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DESEMPENHO-DE-EDIFICAÇÕES-1

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1 
 
 
DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES 
1 
 
 
SUMÁRIO 
 NOSSA HISTÓRIA..................................................................................................................... 3 
 VISÃO GERAL .......................................................................................................................... 4 
 RESPONSABILIDADE DE APLICAÇÃO DA NORMA DE DESEMPENHO ........................................ 6 
 NBR 15.575_2013 – EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS – DESEMPENHO ....................................... 9 
O TERMOS E DEFINIÇÕES ..............................................................................................12 
1. 17 
O DESEMPENHO ESTRUTURAL ........................................................................................19 
 Requisito ........................................................................................................................19 
 Critério ...........................................................................................................................20 
 Método de Avaliação .....................................................................................................20 
O SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO ..................................................................................20 
 Requisito ........................................................................................................................21 
 Critério ...........................................................................................................................22 
 Método de Avaliação .....................................................................................................23 
O SEGURANÇA NO USO E NA OPERAÇÃO ..........................................................................23 
 Requisito ........................................................................................................................23 
 Critério ...........................................................................................................................24 
 Método de avaliação ......................................................................................................25 
O ESTANQUEIDADE ......................................................................................................25 
 Requisito ........................................................................................................................25 
 Critério ...........................................................................................................................26 
 Método de Avaliação .....................................................................................................26 
O DESEMPENHO TÉRMICO.............................................................................................27 
 Requisito ........................................................................................................................27 
 Critério ...........................................................................................................................28 
 Método de avaliação ......................................................................................................30 
O DESEMPENHO ACÚSTICO ...........................................................................................30 
 Requisito ........................................................................................................................31 
 Critério ...........................................................................................................................32 
 Método de avaliação ......................................................................................................33 
O DESEMPENHO LUMÍNICO ...........................................................................................33 
 Requisito ........................................................................................................................33 
 Critério ...........................................................................................................................34 
 Método de avaliação ......................................................................................................35 
O DURABILIDADE E MANUTENIBILIDADE ...........................................................................36 
2 
 
 
 Requisito ........................................................................................................................37 
 Critério ...........................................................................................................................38 
 Método de avaliação ......................................................................................................39 
O SAÚDE, HIGIENE E QUALIDADE DO AR ...........................................................................39 
 Requisito ........................................................................................................................40 
 Critério ...........................................................................................................................41 
 Método de avaliação ......................................................................................................41 
O FUNCIONALIDADE E ACESSIBILIDADE .............................................................................41 
 Requisito ........................................................................................................................42 
 Critério ...........................................................................................................................43 
 Método de avaliação ......................................................................................................44 
O CONFORTO TÁTIL E ANTROPODINÂMICO ........................................................................44 
 Requisito ........................................................................................................................45 
 Critério ...........................................................................................................................46 
 Método de avaliação ......................................................................................................46 
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................................47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em 
atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com 
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível 
superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no 
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de 
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem 
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras 
normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e 
eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. 
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de 
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do 
serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 VISÃO GERAL 
Segundo Borges (2008), o conceito de desempenho na construção civil está, há muitos anos, 
associado ao comportamento em uso das edificações, dentro de certas condições. O desafio é que 
este comportamento atenda às expectativasdos usuários das edificações ao longo de uma 
determinada vida útil e dentro da realidade técnica e socioeconômica de cada país e 
empreendimento. 
As sociedades modernas passam por intensas transformações que abrangem a organização social, os 
modelos econômicos, o desenvolvimento tecnológico, o aproveitamento racional de recursos e o 
respeito à natureza (Guia CBIC, 2013). Nesse contexto de mudanças, que influenciarão todo o futuro 
do planeta e dos nossos semelhantes, é que foram desenvolvidos, os textos da normalização 
brasileira de Desempenho de Habitações. 
O conceito de desempenho se encontra bem consolidado no meio acadêmico, porém sua aplicação 
prática é bastante difícil e envolve muitos conflitos de interesses. No caso brasileiro, com o grande 
crescimento do mercado da construção civil, a publicação da primeira Norma Brasileira de 
Desempenho de Edificações é oportuna para que haja uma reflexão sobre como atendê-la e utilizá-
la, além do próprio conceito de desempenho em benefício de todos os agentes do setor. 
De acordo com Costella et al. (2017), anteriormente à norma de desempenho, não havia uma norma 
específica que garantisse ao consumidor que a edificação habitacional que ele estava adquirindo 
desempenharia um comportamento em uso adequado no decorrer do tempo. 
Para os consumidores, esta Norma irá ao encontro do que procuram na hora de adquirir seu imóvel, 
já que buscam conforto, estabilidade, vida útil adequada da edificação, segurança estrutural e contra 
incêndio (Guia CBIC, 2013). 
A construção civil ainda possui métodos arcaicos e é considerado um dos mercados mais difíceis para 
adaptação de novas metodologias. O desafio é promover condições de viabilidade para 
investimentos em máquinas, processos produtivos e qualificação de mão de obra, com vista à 
sustentabilidade da indústria da construção civil (Guia CBIC, 2013). 
Lorenzi (2013) afirma que a NBR 15575 representa um avanço para o Brasil. A partir do conceito de 
comportamento em uso, inicia-se um pensamento relacionado ao desempenho desde a concepção 
do projeto. Segundo o guia CBIC (2013) a norma de desempenho estabelece parâmetros, objetivos e 
quantitativos que podem ser medidos. Dessa forma, buscam-se: 
 Rastreabilidade - Disciplinamento das relações entre os elos da cadeia 
econômica; 
 Perícias - Diminuição das incertezas dos critérios subjetivos; 
 Instrumentação do Código de Defesa do Consumidor; 
 Estímulo à redução da concorrência predatória; 
 Um instrumento de diferenciação das empresas. 
5 
 
 
Avaliar o desempenho dos sistemas construtivos constitui o caminho para a evolução de todos que 
compõem a cadeia da construção civil. 
 
6 
 
 
 RESPONSABILIDADE DE APLICAÇÃO DA NORMA DE 
DESEMPENHO 
Souza et al (2018) apresenta que a responsabilidade da aplicação da Norma de Desempenho é 
distribuída entre os principais agentes do setor de construção civil. 
A responsabilidade de demonstrar a qualidade do produto é do fornecedor. Cabe aos fornecedores 
de materiais e produtos comprovar o atendimento às normas técnicas, prescritivas e anteriores à 
norma de desempenho. 
 
Aos projetistas cabe especificar materiais, produtos e processos que atendam o desempenho mínimo 
estabelecidos em norma e estabelecer a vida útil projetada (VUP) de cada sistema. 
Às incorporadoras ou construtoras, comprovar o atendimento de seus sistemas à norma de 
desempenho, sendo obrigatório que atinjam o nível de desempenho mínimo e exigir comprovação 
de atendimento das normas técnicas relativas a materiais e produtos. 
A NBR 15575 (2013) define como: 
 Fornecedor: Pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou 
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem 
atividade de montagem, criação, construção, transformação, importação, 
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de 
serviços. 
 Incorporador: Pessoa física ou jurídica, comerciante ou não, que, embora 
não efetuando a construção, compromisse ou efetive a venda de frações 
ideais de terreno, objetivando a vinculação de tais frações a unidades 
autônomas, em edificações a serem construídas ou em construção sob 
regime condominial, ou que meramente aceita propostas para efetivação 
de tais transações, coordenando e levando a termo a incorporação e 
responsabilizando-se, conforme o caso, pela entrega em certo prazo, preço 
e determinadas condições das obras concluídas. 
FIQUE LIGADO! 
Norma Prescritiva: Conjunto de requisitos e critérios estabelecidos para um produto ou um 
procedimento específico, com base na consagração do uso ao longo do tempo. 
NBR 15575-1 (2013) 
 
7 
 
 
 Construtor: Pessoa física ou jurídica, legalmente habilitada, contratada 
para executar o empreendimento, de acordo com o projeto e em condições 
mutuamente estabelecidas. 
Para Souza et al (2018) a aplicação da Norma de Desempenho envolve desafios, como mudanças no 
processo de projeto, no processo de produção, na cadeia de fornecedores e na fiscalização. O projeto 
deve ser o norteador principal para o processo de atendimento à Norma, portanto é necessário 
maior empenho dos projetistas para que, através do conhecimento dos requisitos solicitados, 
possam elaborar projetos integrados e compatibilizados e com especificações de materiais e 
memoriais mais detalhados. 
O envolvimento dos projetistas demonstra ser o elemento mais importante de todo o processo, pois 
consiste no principal determinante para que a edificação atinja os critérios de desempenho 
estabelecidos. Eles alegam que a adequação ao conceito de desempenho demanda grande 
envolvimento e resulta em maior prazo para a elaboração dos projetos (Figura 1), tendo em vista 
necessidade de maior pesquisa de normas, maior conhecimento técnico de materiais e necessidade 
de preparação dos profissionais. 
Figura 1 – Processo de projeto para atendimento à Norma – Uso da Ferramenta BIM 
Fonte: Nardelli, 2009. 
 
O desafio para as empresas construtoras está em garantir que a execução atenda aos requisitos 
determinados no projeto. A partir da implantação da NBR nº 15.575/2013, o não atendimento aos 
requisitos de desempenho e erros de execução podem colocar a empresa construtora em posição 
vulnerável perante os clientes. 
8 
 
 
Embora a compra de imóveis normalmente ocorra mais pela aparência do que pela qualidade 
embutida, o proprietário pode recorrer, enquanto no prazo de vida útil, aos ensaios e às análises 
específicas como comprovação do desempenho, sobre risco de responsabilizar a incorporadora ou 
construtora por propaganda enganosa e danos morais. 
Quanto à cadeia de fornecedores, existe um grande desafio no sentido de apresentar melhorias 
na adequação de produtos às exigências de desempenho referentes a especificações técnicas, prazo 
de vida útil e recomendações ao uso e à manutenção, incluindo a disponibilidade de informações. 
Não existe um programa oficial de incentivo para os fornecedores se adaptarem à NBR 15.575/2013. 
Porém, o Ministério das Cidades trabalha neste objetivo por meio do Programa Brasileiro de 
Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H). 
Os programas de certificação de produtos (selo Procel) e para edificações (Procel edifica e Selo Casa 
Azul da Caixa), apesar de estarem relacionados ao desempenho, não estão diretamente associados à 
Norma. 
Outro desafio na aplicabilidade da norma consiste na melhoria de laboratórios para a realização de 
ensaios. A falta de infraestrutura laboratorial para a realização dos ensaios previstos na norma é um 
forte empecilho para a sua implementação. 
 
9 
 
 
 NBR 15.575_2013 – EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS – 
DESEMPENHO 
O guia CBIC apresenta que a norma foi redigida segundo modelos internacionais de normalização de 
desempenho e compreende seis partes: 
 Parte 1: Requisitos gerais 
 Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais 
 Parte 3: Requisitos paraos sistemas de pisos 
 Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e 
externas 
 Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas 
 Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários 
Segundo Lorenzi (2013), a ABNT NBR 15575 (2013) tem como objetivo regular e avaliar o 
desempenho de edificações apresentando: 
 Requisitos 
 Critérios 
 Métodos de avaliação 
o Análise de projeto 
o Simulação computacional 
o Ensaios experimentais 
o Inspeções técnicas 
Segundo Souza et al (2018) o desempenho dos sistemas depende das características dos materiais 
utilizados e suas, das técnicas construtivas empregadas e da capacitação da mão de obra executiva, 
como observa-se no centro da Figura 2, que também ilustra as partes da norma e as relações que 
resultam no desempenho. 
10 
 
 
Figura 2 - Características e divisões da norma de desempenho 
Fonte: Souza et al., 2018. 
 
Cada parte da norma foi organizada por elementos da construção, percorrendo uma sequência de 
exigências dos usuários relativas à: 
 Segurança: As exigências do usuário relativas à segurança são expressas 
pelos seguintes fatores: 
o Desempenho mecânico 
o Segurança contra incêndio 
o Segurança no uso e operação 
 Habitabilidade: As exigências do usuário relativas à habitabilidade são 
expressas pelos seguintes fatores: 
o Estanqueidade 
o Desempenho térmico 
11 
 
 
o Desempenho acústico 
o Desempenho lumínico 
o Saúde, higiene e qualidade do ar 
o Funcionalidade e acessibilidade 
o Conforto tátil e antropodinâmico 
 Sustentabilidade: As exigências do usuário relativas à sustentabilidade 
são expressas pelos seguintes fatores: 
o Durabilidade 
o Manutenibilidade 
o Impacto ambiental 
Sendo atendidos os requisitos e critérios estabelecidos na norma, considera-se para todos os efeitos 
que foram satisfeitas as exigências do usuário. 
 
Em função das necessidades básicas de segurança, saúde, higiene e de economia, são estabelecidos 
para os diferentes sistemas: 
 Requisitos Mínimos de desempenho (M): Que devem ser considerados 
e atendidos. 
 Valores relativos ao nível Intermediário (I) 
 Valores relativos ao nível Superior (S) 
A NBR 15575 (2013) refere-se a Sistemas que compõem Edificações Habitacionais, 
independentemente dos seus materiais constituintes e do sistema construtivo utilizado, buscando 
atender às exigências dos usuários. 
O foco está nas exigências dos usuários para o edifício habitacional e seus sistemas, quanto ao seu 
comportamento em uso e não na prescrição de como os sistemas são construídos. 
 
12 
 
 
o Termos e Definições 
A NBR 15575 (2013) define os seguintes termos, como: 
 CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO: Conjunto de ações atuantes sobre a 
edificação habitacional, incluindo cargas gravitacionais, ações externas e 
ações resultantes da ocupação. 
 DEGRADAÇÃO: Redução do desempenho devido à atuação de um ou de 
vários agentes de degradação. 
 
 AGENTE DE DEGRADAÇÃO: Tudo aquilo que agindo sobre um sistema 
contribui para reduzir seu desempenho. 
 FALHA: Ocorrência que prejudica a utilização do sistema ou do elemento, 
resultando em desempenho aquém do requerido. 
 PATOLOGIA: Não conformidade que se manifesta no produto em função de 
falhas no projeto, na fabricação, na instalação, na execução, na montagem, 
no uso ou na manutenção bem como problemas que não decorram do 
envelhecimento natural. 
 EXIGÊNCIAS DO USUÁRIO: Conjunto de necessidades do usuário da 
edificação habitacional a serem satisfeitas por este (e seus sistemas), de 
modo a cumprir com suas funções. 
 DESEMPENHO: Comportamento em uso de uma edificação e de seus 
sistemas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIO GUIA CBIC 2013 
O desempenho da mesma edificação poderá variar de um local para outro e de um 
ocupante para outro (cuidados diferentes no uso e na manutenção, por exemplo). 
Ou seja, variará em função das condições de exposição. 
13 
 
 
 CRITÉRIOS DE DESEMPENHO: Especificações quantitativas dos requisitos 
de desempenho, expressos em termos de quantidades mensuráveis, a fim de 
que possam ser objetivamente determinados. 
 REQUISITOS DE DESEMPENHO: Condições que expressam 
qualitativamente os atributos que a edificação habitacional e seus sistemas 
devem possuir, a fim de que possam satisfazer as exigências do usuário. 
 NORMA DE DESEMPENHO: Conjunto de requisitos e critérios estabelecidos 
para uma edificação habitacional e seus sistemas, com base em exigências 
do usuário, independentemente da sua forma ou dos materiais constituintes. 
 
 RETROFIT: Remodelação ou atualização do edifício ou de sistemas, através 
da incorporação de novas tecnologias e conceitos, normalmente visando 
valorização do imóvel, mudança de uso, aumento da vida útil, eficiência 
operacional e energética. 
 
 
 
 
COMENTÁRIO GUIA CBIC 2013 
A norma 15575 aplica-se a edificações habitacionais com qualquer número de 
pavimentos. O texto normativo apresenta as ressalvas necessárias no caso de exigências 
aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos. A norma não se aplica a: 
 Obras já concluídas / construções pré-existentes; 
 Obras em andamento na data da entrada em vigor da norma; 
 Projetos protocolados nos órgãos competentes até a data da entrada 
em vigor da norma; 
 Obras de reformas ou retrofit; 
 Edificações provisórias. 
14 
 
 
 
 COMPONENTE: Unidade integrante de determinado elemento da edificação, 
com forma definida e destinada a cumprir funções específicas. 
o Bloco de alvenaria 
o Telha 
o Folha de porta 
 ELEMENTO: Parte de um sistema com funções específicas. Geralmente é 
composto por um conjunto de componentes. 
o Parede de vedação de alvenaria 
o Painel de vedação pré-fabricado 
o Estrutura de cobertura 
 SISTEMA: A maior parte funcional do edifício. Conjunto de elementos e 
componentes destinados a cumprir com uma macro função que a define. 
o Fundação 
o Estrutura 
o Vedações verticais 
o Instalações hidrossanitárias 
o Cobertura 
 
 INSPEÇÃO PREDIAL DE USO E MANUTENÇÃO: Verificação, através de 
metodologia técnica, das condições de uso e de manutenção preventiva e 
corretiva da edificação. 
 OPERAÇÃO: Conjunto de atividades a serem realizadas em sistemas e 
equipamentos com a finalidade de manter a edificação em funcionamento 
adequado. 
 MANUAL DE OPERAÇÃO, USO E MANUTENÇÃO: Documento que reúne 
apropriadamente todas às informações necessárias para orientar as 
atividades de operação, uso e manutenção da edificação. 
 MANUTENIBILIDADE: Grau de facilidade de um sistema, elemento ou 
componente de ser mantido ou recolocado no estado no qual possa executar 
suas funções requeridas, sob condições de uso especificadas, quando a 
manutenção é executada sobre condições determinadas, procedimentos e 
meios prescritos. 
15 
 
 
 DURABILIDADE: Capacidade da edificação ou de seus sistemas de 
desempenhar suas funções, ao longo do tempo e sob condições de uso e 
manutenção especificadas. 
 
Figura 3 - Recuperação do desempenho por ações de manutenção 
Fonte: CBIC, 2013. 
 MANUTENÇÃO: Conjunto de atividades a serem realizadas ao longo da vida 
total da edificação para conservar ou recuperar a sua capacidade funcional e 
de seus sistemas constituintes de atender as necessidades e segurança dos 
COMENTÁRIO GUIA CBIC 2013 
O termo durabilidade expressa o período esperado de tempo em que um produto tem 
potencial de cumprir as funções a que foi destinado, num patamar de desempenho igual 
ou superior àquele predefinido. Para tanto, há necessidade de correta utilização e 
realização de manutenções periódicas em estrita obediência às recomendações do 
fornecedor do produto, sendo que as manutenções devem recuperar parcialmente a perda 
de desempenho resultante da degradação, Figura 3. 
16 
 
 
seus usuários. O Quadro 1 apresenta o custo de manutenção e reposição ao 
longo da vida útil daedificação. 
Quadro 1 - Custo de manutenção e reposição ao longo da vida útil 
Fonte: NBR 15575 – Parte 1, 2013. 
 PRAZO DE GARANTIA LEGAL: Período de tempo previsto em lei que o 
consumidor dispõe para reclamar dos vícios (defeitos) verificados na compra 
de produtos duráveis. 
 PRAZO DE GARANTIA CERTIFICADA: Período de tempo, acima do prazo 
de garantia legal, oferecido voluntariamente pelo fornecedor (incorporador, 
construtor ou fabricante) na forma de certificado ou termo de garantia ou 
contrato, para que o consumidor possa reclamar dos vícios (defeitos) 
verificados na compra de seu produto. Este prazo pode ser diferenciado para 
cada um dos componentes do produto a critério do fornecedor. 
 VIDA ÚTIL (VU): Período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se 
prestam às atividades para as quais foram projetados e construídos 
considerando a periodicidade e correta execução dos processos de 
manutenção especificados no respectivo Manual de Uso, Operação e 
Manutenção (a vida útil não pode ser confundida com prazo de garantia legal 
e certificada). 
17 
 
 
 VIDA ÚTIL DE PROJETO (VUP): Período estimado de tempo para o qual um 
sistema é projetado a fim de atender aos requisitos de desempenho 
estabelecidos nesta norma, considerando o atendimento aos requisitos das 
normas aplicáveis, o estágio do conhecimento no momento do projeto e 
supondo o cumprimento da periodicidade e correta execução dos processos 
de manutenção especificados no respectivo Manual de Uso, Operação e 
Manutenção (a VUP não deve ser confundida com tempo de vida útil, 
durabilidade, prazo de garantia legal e certificada). 
1. 
 SISTEMA DE PISO: Sistema horizontal ou inclinado (Figura 4) composto por 
um conjunto parcial ou total de camadas (por exemplo, camada estrutural, 
camada de contrapiso, camada de fixação, camada de acabamento) 
destinado a cumprir a função de estrutura, vedação e tráfego, conforme os 
critérios definidos na norma. 
Figura 4 - Exemplo genérico de um sistema de pisos e seus elementos. 
Fonte: NBR 15575-3, 2013. 
COMENTÁRIO GUIA CBIC 2013 
A VUP e uma estimativa teórica de tempo que compõe a vida util. Poderá ou não 
ser atingida em função da eficiência e constância dos processos de manutenção, 
cuidados na utilização do imóvel, alterações no clima ou no entorno da obra, etc. A 
VUP deverá estar registrada nos projetos das diferentes disciplinas, assumindo-se 
que será atendida a VUP mínima prevista na norma quando não houver indicação. 
18 
 
 
 SISTEMAS DE VEDAÇÃO VERTICAL INTERNO E EXTERNO (SVVIE): 
Partes da edificação habitacional que limitam verticalmente a edificação e 
seus ambientes, como as fachadas e as paredes ou divisórias internas. 
 SISTEMA DE COBERTURA (SC): Conjunto de elementos / componentes, 
dispostos no topo da construção, com as funções de assegurar estanqueidade 
às águas pluviais e salubridade, proteger demais sistemas da edificação 
habitacional ou elementos e componentes da deterioração por agentes 
naturais, e contribuir positivamente para o conforto termoacústico da 
edificação habitacional. 
 SISTEMA HIDROSSANITÁRIO: Sistemas hidráulicos prediais destinados a 
suprir os usuários com água potável e de reuso, e a coletar e afastar os 
esgotos sanitários, bem como coletar e dar destino às águas pluviais 
 
19 
 
 
 
o Desempenho Estrutural 
A NBR 15575 - Parte 1 (2013) define requisitos, critérios e método de avaliação gerais para o 
Desempenho Estrutural, tratado especificamente na Parte 2 da norma. 
 Requisito 
 Estabilidade e resistência estrutural: Evitar a ruína da estrutura pela 
ocorrência de algum estado-limite último. 
 Deformações, fissurações ocorrência de outras falhas: Circunscrever 
as deformações resultantes das cargas de serviço e as deformações 
impostas ao edifício habitacional ou sistema a valores que não causem 
prejuízos ao desempenho de outros sistemas e não causem 
comprometimento da durabilidade da estrutura. 
Os estados-limites últimos (ELU) determinam a paralisação, no todo ou em parte, do uso da 
construção, por sua simples ocorrência. 
 
20 
 
 
 Critério 
As estruturas devem ser projetadas, construídas e montadas de forma a atender aos requisitos 
estabelecidos na ABNT NBR 15575 – Parte 2, consideradas as especificidades registradas nas Normas 
Brasileiras vigentes. 
 No estado limite último, o desempenho estrutural de qualquer edificação deve ser verificado pelas 
Normas Brasileiras de projeto estrutural específicas. 
 Método de Avaliação 
Análise do projeto estrutural, verificando sua conformidade com as Normas Brasileiras específicas e 
com as premissas de projeto indicadas em 7.2.1.2 e na ABNT NBR 15575-2. 
o Segurança contra Incêndio 
A NBR 15575 - Parte 1 (2013) define requisitos, critérios e método de avaliação gerais para garantir a 
Segurança contra Incêndio. 
 
21 
 
 
 Requisito 
 Dificultar o princípio do incêndio: Dificultar a ocorrência de princípio de 
incêndio por meio de premissas adotadas no projeto e na construção da 
edificação. 
 Facilitar a fuga em situação de incêndio: Facilitar a fuga dos usuários 
em situação de incêndio. 
 Dificultar a inflamação generalizada: Dificultar a ocorrência da 
inflamação generalizada no ambiente de origem de eventual incêndio. 
 Dificultar a propagação do incêndio: Dificultar a propagação de incêndio 
para unidades contíguas. 
 Segurança estrutural: Minimizar o risco de colapso estrutural da 
edificação em situação de incêndio. 
 Sistema de extinção e sinalização de incêndio: Dispor de sistemas de 
extinção e sinalização de incêndio. 
 
22 
 
 
 Critério 
 Para dificultar o princípio do incêndio: Proteção contra descargas 
atmosféricas, Proteção contra risco de ignição nas instalações elétricas e 
Proteção contra risco de vazamentos nas instalações de gás. 
 Instalação de rotas de fuga 
 Para dificultar a propagação superficial de chamas: Os materiais de 
revestimento, acabamento e isolamento termoacústico empregados na 
face interna dos sistemas ou elementos que compõem a edificação devem 
ter as características de propagação de chamas controladas, de forma a 
atender aos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 
15575-5. 
 Isolamento de risco à distância: A distância entre edifícios deve atender 
à condição de isolamento, considerando-se todas as interferências 
previstas na legislação vigente. 
 Isolamento de risco por proteção: As medidas de proteção, incluindo no 
sistema construtivo o uso de portas ou selos corta-fogo devem possibilitar 
que o edifício seja considerado uma unidade independente. 
 Equipamentos de extinção, sinalização e iluminação de emergência: 
O edifício habitacional deve dispor de sinalização, iluminação de 
emergência e equipamentos de extinção do incêndio. 
 
23 
 
 
 Método de Avaliação 
Análise do projeto ou inspeção em protótipo e atendimento a outras normas vigentes. 
 
o Segurança no Uso e na Operação 
A NBR 15575 - Parte 1 (2013) define requisitos, critérios e método de avaliação gerais para garantir a 
Segurança no Uso e Operação dos sistemas e componentes da edificação habitacional. Esses devem 
ser considerados em projeto, especialmente no que diz respeito a agentes agressivos (proteção 
contra queimaduras e pontos e bordas cortantes, por exemplo). 
 Requisito 
 Segurança na utilização do imóvel: Assegurar que tenham sido tomadas 
medidas de segurança aos usuários da edificação habitacional. 
 Segurança das instalações: Evitar a ocorrência de ferimentos ou danos 
aos usuários, em condições normais de uso. 
 
24 
 
 
 Critério 
 Segurança na utilização dos sistemas: Os sistemas não devem 
apresentar: 
o Rupturas, instabilizações, tombamentos ou quedas que possam colocar 
em risco a integridade física dos ocupantes ou de transeuntes nas 
imediações do imóvel; 
o Partes expostas cortantes ou perfurantes; 
o Deformaçõese defeitos acima dos limites especificados nas ABNT NBR 
15575-2 a ABNT NBR 15575-6 
 Premissas de projeto: Devem ser previstas no projeto e na execução 
formas de minimizar, durante o uso da edificação, o risco de: 
o Queda de pessoas em altura: telhados, áticos, lajes de cobertura e 
quaisquer partes elevadas da construção; 
o Acessos não controlados aos riscos de quedas; 
o Queda de pessoas em função de rupturas das proteções as quais 
deverão ser testadas conforme ou possuírem memorial de cálculo 
assinado por profissional responsável que comprove seu desempenho; 
o Queda de pessoas em função de irregularidades nos pisos, rampas e 
escadas, conforme a ABNT NBR 15575-3; 
o Ferimentos provocados por ruptura de subsistemas ou componentes, 
resultando em partes cortantes ou perfurantes; 
o Ferimentos ou contusões em função da operação das partes móveis de 
componentes, como janelas, portas, alçapões e outros; 
o Ferimentos ou contusões em função da dessolidarização ou da projeção 
de materiais ou componentes a partir das coberturas e das fachadas, 
tanques de lavar, pias e lavatórios, com ou sem pedestal, e de 
componentes ou equipamentos normalmente fixáveis em paredes; 
o Ferimentos ou contusões em função de explosão resultante de 
vazamento ou de confinamento de gás combustível. 
 
25 
 
 
 Método de avaliação 
Análise do projeto ou inspeção em protótipo. 
o Estanqueidade 
A NBR 15575 - Parte 1 (2013) define requisitos, critérios e método de avaliação gerais para garantir a 
Estanqueidade quanto a exposição à água de chuva, à umidade proveniente do solo e aquela 
proveniente do uso da edificação habitacional. Estas devem ser consideradas em projeto, pois a 
umidade acelera os mecanismos de deterioração e acarreta a perda das condições de habitabilidade 
e de higiene do ambiente construído. 
 Requisito 
 Estanqueidade a fontes de umidade externas à edificação: Assegurar 
estanqueidade às fontes de umidades externas ao sistema. 
 Estanqueidade a fontes de umidade internas à edificação: Assegurar a 
estanqueidade à água utilizada na operação e manutenção do imóvel em 
condições normais de uso. 
 
26 
 
 
 Critério 
 Estanqueidade à água de chuva e à umidade do solo e do lençol 
freático: Atendimento aos requisitos especificados nas ABNT NBR 15575-
3 a NBR 15575-5. 
 Premissas de projeto: Devem ser previstos nos projetos a prevenção de 
infiltração da água de chuva e da umidade do solo nas habitações, por meio 
dos detalhes indicados a seguir: 
o Condições de implantação dos conjuntos habitacionais, de forma a 
drenar adequadamente a água de chuva incidente em ruas internas, 
lotes vizinhos ou mesmo no entorno próximo ao conjunto; 
o Impermeabilização de porões e subsolos, jardins contíguos às fachadas 
e quaisquer paredes em contato com o solo, ou pelo direcionamento das 
águas, sem prejuízo da utilização do ambiente e dos sistemas correlatos 
e sem comprometer a segurança estrutural. Em havendo sistemas de 
impermeabilização, estes devem seguir a NBR 9575; 
o Impermeabilização de fundações e pisos em contato com o solo; 
o Ligação entre os diversos elementos da construção (como paredes e 
estrutura, telhado e paredes, corpo principal e pisos ou calçadas 
laterais). 
 Estanqueidade à água utilizada na operação e manutenção do imóvel: 
Devem ser previstos no projeto detalhes que assegurem a estanqueidade 
de partes do edifício que tenham a possibilidade de ficar em contato com a 
água gerada na ocupação ou manutenção do imóvel, devendo ser 
verificada a adequação das vinculações entre instalações de água, esgotos 
ou águas pluviais e estrutura, pisos e paredes, de forma que as tubulações 
não venham a ser rompidas ou desencaixadas por deformações impostas. 
 
 Método de Avaliação 
Análise do projeto e métodos de ensaio especificados nas ABNT NBR 15575-3 a NBR 15575-5. 
 
27 
 
 
o Desempenho térmico 
A NBR 15575 - Parte 1 (2013) define requisitos, critérios e método de avaliação gerais para garantir o 
Desempenho Térmico, a edificação habitacional deve reunir características que atendam às 
exigências de desempenho térmico, considerando-se a zona bioclimática. 
 Requisito 
 Exigências de desempenho no verão: Apresentar condições térmicas no 
interior do edifício habitacional melhores ou iguais às do ambiente externo, 
à sombra, para o dia típico de verão; 
 Exigências de desempenho no inverno: Apresentar condições térmicas 
no interior do edifício habitacional melhores que do ambiente externo, no 
dia típico de inverno. 
 
28 
 
 
 Critério 
 Valores máximos de temperatura: O valor máximo diário da temperatura 
do ar interior de recintos de permanência prolongada, como, por exemplo, 
salas e dormitórios, sem a presença de fontes internas de calor (ocupantes, 
lâmpadas, outros equipamentos em geral), deve ser sempre menor ou igual 
ao valor máximo diário da temperatura do ar exterior. 
Quadro 2 - Dados de dias típicos de verão de algumas cidades Brasileiras 
Fonte: Adaptado NBR 15575 – Parte 1, 2013. 
 Valores mínimos de temperatura: Os valores mínimos diários da 
temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada, como 
por exemplo salas e dormitórios, no dia típico de inverno, devem ser 
sempre maiores ou iguais à temperatura mínima externa acrescida de 3 °C. 
29 
 
 
Quadro 3 - Dados de dias típicos de inverno de algumas cidades Brasileiras 
Fonte: Adaptado NBR 15575 – Parte 1, 2013. 
 
30 
 
 
 Método de avaliação 
Simulação computacional conforme procedimentos apresentados em norma. 
o Desempenho Acústico 
A NBR 15575 - Parte 1 (2013) define que a edificação habitacional deve apresentar isolamento 
acústico adequado das vedações externas, no que se refere aos ruídos aéreos provenientes do 
exterior da edificação habitacional e isolamento acústico adequado entre áreas comuns e privativas. 
 
31 
 
 
 Requisito 
 Isolação acústica de vedações externas: Propiciar condições mínimas 
de desempenho acústico da edificação, com relação a fontes normalizadas 
de ruídos externos aéreos. 
 Isolação acústica entre ambientes: Propiciar condições de isolação 
acústica entre as áreas comuns e ambientes de unidades habitacionais e 
entre unidades habitacionais distintas. 
 Ruídos de impactos: Propiciar condições mínimas de desempenho 
acústico no interior da edificação, com relação a fontes padronizadas de 
ruídos de impacto. 
 
32 
 
 
 Critério 
 Desempenho acústico das vedações externas: A edificação deve 
atender ao limite mínimo de desempenho conforme estabelecido nas ABNT 
NBR 15575-4 e 15575-5. 
 Isolação ao ruído aéreo entre pisos e paredes internas: Os sistemas de 
pisos e vedações verticais que compõem o edifício habitacional devem ser 
projetados, construídos e montados de forma a atender aos requisitos 
estabelecidos nas ABNT NBR 15575-3 e 15575-4. 
 Ruídos gerados por impactos: Os sistemas que compõem os edifícios 
habitacionais devem atender aos requisitos e critérios especificados nas 
ABNT NBR 15575-3 e ABNT NBR 15575-5. 
 
33 
 
 
 Método de avaliação 
Análise do projeto e atendimento aos métodos de ensaios especificados nas ABNT NBR 15575-3, NBR 
15575-4 e NBR 15575-5. 
o Desempenho Lumínico 
A NBR 15575 - Parte 1 (2013) define requisitos, critérios e método de avaliação gerais para garantir o 
Desempenho Lumínico. 
 Requisito 
 Iluminação natural: Durante o dia, as dependências da edificação 
habitacional (sala de estar, dormitório, copa / cozinha e área de serviço) 
devem receber iluminação natural conveniente, oriunda diretamente do 
exterior ou indiretamente, através de recintos adjacentes. 
 Iluminação artificial: Propiciar condições de iluminação artificial interna 
satisfatórias, segundo as Normas Brasileiras vigentes, para ocupação dos 
recintos e circulação nos ambientes com conforto e segurança. 
 
34 
 
 
 Critério 
 Níveis mínimosde iluminância natural: Contando unicamente com 
iluminação natural, os níveis gerais de iluminância nas diferentes 
dependências das construções habitacionais devem atender ao disposto 
no Quadro 4. 
Quadro 4 - Níveis de iluminância geral para iluminação natural 
Fonte: NBR 15575 – Parte 1, 2013. 
 Níveis mínimos de iluminação artificial: Os níveis gerais de iluminação 
promovidos nas diferentes dependências dos edifícios habitacionais por 
iluminação artificial devem atender ao disposto no Quadro 5. 
 
35 
 
 
Quadro 5 - Níveis de iluminamento geral para iluminação artificial 
Fonte: NBR 15575 – Parte 1, 2013. 
 
 Método de avaliação 
Simulações, medições, análise de projeto ou inspeção em protótipo conforme NBR 15575-1. 
 
36 
 
 
o Durabilidade e Manutenibilidade 
A NBR 15575 - Parte 1 (2013) define que a durabilidade do edifício e de seus sistemas é uma 
exigência econômica do usuário, pois está diretamente associada ao custo global do bem imóvel. A 
durabilidade de um produto se extingue quando ele deixa de cumprir as funções que lhe forem 
atribuídas, quer seja pela degradação que o conduz a um estado insatisfatório de desempenho, quer 
seja por obsolescência funcional. 
O período de tempo compreendido entre o início de operação ou uso de um produto e o momento 
em que o seu desempenho deixa de atender às exigências do usuário pré-estabelecidas é 
denominado vida útil. 
Projetistas, construtores e incorporadores são responsáveis pelos valores teóricos de Vida Útil de 
Projeto que podem ser confirmados por meio de atendimento às normas Brasileiras ou 
Internacionais ou Regionais e não havendo estas, podem ser consideradas normas estrangeiras na 
data do projeto. 
Não obstante, não podem prever, estimar ou se responsabilizar pelo valor atingido de Vida Útil (VU) 
uma vez que este depende de fatores fora de seu controle, tais como: 
 O correto uso e operação do edifício e de suas partes; 
 A constância e efetividade das operações de limpeza e manutenção; 
 Alterações climáticas; 
 Níveis de poluição no local; 
 Mudanças no entorno ao longo do tempo (trânsito de veículos, 
rebaixamento do nível do lençol freático, obras de infraestrutura, expansão 
urbana, etc). 
 
37 
 
 
 Requisito 
 Vida útil de projeto do edifício e dos sistemas que o compõem: Projetar 
os sistemas da edificação de acordo com valores teóricos preestabelecidos 
de Vida Útil de Projeto. 
 Manutenibilidade do edifício e de seus sistemas: Manter a capacidade 
do edifício e de seus sistemas e permitir ou favorecer as inspeções prediais, 
bem como as intervenções de manutenção previstas no manual de 
operação, uso e manutenção. 
 
38 
 
 
 Critério 
 Vida Útil de Projeto: O projeto deve especificar o valor teórico para a Vida 
Útil de Projeto (VUP) para cada um dos sistemas que o compõem, não 
inferiores aos estabelecidos no Quadro 6, e deve ser elaborado para que 
os sistemas tenham uma durabilidade potencial compatível com a Vida Útil 
de Projeto (VUP). 
Quadro 6 – Vida Útil de Projeto (VUP) 
Fonte: NBR 15575 – Parte 1, 2013. 
 Durabilidade: O edifício e seus sistemas devem apresentar durabilidade 
compatível com a Vida Útil de Projeto VUP. 
 Facilidade ou meios de acesso: Convém que os projetos sejam 
desenvolvidos de forma que o edifício e os sistemas projetados tenham o 
favorecimento das condições de acesso para inspeção predial através da 
instalação de suportes para fixação de andaimes, balancins ou outro meio 
que possibilite a realização da manutenção. 
 
39 
 
 
 Método de avaliação 
Análise de projeto. O projeto do edifício deve atender os parâmetros mínimos de VUP e deve ser 
adequadamente concebido, de modo a possibilitar os meios que favoreçam as inspeções prediais e 
as condições de manutenção. 
o Saúde, Higiene e Qualidade do ar 
A NBR 15575 - Parte 1 (2013) define requisitos, critérios e métodos de avaliações gerais para garantir 
a Saúde, Higiene e Qualidade do ar. 
 
40 
 
 
 Requisito 
 Proliferação de micro-organismos: Propiciar condições de salubridade 
no interior da edificação, considerando as condições de umidade e 
temperatura no interior da unidade habitacional, aliadas ao tipo dos 
sistemas utilizados na construção. 
 Poluentes na atmosfera interna à habitação: Os materiais, 
equipamentos e sistemas empregados na edificação não podem liberar 
produtos que poluam o ar em ambientes confinados, originando níveis de 
poluição acima daqueles verificados no entorno. Enquadram-se nesta 
situação os aerodispersóides, gás carbônico e outros 
 Poluentes no ambiente de garagem: Gases de escapamento de veículos 
e equipamentos não podem invadir áreas internas da habitação. O sistema 
de exaustão ou ventilação de garagens internas deve permitir a saída dos 
gases poluentes gerados por veículos e equipamentos. 
 
41 
 
 
 Critério 
Os requisitos mencionados devem atender aos critérios fixados na legislação vigente. 
 Método de avaliação 
Verificação pelos métodos de ensaios estabelecidos na legislação vigente. 
o Funcionalidade e Acessibilidade 
A NBR 15575 - Parte 1 (2013) define requisitos, critérios e métodos de avaliações gerais para garantir 
Funcionalidade e Acessibilidade. 
 
42 
 
 
 Requisito 
 Altura mínima de pé direito: Apresentar altura mínima de pé-direito dos 
ambientes da habitação compatíveis com as necessidades humanas. 
 Disponibilidade mínima de espaços para uso e operação da habitação: 
Apresentar espaços mínimos dos ambientes da habitação compatíveis com 
as necessidades humanas. 
 Adequação para pessoas com deficiências físicas ou pessoas com 
mobilidade reduzida: A edificação deve prever o número mínimo de 
unidades para pessoas com deficiência física ou com mobilidade reduzida 
estabelecido na legislação vigente, e estas unidades devem atender aos 
requisitos da NBR 9050. As áreas comuns devem prever acesso a pessoas 
com deficiência física ou com mobilidade reduzida e idosos. 
 Possibilidade de ampliação da unidade habitacional: Para unidades 
habitacionais térreas e assobradadas de caráter evolutivo já 
comercializadas com previsão de ampliação, a incorporadora ou 
construtora deverá fornecer ao usuário projeto arquitetônico e 
complementares juntamente com o manual de uso, operação e 
manutenção com instruções para ampliação da edificação. 
Recomendando-se utilizar recursos regionais e os mesmos materiais e 
técnicas construtivas do imóvel original. 
 
43 
 
 
 Critério 
 Altura mínima de pé direito: A altura mínima de pé-direito não pode ser 
inferior a 2,50 m. Em vestíbulos, halls, corredores, instalações sanitárias e 
despensas admite-se que o pé-direito se reduza ao mínimo de 2,30m. 
Nos tetos com vigas, inclinados, abobadados ou, em geral, contendo 
superfícies salientes altura piso a piso e ou o pé-direito mínimo, devem ser 
mantidos, pelo menos, em 80 % da superfície do teto, admitindo-se na 
superfície restante que o pé-direito livre possa descer até ao mínimo de 
2,30m. 
 Disponibilidade mínima de espaços para uso e operação da habitação: 
Para os projetos de arquitetura de unidades habitacionais, sugere-se prever 
no mínimo a disponibilidade de espaço nos cômodos do edifício 
habitacional para colocação e utilização dos móveis e equipamentos-
padrão listados no Anexo X de caráter informativo. 
 Adaptações de áreas comuns e privativas: As áreas privativas devem 
receber as adaptações necessárias para pessoas com deficiência física ou 
com mobilidade reduzida nos percentuais previstos na legislação, e as 
áreas de uso comum sempre devem obedecer ao que estabelece a ABNT 
NBR 9050. 
 Ampliação de unidades habitacionais evolutivas: No projeto e na 
execução das edificações térreas e assobradadas de caráter evolutivo, 
deve ser prevista pelo incorporador ou construtor a possibilidade de 
ampliação, especificando-se os detalhes construtivos necessários paraligação ou a continuidade de paredes, pisos, coberturas e instalações. 
 
44 
 
 
 Método de avaliação 
Análise de projeto. 
o Conforto tátil e antropodinâmico 
A NBR 15575 - Parte 1 (2013) define que as diretrizes para verificação das exigências dos usuários 
com relação a conforto tátil e antropodinâmico são normalmente estabelecidas nas respectivas 
Normas prescritivas dos componentes, bem como nas ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6. 
 
45 
 
 
 Requisito 
 Conforto tátil e adaptação ergonômica: Não prejudicar as atividades 
normais dos usuários, dos edifícios habitacionais, quanto ao caminhar, 
apoiar, limpar, brincar e semelhantes. 
Não apresentar rugosidades, contundências, depressões ou outras 
irregularidades nos elementos, componentes, equipamentos e quaisquer 
acessórios ou partes da edificação. 
 Adequação antropodinâmica de dispositivos de manobra: Apresentar 
formato compatível com a anatomia humana. Não requerer excessivos 
esforços para a manobra e movimentação. 
 
46 
 
 
 Critério 
 Adequação ergonômica de dispositivos de manobra: Os elementos e 
componentes da habitação (trincos, puxadores, cremonas, guilhotinas etc.) 
devem ser projetados, construídos e montados de forma a não provocar 
ferimentos nos usuários. Relativamente às instalações hidrossanitárias, 
devem ser atendidas as disposições da ABNT NBR 15575-6. 
 Força necessária para o acionamento de dispositivos de manobra: Os 
componentes, equipamentos e dispositivos de manobra devem ser 
projetados, construídos e montados de forma a evitar que a força 
necessária para o acionamento não exceda 10 N nem o torque ultrapasse 
20 Nm. 
 Método de avaliação 
Análise de projetos, métodos de ensaio especificados nas Normas Brasileiras de específica dos 
componentes. 
 
 
 
47 
 
 
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575-1:2013: 
Edificações habitacionais – Desempenho. Parte 1: Requisitos gerais. Rio de Janeiro: 
ABNT, 2013. 60 p. 
______. NBR 15575-2:2013: Edificações habitacionais – Desempenho. Parte 2: 
Requisitos para os sistemas de estruturais. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. 32 p. 
______. NBR 15575-3:2013: Edificações habitacionais – Desempenho. Parte 3: 
Requisitos para os Sistemas de Piso. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. 40 p. 
______. NBR 15575-4:2013: Edificações habitacionais – Desempenho. Parte 4: 
Requisitos para os Sistemas de Vedação Verticais Internas e Externas – SVVIE. Rio 
de Janeiro: ABNT, 2013. 57 p. 
______. NBR 15575-5:2013: Edificações habitacionais – Desempenho. Parte 5: 
Requisitos para os Sistemas de Coberturas. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. 63 p. 
______. NBR 15575-5:2013: Edificações habitacionais – Desempenho. Parte 6: 
Sistemas Hidrossanitários. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. 31 p. 
BORGES, Carlos Alberto de Moraes. O conceito de desempenho das edificações 
e a sua importância para o setor da construção civil. Dissertação (Mestrado) - 
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2008. 
CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Desempenho de edificações 
habitacionais: guia orientativo para atendimento à norma ABNT NBR 
15575/2013. Fortaleza: Gadioli Cipolla Comunicação, 2013. Disponível em: 
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/4962. Acesso em: 24 de agosto de 2020. 
COSTELLA, Marcelo F.; CARUBIM, Karline; PAGLIARI, Claudivana S.; SOUZA, 
Nicolas S. de. Avaliação da aplicação da norma de desempenho: estudo de caso 
em cinco empreendimentos. Revista de Engenharia Civil IMED, 2017. Disponível 
em: https://seer.imed.edu.br/index.php/revistaec/article/view/2256. Acesso em: 24 de 
agosto de 2020. 
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LORENZI, Luciani S. Análise Crítica e Proposições de Avanço nas Metodologias 
de Ensaios Experimentais de Desempenho à Luz da ABNT NBR 15575 (2013) 
para Edificações Habitacionais de Interesse Social Térreas. Tese (Doutorado em 
Engenharia Civil) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, UFRGS. Porto 
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NARDELLI, Eduardo Sampaio. Bim e Norma de desempenho. ASBEA, 2009. 
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