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Aula 04 - Psicologia Judiciária

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15/06/2022 07:01 Disciplina Portal
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7020135/temas/4/conteudos/1 1/8
Psicologia Judiciária
Aula 4 - Psicopatologia aplicada ao Direito
INTRODUÇÃO
Para estudarmos a Psicopatologia e sua aplicação no Direito, é importante, em primeiro lugar, sabermos como é o estudo desta disciplina, e qual sua importância para a área
jurídica. 
A Psicopatologia pode ser de�nida como um estudo descritivo dos fenômenos psíquicos considerados anormais, da maneira como se apresentam à experiência imediata. Estuda
os gestos, o comportamento e as expressões destas pessoas, além de relatos e autodescrições feitos pelas mesmas. É diferente da Psiquiatria, porque é uma ciência normativa
que estuda e classi�ca os fenômenos mentais, não tendo como objetivo a clínica médica aplicada, nem o tratamento e a assistência aos portadores de transtornos mentais. 
A Psicopatologia está ligada a diversas disciplinas: Psicologia, Psiquiatria e Psicanálise. Em relação à Psicologia, liga-se com a Psicologia Clínica (dedicada ao diagnóstico e
estudo da personalidade), com a Psicologia Geral (noções de subjetividade, intencionalidade, representação, atos voluntários), e com Neurociências, entre outras áreas. A
Psicopatologia considera o indivíduo em sua globalidade, está sempre atenta aos padrões de normalidade em que o indivíduo a ser questionado está inserido, não se deixando
guiar somente pelos sintomas. Considerar um sintoma isolado é fazer com que o objetivo principal de compreender o indivíduo seja esquecido. 
Além disso, a conduta humana é variável de acordo com regras sociais e padrões de comportamento adquiridos a partir da relação do indivíduo com um determinado meio. É
importante entendermos que determinados comportamentos diferenciados da maioria das pessoas de certa cultura, podem ser considerados anormais, para outra cultura. 
Em nossa cultura, para distinguirmos a normalidade da anormalidade costumamos escolher um sistema de categorização reconhecido pela comunidade cientí�ca para
classi�carmos os quadros clínicos e realizarmos hipóteses diagnósticas sobre o estado de saúde mental das pessoas. Em nossa aula, escolhemos a Classi�cação Internacional
de Doenças (CID-10), lembrando que essa escolha não quer dizer que os outros sistemas classi�catórios apresentem menor valor cientí�co. É apenas uma escolha didática.
Acrescentaremos ao nosso estudo, nesta aula, além da discussão sobre questões culturais e a identi�cação dos transtornos mentais, uma breve exposição da Lei Antimanicomial
(Lei 10.216 de 6 de abril de 2001).
OBJETIVOS
15/06/2022 07:01 Disciplina Portal
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7020135/temas/4/conteudos/1 2/8
Compreender os conceitos de saúde mental e transtorno mental.
Identi�car alguns transtornos mentais.
Analisar a Lei Antimanicomial.
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O QUE É O COMPORTAMENTO ANORMAL?
Durante muito tempo, o comportamento anormal era considerado como produto de uma doença mental. Algumas teorias diziam que o cérebro de uma pessoa anormal era
diferente. Houve épocas em que o comportamento anormal foi considerado obra de demônios e de bruxarias.
A maioria das pessoas possui ideias pré-concebidas do que seja um comportamento anormal. No entanto, temos de entender quais são os padrões que nos levam a concluir
sobre a anormalidade. A divergência de opiniões sobre a anormalidade é o resultado dos diferentes padrões que as pessoas usam para chegar a esta de�nição. Em geral, temos
as normas sociais, estatísticas e pessoais.
DR. THOMAS SZASZ E A PSIQUIATRIA
Assista ao vídeo do Dr. Thomas Szasz sobre a Psiquiatria. 
É uma conferência que nos fará pensar sobre as questões relacionadas aos transtornos
mentais e seus tratamentos. 
galeria/aula4/img/slide4.jpg
Normas sociais e de conduta
Em relação às normas sociais, podemos dizer que elas regem nosso comportamento. Precisamos dessas regras para estabelecer os padrões de
convívio, punir os comportamentos que se desviam desses padrões e reforçar os comportamentos desejáveis. Nesse caso, a pessoa anormal não
conseguiria satisfazer as normas de conduta em seu meio. As leis estabelecem objetivamente as normas de conduta. Sendo assim, uma pessoa com
formação jurídica, de�niria o sujeito anormal, como aquele que infringe as leis. Por exemplo, o cidadão que tra�ca, rouba, furta, violenta, assassina
alguém, de acordo com essas normas, seria considerado anormal porque descumpre a lei. 
No entanto, caso um homem ande pelas ruas vestido de noiva, falando sozinho, não pode ser preso por causa desta atitude, seu comportamento seria
apenas estranho para os padrões sociais.
galeria/aula4/img/slide5.jpg
Normas estatísticas
Estatisticamente, consideramos como anormais aqueles comportamentos que divergem da média das pessoas em um local. A maneira de
estabelecermos quais são os comportamentos normal e anormal é dada pela determinação do comportamento médio das pessoas, a partir de uma
amostra de sujeitos deste local. As normas devem estar de�nidas, caso contrário, teremos di�culdades na identi�cação. Além disso, existem casos
especiais, como: Um pro�ssional da área de saúde precisa constantemente lavar as mãos. Dentro de um critério estabelecido pela média, estaria
realizando um comportamento anormal; no entanto, dentro de sua atividade pro�ssional, esta classi�cação não ocorreria.
galeria/aula4/img/slide6.jpg
Normas pessoais
Em relação às normas pessoais, a autoavaliação e a autolinguagem das pessoas poderão ser indicadores de que a pessoa está fora dos padrões da
normalidade. As normas pessoais, ao mesmo tempo que são as mais simples, são as mais complexas porque dependem do grau de sensibilidade das
pessoas para perceberem seus estados emocionais. Thomas Szasz (1961), professor de Psiquiatria e autor de vários livros nesta área, defendia a ideia
de que o conceito de doença mental é um mito. Para ele, a ideia de difusão e rotulação da doença mental atendia muito mais aos interesses
mercadológicos da Psiquiatria do que a uma realidade psicopatológica.
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Dr. Thomas Szasz e a Psiquiatria (Legendado)Dr. Thomas Szasz e a Psiquiatria (Legendado)
Dr. Thomas Szasz e a psiquiatria - Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=ah7Cp1Go1sM&feature=youtu.be (glossário)>. Acesso em 02 abr. 2017.
SAÚDE MENTAL E TRANSTORNO MENTAL
Segundo Kaplan e Sadock (1993), é mais aceitável a pessoa ser portadora de
um problema médico ou cirúrgico do que de um problema mental. A hipótese de
um transtorno mental, muitas vezes, acarreta reações e preconceitos
imprevisíveis do próprio indivíduo, seus familiares e seus colegas, devido à falta
de informação e preconceito.
Os transtornos orgânicos e mentais sofrem transformações, ao longo do tempo,
em suas características e diagnósticos. Muitos deles, pouco presente em
épocas passadas, tornaram-se frequentes, atualmente, como os transtornos
associados ao estresse. Podemos entender que as mudanças sociais provocam
transtornos que permanecem socialmente adaptados. Cada momento histórico
possui sua própria síndrome.
De acordo com Fiorelli; Fiorelli; Malhadas Junior (2015), entende-
se como um indivíduo mentalmente saudável aquele que
apresenta as seguintes características (p.236): 
Compreende que não é perfeito; 
Entende que não pode ser tudo para todos; 
Vivencia uma vasta gama de emoções; 
Enfrenta os desa�os e mudanças da vida cotidiana;
Sabe procurar ajuda para lidar com traumas e transições
importantes (não se considera onipotente).
Segundo a OMS (1993), o funcionamento do indivíduo apresenta
comprometimento quando: 
Funções mentais superiores apresentam-se comprometidas
di�cultando ou acarretando problemas no comportamento do
indivíduo; 
As atividades de vida diárias, geralmente necessárias para a
integração do indivíduo com o ambiente, estão comprometidasde alguma maneira.
Atenção!
As Funções mentais superiores são: Percepção, Atenção, Linguagem, Pensamento e Emoção. Leia mais clicando aqui
(//www.administradores.com.br/artigos/negocios/funcoes-mentais-superiores/32986/). Acesso em: 04 abr. 2017. 
O termo transtorno mental, utilizado no lugar de doença, é um critério adotado pelo CID-10, em que se entende que o problema ou o con�ito social sem o
comprometimento do funcionamento do indivíduo, não deve ser considerado um transtorno mental (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 1993, p.5).
https://www.youtube.com/watch?v=ah7Cp1Go1sM&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=ah7Cp1Go1sM
https://www.administradores.com.br/artigos/negocios/funcoes-mentais-superiores/32986/
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https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7020135/temas/4/conteudos/1 5/8
VOCÊ SABIA?
As situações de comprometimento acima descritas não permitem que o indivíduo atue dentro dos padrões de normalidade de seu meio e cultura, sendo perceptíveis para as
outras pessoas. Muitas vezes, há o acobertamento dos transtornos mentais pelas doenças orgânicas, fazendo com que as pessoas busquem assistência médica contínua, sem
obter resultados satisfatórios.
TRANSTORNOS MENTAIS
Vamos passar para a descrição de alguns transtornos mentais, de fácil identi�cação, e que podem ser encontrados no ambiente de trabalho do advogado. Não faremos
descrições muito técnicas e exaustivas, porque a intenção é dar condições mínimas para que você possa identi�cá-los e, a partir daí, possa orientar seus clientes ou seus
familiares, dependendo do caso, na procura de uma ajuda especializada.
Transtorno de ansiedade
Esses transtornos são aqueles que se acham mais interligados com o estresse. Em muitas ocasiões, a combinação de manifestações
psicológicas e orgânicas aumenta a tensão e a instabilidade emocional da pessoa, interferindo em seu desempenho. Alguns sintomas podem
ser exempli�cados, segundo Fiorelli; Fiorelli; Malhadas Júnior (2015) como: 
Expectativa do pior, frente a qualquer notícia; 
Sensação de tensão, irritação e impossibilidade para relaxar, podendo levar a di�culdades com o sono; 
Di�culdade de concentração nas atividades, associada a alterações na memória.
Em certos casos, é comum o aparecimento de queixas orgânicas como: hipertensão, taquicardia, distúrbios gástricos, entre outros. Em certas
situações, podem ocorrer pensamentos ruminativos, em que a pessoa não consegue pensar em outro assunto.
Transtorno obsessivo-compulsivo
Esse transtorno tem sido objeto de vários �lmes por causa dos famosos rituais aos quais as pessoas se veem submetidas. Podemos de�nir a
obsessão como uma persistência patológica de um pensamento ou sentimento irresistível, sempre associado à ansiedade e que não pode ser
eliminado da consciência pelo esforço da lógica (FIORELLI; FIORELLI; MALHADAS JUNIOR, 2015, p.239). O indivíduo procura afastar este
pensamento ou sentimento, sem sucesso. A obsessão pode vir associada a uma compulsão, que seria considerada como aquele
comportamento ritualístico que envolve a repetição de um comportamento estereotipado. Seu objetivo é proteger o indivíduo da possibilidade
de ocorrência de um evento improvável. Podemos exempli�car com uma pessoa que cria a ideia de que os objetos em seu trabalho estão
contaminados. A cada manuseio de um objeto tem de ir ao banheiro lavar as mãos, caso contrário poderá contrair uma doença grave. No
trabalho, essa situação envolverá uma baixa produtividade e na família estas atitudes poderão limitar a liberdade das pessoas.
Transtorno de estresse pós-traumático
Esse transtorno, que ocorre após um evento traumático, acarreta uma série de consequências para as pessoas, nem sempre atribuídas ao
trauma, porque surgem de forma tardia, em relação ao fato ocorrido. Podemos encontrar como exemplos: 
Paralisação brusca das atividades, com períodos de afastamentos acarretados pelo estado físico ou emocional; 
Alterações comportamentais que afetam o relacionamento com as pessoas; 
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Di�culdade de reiniciar suas tarefas, em razão das alterações comportamentais; 
Incapacidade de realizar certas tarefas, que antes eram realizadas com facilidade.
Muitas vezes, as consequências sobre as características de personalidade podem ser sérias, como, por exemplo, uma pessoa que era
extrovertida e independente, pode tornar-se introvertida e dependente dos outros.
Mania
A pessoa maníaca vê apenas o lado favorável das situações. Esse otimismo exagerado pode fazer com que a pessoa tenha desatenção para
certos aspectos importantes, que poderão prejudicá-la. Em certas ocasiões, esses indivíduos podem comportar-se como se tivessem poderes
especiais. A sua autoestima aumentada e a falta de controle sobre os seus atos podem se manifestar através de gastos exagerados, que
poderão trazer problemas judiciais.
Depressão
A depressão afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Os efeitos da depressão são bastante conhecidos de todos nós. O transtorno
depressivo compromete, de maneira parcial ou total, as atividades do indivíduo e a sua capacidade para assumir a sua vida, sendo o suicídio o
seu gesto mais extremo. Na depressão, há uma profunda desesperança, além de se responsabilizarem por tudo o que ocorre de mau em seu
meio. Alguns sinais da depressão podem ser: 
A pessoa não sente prazer e perde o interesse pelas atividades que realizava; 
A sua visão de mundo é realizada pelo pessimismo: o mundo é ruim; 
O indivíduo aparenta eternas tristeza e infelicidade; 
Pode apresentar variação no apetite; 
No início do dia seu humor está péssimo, melhorando no decorrer do dia; 
Há lentidão nos seus movimentos e no seu discurso, limitando-se a poucas palavras.
Perturbações do pensamento e da percepção
Existem situações em que a pessoa apresenta distorções do pensamento e da percepção, mesmo que a consciência e a inteligência
permaneçam preservadas. Podemos descrever algumas situações como: 
A pessoa percebe que forças sobrenaturais interferem em suas ações; 
Há a percepção pelo indivíduo de que tudo o que acontece é por sua in�uência; 
Algumas pessoas conseguem penetrar no seu pensamento e alguns atos que gostaria de realizar já são do conhecimento de todos; 
A pessoa pode perceber coisas e objetos que não existem e agir como se fossem reais; 
O indivíduo pode sentir-se perseguido por uma pessoa e por isso deve cometer atos infracionais, em relação a ela.
Quando a pessoa dá sinais de que perdeu o contato com a realidade, criando uma visão de mundo distorcida, há necessidade do
encaminhamento para um psiquiatra, para a avaliação do seu quadro clínico e da necessidade de alguma medicação. São situações complexas
que envolvem inclusive a própria capacidade do indivíduo para tomar decisões em relação a sua própria vida.
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https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7020135/temas/4/conteudos/1 7/8
:)
É importante entender que as pessoas possuem diferentes capacidades para
suportar estímulos e várias maneiras de reagir a eles. Desse modo, algumas
pessoas passam por situações traumáticas e, supostamente, insuportáveis, sem
nenhum comprometimento físico ou mental. Ultrapassam esses momentos,
aprendem com eles e amadurecem.
:(
Outras pessoas, vivem as mesmas situações e passam a apresentar transtornos
que, se não forem tratados, aumentam de intensidade e podem chegar a impedir
a relação do indivíduo com os outros e com o meio. A essa capacidade
individual de passar por situações traumáticas, chamamos de resiliência
(glossário).
Lei 10.216 de 6 de abril de 2001 - Lei Antimanicomial - Você sabia que o portador de transtornos mentais
tem uma lei especial que o protege?
"NISE: O CORAÇÃO DA LOUCURA"
A partir de então, o Brasil vem eliminando, gradativamente, as internações e substituindo-as pelos serviços dos Centros de Atenção Psicossociais, residências terapêuticas,
programas de reduçãode danos, Centros de Convivência, O�cinas de geração de renda, entre outros programas. Para que você conheça um pouco mais, disponibilizamos a Lei
nos links selecionados para esta aula. 
Você já assistiu ao �lme brasileiro, Nise - O Coração da Loucura, dirigido por Roberto Berliner, lançado em 2016? Con�ra o trailer ao lado: 
Nise: O Coração da Loucura (Trailer O�cial)Nise: O Coração da Loucura (Trailer O�cial)
Ao voltar a trabalhar em um hospital psiquiátrico no subúrbio do Rio de Janeiro, após sair da prisão, a doutora Nise da Silveira (Gloria Pires) propõe uma nova forma de tratamento
aos pacientes que sofrem da esquizofrenia, eliminando o eletrochoque e lobotomia. Seus colegas de trabalho discordam do seu meio de tratamento e a isolam, restando a ela
assumir o abandonado Setor de Terapia Ocupacional, onde dá início a uma nova forma de lidar com os pacientes, através do amor e da arte. 
Nise: O Coração da Loucura - Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=ah7Cp1Go1sM&feature=youtu.be (glossário)>. Acesso em 06 maio de 2017.
ATIVIDADE PROPOSTA
A Lei 10.216, denominada Lei da Reforma da Assistência Psiquiátrica, dispõe que a internação psiquiátrica deve:
Em todas as suas formas, ser determinada por pro�ssional de saúde mental não médico.
Em todas as suas formas, ser determinada por juiz de direito.
Em todas as suas formas, ser determinada por psiquiatra.
Em todas as suas formas, ser determinada pela autoridade policial.
Em todas as suas formas, ser determinada pela autoridade administrativa.
Em 1987, surgiu o Movimento da Luta Antimanicomial, fruto de um Encontro Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental. Seu lema era “por uma
sociedade sem manicômios”. Nesta época, várias denúncias foram realizadas em relação aos abusos e às violações dos direitos dos portadores de
transtornos mentais, principalmente dentro das instituições psiquiátricas. A luta era pelo �m da internação e a criação de tratamentos alternativos.
Um dos resultados deste Movimento foi a criação da Lei 10.216, em 2001, também conhecida como Lei Antimanicomial ou Lei Paulo Delgado. Essa
legislação determinou o fechamento progressivo dos hospitais psiquiátricos e a instalação de serviços substitutivos.
https://www.youtube.com/watch?v=Y1h0Q_ynuBI&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=Y1h0Q_ynuBI
15/06/2022 07:01 Disciplina Portal
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7020135/temas/4/conteudos/1 8/8
Justi�cativa
Glossário
CID-10
A Classi�cação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (também conhecida como Classi�cação Internacional de Doenças - CID-10)
é publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e visa padronizar a codi�cação de doenças e outros problemas relacionados à saúde. Disponível
<aqui
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Classi�ca%C3%A7%C3%A3o_Estat%C3%ADstica_Internacional_de_Doen%C3%A7as_e_Problemas_Relacionados_com_a_Sa%
Acesso em 01 abr. 2017.
RESILIÊNCIA
É a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque,
estresse etc. - sem entrar em surto psicológico, emocional ou físico, por encontrar soluções estratégicas para enfrentar e superar as adversidades.
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Resili%C3%AAncia_(psicologia) (https://pt.wikipedia.org/wiki/Resili%C3%AAncia_(psicologia))> Acesso em:
04 abr. 2017.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_Estat%C3%ADstica_Internacional_de_Doen%C3%A7as_e_Problemas_Relacionados_com_a_Sa%C3%BAde
https://pt.wikipedia.org/wiki/Resili%C3%AAncia_(psicologia)

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