Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
04Aula Técnicas de Entrevista e Interrogatório II DIREITO AO SILÊNCIO Prof. MSc. Thierry Izuta OS TITULARES DO DIREITO AO SILÊNCIO • Todos aqueles que possam autoincriminar-se por meio de declarações prestadas perante autoridade têm o direito de calar. • Inclusive testemunhas possuem esse direito. Eles têm o dever de dizer a verdade durante o testemunho; mas, o direito ao silêncio, para a testemunha, somente é reconhecido com referência a determinadas perguntas, sob pena de cometer crime. AUTODETERMINAÇÃO DO DIREITO AO SILÊNCIO • Antes de tomadas as declarações do suspeito ou de iniciado o interrogatório de mérito, tenha havido ou não interrogatório anterior, a advertência será formulada ou renovada. A autoridade se limitará a informar o acusado acerca do direito de não responder às perguntas que lhe forem formuladas, sem nenhuma outra referência que possa estimular ou desestimular o acusado a exercer esse direito. • A questão da falta de advertência do suspeito ou acusado ganha relevo nas chamadas declarações informais tomadas pelos órgãos de polícia. AUTODETERMINAÇÃO DO DIREITO AO SILÊNCIO • Pois comprometem a liberdade de autodeterminação do acusado no interrogatório, expondo-o a risco de autoincriminação pelo desconhecimento ou pelo conhecimento errôneo acerca do direito ao silêncio e de sua extensão. • A presença do defensor também não desobriga a autoridade interrogante de realizar a adequada advertência do acusado quanto ao direito ao silêncio. VEDAÇÃO DE DETERMINADOS MÉTODOS DE INTERROGATÓRIO • O princípio nemo tenetur se detegere impõe a vedação de certos métodos de interrogatório que possam violar a dignidade do acusado ou sua liberdade de autodeterminação. • O acusado pode ser induzido ou mesmo compelido, física e moralmente, à autoincriminação. • Veda-se, desse modo, a formulação de perguntas sugestivas, tendenciosas, capciosas, obscuras, equívocas. Em acréscimo, não poderá o juiz formular pergunta dando como admitido fato sobre o qual o acusado não se manifestou. VEDAÇÃO DE DETERMINADOS MÉTODOS DE INTERROGATÓRIO • Não são admitidas também quaisquer formas de exortação para que o acusado colabore no interrogatório, persuasões, emprego de promessas ou mesmo de ameaças. • Uso da Simulação quando se afirma existirem determinadas provas contra o acusado, que, na realidade, não existem. • Ou quando afirma que um corréu já confessou sobre o crime, quando isso não ocorreu de verdade. VEDAÇÃO DE DETERMINADOS MÉTODOS DE INTERROGATÓRIO • Emprego de tortura, seja sofrimento físico ou psíquico imposto ao acusado; • Uso do “soro da verdade”, e os psíquicos, como a hipnose, a submissão ao lie-detector ou polígrafo e outros similares; CASO DE 2020 – PRESO FINGE TORTURA DENTRO DA CELA • https://folhaz.com.br/noticias/preso-finge-tortura-em-aparecida/ Acesso 21/06/2021 https://folhaz.com.br/noticias/preso-finge-tortura-em-aparecida/ CASO NA CELA DA DELEGACIA DA CIDADE DE CANINDÉ, A 115 KM DE FORTALEZA Um preso aparece vestido de mulher sendo constrangido e obrigado a dançar, supostamente dentro de uma cela da Delegacia Disponível em: https://diariodonordeste.verd esmares.com.br/seguranca/pr eso-torturado-em-delegacia-1. 1128607 Acesso: 20/06/2021 https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/seguranca/preso-torturado-em-delegacia-1.1128607 https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/seguranca/preso-torturado-em-delegacia-1.1128607 https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/seguranca/preso-torturado-em-delegacia-1.1128607 https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/seguranca/preso-torturado-em-delegacia-1.1128607 Bons Estudos!
Compartilhar