
Conceito:
Conceito: são as pessoas que, perante autoridade, sem serem vítimas ou investigados/acusados, declaram o que sabem acerca dos fatos que lhes são perguntados.
A depender de quem for, exige-se o compromisso de dizer a verdade
 Se for caso de exigir o compromisso, temos testemunha compromissada. Se não, temos testemunha não compromissada (informante)
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Segundo o artigo 202 do CPP, toda pessoa poderá ser testemunha. Ocorre que algumas pessoas podem prestar compromisso de falar a verdade e outras não (informantes).
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“
E quem não precisa prestar compromisso de dizer a verdade?
De acordo com o artigo 208 do CPP, não prestam este compromisso, logo depõem na condição de informantes: Doentes mentais; Menores de 14 anos; Parentes do réu citados no artigo 206, quais sejam, ascendente, descendente, irmão e cônjuge, ainda que separado judicialmente ou divorciado; pai, mãe ou filho e, por fim, os afins em linha reta (sogro, sogra, enteado etc.). 
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Número máximo de testemunhas a serem arroladas no Processo Penal.
Exceção: no procedimento comum sumario, em crimes falimentares, juizados especiais criminais e lei de drogas. 
Em todos os demais são 8 testemunhas. 
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Após o procedimento, verificaremos:
A acusação arrola seu número máximo no procedimento para cada um dos fatos que serão apurados, independentemente de quantos são os réus
. A defesa arrola seu número máximo no procedimento para cada um dos fatos que serão apurados e para cada um dos réus. 
6
7
A
B
Maria 
Joana 
Maria 
Joana 
ACUSAÇÃO 
8 TESTEMUNHAS
8 TESTEMUNHAS
8
A
B
Maria 
Joana 
Maria 
Joana 
DEFESA 
 
8 TESTEMUNHAS
8 TESTEMUNHAS
8 TESTEMUNHAS
8 TESTEMUNHAS
TOTAL DE 32 TESTEMUNHAS 
Vale ressaltar.
não se computam neste limite as testemunhas referidas, não compromissadas e as judiciais.
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Contradita:
A contradita se dá em relação às pessoas que não prestam compromisso (informantes) e com relação às pessoas que sejam proibidas de depor
Consequências
Consequência: se acolhida, há dispensa do compromisso no primeiro caso e exclusão da testemunha no segundo caso.
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Art. 214 do CPP: Antes de iniciado o depoimento, as partes poderão contraditar a testemunha ou arguir circunstâncias ou defeitos, que a tornem suspeita de parcialidade, ou indigna de fé. O juiz fará consignar a contradita ou argüição e a resposta da testemunha, mas só excluirá a testemunha ou não lhe deferirá compromisso nos casos previstos nos arts. 207 e 208
Contradita e arguição de parcialidade
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CARACTERÍSTICAS DA PROVA TESTEMUNHAL.
Exceções 
Presidente da República e seu vice, Presidente do Senado, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Supremo Tribunal Federal podem optar pela oralidade ou pela escrita (art. 221, § 1.º, do CPP)
No caso de testemunhas surdas, mudas ou surdo-mudas, de acordo com o art. 223, parágrafo único, do CPP, aplica-se a regra do art. 192 do mesmo Código, que permite sejam as perguntas e/ou respostas feitas por escrito, perante o juiz..
As testemunhas devem falar sobre fatos passados, não futuros (como regra). 
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OBRIGAÇÃO DE COMPARECIMENTO.
 Testemunha intimada tem obrigação de comparecimento, sob pena de condução coercitiva, pagamento das despesas da condução, multa e, até mesmo, processo criminal por desobediência (arts. 218 e 219 do CPP)
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OBRIGAÇÃO DE COMPARECIMENTO
Exceções 
Pessoas que, em razão de doença ou idade, estiverem impossibilitadas de comparecer ao Juízo, caso em que deve o magistrado deslocar-se e ouvi-las no lugar onde se encontrarem (art. 220 do CPP).
- Presidente e o Vice-Presidente da República, os senadores e deputados federais, os ministros de Estado, os governadores de Estado, os secretários de Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, os deputados às Assembleias Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judiciário, os ministros e juízes dos Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal, bem como os do Tribunal Marítimo
 aos quais confere a lei (art. 221, caput, do CPP) o direito de agendar, previamente, o dia, a hora e o local em que deverão ser ouvidos. Idêntica prerrogativa possuem os membros do Ministério Público (art. 40, I, da Lei 8.625/1993)
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OBRIGAÇÃO depor
Exceções 
Pessoas referidas no artigo 206, 2.ª parte, do CPP (ascendente, descendente, irmão e cônjuge, ainda que separado judicialmente, e os afins em linha reta), as quais poderão se recusar a deporem, salvo se não houver outra forma de comprovar o fato. Caso queiram ou tenham que depor, deporão sem prestar o compromisso de dizer a verdade.
Pessoas referidas no artigo 207 do CPP (aqueles que em razão da função, profissão, ofício ou ministério, salvo se, desobrigados pela parte interessada, quiserem dar seu testemunho). Se forem desobrigadas e quiserem depor, terão que prestar o compromisso de dizer a verdade.
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Referencias: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm
https://canalcienciascriminais.com.br/quem-pode-ser-testemunha-no-processo-penal/#:~:text=Testemunha%20%C3%A9%20aquela%20pessoa%20que,no%20crime%20de%20falso%20testemunho.
https://www.direitopenalbrasileiro.com.br/rol-de-testemunhas-na-pratica-da-advocacia-criminal/
https://www.conjur.com.br/2022-mai-21/campos-junior-prova-testemunhal-processo-penal
https://repositorio.cgu.gov.br/bitstream/1/43567/1/Oficina_CRG_Casos_Praticos_em_PAD_Oitivas.pdf
https://flaviomeirellesmedeiros.jusbrasil.com.br/artigos/1102423716/artigo-401-cpp-numero-de-testemunhas
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