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livro 01 estimativa de custos de obras e servicos de engenharia (2)

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ESTIMATIVA DE CUSTO DE OBRAS E 
SERVIÇOS DE ENGENHARIA
ENGENHARIA 
DE CUSTOS
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia2
12 de janeiro de 2015
Engenheiro Civil Paulo Roberto Vilela Dias / CREA-RJ 30039/D.
Todos os direitos são reservados.
 
Qualquer parte desta obra poderá ser copiada ou reproduzida de qualquer forma ou para qualquer uso sem a 
prévia autorização por escrito do autor, engenheiro Paulo Roberto Vilela Dias. 
Projeto Gráfico e Capa: 
VX Comunicação
Diagramação: 
VX Comunicação
Dados de Catalogação na Publicação (CIP) Internacional
(Sindicato dos Editores de Livros, Rio de Janeiro, Brasil)
0000 Dias, Paulo Roberto Vilela, 1950
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia
Paulo Roberto Vilela Dias - 3ª Ed. Rio de Janeiro, 2015
000 p: 15,5 x 21,0 cm
ISBN 978-85-911698-0-1
 Paulo Roberto Vilela Dias - 2ª Ed. 
 Rio de Janeiro, 2011 000 p: 15,5 x 21,0 cm 
 ISBN 978-85-911698-0-1 Inclui bibliografia 
 1. Engenharia – Estimativas. 2. Auditorias - Estimativas. 3 BDI I. Título
 CDD-0000
Paulo Roberto Vilela Dias 3
UNIDADE I
1. Forma de Apresentação deste Livro 13
2. A Engenharia de Custos 15
3. Forma de Contratação de Serviços de Engenharia 21
4. Classificação de Custos: Direto e Indireto 29
5. Definição de BDI 37
6. Classificação dos Custos 39
7. Ótica do Cálculo do Preço de Venda 49
8. Prática de Cálculo do BDI 55
9. Composição do Preço de Venda de um Serviço de Engenharia 59
10. Data Base da Proposta de Preços 61
11. Auditoria de Obras 63
12. Aditivos Contratuais e Equilíbrio Econômico e Finânceiro de Contratos de Engenharia 67
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia4
Vontade Superior 
Quiseram os espíritos superiores, meu anjo da guarda e meus guias protetores que mais uma obra 
literária sobre a minha paixão profissional fosse escrita.
Assim, surgiu este livro “Estimativa de Custos de Obras e Serviços de Engenharia”.
Nosso País é muito carente em normas técnicas, pesquisa e bibliografia sobre a Engenharia de Cus-
tos. Tenho sido impelido pelas entidades superiores a escrever sobre o tema. E por delegação divina, 
que me inspira ao escrever, tudo o que eu produzir daqui por diante será livremente distribuído e 
estará sempre disponível no site do IBEC – Instituto Brasileiro Engenharia de Custos, que eu presido.
Agradeço especialmente ao meu falecido e querido pai Carlos de Oliveira Dias por me apoiar, de onde 
esteja neste momento, na arte de escrever. Ele que era um entusiasta em escrever e ótimo conhe-
cedor da Língua Portuguesa. Certamente, sigo seus passos na arte de escrever e ensinar, e espero 
estar desempenhando esta missão tão bem quanto ele o fazia.
Os maus profissionais ou quem sabe, os desinformados da verdadeira Engenharia de Custos estão fa-
zendo com que a Engenharia Nacional e aqueles que dela dependem estejam muito desgostosos e de-
sesperançados com nossa profissão, em função da maneira como estão adotando a ciência de custos.
Desta forma, objetivo derradeiro de minha carreira, aos sessenta anos de vida, será lutar para que 
a Engenharia de Custos se torne efetivamente uma ciência no Brasil, como o é no resto do mundo, 
e não uma arte, onde cada profissional utiliza de recursos próprios e muitas vezes falhos para ela-
borarem seus trabalhos na área.
Entretanto, o mais importante é que os governantes reconheçam os graves erros que veem come-
tendo, em nome de pretensa economia pública, e passem a adotar critérios técnicos e sérios nas 
estimativas de custos de empreendimentos de engenharia.
Estou simplesmente em busca do “PREÇO SOCIALMENTE JUSTO” para as contratações de serviços 
públicos e privados de engenharia em nosso país.
Que Deus me ilumine nesta luta.
Minha devoção a São Francisco de Assis e Santo Antônio de Pádua. Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2015.
Engenheiro Civil Paulo Roberto Vilela Dias, 
UFRJ - 1975.
Mestre em Engenharia Civil – UFF - 2002 
 “Daí de graça o que de graça recebestes”
Paulo Roberto Vilela Dias 5
Homenagem Muito Especial
AGRADECIMENTO A VIDA
Agradeço à vida por ter encontrado minha querida esposa Elizabeth que me deu vida e muita alegria de viver.
Agradeço ao melhor motivo da minha vida, meus amados filhos, Andreia Maria, Pedro Paulo e Julia 
Paula. Não tenho palavras para medir a importância de vocês na minha vontade de viver e fazer vocês 
viverem felizes e unidos.
Agradeço pela união de toda a minha família, incluindo meus amigos sogros Lucio e Lucia.
Agradeço à vida por ter nascido na família Dias e, principalmente, à minha mãe Iraide pela minha cria-
ção. Te amo muito. O seu Pauleto cresceu e envelheceu te adorando.
Agradeço aos meus irmãos Carlos Eduardo e Ângela Maria pela infância preciosa que vivemos juntos.
Ao meu pai Carlos, citado no prefácio, espero ansioso pela oportunidade de encontrá-lo no paraíso. 
Muito obrigado por tudo e pelo apoio na arte de escrever e ensinar.
Agradeço a Vida!
Agradeço pela minha vida, junto de todos vocês.
Se eu fiz o que fiz e cheguei até aqui foi por ter encontrado na família o amor, a paz e a felicidade plenas.
“O sentimento de gratidão ilumina a vida”.
Paulo Roberto Vilela Dias - “Gordo” 
17 de agosto de 2011
Salve Santo Antonio de Pádua, meu protetor.
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia6
Apresentação
Esta importante obra da autoria de Paulo Roberto Vilela Dias “Estimativa de Custos de Obras e Ser-
viços de Engenharia. Engenharia de Custos – uma Ciência” vem em boa hora.
Ela aborda de forma competente, consistente, clara e didática todas as questões que integram a enge-
nharia de custos e constitui, portanto, uma valiosa contribuição para os profissionais, empresas e ins-
tituições públicas que lidam das mais diversas formas com projetos, obras e serviços de engenharia.
Uma cuidadosa e competente engenharia de custos torna possível a otimização dos investimentos pú-
blicos e privados e contribui para o aprimoramento da produtividade e da competitividade empresarial.
Paulo Roberto deixa claro neste livro a importância da apuração prévia dos custos, da orçamentação, 
da medição, da apropriação e auditoria posteriores.
Ele define, ainda, de forma muito apropriada que o preço justo é aquele que remunera adequada-
mente a mão de obra, os materiais e os equipamentos empregados de modo a garantir a boa execu-
ção e a qualidade desejada para as obras e serviços que se deseja obter, ao mesmo tempo em que 
proporciona a execução dos empreendimentos e serviços pelo menor custo possível.
Esta conceituação que contempla a justa remuneração, a qualidade e a economicidade, induz à oti-
mização da produtividade.
Com este trabalho que considero valioso, Paulo Roberto, contribui para o aprimoramento da enge-
nharia de custos e, consequentemente, da produtividade e competitividade empresariais, questões 
relevantes que, hoje, integrama agenda econômica e política nacional.
Além disso, este livro é, também, uma importante contribuição para a valorização e resgate da en-
genharia nacional num momento histórico de retomada do desenvolvimento econômico do país. 
Luiz Paulo Correa da Rocha
Engenheiro civil, Mestre em Transportes. 
Deputado Estadual do Estado do Rio de Janeiro
Paulo Roberto Vilela Dias 7
Preço Socialmente Justo
O Preço Socialmente Justo corresponde ao preço de referência de um serviço de engenharia que 
englobe todos os custos devidos, para que este possa ter o ressarcimento integral da prestação 
do serviço.
Os custos necessários de serem apropriados no preço de referência do empreendimento estão 
apresentados neste livro.
O cálculo do Preço Socialmente Justo demonstra a seriedade do Administrador Público e, por-
que não dizer, uma obrigação deste para com a sociedade.
O Administrador Público que não praticar o Preço Socialmente Justo é passível de punição, uma 
vez que estará praticando atos contrários ao interesse da população e do governo, pela previsível 
sonegação de tributos que, certamente, intentará o prestador de serviços. 
Preço Socialmente Justo é garantir remuneração justa às empresas prestadoras de serviços de 
engenharia, para que estas possam oferecer salário digno aos profissionais e, ainda, cumprir 
com todas as suas obrigações, inclusive aquelas sociais exigidas pelas leis do nosso País.
Sem a prática do Preço Socialmente Justo a Engenharia Nacional estará fadada à estagnação e 
ao fracasso técnico. E nós profissionais que dependemos dela estaremos sendo considerados 
dispensáveis.
Como era bom o tempo em que éramos considerados “Doutores”! Hoje não passamos de operários!
Portanto, lutemos todos unidos pelo Preço Socialmente Justo!
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia8
 
 
 Fundado em 1978
 Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos
 Ano 33
 
 
Centro de Excelência Em Engenharia de custos
Missão
 Pesquisa
 Desenvolvimento da Ciência de Custos
 Disseminação do Conhecimento
 
Atuação internacional
 Membro do ICEC desde 1981 www.icoste.org
Atividades Profissionais
 Cursos de Extensão
 Pós-graduação
 Consultoria Especializada
 Aditivos Contratuais
 Implantação de Central de Custos em Órgãos Públicos
 
Paulo Roberto Vilela Dias 9
1
Forma de Apresentação 
deste Livro 
Este livro tem por objetivo apresentar conceitos fundamentais da ciência da Engenharia de Custos e 
metodologias de cálculo de Estimativas de Custos de empreendimentos de engenharia.
Esta publicação será sempre complementada pelos livros apresentados abaixo, bem como, pelas 
Orientações Técnicas publicadas no site do IBEC.
1.1 Orientações técnicas do Ibec
Acesse as nossas Orientações Técnicas existentes no site do IBEC
Poderão, ainda, ser utilizadas as normas técnicas existentes no site do ICEC International 
Cost Engineering Council e AACEi– American Association of Cost Engineering International. 
1.2 Livros complementares a esta Publicação
DIAS, Paulo Roberto Vilela. UMA METODOLOGIA DE ORÇAMENTAÇÃO PARA OBRAS CIVIS, IBEC, 6ª 
Edição – 2009.
DIAS, Paulo Roberto Vilela. CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA DE SERVIÇOS DE ENGENHARIA E AR-
QUITETURA CONSULTIVA, IBEC - 4ª Edição – 2007.
DIAS, Paulo Roberto Vilela. NOVO CONCEITO DE BDI, IBEC - 3ª Edição – 2010.
Todos estes três livros citados estão à disposição dos profissionais em e-book no site do IBEC. Aces-
se, tenha uma boa leitura e agregue o conhecimento muito necessário no mundo atual.
Autorizada à impressão destes livros.
1.3 Valores das Variáveis Apresentadas neste Livro
Apresentamos apenas como orientação alguns valores das principais variáveis, porém, sabemos que 
na Engenharia de Custos todas as variáveis deverão ser calculadas projeto a projeto.
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia10
2
A Engenharia de Custos 
2.1 Definição de Engenharia de Custos
É o ramo da engenharia que estuda os métodos de projeção, apropriação e controle dos recursos 
monetários necessários à realização dos serviços que constituem uma obra ou projeto, de acordo 
com um plano de execução previamente estabelecido.
2.2 Definição de Obra e Serviços de Engenharia
Segundo o PMBOK – Project Management Body of Knowledge, norma norte-americana -adotada 
em mais de 120 países - inclusive no Brasil, e elaborada pelo PMI - Project Management Institute, a 
definição de obra é a seguinte.
Um projeto ou uma obra é um empreendimento temporário, com data de início e fim previstos, cujo 
objetivo é criar ou aperfeiçoar um serviço único.
Gerenciar uma obra é atuar de forma a atingir os objetivos propostos dentro de parâmetros de qua-
lidade determinados, obedecendo a um planejamento prévio de prazos (cronograma), custos (orça-
mento) e de escopo (qualidade), dadas às metas e as restrições de recursos e tempo.
Entende-se por escopo como sendo o projeto de engenharia e as especificações técnicas relativas à 
construção em questão.
OBRA É UM EMPREENDIMENTO TEMPORÁRIO 
COM O OBJETIVO DE CRIAR UM SERVIÇO ÚNICO.
As obras são:
• Executadas por pessoas;
• Restringidas por recursos limitados:
 - Tempo;
 - Materiais, recursos humanos e equipamentos;
 - Custo
• Planejadas, executadas e controladas.
Como as obras têm um caráter único, a elas está associada uma margem de incerteza.
Paulo Roberto Vilela Dias 11
O fluxograma abaixo apresenta a maneira correta de realizarmos um empreendimento de engenha-
ria, obtendo máximo rendimento e fazendo com que o monitoramento do contrato permita alteração 
de rumo sempre que percebermos que este está fugindo ao objetivo principal planejado.
FLUXOGRAMA DE EXECUÇÃO DE UMA CONSTRUÇÃO
Iniciar é escrever a declaração do que se pretende executar e definido no contrato.
Planejamento e Controle andam juntos. Nós planejamos para conhecermos os valores previstos, 
sejam custos de serviços ou etapas da construção.
Paralelamente a execução dos serviços, realizamos a apropriação dos resultados obtidos na apro-
priação de campo, para avaliarmos se existe necessidade de mudança de ritmo ou de custos em 
algum serviço ou na própria construção.
Encerrar significa relatar o que se previu e o resultado a que se chegou. E, obviamente, definir erros 
e acertos ao longo do processo, a fim de garantir mais informações e conhecimento para o próximo 
empreendimento.
Ou seja, cada obra é uma obra, desta maneira, sendo o mesmo projeto de engenharia, pelo fato da 
construção acontecer em local diferente, o planejamento, o prazo e o preço de venda (e custo) serão 
distintos também.
Evidentemente, que pelo fato de estar localizada em outro local a obra dependerá em cada caso do 
tipo de solo, da topografia, do clima, da existência de mão de obra especializada, da produtividade da 
equipe local, da logística necessária e dos recursos disponibilizados para a construção ou serviço.
Planejamento
Controle Execução
Fechamento
Início
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia12
2.3 Definição de Estimativa de Custos de Empreendimentos de Engenharia
Definição
É o ramo da engenharia que estuda os métodos de projeção, apropriação e controle dos recursos 
monetários necessários à realização dos serviços que constituem uma obra ou projeto, de acordo 
com um plano de execução previamente estabelecido.
Em função da qualidade da informação podem-se estabelecer dois diferentes métodos de estimação:
• Processo de correlação
• Processo de quantificação
2.3.1 Processo de Correlação
No processo de correlação o custo do projeto ou o custo unitário do serviço que se quer determinar 
é estimado por correlação deste com uma ou mais variáveis de medida.
Cp / Ce = [Dp / De]α
α é o fator de relação entre o grau de dificuldadedas duas instalações;
Cp é o custo de uma instalação projetada de dimensão Dp;
Ce é o custo de uma instalação existente de dimensão De;
Sendo α uma variável geralmente entre 0,7 e 1,8, podendo inclusive ficar fora desta faixa preferen-
cial. Em realidade esta variável pode ter qualquer valor a critério do Engenheiro de Custos.
A utilização deste método exige do profissional muito conhecimento do tipo de empreendimento em 
questão e, principalmente, muito experiência profissional na área de aplicação e da técnica de custos 
ora citada.
A margem de erro deste processo pode ser considerada da ordem de 25 a 30% de acordo com o ICEC 
(assemelhado a viabilidade econômica).
Inadequado para contratação de serviços de engenharia.
2.3.1 Método de Quantificação
O método da quantificação abrange dois processos distintos:
• a quantificação dos insumos
• a partir das composições de custos unitários dos serviços.
OBS: No site do IBEC apresentamos modelos de formulários que podem ser adotados para cada um 
dos casos citados anteriormente.
Paulo Roberto Vilela Dias 13
2.3.2.1 Quantificação dos Insumos
A quantificação dos insumos baseia-se no levantamento de todos os insumos básicos necessários à 
execução da obra, os quais podem ser reduzidos em três grandes grupos: mão-de-obra, materiais 
e equipamentos, compreendendo estes tanto os incorporados ao projeto como os utilizados para a 
sua construção.
2.3.2.2 Quantificação a Partir das Composições de Custos Unitários dos Serviços
A composição de custos unitários é baseada nos serviços a serem executados, ou seja, o custo de cada 
serviço é obtido por meio da utilização de composições unitárias de custo, que relacionam o consumo 
de materiais, mão-de-obra e equipamentos necessários à execução de uma unidade de serviço.
2.4 Variáveis de uma Estimativa de Custos
Na Engenharia de Custos nenhuma das variáveis utilizadas em um orçamento podem ser previa-
mente fixadas, depende exclusivamente de informações quanto ao projeto, localização do serviço ou 
das exigências do Edital de Licitações ou do Memorial Descritivo do Empreendimento.
Variáveis anteriormente citadas são as seguintes:
• BDI;
• Encargos Sociais;
• Tributos Sobre o Preço de Venda;
• Composições de Custo Unitário de Serviços;
• Demais variáveis.
Todas as variáveis de um orçamento em uma construção deverão ser calculadas projeto 
 por projeto, pois a obra é um serviço único.
2.5 Tipologias das Construções Atendidas neste Livro
Esta publicação pretende ser referência para a Estimativa de Custos em todas as áreas da Engenharia, 
projetos e obras, entre outras:
• Engenharia Civil
 - predial,
 - transportes (rodovias, ferrovias, canais e portos),
 - petróleo e gás (plataformas de exploração, refinarias e gasodutos),
 - saneamento,
 - montagem industrial e
 - grandes estruturas;
 • Engenharia do Ambiente;
 • Engenharia Elétrica e de telecomunicações
 - PCH – Pequenas Centrais Hidroelétricas,
 - Barragens
 - redes de transmissão e
 - subestações de energia elétrica e
 • Engenharia Naval
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia14
A presente publicação tem por objetivo apresentar a metodologia de Estimativa de Custos de Obras 
e Serviços de Engenharia, abrangendo as seguintes modalidades:
• Construções novas;
• Reformas e manutenções;
• Montagem industrial;
• Projetos básicos e executivos;
• Consultoria;
• Gerenciamentos de empreendimentos e
• Serviços profissionais de engenharia.
Em realidade este livro abrange todos e quaisquer tipos de serviços de engenharia.
2.6 Acurácia de Elaboração de uma Estimativa de Custos
A elaboração de uma estimativa de custos terá maior precisão quanto mais eficaz for a execução de 
cada uma das etapas a seguir, para o caso do Método da Quantificação a partir das Composições de 
Custos Unitários dos Serviços:
 • Levantamento de Quantidades; 
 • Pesquisa de Mercado de Preços de Insumos: Mão de Obra, Materiais, Equipamentos e 
 tributos; 
 • Definição das Composições de Custos Unitários dos Serviços; 
 • Definição dos Custos Indiretos e Cálculo do BDI; 
 • Cálculo dos Preços Unitários dos Serviços e 
 • Cálculo do Peço Global de Venda.
Para o caso do Método de Quantificação a partir dos Insumos as etapas são as seguintes:
 • Levantamento de Quantidades de Insumos; 
 • Pesquisa de Mercado de Preços de Insumos: Mão de Obra, Materiais, Equipamentos e 
 tributos; 
 • Cálculo dos Preços Parciais por Insumos, segundo formulários próprios; 
 • Definição dos Custos Indiretos e Cálculo do BDI ou preenchimento de formulários pró 
 prios que não representam o BDI e 
 • Cálculo do Preço Global de Venda.
Paulo Roberto Vilela Dias 15
3
Forma de Contratação
de Serviços de Engenharia
Após contratação e assinatura do contrato de prestação de serviços de engenharia, inicia-se a fase 
de elaboração do orçamento que servirá de base para a execução do empreendimento.
O objeto do contrato é conhecido por meio de um “projeto básico ou executivo de engenharia”, que é 
definido através de plantas e especificações de serviços.
De maneira a garantir a plena execução posterior do contrato, o contratante, obriga o prestador de 
serviço à apresentação de seguro garantia ou, ainda, outras formas de garantias.
Desta maneira, na fase de elaboração da proposta de preços realiza-se apenas uma Estimativa de 
Custos (Cost Estimating), que apresentará sempre uma margem de erro em sua valoração.
A MARGEM DE ERRO, estabelecida pelo IBRAOP – Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públi-
cas, está apresentada a seguir.
3.1 Margem de Erro nos Preços de Referência de Licitações Públicas
As licitações públicas, em geral, em função do previsto na Lei Nº 8.666/93 são licitadas através da 
apresentação de um Projeto Básico de Engenharia, logo a margem de erro a ser admitida é em torno 
de 10 a 15%.
Fase de Projeto Margem de erro ou faixa de precisão
Faixa de precisão esperada do custo estimado de uma obra em relação 
ao seus custo final.
Estudos Preliminares + 30%
Anteprojeto + 20%
Projeto Básico
Projeto Executivo
+ 10%
+ 5%
Fonte: IBRAOP - OT - IBR 004/2012
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia16
Entretanto, ao se considerar a metodologia de elaboração do Preço de Referência, isto é, a partir de 
tabelas compostas por composições de custos unitários de serviços genéricos, por meio de tabelas 
com custos independentes do projeto, esta margem de erro torna-se ainda maior.
3.2- Aditivo contratual e Equilíbrio Econômico Financeiro de contratos
Fato significativo e de relativa frequência é a solicitação de ADITIVO CONTRATUAL para se proceder 
ao REEQUILÍBRIO ECONOMICO-FINANCEIRO do contrato.
Isto se deve ao fato, do aparecimento de situações inesperadas ou imprevistas durante a efetiva exe-
cução dos serviços, bem como, exigências de alterações do escopo de diversas origens.
Negar o aditivo contratual, quando necessário, não é razoável além de atentar contra ordem eco-
nômica.
Para se facilitar a análise, negociação e aprovação de um aditivo contratual é muito importante que 
a proposta de preços seja exigida aberta, isto é, contenha os seguintes formulários, de acordo com 
a Engenharia de Custos:
3.2.1- Composições de Preços Unitários de Serviços (CPU)
3.2.2- Detalhamento do Cálculo dos Encargos Sociais 
3.2.3- Detalhamento do Cálculo do BDI
Os modelos de formulários a serem adotados podem ser os apresentados a seguir ou no site do IBEC 
em planilha EXCEL, permitindo o cálculo desejado.
3.2.1 composições de custos unitários de Serviços
Serão adotados dois modelos de composições de custos unitários apresentados no Capítulo 4 do 
livro “Metodologia de Orçamentação para Obras Civis”.
Alguns procedimentos precisam ser definidose que complementam o anteriormente citado.
• As composições analíticas de preços unitários, aquelas somente com os coeficientes dos in-
sumos, isto é, sem preços, devem necessariamente ser adequadas para cada projeto. Exceção 
pode ser concedida no caso do cálculo do preço de referência dos contratantes, porém, caberá 
ao engenheiro fazer a devida análise, avaliando a necessidade de se rever alguns insumos/coe-
ficientes encontrados nas tabelas.
• As tabelas oficiais de custos unitários seja SINAPI, SICRO ou outra qualquer, obrigatoriamente, 
terão que ser atualizadas, por meio de apropriação de campo, ou frequentemente, de acordo 
com a necessidade de cada serviço.
• A Apropriação de Campo dos Coeficientes Físicos das Composições de Custos Unitários de Ser-
viços (Construtoras, Projetistas e Órgãos Públicos), permite a realimentação do processo de 
elaboração de estimativas de custos garantindo acurácia às tabelas oficiais e aos preços de 
referência das licitações.
Paulo Roberto Vilela Dias 17
• Todas as perdas nos insumos de um serviço deverão constar nos coeficientes da composição de 
custo unitário. As perdas jamais serão incluídas no quantitativo do serviço.
• A unidade “Verba (Vb)”, “Unidade de Referência (UR)”, “Conjunto (Cj)” ou Global (Gb) só deve ser 
utilizado quando se pode identificar claramente o serviço embutido na unidade estabelecida. 
O custo, em qualquer uma destas unidades, deve estar descrito em uma composição de custo 
unitário, de forma a comprová-lo.
De outra maneira não se consegue avaliar efetivamente a produção e o controle passa a ser somente 
de custo. Tais unidades não podem, portanto, serem adotadas como critério de medição.
Obs.: Este tipo de composição pressupõe sempre que a PRODUÇÃO é igual a 1 (uma) unidade de 
serviço, portanto a 1 m².
3.2.2 Detalhamento do cálculo dos Encargos Sociais
Adotar o formulário e a metodologia estabelecida na Orientação Técnica IBEC Nº 03, à disposição no 
site do IBEC.
Atenção ao fato de que o percentual de Encargos Sociais é variável de acordo com o tempo de perma-
nência do empregado na empresa com impacto no encargo conhecido por “Aviso Prévio”.
3.2.2.1 Valores médios dos Encargos Sociais
São os apresentados a seguir:
OBS: Encargos Complementares: Vale Transporte, Alimentação, EPI, NR/MT
Modelo de Composição Analítica de Custos Simplificada (mais adotada em edificações)
Valores Médios Aplicáveis dos Encargos Sociais
insumo
Encargos Sociais
Mínimo
por hora
Mínimo
Por mês
Serviço: Emboço (m2)
Pedreiro
Encargos Básicos
h
130%
1,1
90%
Servente
Incluindo Encargos 
Complementares
h
160%
1,3
120%
Argamassa m3 0,003
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia18
(*) Aplicar a Lei nº 1254.6/13
Encargos Sociais Sobre o Salário hora
Dados básicos para cálculo das horas efetivamente trabalhadas
Total dos encargos sociais sobre o salário hora
Obs.: (*1) A ser definido regionalmente, em função do Acordo coletivo
Cód.
A
D
H
-
E
B
F
I
A8
A6
A4
B3
C3
B6
C6
A2
B1
C1
A7
C
G
A1
A9
A9
A5
B4
C4
B7
C7
C8
E
Sub totais(Geral)
A3
B2
C2
B5
C5
Descrição
Horas de trabalho p/ ano
Feriados
Horas Efetivas de Trabalho 
P/ Ano a - ( b + c + d + e + f )
Horas não Trabalhadas Por Ano
Licença Paternidade
Domingos
Ausências Abonadas
Férias
FGTS
Salário Educação
INCRA
Aviso Prévio
Aviso Prévio
Licença Paternidade
Licença Paternidade
SESI
Repouso Semanal Remunerado
Repouso Semanal Remunerado
Seguro contra acidentes de 
trabalho e FAP
Dias de Enfermidade
Horas não Trabalhadas Por Ano
IAPAS (*)
SECONCI
SECONCI
SEBRAE
Auxílio-Enfermidade
Auxílio-Enfermidade
Ausências
Ausências
Ausências
Incidência Cumulativa do Grupo A 
sobre o Grupo B
49,8%
SENAI
Feriados
Feriados
13º Salário
13º Salário
Fórmulas
-
-
-
-
-
-
-
-
Fixo
Fixo
Fixo
-
-
-
-
Fixo
-
-
Fixo
-
-
Fixo
Eventual
Eventual
Fixo
-
-
-
-
-
-
Fixo
-
-
-
-
Incidente sobre hora normal
Grupo A
-
-
-
-
-
-
-
-
8,0%
2,5%
0,2%
-
-
-
-
1,5%
-
-
6,0%
-
-
20%
1,0%
1,0%
0,6%
-
-
-
-
-
-
1,0%
-
-
-
-
Grupo C
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Grupo B
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Grupo D
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Paulo Roberto Vilela Dias 19
3.2.3- modelo de Planilha para cálculo do custo total da mão de obra
As empresas prestadoras de serviços de engenharia podem adotar a planilha apresentada abaixo 
para calcular o custo total da mão de obra.
O cálculo deverá ser elaborado para cada categoria profissional.
Eventualmente, dependendo da região, da localização da obra e da convenção coletiva alguns destes 
itens podem não existir, ou ainda serem identificados outros custos não citados.
Modelo de Planilha para cálculo do custo direto total da mão de obra
Categoria Profissional
SALÁRIO HORA TOTAL (SHT)
MULTIPLICADOR DA MO (SHT/SH) 
Unid. Unid. Salário hora
10,41
4,2
Salário hora (SH)
Insalubridade
Periculosidade
Encargos Sociais
Café da Manhã
Almoço
Jantar
Plano de saúde
Seguro de Vida
EPI
Consultas e Exames Médicos
Treinamento
Vale Alimentação
mês
20% SM
-
%
dia
dia
-
mês
mês
Homem
unid.
mês
dia
788,00
157,60
-
130%
10,00
20,00
-
230,00
100,00
69,24
25,00
15,00
30,00
3,58
0,50
-
0,00
3,22
0,23
0,91
0,00
1,31
0,10
0,19
0,07
0,09
1,36
10,41
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia20
3.3 Detalhamento do BDI metodologia de cálculo do Preço de Venda dos Serviços 
de Engenharia
O Preço de Venda de um empreendimento de engenharia apresenta a seguinte fórmula
CUSTO - Representa o valor da soma dos insumos: mão de obra, materiais, equipamentos, tributos, 
aluguéis, utilidades entre outros, necessários à perfeita realização de um serviço.
O custo é uma ciência, seu valor pode ser estabelecido com certa margem de erro.
O PREÇO DE VENDA corresponde à soma dos CUSTOS acrescido do LUCRO PREVISTO.
3.4 Lucro
O Lucro é um valor aleatório estabelecido pela empresa e é função do mercado.
O lucro também é função do status do cliente (pontualidade de pagamento e eficiência na fiscaliza-
ção dos serviços) e interesse na obra pela construtora.
Lucro é a parcela destinada a remunerar o acervo de conhecimentos acumulados ao longo dos anos 
de experiência na atividade de atuação da empresa, a capacidade administrativa e gerencial, o co-
nhecimento tecnológico acumulado, treinamento e capacitação do pessoal técnico e administrativo, 
a capacidade de investir em novas áreas de atuação além do capital investido no negócio.
É importante que se adote o Lucro Bruto, que corresponde à soma do Lucro Líquido acrescido do Im-
posto de Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ mais a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL.
LB = LL + (IRPJ + CSLL)
3.5 BDI
O BDI é o rateio do Custo Indireto acrescido Lucro aplicado sobre o Custo Direto.
Preço unitário de Venda = custo unitário direto + (1 x BDI/100)
Custo 
+ Lucro
Preço de Venda
, onde:
A principal vantagem de se utilizar o novoBDI é que este percentual pode ser 
adotado inclusive nos casos de aditivos contratuais de preços.
Paulo Roberto Vilela Dias 21
4
Classificação de Custos: Direto e Indireto
Os custos podem ser classificados, para facilidade de elaboração da estimativa de custos, em Dire-
tos e Indiretos, gerando a seguinte fórmula para o Preço de Venda:
FÓRMULA DO PREÇO DE VENDA
Custo Direto
Custo Indireto (DI)
Custo Total
+ Lucro (B)
Preço de Venda
Podem-se adotar as seguintes definições para as variáveis da fórmula anterior:
O Custo Direto é obtido através dos consumos dos itens de custo facilmente mensuráveis na unidade 
de medição e pagamento dos serviços. A UNIDADE a ser considerada é a de medição e pagamento 
estabelecida para o serviço.
O custo direto além dos serviços que compõem o projeto de engenharia contemplará, também, os 
seguintes itens:
• Mobilização e Desmobilização da Obra;
• Instalação Provisória da Obra 
• Administração Local.
Alguns preferem criar, ainda, o item manutenção do canteiro de obras, que poderá ser incluído na 
Administração Local sem muita controvérsia.
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia22
1
2
3
1.1
1.2
1.3
1.4
2.1
3.1
Serviços Preliminares
Escavação
Fundações
Mobilização e Desmobilização 
da Obra 
 (conforme planilha anexa)
Instalação Provisória da Obra 
(conforme planilha anexa)
Administração Local 
(conforme planilha anexa))
Administração Local 
(conforme planilha anexa))
Escavação manual de vala
em material de 1ª categoria 
até 1,50 m de profundidade
Concreto dosado racionalmente 
resistência a compressão 15 Mpa
-
-
-
Gb
Gb
mês
mês
m³
m³
-
-
-
1
1
10
10
291
337
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Obra Data
Exemplo de Planilha de Quantidades
Item Discriminação unid.
Preço de Venda
Quantidade
Unitário Serviço
Paulo Roberto Vilela Dias 23
Podemos, por experiência profissional, definir faixas médias de variação das variáveis a seguir:
• Mobilização e Desmobilização da Obra (de 1 a 4%);
• Instalação Provisória da Obra (de 5 a 12%) e;
• Administração Local (de 10 a 30%). A tendência deste percentual é se aproximar do percentual máximo.
Lembramos que o mais importante é calcular os valores destas variáveis caso a caso.
O Custo Indireto é representado pelos itens de custo que não são facilmente mensuráveis na unidade 
de medição e pagamento dos serviços. As variáveis aceitas como integrante dos custos indiretos, são:
4.1 Variáveis do custo indireto:
• Administração Central (%)
• Tributos sobre a Nota Fiscal ou sobre o Preço de Venda (%) Custo Financeiro (%)
• Seguros (%)
• Garantia (%)
• Margem de Erro, Incerteza e Eventuais (%)
As empresas prestadoras de serviços de engenharia conhecem muito bem seus custos com estas 
variáveis, assim, caberá aos órgãos públicos através de auditoria identificar os valores médios das 
empresas a cada caso.
4.2 Definições de cada variável do custo indireto
4.2.1 Administração Central
Corresponde ao rateio do custo da sede da empresa dividido pelo custo total ou faturamento, pode-se 
calcular pela média mensal ou o total anual.
O percentual da Administração Central deverá ser obtido através de auditoria na contabilidade da em-
presa, ou no caso do BDI de Referência, por meio de estudo técnico realizado junto às empresas que 
atuam no órgão.
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia24
 4.2.2 Tributos sobre a Nota Fiscal
São os tributos incidentes sobre o preço de venda do serviço (ou da nota fiscal) e corresponde ao des-
crito a seguir:
ISS
COFINS 
PIS
Em virtude da aplicação da Lei nº 12.546/13 devemos incluir neste item o percentual relativo à contri-
buição previdenciária.
• Contribuição Previdenciária -> 2%
4.2.3 Custo Financeiro
Representa a recomposição monetária do capital da empresa aplicado no contrato. É geralmente ado-
tada a taxa média de inflação do período ou aquela prevista para ocorrer durante o prazo da obra.
4.2.4 Seguros e Garantia
A base legal da garantia contratual está definida na Lei Nº 8.666 de 21 de junho de 1.993, conforme se 
segue:
Art. 60 (Definições) - Para os fins desta Lei, define-se:
VI - Seguro-Garantia - o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações assumidas por empre-
sas em licitações e contratos;
Art. 31º A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a:
III - garantia nas mesmas modalidades e critérios previstos no “caput” e §10 do art. 56 desta Lei, limi-
tada a 5% (cinco por cento) do valor estimado do objeto da contratação.
Art. 56º A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento con-
vocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.
§ 10 Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia: (Redação dada 
pela Lei nº 8.883, de 1994)
Paulo Roberto Vilela Dias 25
I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma es-
critural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco 
Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da 
Fazenda; (Redação dada pela Lei nº 11.079, de 2004)
II - seguro-garantia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
III - fiança bancária. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 8.6.94)
§ 2º A garantia a que se refere o caput deste artigo não excederá a cinco por cento do valor do contrato 
e terá seu valor atualizado nas mesmas condições daquele, ressalvado o previsto no parágrafo 30 deste 
artigo. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 3º Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e 
riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela auto-
ridade competente, o limite de garantia previsto no parágrafo anterior poderá ser elevado para até dez 
por cento do valor do contrato. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 4º A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato e, 
quando em dinheiro, atualizada monetariamente.
§ 5º Nos casos de contratos que importem na entrega de bens pela Administração, dos quais o contra-
tado ficará depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor desses bens.
Seguros
Uma das modalidades de se prestar garantia contratual é contrair seguro junto às seguradoras exis-
tentes no mercado, e estes podem ser dos tipos apresentados adiante.
O seguro tem por objetivo garantir o cumprimento dos contratos de prestação de serviços, ficando 
excluídas, em consequência, penalidades contratuais sem rompimento destes.
Os tipos de seguros em serviços de engenharia de interesse no âmbito deste livro:
• Seguro Garantia
• Seguro de Responsabilidade Civil
• Seguro de Riscos de Engenharia
• Garantia Judicial
• BID BOND
• Aduaneiro / Importação Temporária
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia26
a) Seguros garantia de Engenharia
Seguro garantia visa caucionar os valores exigidos nos editais de licitações para propostas de preços e 
para contratos de execução de serviços de engenharia, fornecimento de bens e prestação de serviços.
• Seguro Garantia, pode ser definido como: Garantia do Concorrente, Garantia do Executante, Ga-
rantia de Perfeito Funcionamento e vários outros sem interesse no presente estudo.
• Garantia do Concorrente (bid bond), garante a proposta apresentada pelo vencedor de uma li-
citação, isto é, garante a indenização ao contratante do valor fixado na apólicese o vencedor da 
licitação pública não assinar o contrato de prestação de serviço previsto no edital e;
• Garantia de Executante ou Performance Bond, garante a indenização ao contratante dos prejuízos 
decorrentes da inadimplência do Tomador no cumprimento das obrigações assumidas no contrato 
até o valor previsto na apólice do seguro.
• Garantia de Perfeito Funcionamento (maintenance bond), garante o perfeito funcionamento de 
produtos fornecidos ou serviços prestados pelo tomador após a execução do contrato.
b) garantia de Retenção de Pagamentos (Retention Payment Bond),
c) Seguro de Responsabilidade civil (RC)
O seguro de Responsabilidade civil tem por objetivo reembolsar o segurado das quantias pelas quais 
vier a ser responsabilizado civilmente, em sentença judicial transitado em julgado. Cobre prejuízos 
referentes a materiais e pessoais causados a terceiros por negligência, imperícia ou imprudência da 
empresa.
As modalidades de Seguros de Responsabilidade Civil (RC) em construções são, principalmente:
• RC Geral;
• RC Obras Civis, Instalação e Montagem de Máquinas e Equipamentos;
• RC Produtos, referente ao controle de qualidade dos produtos ou serviços;
• RC Prestação de Serviços em Locais de Terceiros.
d) Seguros de Riscos de Engenharia
Os Seguros de Riscos de Engenharia oferecem para construtores, empreendedores, instaladores e 
montadores de equipamentos industriais cobertura de apólice contra acidentes de origem súbita que 
possam ocorrer durante a execução da obra. Um exemplo deste tipo de seguro é o Performance Bond.
Paulo Roberto Vilela Dias 27
4.2.5 Garantia: Caução e Retenção Contratual
• Caução
A caução visa à garantia de participação em editais de licitações e em contratos de execução de servi-
ços de engenharia, fornecimento de bens e prestação de serviços.
Os principais tipos de caução, de acordo com a Lei Nº 8.666/93, são: em dinheiro, fiança bancária e 
títulos da dívida pública. Pode ser coberto por um Seguro Garantia.
• Retenção
A retenção é outra modalidade de garantia de execução de contrato de serviço de engenharia e é repre-
sentado por um percentual retido de todo faturamento da empresa no referido contrato e que é devolvi-
do ao final do mesmo. Portanto, deve-se calcular o custo financeiro do recurso que fica retido. Deve-se 
calcular o custo em função do valor contratual, o prazo do serviço e a taxa de juros a ser admitida.
4.2.6 Margem de Incerteza, de Erro, Riscos e Eventuais.
Como mencionado anteriormente, uma estimativa de custos de um empreendimento de engenharia 
apresenta uma margem de erro, bem como, alguns pequenos riscos e eventuais que podem ser co-
bertos por esta variável.
Recomenda-se a princípio adotar a tabela sugerida pelo ICEC definida como “Margem de Erro de uma 
Estimativa de custos” e anteriormente apresentada.
4.3 Lucro Bruto
A Margem de Contribuição Bruta corresponde à Margem de Contribuição Líquida sugerida na proposta 
de preços acrescida do IRPJ – Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e CSLL – Contribuição Social sobre 
o Lucro Líquido.
É mais conveniente adotar-se o termo Margem de Contribuição, entretanto pode- se ainda, considerar 
como Lucro relativo ao contrato, uma vez que o lucro é obtido na contabilidade geral da empresa, e não 
em um único contrato.
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia28
Exemplo de cálculo do Lucro Bruto
Lucro Previsto Bruto = Lucro Previsto Líquido + TRPJ + CSLL
Obs.: Os Tributos sobre o Lucro e a Margem Líquida de Contribuição não devem ser discriminadas na 
proposta de preços enviada ao cliente.
Margem Líquida: 8%
Tributos sobre o Lucro: 4,12%
Margem Bruta: 12,12%
Fórmula de Cálculo dos Tributos sobre o Lucro 
LL -> Lucro Líquido
TL -> Tributos sobre o Lucro
 TL = [(LL/ (1-(IRPJ% + CSLL%)]-LL
LB - > Lucro Bruto
Conclusão : A inclusão em uma proposta de um Lucro = 12,12%, corresponde ao Lucro Real de 
8%, após o pagamento dos tributos sobre o lucro.
Administração Central (AC)
Seguros (S)
t = % ao mês
BDI Órgãos Público/Contratantes
Lucro Bruto (LB - LL + TL)
Margem de Incerteza e Erro (MIR)
COFINS
CSLL
Custo Financeiro (CF) 
CF = ((1+ t/100)n/30 -1) x 100
Garantia
ISS
IRPJ
n = dias
BDI Construtoras/Prest. de Serviços
Tributos sobre Receita (TR)
Lucro Líquido (LL)
PIS
Tributos sobre o Lucro (TL)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
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-
-
-
-
-
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-
-
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-
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-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Plano de Cálculo do BDI
Parcelas do BDI (%)
Valor do Contrato Convite Tomada de Preços Concorrência BDITADM
Paulo Roberto Vilela Dias 29
5.1 Cálculo do Coeficiente Multiplicador KBDI
KBDI = (1 + BDI /100)
Exemplo de cálculo do multiplicador KBDI
Por exemplo, se o BDI = 50%, consequentemente o KBDI = (1 + 50/100).
Assim,
Assim, temos que:
Isto é, podemos dizer que:
5
Definição de BDI
O Novo Conceito de BDI apresenta a vantagem de poder ser utilizada sem alteração em aditivos 
contratuais. Outra vantagem, também importante é que as variáveis são todas especificadas em 
percentuais tornando a fórmula do BDI clara e tecnicamente perfeita.
Fórmula de Cálculo do BDI
Custo Direto
KBDI = 1,5
Custo Indireto (DI)
Custo Total
+ Lucro (B)
Preço de Venda
O BDI é o rateio do Custo Indireto mais o Lucro Bruto aplicado
sobre o Custo Direto.
Preço Unitário de Venda = Custo Unitário Direto x KBDI
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia30
5.2 BDI sobre a Mão de Obra em Serviços de Consultoria
Em consultoria é comum que se adote o Coeficiente Multiplicador somente sobre a Mão de Obra 
(KMO] e sobre os Serviços Gerais (KSG) conforme a seguinte fórmula:
Exemplo de Cálculo:
ES (Encargos Sociais) = 120% ou 1,2 sobre o salário mensal
KBDI = 1,5
KMO = (1 + 1,2) x 1,5
KMO = 3,45
5.3 Cálculo do BDI exclusivo para fornecimento de materiais significativos KBDI
Em algumas situações pode-se solicitar que se calcule um BDI exclusivo para aplicação sobre o forne-
cimento de materiais que se enquadrem na Faixa A da Curva ABC.
O cálculo do BDITADM é composto pelas mesmas variáveis do BDI de serviços, porém, pode-se, em cada 
caso, adotar valores diferentes e menores destas variáveis.
 O KTADM representa, da mesma maneira que anteriormente citado, (1 + BDI/100).
Tecnicamente, não estamos de acordo com a utilização do BDI exclusivo para aplicação sobre o forne-
cimento de materiais.
Para Mão de Obra = KMO = ( 1 + ES ) x KBDI
Para Serviços Gerais = KSG = ( 1 + BDI/100 )
Paulo Roberto Vilela Dias 31
6
Classificação dos Custos
Os custos envolvidos, divididos pelas suas exigências legais e técnicas, são as seguintes:
• Mão de Obra; 
• Materiais; 
• Equipamentos leves e pesados; 
• Veículos de passeio, ônibus e de carga; 
• Margem de Erro, Riscos e Eventuais; 
• Custo Financeiro; 
• Seguros; 
• Garantia; 
• Tributos sobre a Receita
6.1 Custo da Mão de Obra
A mão de obra deve ser dividida nos seguintes itens:
 • Salário; 
 • Encargos Sociais e Trabalhistas 
 - INSS, 
 - FGTS, 
 - SAT (Seguro de Acidentes do Trabalho) ou RAT (Risco Ambiental do Trabalho), 
 - Salário Educação, 
 - 13º Salário, 
 - Férias, 
 - Aviso Prévio, 
 - Rescisão sem Justa Causa, 
 - Feriados, 
 - Repouso Semanal Remunerado, 
 - Entre outros
Obs.: O artigo 10 da Lei Nº 10.666/2003 que modificou as regras do SAT – Seguro de Acidentes do Tra-
balho, introduzido em janeiro de 2010 pode elevar significativamente o RAT ou SAT.
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviçosde Engenharia32
A princípio os novos percentuais seriam os seguintes, com a inclusão de FAP variando de 0,5 a 2:
SAT atual = SAT anterior x FAP
Percentuais do RAT com Inclusão do FAP - Fator Acidentário Prevenção
• Encargos Complementares 
 - Benefícios, previstos nas convenções coletivas: 
 - alimentação (café da manhã, almoço, lanche ou jantar), 
 - Assistência Médica, 
 - seguro de vida, 
 - Vale Transporte, 
 - Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho: 
 - Consultas e Exames Médicos, 
 - EPI – Equipamentos de Proteção Individual e 
 - EPC – Equipamentos de Proteção Coletivos;
• Outros Encargos 
 - Periculosidade (30% sobre o salário básico do profissional) 
 - Insalubridade (10, 20 ou 40% sobre o salário mínimo nacional)
• Outros custos próprios de uma determinada Convenção Coletiva.
6.1.1 Cálculo dos Dias Úteis Médios por Mês
A fim de calcular a produção mensal dos profissionais da construção civil é necessário definir os dias 
úteis médios por mês, conforme demonstrado a seguir:
SATAnterior
1%
2%
3%
RATMáximo
2%
4%
6%
Domingos = 52
Aviso Prévio = 7
Sábados = 52
Feriados = 12
Dias de enfermidade = 5
( A ) Total de dias por ano calendário = 365
Cálculo dos dias não trabalhados por ano:
Férias = 30 (não adotado)
Paulo Roberto Vilela Dias 33
( B ) Total de dias não trabalhados por ano = 128
( C ) Total de dias úteis por ano ( A ) – ( B ) = 236
( D ) Total de dias úteis por mês ( C ) ÷ 12 = 19,7
Adotaremos 20 (vinte) dias úteis em média por mês.
*Caso adotássemos o item ‘’Férias’’ teríamos em média 17,2 dias por mês
6.1.2 Encargos Sociais Aplicados por Órgãos Públicos
Nos Preços de Referências de licitações públicas devemos, por simplicidade, considerar como 
GRUPO D, os itens referentes aos Encargos Complementares, isto é:
• Alimentação (café da manhã, almoço, lanche ou jantar) e vale alimentação; 
• Assistência Médica, 
• Seguro de vida, 
• Vale Transporte, 
• Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho: 
• Consultas e Exames Médicos e 
• EPI – Equipamentos de Proteção Individual.
6.1.2 Encargos Sociais Aplicados a Empresas de consultoria
Tendo em vista que as Convenções Coletivas de Trabalho dos profissionais das empresas de con-
sultoria, projetos e gerenciamento, estabelecem um número inferior a 44 horas de trabalho por 
semana, devemos calcular o percentual de Encargos Sociais em função de cada caso.
6.1.3 Encargos Sociais Aplicados a Empresas de Petróleo e Outras
O Regime de Trabalho na Indústria do Petróleo é determinado pela Lei Nº 5.811/72
Estes serviços geram encargos do tipo:
• Revezamentos em turnos de 8 ou 12 horas 
• 24 h de repouso a cada turno 
• Máximo de 15 dias consecutivos de trabalho 
• Sobreaviso 
• Ausência de repouso de 1 hora ou descanso no horário do almoço
Assim, agregando estes custos aos Encargos Sociais básicos os profissionais que atuam na indús-
tria do petróleo alcançam mais de 230% de Encargos Sociais Total sobre o salário mensal.
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia34
6.2 Custo de Materiais
Dentro dos custos dos materiais, além do fornecimento e tributos aplicáveis, devem ser conside-
rados a logística, isto é, embalagem, transporte, armazenamento e seguro.
No Capítulo 5 do livro “Uma Metodologia de Orçamentação para Obras Civis” está apresentado o 
modo correto de elaboração de Pesquisa de Mercado de preços de materiais.
6.3 Equipamentos Leves e Pesados;
Em função da vida útil dos equipamentos é necessário se converter o valor de aquisição dos equipa-
mentos em custo horário para serem utilizados nas composições de custos unitários dos serviços.
6.3.1 Equipamentos Leves ou Bens Patrimoniais
Encontram-se neste caso os seguintes bens:
Equipamentos de topografia, laboratório de solos, asfalto ou de materiais, microcomputador, im-
pressora, plotter e outros. Os mesmos estão descritos na tabela “Vida Útil de Itens Patrimoniais”, 
apresentada no capítulo 6 do livro “Cálculo do Preço de Venda de Serviços de Engenharia e Arqui-
tetura Consultiva”, reproduzida, também, no item 6.35. deste capítulo.
6.3.2 Cálculo do Custo de Bens Patrimoniais
Caberá ao engenheiro de custos, após a elaboração da planilha de quantidades, elaborar uma lis-
tagem contendo todos os itens patrimoniais necessários à pesquisa de mercado de preços.
Estão considerados nesta categoria os softwares largamente utilizados nestes tipos de contrato e 
que oneram sobremaneira os custos dos contratos, uma vez que apresentam valores de compra 
elevados.
Para cálculo do custo de utilização de veículos automotores, sugere-se que a metodologia apre-
sentada no Capítulo 7, do livro.
6.3.3 Pesquisa de Mercado de Itens Patrimoniais
A pesquisa de mercado para conhecimento do valor de aquisição dos bens patrimoniais será feita 
na região sede da empresa ou onde se desenvolverão os serviços ou outra qualquer de interesse.
Da pesquisa de mercado, deve constar, principalmente, com no mínimo três fornecedores distin-
tos, os seguintes dados:
Os volumes dos insumos a serem comprados influenciam diretamente o custo da obra.
Para tanto é fundamental estudar a curva Abc.
Paulo Roberto Vilela Dias 35
• Descrição detalhada do item, 
• Preço de fornecimento, incluindo todos os tributos, frete e embalagem, por fornecedor; 
• Prazo de entrega e disponibilidade, 
• Condições de pagamento.
Apresenta-se no Capítulo 5 do livro “Uma Metodologia de Orçamentação para Obras Civis” o mode-
lo do mapa de Coleta de Preços visando facilitar a elaboração da pesquisa de mercado.
Entendem-se como bens patrimoniais, itens de consumo que não se desgastam em um único con-
trato, ou seja, são reutilizados em vários serviços distintos.
Uma vez que esses bens são comprados pela prestadora de serviço e tem um tempo de vida útil 
determinado, caberá sempre que utilizado, ser considerado como custo de produção do serviço. 
Poder-se-ia denominar que este valor representa um aluguel, pelo emprego do item patrimonial 
no contrato.
Em alguns serviços, objeto deste livro, é comum constar da planilha de quantidades os seguintes 
equipamentos, quando necessária a utilização dos mesmos como bens patrimoniais.
• Microcomputadores, 
• Impressoras e Plotteres, 
• Softwares, 
• Aparelhos de Fax ou Telefone ou Rádio Comunicador, 
• Móveis e Utensílios (Mesas, Cadeiras e Armários), 
• Equipamentos de Topografia ou de Laboratório, 
• Televisão, Antena Parabólica ou de Qualquer Natureza, 
• DVD, 
• Banheiro Químico, 
• Canteiro de Obras Metálico, 
• Ferramentas Manuais, 
• Filtro de Água e 
• Máquina de Café.
Assim, é necessário que se defina o custo de aluguel destes itens, cuja propriedade é da própria 
prestadora de serviços. No caso da empresa não possuir o bem, deverá efetuar cotação no mer-
cado para locação.
A fórmula de cálculo que deve ser aplicada para a determinação do custo dos bens patrimoniais 
está apresentada a seguir:
BP = DEPRECIAÇÃO (D) + JUROS (J) + MANUTENÇÃO (M) + CUSTO OPERACIONAL (CO)
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia36
Definição das variáveis dos itens de cálculo de custo dos bens patrimoniais:
• DEPRECIAÇÃO – é a parcela referente à perda de valor do bem patrimonial em decorrência do 
uso ou obsolescência;
• JUROS – corresponde a remuneração do capital investido na aquisição do bem patrimonial;
• MANUTENÇÃO – é a parcela por meio da qual se mantém o patrimônio em perfeitas condições de 
utilização. Divide-se em custos com mão de obra especializada e peças de reposição e;
• CUSTO OPERACIONAL – é a utilização do bem patrimonial compreendendo os custos neces-
sários à sua operação (energia elétrica ou combustível), se utilizada a energia elétrica podemos 
desconsiderar este custo, pois, estará incluso na Administração Localou Central.
6.3.4 Fórmulas de Cálculo das Parcelas que Compõem o Custo de Bens Patrimoniais
Enfatiza-se, portanto, que a energia elétrica necessária à utilização dos equipamentos ou apare-
lhos poderá ser computada no custo da administração do contrato.
Os valores necessários, em cada situação, isto é, no caso de impressoras, substituição de cartu-
chos, papel próprio para impressão e outros devem ser computados em item próprio a ser apro-
priado em outro ponto da estimativa de custos, isto é, “Material de Consumo”.
6.3.5 Vida Útil de Bens Patrimoniais
Apresenta-se, a seguir, uma tabela de valores para a vida útil de vários bens patrimoniais, entre-
tanto, outros fatores como o tempo de contrato ou a possibilidade de se reutilizar o equipamento 
em outros contratos, levam o engenheiro de custos a adotar tempos de vida útil distintos daqueles 
descritos.
DEPRECIAÇÃO = Valor de Aquisição ÷ Vida Útil
JUROS = ( Valor de Aquisição x Taxa Anual de Juros ) ÷ 12
MANUTENÇÃO = ( 0,5 x Valor de Aquisição ) ÷ Vida Útil
CUSTOS OPERACIONAIS não devem ser computados uma vez que correspondem ao 
custo de energia elétrica e é mais adequado se definir este valor pela conta global da 
concessionária de energia.
Paulo Roberto Vilela Dias 37
Tabela de Vida Útil dos Bens Patrimoniais
A Taxa de Juros a ser adotada será entre 10 e 12% ao ano.
Microcomputadores e Impressoras
Notebooks
Ferramentas Manuais
Ploteres e Datashow
Softwares
DVD
Móveis e Utensílios
Canteiro de Obras Metálico
e Banheiro Químico
Equipamentos de Topografia
ou de Laboratório
Aparelhos de Fax ou
Telefone fixo ou celular
Máquina de Café, TV, Antena 
e Filtro de Água
24
24
18
24
18
48
48
36
48
48
48
36
36
36
48
24
60
60
48
60
60
60
ITEM PATRIMONIAL
VIDA ÚTIL (meses)
MÉDIA MÁXIMA
Fonte: O próprio
6.3.6 Taxa de Juros
A taxa de juros a ser adotada no cálculo do custo dos bens patrimoniais deve estar entre 10 e 12% ao ano.
Aconselha-se que quando for o caso, por exemplo, para equipamentos de informática consultar no 
mercado os valores do custo de manutenção mensal (fixa) e corretiva (eventual, com substituição 
de peças e componentes).
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia38
6.4 Veículos de passeio, ônibus e de carga, por km e por mês e por hora.
Os Capítulos 6 e 8 do livro “Uma Metodologia de Orçamentação para Obras Civis” apresentam a 
metodologia de cálculo do custo com veículos, para fins de utilização em estimativas de custos 
de empreendimentos de engenharia.
Tais custos podem ser nas seguintes unidades:
• quilômetro;
• mensal;
• horário;
• veículos de carga por ton e por m³ e;
• momento de transporte (ton x km ou m³ x km).
Estão apresentadas, ainda, formas de cálculo das fórmulas de transporte, a fim de abreviar o 
tempo de elaboração da estimativa de custo.
6.5 Custo Indireto
As variáveis incluídas no Custo Indireto, a saber, Margem de Erro, Riscos e Eventuais, Custo Fi-
nanceiro, Seguros, Garantia e Tributos sobre a Receita, então descritas no item 4.2 deste livro.
6.6 Custo Financeiro
O Custo Financeiro corresponde ao percentual que representa a correção da moeda entre a data 
média de desembolso e a de recebimento específico de cada contrato. Para sua determinação 
pode ser adotada a seguinte fórmula:
i é a taxa de juros de mercado ou de correção monetária, em porcentagem ao mês. Sugere-se 
adotar a taxa referente à SELIC ou sua projeção para o período contratual. 
n é o número de dias decorridos entre o centro de gravidade dos desembolsos e a efetivação do 
recebimento contratual
O Custo Financeiro é importante uma vez que geralmente o período de pagamento dos contratos 
é superior a 30 dias, e sendo a taxa de juros mensal, há a necessidade de se cálculo do mesmo.
CF = [ ( 1 + i / 100 )(n ÷ 30) - 1 ] x 100, onde:
Paulo Roberto Vilela Dias 39
6.7 Custos Criados
O engenheiro orçamentista deve ficar atento aos novos custos e tributos pelos governos, federal, 
estadual e municipal, que terão que ser incorporados a Estimativa de Custos das obras e serviços.
Assim, a cada estimativa de custos devemos verificar se houve alguma alteração na legislação.
6.8 Estimativas de custos de Empreendimentos de Engenharia no Brasil - utilizado 
por Órgãos contratantes
Os contratantes do serviço de engenharia utilizam uma metodologia simplificada para calcular 
custos de um empreendimento, e que necessita em um Preço de Referência, a fim de atender a 
Lei Nº 8.666/93 – das Licitações. Aos prestadores de serviços resta à estimativa de custos pelo 
método da quantificação, metodologia pouco mais precisa.
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia40
7
Ótica do Cálculo do Preço de Venda
7.1 Preço de Referência (Órgão Contratante)
De acordo com a Lei Nº 8.666/93 é obrigatória a definição de um Preço de Referência para o empre-
endimento.
O Preço de Referência consiste na aplicação de custos unitários diretos genéricos oriundos de ta-
belas oficiais ou publicações especializadas e que são multiplicados por uma taxa de BDI fixada, de 
acordo com a ciência internacional de custos.
Neste caso, as variáveis adotadas nas composições de custos unitários são médias de mercado, 
portanto, não representam a especificidade de um projeto em questão. O BDI fixado deve considerar 
a fórmula aqui apresentada, adotando-se variáveis, também, médias de mercado.
Cabe ao administrador público garantir o “preço socialmente justo” ao empreendimento, caso con-
trário o prejuízo é da sociedade.
Por sua natureza este procedimento apresenta uma margem de erro mais elevada que a apresenta-
da na tabela do ICEC. Assim, deverão ser procedidos ajustes nas composições de custos unitários, 
quando estas não se aplicam às especificidades da obra, quanto ao índice de produtividade adotado. 
Este procedimento garante autenticidade e paridade dos custos com o grau de dificuldade da obra 
em questão.
O Preço de Referência calculado de acordo com as características
atuais dos órgãos públicos geram uma margem de erro elevada,
que deve ser corrigida pelo Gestor.
Cabe ao Administrador Público estabelecer o Preço de Referência da licitação, em função de to-
das as características do projeto de engenharia, da localização e da logística de materiais e mão 
de obra.
Paulo Roberto Vilela Dias 41
As composições de custos unitários de serviços de eventuais tabelas utilizadas
e o BDI adotado deverão ser alteradas para adequação ao projeto em questão.
Quanto ao cálculo do percentual de BDI, além de seguir as orientações da Engenharia de Custos, 
deve o órgão contratante buscar representar, da forma mais aproximada possível, o BDI real das 
empresas prestadoras de serviços de engenharia.
Modelo de Composição Analítica de Custo Unitário de Serviço
SERVIÇO: Emboço (m²)
Insumo
Custo Unitário Direto
BDI
Unid Coeficiente
Servente h 1,3
Pedreiro h 1,1
Argamassa
OBS: Preço unitário de venda.
A produtividade subentendida nesta composição é de 1 m² por hora.
m³ 0,003
OBS: A composição analítica ou física não apresenta o preço dos insumos, somente os coeficien-
tes de produção.
7.1.1 Modo Correto de Utilização das Tabelas Oficiais
Na manutenção e implantação das tabelas oficiais e referenciais, SINAPI, SICRO e EMOP, é obrigatório: 
• Realizar audiências públicas prévias;
• Eleger Comissão mista prévia e de acompanhamento periódico (no máximo trimestral), na 
qual devem participar além dos órgãos públicos a sociedade organizada.
• Recomendações de utilização acompanhadas de manuais oficiais. 
A tabela oficial serve para uso exclusivo do órgão público que a elaborar e tem como objetivo estimar 
o preço de referência do empreendimento, servindo de preço base à licitação.Os preços de referência das obras e os preços unitários encontrados pela metodologia das tabelas 
oficiais são apenas referenciais e não devem ser determinantes para contratação de serviços, pelos 
órgãos públicos.
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia42
Os preços unitários dos serviços apresentados em qualquer proposta são de uso exclusivo da em-
presa licitante e representa o custo do empreendimento orçado. 
Os “Preços Globais de Referência” obtidos através do emprego de Tabelas Oficiais devem ser con-
siderados com uma margem de erro significativa, não podendo em hipótese alguma, representar 
o valor máximo da obra ou de contratação. A não ser que no cálculo do BDI se inclua uma variável 
denominada “Margem de Incerteza ou de Erro ou Eventuais”;
As tabelas oficiais adotadas no cálculo do preço de referência devem garantir às empresas a possi-
bilidade de terceirizar a contratação da mão de obra e equipamentos, principalmente em momento 
de baixo volume de serviços, ou no caso de máquinas de pouca utilização anual pelas mesmas. 
As estimativas de custos elaboradas pelos órgãos públicos não levam em consideração, caracte-
rísticas particulares tais como, produtividade da Mão de Obra local, clima, tipo de solo, topografia 
região e outras variáveis.
Sugere-se que se permita que o preço unitário de um serviço seja até 30% superior ao estabele-
cido pelo contratante, quando adotada a sistemática das tabelas oficiais. Quanto ao preço global 
deve-se admitir uma variação de no mínimo 10%, a título de “margem de erro, risco etc.”
As “Tabelas de Custos Diretos Oficiais”, meras composições de custos unitários
genéricas, não podem servir como meio de contratação de serviços.
O preço unitário dos serviços é de exclusividade das construtoras , após elaborar
o CUSTO do mesmo. Portanto, é obrigatório que se permita que o preço
unitário contratual seja superior ao tabelado.
Em razão do exposto a LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias deve ser alterada
para que se enquadre na ciência de custos.
Paulo Roberto Vilela Dias 43
7.1.2 Preços de Referência nas Licitações Públicas estão Subdimensionados
Os órgãos públicos devem obrigatoriamente apropriar os custos sociais sobre a mão de obra, entre 
outros, café da manhã, almoço, assistência médica, seguro de vida e aplicação da NR – Normas 
Regulamentadoras do Ministério do Trabalho (EPI e Consultas e Exames Médicos).
Até esta data, raríssimos são os órgãos que apropriam estes custos aos Preços de Referência das 
licitações. Assim, os valores estabelecidos pelos contratantes nos preços de mão de obra, dentre 
outros, estão subdimensionados, causando grande prejuízo às prestadoras de serviços.
Evidenciam-se, portanto, várias outras razões que elevam mais ainda o subdimensionamento dos 
Preços de Referência de obras públicas, até o momento calculado em aproximadamente 20%. 
7.1.3 Uma Tabela de Custos atende ao Objetivo a que foi Proposta
É rigorosamente importante se afirmar que uma tabela de custos elaborada para atender deter-
minada tipologia de obra, só poderá ser utilizada em obras com mesmas características.
Assim, uma tabela de custo de rodovias não pode ser adotada em orçamentos de obras de infraes-
trutura aeroportuária ou de infraestrutura urbana.
7.1.4 Análise das Diferenças Existentes entre uma Tabela de Custos 
Rodoviários e Urbanas
• Análise de interferências:
Conhecidas
- Rede de água e esgoto
- Telecomunicações
Desconhecidas
- Má qualidade das informações disponíveis pelas concessionárias e prefeituras;
- Interferência com utilização simultânea da via, pedestres e veículos com acesso as garagens e;
- Área disponível reduzida para canteiro e execução das obras.
 • Redução de Produtividade, a fim de:
- Garantir movimentação de pedestres e veículos pela via
- Proteção de pedestres e de veículos
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia44
O custo do serviço da obra viária urbana é em geral mais elevado que o da rodoviária.
O volume de serviço interfere no seu preço unitário.
Cabe ao prestador de serviço de engenharia determinar o preço unitário de
cada serviço por suas apropriações de campo, pela sua experiência anterior e
conhecimento do atual projeto.
7.1.5 Interferência da Quantidade de Serviço no Preço Unitário
Quanto menor o volume de serviço a ser realizado maior é o preço unitário, principalmente, em 
razão da redução da produtividade seja da mão de obra ou da equipe mecânica.
Assim, a escala de serviços é fator preponderante do custo.
7.2 CUSTO (Construtora ou Prestadora de Serviço)
Quando o prestador de serviço elabora a estimativa de custos de um empreendimento, o mesmo 
adota composições de custos unitários diretos específicos para o projeto. Da mesma forma torna 
o cálculo do custo indireto (permite o cálculo do BDI) específico para o projeto.
A definição de todas as variáveis é exclusivamente para o projeto em questão (salários, encargos 
sociais, materiais, tributos e cálculo do BDI).
Jamais o prestador de serviço poderá se valer de tabelas ou revistas especializadas para definir o 
preço de venda de um empreendimento, sem o devido ajuste dos custos da obra objeto do orçamento.
O Preço de Venda de um serviço de engenharia é calculado pelo seu custo, porém é também 
influenciado, muito em função do mercado específico no qual a empresa atua, uma vez que em 
última análise o preço é baseado na concorrência.
Paulo Roberto Vilela Dias 45
BDI (%)
(1 + CF + AC + S + G + MI )
BDI =
1 - ( TM + TE + TF + LB )
O BDI não tem média nem máximo. É justificado pela análise das variáveis que o compõem.
As variáveis aplicadas sobre o custo devem ser dispostas no numerador da fração, enquanto que 
aquelas definidas sobre o preço de venda estarão no denominador.
Variáveis incidentes sobre o custo
• CF → Custo Financeiro
• AC → Administração Central
• S → Seguros
• G → Garantia
• MI → Margem de Incerteza ou de Erro (somente para Contratantes)
Variáveis incidentes sobre o preço de venda
• TM → Tributos Municipais
• TE → Tributos Estaduais
• TF → Tributos Federais
• LB → Lucro Bruto
8
Prática de Cáculo do BDI
8.1 Metodologia de Cálculo do BDI
O BDI é a aplicação dos custos incidentes sobre o Custo Direto e sobre o Preço de Venda na fórmula 
apresentada a seguir.
(( ) )-1 x100
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia46
O BDI é principalmente função do valor do contrato, apesar de ser levemente influenciado, ainda, 
pelo prazo, localização, dificuldades de execução e exigências do Edital de Licitações.
O BDI deve ser calculado pelo contratante conforme as faixas de valores de contratação das obras.
Faixas propostas para o cálculo do BDI (segundo Projeto de Lei em tramitação no Senado Federal 
Nº PLC-32/2007) ou os valores em vigor:
Faixas de Aplicação do BDI
Faixa 1 - Até R$ 340.000,00
Faixa 2 - De R$ 340.000,01 a R$ 3.400.000,00
Faixa 3 - Acima de R$ 3.400.000,01
8.2 BDI sobre Fornecimento de Materiais
No caso em que o valor dos materiais representarem significativa parcela dentro do valor do con-
trato, ocorre dos órgãos públicos exigirem um BDI diferenciado para os mesmos. Para estes ca-
sos, criou-se a Orientação Técnica IBEC N°02/2010, de maneira a seguir a determinação legal. 
8.3 Valores de BDI por Faixas de Valores do Contrato
A tabela a seguir sugere os valores percentuais do BDI possíveis e prováveis em contratos de ser-
viços de engenharia para Contratantes.
Valores Empíricos de BDI
Faixas
Mínimo Médio TAdm
Valores de BDI (Serviços) Percentuais de BDI (%)(Fornecimentos)
Faixa 1
Faixa 2
Faixa 3
Consultoria
35%
30%
30%
50%
45%
40%
35%
55%
24%
21%
18%
25%
OBS: 1- O BDI obrigatoriamente deve ser calculado por cada propostade preço.
2- Nestes valores está incluída a Margem de Erro, entre 5% e 10%.
3- BDI para Construtores: deve-se reduzir a tabela entre 5% e 15%, em razão da inclusão da 
margem de erro.
Paulo Roberto Vilela Dias 47
8.3 Mobilização e Desmobilização da Obra, Instalações Provisórias 
 e Administração Local
Pela nova sistemática de cálculo do BDI os serviços referentes à Mobilização e Desmobilização da 
Obra, às Instalações Provisórias do Canteiro e à Administração Local deverão constar da Planilha de 
Quantidades da obra.
 As unidades de medição e pagamento destes serviços poderão ser:
 • Mobilização e Desmobilização da Obra, preço global;
 • Instalações Provisórias do Canteiro, preço global e;
 • Administração Local, mês.
No Livro “Novo Conceito de BDI”, estão publicados os modelos de planilhas para estes serviços.
Os modelos destas planilhas também podem ser encontrados na Orientação Técnica sobre BDI pu-
blicada no site do IBEC.
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia48
9
Composição do Preço de Venda
de um Serviço de Engenharia
O gráfico mostra a constituição média do preço de venda de um serviço de engenharia, que corres-
ponde a seguinte fórmula.
Preço de Venda = Custo Direto + Custo Indireto + Lucro Bruto
BDI = Custo Indireto + Lucro
COMPOSIÇÃO DE PREÇO DE VENDA
O BDI corresponde à soma do Custo Indireto mais o Lucro.
CUSTOS
DIRETOS
CUSTOS
INDIRETO
LUCR
O
BD
I
Paulo Roberto Vilela Dias 49
10
Data Base do Preço de
Referência da Licitação
10.1 Base Legal
A base legal para definição da data base do Preço de Referência da licitação está na Lei Nº 8.666/93.
CAPÍTULO III - DOS CONTRATOS
SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
 Art. 55 - São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
 III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajus-
tamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obriga-
ções e a do efetivo pagamento.
Nossa consideração sobre este tema é clara: a data base do Preço de Referência da Licitação no mí-
nimo será a data da entrega da proposta de preços pelos licitantes, assim, caberá ao poder público 
atualizar o valor do serviço até esta data, caso esteja adotando tabela elaborada para mês anterior.
A atualização poderá ser realizada por meio de índices de reajuste da FGV – Fundação Getúlio Var-
gas, ou setoriais, regionais e outros.
Não é aceitável que a data base de reajustamento do contrato
esteja defasada da data do preço de referência.
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia50
A data base do Preço de Referência da Licitação deverá
coincidir com a do reajuste do contrato.
 No caso do orçamento da licitação apresentar data de elaboração inferior à data da licita-
ção, cabe ao órgão contratante atualizar o orçamento.
 Os principais problemas, com efetivo reflexo negativo no preço de referência dos orçamen-
tos públicos, são:
• Data base do preço de referência anterior a data base de início de contagem do prazo de 
reajustamento ;
• Data base do preço de referência anterior a data de início dos serviços, ou seja, permite 
que uma defesagem entre os preços dos insumos adotados na proposta de preços e o efetiva-
mente pago e;
• Pagamento dos serviços com atraso sem a devida atualização monetária.
10.2 Atualização do Preço de Referência e Reajustamento Contratual
 O Preço de Referência da licitação obrigatoriamente deverá ser atualizado para a data da 
licitação, bem como, a data base do reajustamento contratual deverá ser referenciada a esta mes-
ma época. Caso contrário haverá uma perda financeira para a contratada.
 Assim, a data base das propostas de preços dos licitantes deverá ser a mesma do Preço de 
Referência da Licitação.
Paulo Roberto Vilela Dias 51
Não é razoável adotar em auditorias as tabelas oficiais de composições de custos 
unitários diretos de serviços, sem uma análise séria de compatibilidade entre os serviços 
especificados no sistema referencial e o efetivamente executado.
O auditor de obras públicas deve conhecer a Engenharia de Custos e obter experiência 
profissional prática em obras. Estudar gestão é muito importante, porém, não tornam as 
auditorias mais eficientes ou isentas de erro.
O auditor de obras, além de ser profissional da engenharia, deverá ser profissional experiente e 
compatível com o tipo de construção a ser auditada. Por exemplo: engenheiro civil para obras civis, 
engenheiro elétrico para esta área e assim por diante.
A incidência de errar aumenta à medida que são impostas a utilização, sem nenhuma análise téc-
nica específica, dos custos unitários tabelados. 
11
Auditoria em Obras Públicas
11.1 Metodologia Atual de Auditoria de Obras
Inicialmente temos convicção de que as tabelas oficiais (SINAPI, SICRO e outras) não são efetiva-
mente a solução eficiente para a elaboração de auditorias de obras, principalmente, como veem 
sendo utilizadas pelos órgãos auditores, muitas vezes de forma equivocada. 
Repetindo e confirmando o expressado anteriormente:
As composições de custos unitários de serviços de tabelas são genéricas, jamais podendo ser 
adotadas como preço de serviço, pois servem apenas para o cálculo do preço de referência da lici-
tação, apesar da margem de erro constatada. A produtividade da mão de obra e dos equipamentos, 
os preços e logística dos materiais, as condições locais (tipo de relevo e tipo de solo e etc) e, ainda, 
as características da empresa executora devem ser levadas em consideração pelo auditor.
Assim, caberá ao auditor, de acordo com o estabelecido na metodologia de cálculo do preço de venda 
designado por “correlação” definir o coeficiente de correção“α”.
Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Serviços de Engenharia52
11.2 Responsabilidade do Analista ou Auditor 
 (ART – Anotação de Responsabilidade Técnica)
Pela enorme responsabilidade da função e de acordo com os princípios que regem as profissões 
reguladas no CONFEA, deve-se exigir que os auditores, ocupem cargo técnico de engenharia ou 
então sejam obrigados a emitir a ART tornando-se, assim, passíveis da aplicação das medidas 
previstas em nosso Código de Ética da classe.
Apesar da excelente capacidade de seus profissionais, os auditores não podem ficar impunes aos 
seus erros e dos prejuízos financeiros que causam a sociedade brasileira.
11.3 - Critério de Auditagem Recomendado (Resumidamente)
Só existe uma metodologia de auditoria de obras que possa garantir acurácia na análise do con-
trato existente, e que se denomina “Custo de Reprodução”.
Esta corresponde ao custo necessário para reproduzir uma construção, de acordo com suas pe-
culiaridades.
11.3.1 - Custo de Reprodução da Construção
O Custo de Reprodução identifica o custo da obra ou de suas partes por meio de custos unitários 
diretos dos serviços similares e análise do BDI apresentado pela em- presa executora. Deve-se 
garantir que o levantamento das quantidades de serviços e respectivos custos diretos e indiretos 
sejam aplicáveis ao contrato em análise.
Quanto mais completo o projeto de origem, mias precisa será a auditoria.
11.4 - Etapas da Auditoria
Uma auditoria bem sucedida é aquela que concilia a experiência profissional do auditor no tipo de 
obra em análise e seu domínio na ciência de custo. Aplicar as tabelas oficiais existentes com mui-
ta parcimônia e conhecimento do que representa a composição genérica (da Tabela) e o serviço 
que está sendo executado. É obviamente, a diferença técnica entre os dois casos.
Resumidamente as etapas de uma auditoria de obra eficiente, são as seguintes:
Paulo Roberto Vilela Dias 53
• Análise do Projeto que deu origem à Estimativa de Custos do Empreendimento - efetivamente 
o orçamento

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