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Artigo TCC Farmácia Entrega2

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANGÉLICA MARÍLIA DA COSTA SILVA 
BRUNA NATÁLIA DE SOUZA 
DANIELE VILELA RIBEIRO 
KAREN SILVA BEZERRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uso indiscriminado dos benzodiazepínicos: uma revisão de literatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOVA IGUAÇU 
2022 
 
ANGÉLICA MARÍLIA DA COSTA SILVA 
BRUNA NATÁLIA DE SOUZA 
DANIELE VILELA RIBEIRO 
KAREN SILVA BEZERRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
USO INDISCRIMINADO DOS BENZODIAZEPÍNICOS: UMA REVISÃO DE 
LITERATURA 
 
 
 
 
 
Artigo apresentado à disciplina de Trabalho de 
Conclusão de Curso em Saúde, do curso de 
Farmácia da Universidade Estácio de Sá, como 
um dos pré-requisitos à obtenção do título de 
Bacharel em Farmácia. Orientadora: Prof. Me. 
Pâmella Sampaio. Disciplina PTCC: Prof. Me. 
Alexandro Alves Ribeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOVA IGUAÇU 
2022 
 
USO INDISCRIMINADO DOS BENZODIAZEPÍNICOS: UMA REVISÃO DE 
LITERATURA 
 
Angélica Marília da Costa Silva1 
Bruna Natália de Souza2 
Daniele Vilela Ribeiro3 
Karen Silva Bezerra4 
 
 
RESUMO 
 
Introdução: Os benzodiazepínicos são os psicotrópicos mais usados de forma indiscriminada 
no mundo. O consumo deles pode acarretar alterações no comportamento, como também levar 
à dependência psíquica e/ou física, resultando muitas vezes em complicações pessoais e sociais 
graves. O uso dos benzodiazepínicos devem ocorrer por um curto período de tempo. O uso a 
longo prazo afetará o processo de dependência. Objetivo: Demonstrar as consequências e os 
efeitos decorrentes do uso indiscriminado dos benzodiazepínicos Materiais e métodos: Foi 
realizado um levantamento bibliográfico, nos indexadores SCIELO (Scientific Electronic 
Library Online), portal de revistas brasileiras que organiza e publica textos completos, BVS 
(Biblioteca Virtual em Saúde) Resultados e discussão: Diante do levantamento de estudos 
acerca da temática e objetivo proposto no presente estudo, foram selecionados 09 artigos, os 
quais incluem 6 publicações sobre o uso indiscriminado dos benzodiazepínicos, 1 publicação 
sobre os efeitos colaterais, 1 publicação sobre intervenção, 1 publicação que abordam o papel 
do farmacêutico. Esses medicamentos são seguros quando usados adequadamente, mas podem 
causar grandes complicações se usados incorretamente ou tomados por mais tempo do que o 
prescrito. Especificamente, a preocupação é com o uso prolongado e em altas doses de 
benzodiazepínicos que causam crises de tolerância, dependência e abstinência. Alguns riscos 
associados ao seu uso incluem agressão e insuficiência hepática. Conclusão: Constatou-se a 
partir da realização do estudo que o uso indiscriminado de benzodiazepínicos tem crescido 
consideravelmente, e tem despertado elevada preocupação devido à ausência de informações 
sobre as consequências negativas devido ao uso desnecessário de tais fármacos. Conclui-se a 
importância de orientações acerca do uso indiscriminado de benzodiazepínicos, ressaltando-se 
a relevância do profissional farmacêutico. 
 
Palavras-chave: Benzodiazepínicos. Fármacos. Uso indiscriminado 
 
 
 
 
 
 
1 Graduanda em Farmácia – Universidade Estácio de Sá. E-mail: 
2 Graduanda em Farmácia – Universidade Estácio de Sá. E-mail: 
3 Graduanda em Farmácia – Universidade Estácio de Sá. E-mail: 
4 Graduanda em Farmácia – Universidade Estácio de Sá. E-mail: 
INDISCRIMINATE USE OF BENZODIAZEPINES: A LITERATURE REVIEW 
 
 
Angélica Marília da Costa Silva15 
Bruna Natália de Souza26 
Daniele Vilela Ribeiro37 
Karen Silva Bezerra48 
 
 
ABSTRACT 
 
Introduction: Benzodiazepines are the most widely used psychotropic drugs in the world. 
Their consumption can lead to changes in behavior, as well as psychological and/or physical 
dependence, often resulting in serious personal and social complications. The use of 
benzodiazepines must occur for a short period of time. Long term use will affect the addiction 
process. Objective: To demonstrate the consequences and effects resulting from the 
indiscriminate use of benzodiazepines Materials and methods: A bibliographic survey was 
carried out in the SCIELO (Scientific Electronic Library Online) indexes, a portal of Brazilian 
journals that organizes and publishes full texts, VHL (Virtual Library in Health) Results and 
discussion: In view of the survey of studies on the theme and objective proposed in this study, 
09 articles were selected, which include 6 publications on the indiscriminate use of 
benzodiazepines, 1 publication on side effects, 1 publication on intervention, 1 publication 
addressing the role of the pharmacist. These drugs are safe when used properly, but they can 
cause major complications if used incorrectly or taken longer than prescribed. Specifically, the 
concern is with long-term, high-dose use of benzodiazepines that cause tolerance, dependence, 
and withdrawal crises. Some risks associated with its use include aggression and liver failure. 
Conclusion: It was found from the study that the indiscriminate use of benzodiazepines has 
grown considerably, and has aroused great concern due to the lack of information about the 
negative consequences due to the unnecessary use of such drugs. It is concluded the importance 
of guidelines about the indiscriminate use of benzodiazepines, emphasizing the relevance of the 
pharmacist. 
 
Keywords: Benzodiazepines. Drugs. Indiscriminate use 
 
 
 
 
 
 
 
1 Graduanda em Farmácia – Universidade Estácio de Sá. E-mail: 
2 Graduanda em Farmácia – Universidade Estácio de Sá. E-mail: 
3 Graduanda em Farmácia – Universidade Estácio de Sá. E-mail: 
4 Graduanda em Farmácia – Universidade Estácio de Sá. E-mail: 
1. INTRODUÇÃO 
 
O uso indiscriminado dos benzodiazepínicos tem sido alvo de estudos no Brasil, isso se 
dá porque existe uma crescente preocupação com o consumo de drogas lícitas e ilícitas, 
sobretudo com suas implicações na saúde dos usuários que fazem uso desnecessariamente 
prolongado (FIRMINO et al., 2012). 
Os benzodiazepínicos são os psicotrópicos mais usados de forma indiscriminada no 
mundo. O consumo deles pode acarretar alterações no comportamento, como também levar à 
dependência psíquica e/ou física, resultando muitas vezes em complicações pessoais e sociais 
graves. Seu efeito farmacológico é comprovado por estudos científicos, no qual o uso 
prolongado tende a ocasionar problemas de tolerância, dependência e crises de abstinência, 
podendo trazer sérios riscos à saúde pública (NUNES; BASTOS, 2016). 
Segundo o estudo de Madruga et al. (2019), publicado no Jornal Brasileiro de 
Psiquiatria, mostra que o uso dos benzodiazepínicos tem aumentado nas últimas décadas, 
destacando-se por diversos e complexos fatores. Sobre uso irracional e suas consequências, a 
utilização de benzodiazepínicos cresce no mundo todo de forma exponencial. 
Os benzodiazepínicos ganharam destaque, pois tem baixo risco de intoxicação e alto 
índice terapêutico, passando a serem os medicamentos de primeira escolha para os tratamentos 
de ansiedade. A Organização das Nações Unidas, e a Internacional Narcotics Control Board, 
no início da década de 1990, advertiu para o uso indiscriminado, efeitos adversos e a falta de 
controle efetivo dos psicotrópicos, o que ajudou a diminuir muito o seu consumo nesse período 
(NUNES; BASTOS, 2016). 
Conforme informações do Sistema Nacional de Controle de Produtos Controlados 
(SNGPC), clonazepam, bromoazepam e alprazolam foram as substâncias mais consumidas no 
Brasil de 2007 a 2010. O uso dos benzodiazepínicos devem ocorrer por um curto período de 
tempo. O uso a longo prazo afetará o processo de dependência. Nessa perspectiva, quanto maior 
o tempo de uso, a dificuldade de interrupção de uso será maior, e a probabilidade de abstinência 
aumentará com o uso a longo prazo (CAMPOS; ROSA; GONZAGA, 2017). 
Esse trabalho justifica-se porque a prática do uso indiscriminadode benzodiazepínicos 
está frequentemente relacionada aos problemas comuns da vida, como os transtornos mentais, 
a depressão, a ansiedade e a insônia. O uso indiscriminado destes fármacos – sem supervisão 
médica ou em quantidades/tempo superiores ao tido como ideal – tem crescido na última 
década. Apesar de serem bem tolerados pela maioria dos usuários, os benzodiazepínicos 
possuem efeitos adversos como sonolência, “anestesia emocional”, tolerância e dependência. 
Nesse sentido, o uso indiscriminado de benzodiazepínicos ganham importância no âmbito da 
saúde pública (SOUZA; OPALEYE; NOTO, 2013). 
O profissional farmacêutico atuará no controle do uso racional dos medicamentos e 
terapias complementares, alertando sobre a relevância do conhecimento, eficácia, vantagens e 
desvantagens para que seja realizada a promoção, a proteção e a recuperação da saúde. Os 
medicamentos controlados estão disponíveis em drogarias de acordo com o tipo de necessidade 
conforme prescrito para cada paciente, porém, com a falta de conhecimento e informação, 
infelizmente é recorrente o compartilhamento destes medicamentos entre membros da própria 
família ou com amigos, o que pode gerar consequências negativas para eles, propensos a riscos 
de efeitos adversos (SATURNINO et al., 2012). 
O esclarecimento é prestado ao paciente pelo farmacêutico por meio do diálogo com 
informações sobre as dependências que esses medicamentos podem proporcionar, seus 
possíveis efeitos colaterais, possíveis interações medicamentosas e alimentares, dosagem e 
armazenamento, enfatizando o fato de que o medicamento deve ser ingerido corretamente, em 
período de tempo especificado (OLIVEIRA; LOPES; CASTRO, 2015). 
A assistência farmacêutica é a garantia de que todo investimento em medicamentos se 
traduz em saúde e melhora a qualidade de vida do paciente. De acordo com Oliveira, Lopes e 
Castro (2015) o farmacêutico é o elo entre o prescritor e o paciente, portanto, sua ajuda na 
dispensação segura torna-se fundamental, pois o posicionamento correto fará com que o 
paciente administre o medicamento em doses precisas e de acordo com suas necessidades 
clínicas, evitando reações adversas, interações medicamentosas e resíduos, reduzindo a 
probabilidade de riscos de abuso e dependência associados ao uso de benzodiazepínicos, 
levando a resultados positivos para a saúde pública e para os pacientes. 
 
2. OBJETIVOS 
 
Demonstrar as consequências e os efeitos decorrentes do uso indiscriminado dos 
benzodiazepínicos. 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Para elaboração deste trabalho, foi realizado um levantamento bibliográfico, utilizando 
como descritores: Benzodiazepínicos. Fármacos. Uso indiscriminado, nos indexadores 
SCIELO (Scientific Electronic Library Online), portal de revistas brasileiras que organiza e 
publica textos completos, BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), além de livros. Como critérios 
de inclusão serão considerados artigos de 2012 a 2022 por amostra de conveniência, que 
incluam no título ou resumo termos como uso indiscriminado entre outros. Como critérios de 
exclusão serão consideradas pesquisas que fogem do tema escolhido para o projeto e artigos 
com mais de 10 anos de publicação. Em seguida, será feita uma leitura analítica para ordenar 
as informações e identificar o objeto de estudo. 
Para alcançar o objetivo proposto, bem como realizar uma pesquisa com metodologia 
baseada em estudos teóricos, dos resultados obtidos por outros autores especializados no 
assunto, trazendo assim conhecimento científico sobre o uso indiscriminado dos 
benzodiazepínicos, fármacos e ansiolíticos. 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Diante do levantamento de estudos acerca da temática e objetivo proposto no presente 
estudo, foram selecionados 09 artigos, os quais incluem 6 publicações sobre o uso 
indiscriminado dos benzodiazepínicos, 1 publicação sobre os efeitos colaterais, 1 publicação 
sobre intervenção, 1 publicação que abordam o papel do farmacêutico. As principais 
informações encontradas são discutidas. 
A tabela a seguir irá evidenciar os estudos selecionados, composta por autor, ano, título, 
revista e principais conclusões. 
 
Tabela 1: Apresentação dos estudos selecionados 
 
Autor Ano Título Revista Conclusões 
Carvalho, 
Rodrigues e 
Golzio 
2016 Intervenções no uso 
prolongado de 
benzodiazepínicos: uma 
revisão 
RSC Online O uso continuado de 
benzodiazepínicos causa uma série 
de reações adversas que 
comprometem substancialmente a 
qualidade de vida dos pacientes. 
Jordão, 
Almeida e 
Mangiavacchi 
2016 Uso indiscriminado de 
benzodiazepínicos: uma 
revisão bibliográfica para 
o profissional de 
enfermagem na atenção 
primária 
Revista 
Científica 
Interdisciplinar 
Pode-se se sugerir que o uso 
indevido de benzodiazepínicos é 
decorrente de uma série de 
fatores que envolvem desde 
atitudes dos próprios usuários e de 
toda a equipe de saúde. 
Nunes e 
Bastos 
2016 Efeitos colaterais 
atribuídos ao uso 
indevido e prolongado de 
benzodiazepínicos 
SAÚDE & 
CIÊNCIA EM 
AÇÃO – 
Revista 
Acadêmica do 
Instituto de 
Ciências da 
Saúde 
O crescente uso de 
benzodiazepínicos devido à busca 
cada vez maior por medicamentos 
que aliviem os sintomas de estresse 
e ansiedade gera uma preocupação 
quanto à falta de informação sobre 
as consequências do uso crônico 
desses medicamentos. 
Campos, Rosa 
e Gonzaga 
2017 Uso indiscriminado de 
benzodiazepínicos 
Revista Saúde 
em Foco 
O crescente uso de 
benzodiazepínicos e à busca cada 
vez maior por medicamentos que 
aliviem os sintomas de estresse e 
ansiedade vem gerando grande 
preocupação quanto à falta de 
informação sobre as consequências 
do seu uso crônico 
Silva, 
Fernandes e 
Júnior 
2018 Uma abordagem ao uso 
indiscriminado de 
medicamentos 
benzodiazepínicos 
Revista 
Cientifíca 
FAEMA 
O uso destas substâncias sem o 
devido acompanhamento de 
profissional competente pode 
acarretar uma série de agravos à 
saúde. 
Andrade et al. 2020 Uso crônico e 
indiscriminado de 
benzodiazepínicos: uma 
revisão de literatura 
Research, 
Society and 
Development 
Os achados também confirmam a 
tendência brasileira ao uso 
irracional de narcóticos e 
psicotrópicos, envolvendo algumas 
práticas inadequadas que envolvem 
a prescrição e dispensação desses 
medicamentos. 
Costa et al. 2020 Uso indiscriminado dos 
benzodiazepínicos na 
sociedade moderna: uma 
revisão sistemática 
Brazilian 
Journal of 
Development 
Pode-se afirmar que os BZDs estão 
entre as drogas mais consumidas 
em todo o mundo, e constituem um 
grupo farmacológico eficiente em 
combate a distúrbios do sono e 
controle da ansiedade, no entanto, 
eles podem causar sérios riscos à 
saúde quando consumido com 
irresponsabilidade 
Lima et al. 2021 Papel do farmacêutico no 
combate ao uso 
indiscriminado de 
benzodiazepínicos: uma 
revisão de literatura 
Research, 
Society and 
Development 
A tendência mundial ao uso 
abusivo de benzodiazepínicos está 
atrelado ao aumento dos distúrbios 
psiquiátricos, em especial a 
ansiedade e distúrbios do sono 
Senra et al. 2021 Efeitos colaterais do uso 
crônico e indiscriminado 
de benzodiazepínicos: 
Uma revisão narrativa 
Brazilian 
Journal of 
Development 
Percebe-se que a prescrição de 
benzodiazepínicos é muitas das 
vezes inapropriada e também que 
uma parte dos pacientes faz o uso 
irracional dessa classe de 
medicamentos. 
 
O estudo de Nunes e Bastos (2016) constatou que os benzodiazepínicos reduzem o sono 
e promovem o relaxamento. Esses medicamentos são seguros quando usados adequadamente, 
mas podem causar grandes complicações se usados incorretamente ou tomados por mais tempo 
do que o prescrito. Especificamente, a preocupação é com o uso prolongado e em altas doses 
de benzodiazepínicos que causam crises de tolerância, dependência e abstinência. Alguns riscosassociados ao seu uso incluem agressão e insuficiência hepática. As mulheres são mais 
propensas a usar esses medicamentos para tratamento de ansiedade e outras condições. Além 
disso, os idosos podem usar benzodiazepínicos como soníferos ou sedativos. 
Por serem menos arriscados do que outros ansiolíticos, os pacientes frequentemente 
abusam dos benzodiazepínicos. Eles podem administrar dosagens mais altas do que o médico 
recomenda, o que pode levar à tolerância e à necessidade de aumentar a potência. O uso 
excessivo de benzodiazepínicos pode afetar negativamente a saúde de uma pessoa por um 
período prolongado de tempo (NUNES; BASTOS, 2016). 
Ficou evidente a partir do estudo de Campos, Rosa e Gonzaga (2017) que existem 
muitos efeitos negativos dos benzodiazepínicos, em especial diante do uso indiscriminado. Eles 
podem levar à sonolência, baixa energia, fadiga, déficits nas habilidades motoras, tontura e 
lacunas amnésicas. Eles também podem prejudicar as habilidades de dirigir carros, andar de 
bicicleta e andar a cavalo. As pessoas também podem sentir ansiedade, alucinações, distúrbios 
do sono e depressão respiratória ao tomar esses medicamentos. O uso a longo prazo pode levar 
a sintomas de dependência ou abstinência se for tomado por mais de 4 a 6 semanas. Há também 
um risco aumentado de dependência com doses mais altas, pessoas que usam esses 
medicamentos com frequência ou pacientes idosos com problemas de saúde mental. 
Silva, Fernandes e Júnior (2018) acrescentam que as substâncias psicotrópicas, 
incluindo os benzodiazepínicos, constituem um grupo de fármacos que se destaca nas 
discussões sobre abuso e automedicação, pois estão entre as mais prescritas e consumidas 
globalmente. O uso abusivo de fármacos, principalmente os benzodiazepínicos, aumenta as 
barreiras e deixa de ser um problema circunscrito ao cenário clínico, pois gradativamente 
assume maior proporção e representa uma ameaça à saúde pública global. 
Os benzodiazepínicos têm alta tendência a causar dependência diante do uso 
indiscriminado. São fármacos que também são inadequados para muitas pessoas usarem, mas 
o problema é agravado por idosos, usuários de drogas ou pessoas que sofrem de distúrbios 
emocionais ou mentais. Em alguns casos, os benzodiazepínicos são usados até mesmo como 
alternativa ao suicídio. O uso abusivo e inadequado desses medicamentos decorre de diversos 
fatores dentro dos serviços de saúde. Incluem-se prescrições impróprias, falta de anamnese na 
renovação de prescrições, falta de controle sobre a dispensação no momento e prescrições 
impróprias (SILVA; FERNANDES; JÚNIOR, 2018). 
Para Andrade et al. (2020) o uso prolongado de benzodiazepínicos pode ter uma ampla 
gama de efeitos colaterais prejudiciais ao corpo. Estes incluem perda de coordenação, amnésia, 
sedação e ataxia. Quando os pacientes mais velhos tomam esses medicamentos regularmente, 
eles têm um risco maior de cair do que aqueles que não o fazem. Algumas pessoas também 
podem desenvolver dependência, o que pode levar a efeitos negativos em sua saúde psicológica. 
Apesar disso, alguns usuários podem minimizar os riscos ou até mesmo negá-los 
completamente. 
Tomar benzodiazepínicos por períodos prolongados pode afetar negativamente as 
habilidades cognitivas de uma pessoa. Isso pode ser observado especialmente em pacientes 
idosos que tomam esses medicamentos por períodos prolongados, sendo assim, é um fator que 
pode levar à perda de equilíbrio e queda devido à dependência que esses fármacos criam no 
paciente (ANDRADE et al., 2020). 
Costa et al. (2020) enfatiza que como o uso indiscriminado de benzodiazepínicos pode 
causar tolerância e doença, pode ser perigoso para pacientes que já têm uma condição de saúde 
existente. Além disso, pessoas de meia-idade podem ser especialmente suscetíveis aos efeitos 
negativos da interrupção do uso. Muitos dos perigos associados aos benzodiazepínicos se 
devem ao fato de que a maioria dos médicos e profissionais de saúde estão mal-informados 
sobre os riscos do abuso desses medicamentos. 
Um dos maiores problemas que o mundo enfrenta hoje é o consumo indiscriminado e a 
automedicação de benzodiazepínicos. Esta condição não é um problema de saúde menor; afeta 
milhões de pessoas em todo o mundo. Vale ressaltar também que esses fármacos são 
considerados uma inovação tecnológica moderna. Devemos ter mais cuidado ao usá-los, pois 
podem causar sérios problemas de saúde em quem os usa, como já referidos (COSTA et al., 
2020). 
No Brasil, é citado no estudo de Senra et al. (2021) uma avaliação de 3.368 prescrições 
que mostrou prevalência de benzodiazepínicos de 20,6%. O consumo no Brasil só pode ser feito 
mediante receita médica, diferentemente de alguns países é possível obter o medicamento sem 
receita médica. Esse fato reflete um possível desconhecimento dos profissionais sobre seus 
efeitos colaterais, pois as indicações são exageradas e é difícil retirar o medicamento do uso do 
paciente posteriormente. De fato, o país é um dos maiores consumidores de benzodiazepinas, 
com cerca de 1,6% da população são consumidores de longa duração desses fármacos. 
O uso prolongado de benzodiazepínicos para aliviar um desconforto menor é uma 
prática perigosa. Isso ocorre porque os medicamentos têm efeitos colaterais significativos e 
podem causar dependência. Na verdade, existem opções alternativas seguras e eficazes. Estes 
incluem a administração de doses de curto prazo que atenuam os efeitos colaterais. Como 
resultado, essa abordagem pode ser prejudicial. Além disso, essas drogas são psicotrópicas e 
afetam diretamente o sistema nervoso. A pesquisa de tolerância indica uma correlação direta 
entre a meia-vida de um ansiolítico e seu potencial de dependência. À medida que a meia-vida 
de uma droga diminui, os usuários são mais propensos a desenvolver dependência psicológica 
e física. De fato, à medida que a dependência ocorre, os usuários podem aumentar a dosagem 
para manter seu nível anterior de alívio (SENRA et al., 2021). 
Jordão, Almeida e Mangiavacchi (2016) ressaltam que a terapia medicamentosa nada 
mais é do que a administração de determinados produtos químicos que modificam a forma como 
o corpo funciona para alcançar o efeito desejado. Por fazer parte da ajuda prestada pelos 
membros da equipe médica, é muito importante e quase sempre necessário que os profissionais 
responsáveis entendam como os fármacos funcionam para ajudar os pacientes a usá-los 
corretamente e assim reduzir os efeitos e potencializar o efeito pretendido. 
Para minimizar os efeitos colaterais negativos associados ao uso indiscriminado dos 
benzodiazepínicos, é necessário aumentar o conhecimento do público sobre os medicamentos 
que tomam. Isso pode ser feito por meio de um profissional de saúde. Além disso, questões 
como o desconhecimento da população e seu uso indiscriminado precisam ser minimizados. 
Para evitar que isso aconteça, os profissionais de saúde precisam ter um melhor acesso às 
informações sobre o uso de medicamentos prescritos pelos pacientes na população (JORDÃO; 
ALMEIDA; MANGIAVACCHI, 2016). 
Conforme é constatado no estudo de Carvalho, Rodrigues e Golzio (2016) várias 
estratégias mostraram-se eficazes na descontinuação bem-sucedida dos benzodiazepínicos. Isso 
inclui o uso de medicamentos que induzem a liberação de melatonina no corpo, intervenções 
educacionais fornecidas por um psiquiatra. Além disso, a descontinuação desses medicamentos 
é essencial devido aos potenciais efeitos colaterais e riscos associados a eles. É por isso que o 
monitoramento dos pacientes é importante. Outro método eficaz para descontinuar esses 
fármacos é receber terapia psicológica de um psiquiatra. 
O farmacêutico desempenha um papel crucial frente ao uso indiscriminado de 
benzodiazepínicos. Eles ajudam os pacientes a entender suas prescrições e rejeitam as que são 
inadequadas. Devem aderir aos padrões éticos estabelecidospelo Código de Ética da Profissão 
Farmacêutica no manuseio de medicamentos psicotrópicos. A ação de tais profissionais deve ir 
além da barreira de dispensação, devem tornar-se disseminadores de informações e orientações 
acerca dos fármacos (LIMA et al., 2021). 
Por fim, o estudo de Lima et al. (2021) deixa evidente que os farmacêuticos são 
amplamente treinados para ajudar os pacientes a entender a dosagem adequada de seus 
medicamentos. Isso reduz a probabilidade de intoxicação, o que lhes confere uma expectativa 
de vida mais longa. Eles são vistos como fonte de informação para usuários de drogas, que 
podem utilizá-los para esclarecer dúvidas sobre seu uso. Isso fornece confiança para eles usarem 
essas informações corretamente. Há muitos casos em que os usuários de benzodiazepínicos 
fazem uso indevido de sua medicação. Um farmacêutico pode reduzir o uso indevido desses 
medicamentos realizando palestras, criando campanhas de conscientização e aumentando o 
número de farmacêuticos envolvidos com a saúde mental. Dessa forma, o farmacêutico pode 
promover benefícios a longo prazo tanto para o paciente quanto para sua medicação. 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Constatou-se a partir da realização do estudo que o uso indiscriminado de 
benzodiazepínicos tem crescido consideravelmente, e tem despertado elevada preocupação 
devido à ausência de informações sobre as consequências negativas devido ao uso 
desnecessário de tais fármacos. 
Os estudos selecionados para a discussão deixaram evidente que os benzodiazepínicos 
são um dos fármacos mais consumidos em todo o mundo. Eles são um grupo eficaz de 
medicamentos que controlam a ansiedade e tratam distúrbios do sono. No entanto, eles podem 
causar sérios riscos à saúde quando tomados de forma indiscriminada e abusiva. 
Conclui-se a importância de orientações acerca do uso indiscriminado de 
benzodiazepínicos, ressaltando-se a relevância do profissional farmacêutico diante disso, sendo 
o profissional provedor de informações e indicações de forma correta de uso, assim como os 
possíveis efeitos colaterais e adversos provenientes do uso indiscriminado. 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
ANDRADE, S. M. et al. Uso crônico e indiscriminado de benzodiazepínicos: uma revisão de 
literatura. Research, Society and Development, v. 9, n. 7, p. 1-11, 2020. 
 
CAMPOS, N. P. S.; ROSA, C. A.; GONZAGA, M. F. N. Uso indiscriminado de 
benzodiazepínicos. Revista Saúde em Foco, n. 9, p. 485-491, 2017. 
 
CARVALHO, M. R. F.; RODRIGUES, E. T.; GOLZIO, A. M. F. O. Intervenções no uso 
prolongado de benzodiazepínicos: uma revisão. RSC Online, v. 5, n. 2, p. 55-64, 2016. 
 
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