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Manual de Choque - Digital

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Prévia do material em texto

PMBA01-MT-06.001PMBA01-MT-06.001
MANUAL DE OPERAÇÕES DE CHOQUE
PMBA01-MT-06.001
Governador do Estado da Bahia
Rui Costa dos Santos
Secretário da Segurança Pública
Ricardo César Mandarino Barretto
Comandante-Geral da Polícia Militar da Bahia
Paulo José Reis de Azevedo Coutinho - Coronel PM
Subcomandante-Geral da Polícia Militar da Bahia
Nilton Cézar Machado Espíndola - Coronel PM
Comandante de Operações da Polícia Militar da Bahia
Manoel Xavier de Souza Filho - Coronel PM
Comandante de Policiamento Especializado 
da Polícia Militar da Bahia
Manuel Paulo Muniz Júnior - Coronel PM
POLÍCIA MILITAR DA BAHIA
MANUAL DE OPERAÇÕES DE CHOQUE
PMBA01-MT-06.001
1ª Edição 
Salvador, 2022
VENDA PROIBIDA
É pemitida a reprodução de dados e informações contidos nesta publicação, desde que citada a 
fonte.
Comissão Designada
©2022. POLÍCIA MILITAR DA BAHIA
COMANDO DE POLICIAMENTO ESPECIALIZADO
Rua Radioamadores, Km 01, S/N, - Pituaçu
41.741-080 | Salvador- BA
Telefones: (71) 3115-7650/7651/7652
Correio Eletrônico: cpe.cmd@pm.ba.gov.br
www.pm.ba.gov.br/cpe
Tiragem desta edição: 1.000 exemplares.
Informações
Ficha Catalográfica Polícia Militar da Bahia
F383m
Ferreira, Wagner Luiz Alves — Ten Cel QOPM (Pres. da Com. de Elab.)
Manual de Operações de Choque da PMBA: PMBA01-MT-06.001. / Wagner 
Luiz Alves Ferreira — Ten Cel QOPM (Pres. da Com. de Elab.); Marcos Paulo 
Moreira Gonzaga — Maj QOPM (Membro). — Salvador, 2020.
205 p.: il.
1. Polícia Militar - BAHIA. 2. Doutrina. 3. Operações de Choque. 4. 
Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo. 5. Técnicas. 6. Táticas. I. Gonzaga, 
Marcos Paulo Moreira — Maj QOPM (Membro). II. Título.
CDD 353.9
Ficha catalográfica elaborada por Dourival da S. Guimarães Sobrinho.
CRB-5: BA0013650/0
Presidente
Wagner Luiz Alves Ferreira – Ten Cel PM
Membros
Marcos Paulo Moreira Gonzaga – Maj PM
Luis Guilherme Reis Borges – Cap PM
Wilner Souto dos Reis Neves – Cap PM
Harley Santos Pereira – Cap PM
Paulo Vinícius Teixeira de Jesus – Cap PM
Jodson Souza Oliveira – Cap PM
Rodrigo Marcelo Melotto – Cap PM
Carleson Oliveira Nascimento – 1º Ten PM
Colaboradores
Marcos Paulo Mello Viroli – Cap PM
Samarone Novaes Belo – Cap PM
Marisa Ribeiro do Carmo – Cap PM
Projeto Gráfico e Diagramação
Rogerio Chaves Barreto - Sd 1ª Cl PM
POLÍCIA MILITAR DA BAHIA 
COMANDO-GERAL 
PORTARIA nº 52-CG/2022 
Aprova o Manual de Operações de Choque - 
PMBA01-MT-06.001, e dá outras providências. 
O COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA, no uso das
suas atribuições legais, prevista no Art. 57, inc. I, alínea "j" da Lei 13.201, de 09 
de dezembro de 2014; 
Considerando a necessidade de modernização e melhoria continua dos serviços 
prestados pela Polícia Militar da Bahia ao cidadão; 
Considerando a necessidade de atender o que preconiza o Plano Estratégico da 
PM BA 2017-2025 Rumo ao Bicentenário, no Objetivo Estratégico 05 (Otimização das 
ações de Polícia Ostensiva), Iniciativa 5.5 (Atualizar e difundir Doutrina Operacional); 
Considerando a necessidade de difundir a Doutrina de Operações de Choque em 
todos os níveis da PMBA, e mais especificamente nas tropas que operam em ocorrências 
críticas de distúrbios sociais, 
RESOLVE: 
Art. 1º - Aprovar o Manual de Operações de Choque PMBA01-MT-06.001. 
Art. 2° - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogam-se as disposições em 
contrário.
/' 
, é.. 
PAULO JOSE � �9E O 5P· TINHO - Cel PM 
p:�ERAL 
ORAÇÃO DO CHOQUEANO
Oh! Senhor dos Exércitos,
emana de ti, a nossa missão e o nosso dever!
Tu és a sabedoria infinita.
Dai-nos os conhecimentos específicos da nossa função.
A disciplina e o auto-controle para empregá-los.
A resistência ao desconforto da fadiga.
A flexibilidade e a confiança para sobrepujar.
A determinação e a coragem para vencer.
E se preciso for, oh! Deus,
pereceremos pela fidelidade à doutrina.
Assim a moral, a dignidade e a força do choqueano
ecoarão pela eternidade.
E quando caminhar em direção a vós,
terei a certeza de que serei um Homem de Choque!
Nesta e em outras vidas!
Pela Paz e Pela Ordem,
C H O Q U E ! ! !
POLÍCIA MILITAR DA BAHIA
COMANDO-GERAL 
MENSAGEM DO COMANDANTE-GERAL ALUSIVA AO PREFÁCIO DO 
MANUAL DE OPERAÇÕES DE CHOQUE 
Vencer sem a necessidade de lutar, mas se ocorrer a ação, que seja 
meu guia a LEGALIDADE, meu instrumento a TÉCNICA e meu 
objetivo a PROTEÇÃO. Pela ordem e pela paz. 
A nobreza da missão das operações de choque 
perpassa pela garantia dos direitos previstos na Lei, de forma que haja um 
equilíbrio entre o coletivo e o individual. É uma das missões mais 
árduas de se executar porque lida com situações de alto nível de 
exigência técnica em contraponto com o cenário de atuação que é 
majoritariamente crítico e exige uma resposta diligente. 
Este trabalho tem um enorme valor institucional, 
pois concretiza o esforço em aumentar a segurança jurídica na 
atuação dos policiais militares, bem como efetivamente ser uma Força a 
serviço do cidadão, mirando a excelência na prestação dos serviços de 
segurança pública. 
A publicação deste Manual de Operações de Choque é um 
grande passo em busca do aperfeiçoamento da atividade de choque 
no nosso Estado. Ele vem para suprir a lacuna de material positivado 
que pudesse, não apenas guiar os técnicos (cursados) na execução das 
missões, mas também sistematizar todo o arcabouço intelectual específico 
produzido na Polícia Militar da Bahia até os dias atuais. 
Parabenizo a comissão responsável pela construção do 
manual, valorosos policiais militares, que se dedicaram a produzir um 
material com conteúdo robusto, contextualizado, e de alto 
detalhamento, que será de suma importância para toda a Corporação.
PMBA, uma Força a serviço 
APRESENTAÇÃO
Os profissionais que atuam no Sistema de Defesa Social baiano 
têm agora ao seu alcance o Manual de Operações de Choque, uma extensa 
e detalhada doutrina de operações de choque, atualizada, revisada, fruto da 
abnegação, estudo e empenho dos seus autores que reuniram suas vastas 
experiências acumuladas nas diversas missões exitosas realizadas a serviço do 
Batalhão de Polícia de Choque, importante Unidade Operacional Especializada 
da PMBA, para sistematizar todos os fundamentos para o emprego da tropa de 
Choque.
O convite para apresentar esta obra me confere imensa honra e, de 
igual forma, grande responsabilidade de aqui representar várias gerações de 
valorosas e valorosos policiais militares, praças e oficiais, que vestiram e nunca 
mais despiram o fardamento rajado que nos acompanha como segunda pele. 
Choqueanos que, com suas importantes contribuições, forjaram e sedimentaram 
valores que até hoje são cultuados na nossa corporação.
O Manual de Operações de Choque, além de estabelecer um 
importante marco doutrinário, consolida todo trabalho desenvolvido por décadas 
na história recente da nossa instituição, nele o profissional de segurança pública 
vai encontrar todo embasamento jurídico para realizar sua missão. A obra 
aborda de forma minuciosa os dispositivos internacionais dos quais o Brasil é 
signatário, como os Princípios Básicos para o Uso da Força e Armas de Fogo 
(PBU- FAF) pelos encarregados da aplicação da lei, sendo esse um importante 
instrumento balizador que norteia as ações de Polícia de Ordem Pública, tendo 
como pressupostos a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Código 
de Conduta para os Encarregados da Aplicação da Lei (CCEAL), adotados pela 
Assembleia Geral das Nações Unidas em sua Resolução 34/169, de 17 de 
dezembro de 1979, dentre outros dispositivos legais aplicáveis.
O leitor encontrará de forma esmiuçada os principais Instrumentos de 
Menor Potencial Ofensivo (IMPO) depois de ter percorrido as três etapas típicas 
de distúrbios sociais: contenção, negociação e uso da força pela tropa de choque, 
onde os dois primeiros devem ser desenvolvidos pela tropa ordinária, com 
especial atenção aos requisitos básicos das Operações de Choque: o homem, 
o treinamento, a missãoe o material que, se bem observado, proporcionará o 
desejado fator de sucesso no cumprimento da missão.
Outra importante contribuição do Manual trata das técnicas apuradas 
a serem utilizadas pelos profissionais da segurança pública. Tal abordagem traz 
um detalhamento dos fundamentos, métodos e procedimentos padronizados 
que norteiam às atividades de choque. Somadas a essas técnicas, estão às 
táticas que correspondem ao minucioso planejamento estratégico que é 
estudado em seus vários aspectos, antes do emprego da tropa especializada, a 
exemplo do terreno, da vegetação, do clima, das áreas contiguas, da motivação, 
da quantidade, das características da missão, dentre outros. São Informações 
que influenciam o Uso Diferenciado dos Meios de Força (UDMF) a ser almejado 
pelos operadores da tropa de choque e que completam o excelente trabalho de 
consolidação doutrinária apresentada pelos autores.
Concluo essa breve abordagem técnica, invocando o trinômio da tropa 
de choque:
Disciplina!
Autocontrole!
Resistência a fadiga psicofísica! 
Pela paz, pela ordem, CHOQUE!!!!!!
JÚLIO CÉSAR FERREIRA DOS SANTOS
Tenente Coronel PM
1° Lugar do Curso de Operações de Choque PMPA – 2001 
Coordenador do 1º Curso de Operações de Choque da Bahia – 2003
Instrutor de Agentes Químicos e Uso de Munições de Impacto Controlado – 2003
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABS Anti-Bloking System
ACE Arma de Condutividade Elétrica
APH Atendimento Pré-Hospitalar
C3 Comando, Controle e Comunicação
CA Certificado de Aprovação
CCEAL Código de Conduta para os Encarregados da Aplicação da Lei
Cia Companhia
CS Clorobenzilidenomalononitrila ou Ortoclorobenzilmalononitrila
EOT Espoleta de Ogiva Temporal
EPC Equipamento de Proteção Coletiva
EPI Equipamento de Proteção Individual
GRR Grupo de Resposta Rápida
HT Hand-Talk
IMPO Instrumento de Menor Potencial Ofensivo
MPO Menor Potencial Ofensivo
OC Oleoresina da Capsaicina
ONU Organização das Nações Unidas
OPM Organização Policial Militar
PA Plano de Acionamento
PBUFAF Princípios Básicos de Utilização da Força e Armas de Fogo
PlanAI Plano de Ação Imediata
PlanAS Plano de Avaliação de Situação
PlanCham Plano de Chamada
PMBA Polícia Militar da Bahia
POMarcha Plano para Ordem de Marcha
PSTM Percussão Sob Tensão de Mola
SocOp Socorrista Operacional
UDF Uso Diferenciado da Força
UDMF Uso Diferenciado dos Meios de Força
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Requisitos Básicos das Operações de Choque. .............................1-7
Figura 2: Fluxograma Básico de Acionamento da Tropa de Choque. ..........1-14
Figura 3: Formação do Pelotão de Choque por 3...........................................7-3
Figura 4: Formação do Pelotão de Choque por 2...........................................7-4
Figura 5: Formação do Pelotão em Linha.......................................................7-5
Figura 6: Formação do Pelotão de Choque em Linha, Vista Lateral. .............7-5
Figura 7: Formação do Pelotão de Choque em Cunha. .................................7-6
Figura 8: Formação do Pelotão de Choque em Cunha, Vista Lateral. ...........7-6
Figura 9: Formação do Pelotão de Choque em Escalão à Direita..................7-7
Figura 10: Formação do Pelotão de Choque em Escalão à Direita, 
Vista Lateral. .....................................................................................................7-7
Figura 11: Formação do Pelotão de Choque em Escalão à Esquerda. ..........7-8
Figura 12: Formação do Pelotão de Choque em Escalão à Esquerda, 
Vista Lateral. .....................................................................................................7-8
Figura 13: Formação do Pelotão de Choque em Guarda Alta. .......................7-9
Figura 14: Formação do Pelotão de Choque em Guarda Alta, Vista Lateral. .7-9
Figura 15: Formação do Pelotão de Choque em Guarda Alta Emassada. ...7-10
Figura 16: Formação do Pelotão de Choque em Guarda Alta Emassada, 
Vista Lateral. ...................................................................................................7-10
Figura 17: Formação do Pelotão de Choque em Guarda Baixa. .................. 7-11
Figura 18: Formação do Pelotão de Choque em Guarda Baixa, 
Vista Lateral. ...................................................................................................7-11
Figura 19: Formação do Pelotão de Choque em Guarda Baixa Emassada. 7-12
Figura 20: Formação do Pelotão de Choque em Guarda Baixa Emassada, 
Vista Lateral. ...................................................................................................7-12
Figura 21: Formação do Pelotão de Choque em Meia Lua. .........................7-13
Figura 22: Formação do Pelotão de Choque em Meia Lua, Vista Lateral. ...7-13
Figura 23: Formação do Pelotão de Choque em L à Direta (Frente e 
Vista Lateral). .................................................................................................7-14
Figura 24: Formação do Pelotão de Choque em L à Esquerda (Frente e 
Vista Lateral). .................................................................................................7-14
Figura 25: Formação do Pelotão de Choque em Guarda Blindada. .............7-15
Figura 26: Formação do Grupo de Resposta Rápida. ..................................7-16
Figura 27: Formação para Carga (Tempo 1). ...............................................7-17
Figura 28: Formação para Carga (Tempo 2). ...............................................7-17
Figura 29: Comando por Gestos: Formação em Coluna por 3. ....................7-19
Figura 30: Comando por Gestos: Formação em Coluna por 2. ....................7-20
Figura 31: Comando por Gestos: Formação em Linha.................................7-20
Figura 32: Comando por Gestos: Formação em Cunha. ..............................7-21
Figura 33: Comando por Gestos: Formação em Escalão à Direita. .............7-21
Figura 34: Comando por Gestos: Formação em Escalão à Esquerda. ........7-22
Figura 35: Comando por Gestos: Formação em Guarda Baixa. ..................7-22
Figura 36: Comando por Gestos: Formação em Guarda Baixa Emassada. 7-23
Figura 37: Comando por Gestos: Formação em Guarda Alta. .....................7-23
Figura 38: Comando por Gestos: Formação em Guarda Alta Emassada. ...7-24
Figura 39: Comando por Gestos: Formação em Guarda Blindada. .............7-24
Figura 40: Formação de Choque com 2 Pelotões em Apoio Lateral. ...........7-25
Figura 41: Formação de Choque com 2 Pelotões em Apoio Lateral, 
Frente Lateral. ................................................................................................7-26
Figura 42: Formação de Choque com 2 Pelotões em Apoio 
Complementar. ...............................................................................................7-27
Figura 43: Formação de Choque com 2 Pelotões em Apoio Cerrado. .........7-27
Figura 44: Formação de Choque com 2 Pelotões em Apoio Central. ..........7-28
Figura 45: Comando por Gestos para Cia de Choque: Formação em 
Apoio Lateral. .................................................................................................7-29
Figura 46: Comando por Gestos para Cia de Choque: Formação em Apoio 
Lateral, Frente Lateral. ...................................................................................7-30
Figura 47: Comando por Gestos para Cia de Choque: Formação em Apoio 
Complementar. ...............................................................................................7-30
Figura 48: Comando por Gestos para Cia de Choque: Formação em 
Apoio Cerrado. ...............................................................................................7-31
Figura 49: Comando por Gestos para Cia de Choque: Formação em 
Apoio Central. .................................................................................................7-31
Figura 50: Formação do Pelotão de Choque com Apoio de Cães: 
Coluna por 2. ..................................................................................................7-35Figura 51: Formação do Pelotão de Choque com Apoio de Cães: em 
Linha (Frente). ................................................................................................7-35
Figura 52: Formação do Pelotão de Choque com Apoio de Cães: em Linha 
(Retaguarda). .................................................................................................7-36
Figura 53: Composição do GRR com Apoio do Cão. ...................................7-36
Figura 54: Pelotão de Choque Rápido: 1ª Formação, 20 Operadores. ........7-39
Figura 55: Pelotão de Choque Rápido: 2ª Formação, 24 Operadores. ........7-40
Figura 56: Pelotão de Choque Rápido: 3ª Formação, 28 Operadores. ........7-40
Figura 57: Pelotão de Choque Rápido: 4ª Formação, 20 Operadores. ........7-40
Figura 58: Pelotão de Choque Rápido: 5ª Formação, 24 Operadores. ........7-40
Figura 59: Pelotão de Choque Rápido: 6ª Formação, 28 Operadores. ........7-41
Figura 60: Posição de Escudo ao Solo. ........................................................7-43
Figura 61: Posição de Descansar. ................................................................7-44
Figura 62: Posição de Sentido (Frente e Lateral). ........................................7-45
Figura 63: Posição de Ombro Armas e Apresentar Armas (Frente 
e Lateral). .......................................................................................................7-47
Figura 64: Deslocamento em Desfile. ...........................................................7-49
Figura 65: Exemplo do Uso do Porta-Bastão em Guarda Alta. ....................7-50
Figura 66: Elementos do Plano de Ação Imediata. .........................................8-7
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Aspectos Psicológicos das Ações Coletivas. ............................... 1-11
Quadro 2: Classificação de IMPO nas Operações de Choque.......................2-3
Quadro 3: Classificação das Granadas Policiais. ...........................................6-9
SUMÁRIO
CAPÍTULO I 
ASPECTOS LEGAIS E DOUTRINÁRIOS
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL PARA OPERAÇÕES DE CHOQUE .............1-1
1.1 POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA E POLÍCIA DE ORDEM PÚBLICA 1-4
1.2 DOUTRINA E CONCEITOS EM OPERAÇÕES DE CHOQUE .................1-5
1.2.1 Aspectos Doutrinários..............................................................................1-5
1.2.2 Agrupamentos Sociais .............................................................................1-8
1.2.3 Comportamento Coletivo .........................................................................1-9
1.2.4 Ações Coletivas dos Agrupamentos Sociais .........................................1-12
1.3 ACIONAMENTO E EMPREGO DA TROPA DE CHOQUE EM OCORRÊNCIAS 
DE DISTÚRBIOS SOCIAIS ............................................................................1-13
1.3.1 Planos de Acionamento .........................................................................1-15
1.3.2 Estado Operacional da Tropa de Choque .............................................1-16
1.3.3 Aprestamento e Apronto Operacional....................................................1-17
1.4 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO PELOTÃO DE CHOQUE ................1-18
1.5 ATRIBUTOS DO CHOQUEANO ..............................................................1-20
CAPÍTULO II 
DOUTRINA DE INSTRUMENTO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO
1. CLASSIFICAÇÃO DOS IMPO ....................................................................2-2
2. AGENTES QUÍMICOS ................................................................................2-3
3. CLASSIFICAÇÃO DOS AGRESSIVOS QUÍMICOS ..................................2-4
4. PRINCIPAIS AGRESSIVOS QUÍMICOS ....................................................2-4
4.1 CLOROBENZILIDENO MALONONITRILA, (C10H5N2CL) ..........................2-5
4.2 CAPSAICINA .............................................................................................2-6
4.3 DESCONTAMINAÇÃO DE AGRESSIVOS QUÍMICOS .............................2-6
5. CONCENTRAÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS .......................................2-7
6. ESTUDO DA PERSISTÊNCIA ....................................................................2-8
7. PROCESSO DE DISPERSÃO DOS AGENTES QUÍMICOS ......................2-8
CAPÍTULO III 
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
1. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI .............................3-3
2. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA ..........................................3-7
3. ACESSÓRIOS .............................................................................................3-8
CAPÍTULO IV 
MUNIÇÕES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO
1. MUNIÇÕES DE IMPACTO CONTROLADO ...............................................4-1
1.1 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO CALIBRE: ..............................................4-2
1.1.1 Munições de Impacto Controlado Calibre 12 ..........................................4-2
1.1.2 Munições de Impacto Controlado Calibre 37/40 mm ..............................4-3
1.2 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO PÚBLICO ALVO DE SUA UTILIZAÇÃO: 4-4
1.2.1 Munições de Projetil Singular ..................................................................4-4
1.2.2 Munições de Múltiplos Projéteis ..............................................................4-4
2. MUNIÇÕES DE JATO DIRETO ...................................................................4-5
3. MUNIÇÕES EXPLOSIVAS ..........................................................................4-6
3.1 PROJÉTEIS EXPLOSIVOS NO CAL. 12 ..................................................4-6
3.2 PROJÉTEIS EXPLOSIVOS NO CAL. 40MM X 46MM ..............................4-7
4. MUNIÇÕES DE EMISSÃO ..........................................................................4-7
4.1 MUNIÇÕES DE EMISSÃO LACRIMOGÊNEA ..........................................4-8
4.1.1 Munições de Emissão Lacrimogênea de Projétil Singular ......................4-8
4.1.2 Munições de Emissão Lacrimogênea de Múltiplos Projéteis ..................4-8
4.2 MUNIÇÕES DE EMISSÃO FUMÍGENA ....................................................4-9
CAPÍTULO V 
VEÍCULOS
1. MOTOCICLETA ...........................................................................................5-1
2. CAMINHONETE ..........................................................................................5-2
3. VEÍCULOS PESADOS (GRANDE PORTE) ...............................................5-2
4. VEÍCULO BLINDADO .................................................................................5-3
CAPÍTULO VI 
ARMAS
1. ARMAS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO ..........................................6-1
1.1 INCAPACITANTES ....................................................................................6-1
1.2 DEBILITANTES .........................................................................................6-2
2. ARMA DE FOGO .........................................................................................6-5
2.1 ARMA DE PORTE .....................................................................................6-5
2.2 ARMA PORTÁTIL ......................................................................................6-6
2.3 ARMA PORTÁTIL DE ALMA RAIADA ........................................................6-6
2.4 ARMA PORTÁTIL DE ALMA LISA .............................................................6-8
3. ESTUDO DAS GRANADAS POLICIAIS ....................................................6-9
3.1 GRANADAS POLICIAIS EXPLOSIVAS ...................................................6-10
3.1.1 Estrutura e Funcionamento ...................................................................6-10
3.1.2 Classificação ........................................................................................6-13
3.2 GRANADAS POLICIAIS DE EMISSÃO...................................................6-16
3.2.1 Estrutura e Funcionamento ...................................................................6-16
3.2.2 Classificação .........................................................................................6-184. NEUTRALIZAÇÃO DE GRANADAS POLICIAIS FALHADAS ................6-21
4.1 PROCEMINENTOS OPERACIONAIS PARA GRANADAS DE EMISSÃO 
FALHAS ..........................................................................................................6-22
4.2 PROCEMINENTOS OPERACIONAIS PARA GRANADAS EXPLOSIVAS 
FALHAS ..........................................................................................................6-23
4.3 DISPARO DE ELASTÔMERO COM ESPINGARDA CALIBRE 12 ..........6-23
4.4 UTILIZAÇÃO DA PLACA DE SECÇÃO ...................................................6-23
4.5 UTILIZAÇÃO DO CONE DE “MUNROE” ................................................6-24
4.6 UTILIZAÇÃO DE MATERIAL COMBUSTÍVEL ........................................6-24
4.7 SIMPATIA .................................................................................................6-25
CAPÍTULO VII 
TÉCNICAS DE OPERAÇÕES DE CHOQUE
1. COMPOSIÇÃO DO PELOTÃO DE CHOQUE ............................................7-1
2. FUNÇÕES NO PELOTÃO DE CHOQUE ....................................................7-1
3. FORMAÇÕES DE CHOQUE .......................................................................7-2
3.1 FORMAÇÕES BÁSICAS ...........................................................................7-2
3.1.1 Coluna por 3 (três)...................................................................................7-3
3.1.2 Coluna por 2 (dois) ..................................................................................7-4
3.2 FORMAÇÕES OFENSIVAS ......................................................................7-5
3.2.1 Formação em Linha.................................................................................7-5
3.2.2 Formação em Cunha: ..............................................................................7-6
3.2.3 Escalão à Direita .....................................................................................7-7
3.2.4 Escalão à Esquerda ................................................................................7-8
3.3 FORMAÇÕES DEFENSIVAS ....................................................................7-9
3.3.1 Guarda Alta..............................................................................................7-9
3.3.2 Guarda Alta Emassada..........................................................................7-10
3.3.3 Guarda Baixa.........................................................................................7-11
3.3.4 Guarda Baixa Emassada .......................................................................7-11
3.4 FORMAÇÕES ADAPTADAS ...................................................................7-12
3.4.1 Formação Meia Lua...............................................................................7-13
3.4.2 Formação em “L” ...................................................................................7-14
3.5 FORMAÇÃO GUARDA BLINDADA .........................................................7-15
3.6 GRUPO DE RESPOSTA RÁPIDA (GRR) ................................................7-15
3.7 FORMAÇÃO PARA CARGA ....................................................................7-16
4. COMANDOS POR VOZ E POR GESTOS ................................................7-17
4.1 COMANDO POR VOZ .............................................................................7-18
4.2 COMANDO POR GESTOS .....................................................................7-18
4.2.1 Formação em Coluna por 3 ...................................................................7-19
4.2.2 Formação em Coluna por 2 ...................................................................7-20
4.2.3 Formação em Linha...............................................................................7-20
4.2.4 Formação em Cunha .............................................................................7-21
4.2.5 Escalão à Direita ...................................................................................7-21
4.2.6 Escalão à Esquerda ..............................................................................7-22
4.2.7 Guarda Baixa.........................................................................................7-22
4.2.8 Guarda Baixa Emassada.......................................................................7-23
4.2.9 Guarda Alta............................................................................................7-23
4.2.10 Guarda Alta Emassada........................................................................7-24
4.2.11 Guarda Blindada ..................................................................................7-24
5. FORMAÇÕES DA COMPANHIA DE CHOQUE ........................................7-25
5.1 FORMAÇÕES DE CHOQUE COM 2 PELOTÕES ..................................7-25
5.1.1 Apoio Lateral..........................................................................................7-25
5.1.2 Apoio Lateral, Frente Lateral .................................................................7-26
5.1.3 Apoio Complementar .............................................................................7-26
5.1.4 Apoio Cerrado........................................................................................7-27
5.1.5 Apoio Central .........................................................................................7-28
5.2 COMANDO POR GESTOS PAR A COMPANHIA DE CHOQUE .............7-29
5.2.1 Apoio Lateral..........................................................................................7-29
5.2.2 Apoio Lateral, Frente Lateral .................................................................7-29
5.2.3 Apoio Complementar .............................................................................7-30
5.2.4 Apoio Cerrado........................................................................................7-31
5.2.5 Apoio Central .........................................................................................7-31
5.3 FORMAÇÕES DE CHOQUE COM 3 PELOTÕES ..................................7-32
5.3.1 Apoio Lateral..........................................................................................7-32
5.3.2 Apoio Lateral Frente Lateral ..................................................................7-32
5.3.3 Apoio Complementar .............................................................................7-32
5.3.4 Apoio Cerrado........................................................................................7-32
5.3.5 Apoio Central .........................................................................................7-32
6. ATUAÇÃO DO PELOTÃO DE CHOQUE COM APOIO DE CÃES ...........7-33
6.1 CONSTITUIÇÃO DO PELOTÃO DE CHOQUE COM APOIO DOS 
BINÔMIOS ......................................................................................................7-35
6.1.1 Formação de Transição do Pelotão com Reforço dos Binômios, em 
Coluna por Dois ..............................................................................................7-35
6.1.2 Formação em Linha com Reforço dos Binômios ..................................7-35
6.1.3 Composição do GRR.............................................................................7-36
7. ATUAÇÃO DO PELOTÃO DE CHOQUE COM APOIO DE CAVALARIA 7-37
8. TÉCNICA DE CHOQUE RÁPIDO .............................................................7-38
8.1 COMPOSIÇÕES DO PELOTÃO DE CHOQUE RÁPIDO – POR 
FORMAÇÃO ...................................................................................................7-39
8.2 PROCEDIMENTOS GERAIS NA ATUAÇÃO DO PELOTÃO DE CHOQUE 
RÁPIDO ..........................................................................................................7-41
9. ORDEM UNIDA .........................................................................................7-42
9.1 GENERALIDADES ..................................................................................7-42
9.2 POSIÇÕES ..............................................................................................7-439.2.1 Posição de “Escudos ao Solo” ..............................................................7-43
9.2.2 Posição de “Descansar” ........................................................................7-44
9.2.3 Posição de “Sentido” .............................................................................7-45
9.3 MOVIMENTOS A PÉ FIRME ...................................................................7-46
9.3.1 Posição de “Sentido” Partindo da Posição de “Descansar” ..................7-46
9.3.2 Posição de “Descansar” Partindo da Posição de “Sentido” ..................7-46
9.3.3 “Ombro Armas” e “Apresentar Armas” a Pé Firme ................................7-46
9.3.4 “Voltas Volver” .......................................................................................7-47
9.4 DESLOCAMENTOS ................................................................................7-48
9.4.1 Posição de Deslocamento em Desfile de Tropa....................................7-48
9.5 OBSERVAÇÕES QUANDO DA ATUAÇÃO E EM DESFILES 
MILITARES .....................................................................................................7-49
CAPÍTULO VIII 
TÁTICAS DE OPERAÇÕES DE CHOQUE
1. DIAGNOSE NAS OPERAÇÕES DE CHOQUE ..........................................8-1
1.1 OPONENTE...............................................................................................8-2
1.2 TERRENO .................................................................................................8-4
1.3 USO DA FORÇA PELA TROPA DE CHOQUE ..........................................8-6
2. PLANEJAMENTO EMERGENCIAL ...........................................................8-7
3. PROCEDIMENTOS PADRONIZADOS .......................................................8-8
3.1 REUNIÕES ILEGAIS ................................................................................8-8
3.1.1 Objetivos..................................................................................................8-9
3.1.2 Planejamento ..........................................................................................8-9
3.1.3 Sensores ...............................................................................................8-10
3.1.4 Apronto da Tropa de Choque ................................................................8-10
3.1.5 Local ......................................................................................................8-11
3.1.6 Comando, Controle e Comunicações (C3)............................................ 8-11
3.1.7 Procedimentos.......................................................................................8-12
3.2 REVISTA EM ESTABELECIMENTO PENAL ...........................................8-13
3.2.1 Objetivos................................................................................................8-13
3.2.2 Planejamento.........................................................................................8-13
3.2.3 Sensores ...............................................................................................8-14
3.2.4 Apronto da Tropa de Choque ................................................................8-14
3.2.5 Local ......................................................................................................8-14
3.2.6 Comando, Controle E Comunicações (C3) ...........................................8-15
3.2.7 Procedimentos.......................................................................................8-15
3.3 REBELIÃO EM ESTABELECIMENTO PENAL ........................................8-18
3.3.1 Objetivos................................................................................................8-18
3.3.2 Planejamento.........................................................................................8-18
3.3.3 Sensores ...............................................................................................8-19
3.3.4 Apronto Da Tropa De Choque ...............................................................8-19
3.3.5 Local ......................................................................................................8-19
3.3.6 Comando, Controle e Comunicações (C3)............................................8-20
3.3.7 Procedimentos......................................................................................8-20
3.4 REINTEGRAÇÃO DE POSSE.................................................................8-23
3.4.1 Objetivos................................................................................................8-23
3.4.2 Planejamento.........................................................................................8-23
3.4.3 Sensores ...............................................................................................8-24
3.4.4 Apronto da Tropa de Choque ................................................................8-25
3.4.5 Local ......................................................................................................8-26
3.4.6 Comando, Controle E Comunicações (C3) ...........................................8-26
3.4.7 Fases .....................................................................................................8-27
3.4.8 Reintegração De Posse De Edificações Verticais .................................8-30
3.5 EVENTOS ESPECIAIS ............................................................................8-33
3.5.1 Objetivos................................................................................................8-34
3.5.2 Planejamento.........................................................................................8-34
3.5.3 Sensores ...............................................................................................8-34
3.5.4 Apronto da Tropa de Choque ................................................................8-35
3.5.5 Local ......................................................................................................8-35
3.5.6 Comando, Controle e Comunicações (C3)............................................8-35
3.5.7 Procedimentos.......................................................................................8-36
REFERÊNCIAS ............................................................................................... R-1
1-1
CAPÍTULO I 
ASPECTOS LEGAIS E DOUTRINÁRIOS
Este capítulo apresentará os aspectos legais e doutrinários das 
Operações de Choque, através de uma revisão doutrinária acerca de Ordem 
Pública, Segurança Pública e emprego da Polícia Militar em tais circunstâncias. 
Além disso, apresentará conceitos e princípios em Operações de Choque e os 
atributos necessários para o profissional choqueano.
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL PARA OPERAÇÕES DE CHOQUE
É impossível dissociar as operações de choque do pressuposto da 
democracia. Neste sentido, um estado democrático de direito que deseja garantir 
o respeito aos direitos humanos e garantias fundamentais encontra amparo 
jurídico suficiente para harmonizar os conceitos de Estado como promotor de 
justiça social e como titular do uso da força coercitiva. 
No ordenamento jurídico brasileiro, a atuação, por parte das forças 
de segurança pública, com vistas a restaurar a ordem pública, tem amplo 
embasamento, sobretudo em dispositivos da Constituição Federal. O Art. 144 da 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (BRASIL, 1988) atribui, 
dentre outras, à Polícia Militar a responsabilidade pela preservação da ordem 
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio:
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e 
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação 
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do 
patrimônio, através dos seguintes órgãos:
[...]
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
[...]
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a 
preservação da ordem pública (BRASIL, 1988, grifo 
nosso).
Desta forma, visto que a preservação da ordem pública abarca tanto 
a sua manutenção quanto a sua restauração,o emprego repressivo da tropa de 
choque, de forma proporcional e razoável, não se afigura ilegítimo. 
1-2
Recepcionado pela sobredita Lei Maior, no que não contraria os 
preceitos constitucionais, o Decreto-Lei 667, de 02 de julho de 1969, que 
Reorganiza as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros militares dos 
Estados, dos Territórios e do Distrito Federal, e dá outras providências, no seu 
art. 3°, alínea “c”, assevera tal entendimento, in verbis:
Art. 3°: Instituídas para a manutenção da ordem pública e 
segurança interna dos Estados, nos Territórios e nos Distrito 
Federal, compete às Polícias Militares, no âmbito de suas 
respectivas jurisdições:
a) executar com exclusividade, ressalvadas as missões 
peculiares das Forças Armadas, o policiamento ostensivo, 
fardado, planejado pela autoridade competente, a fim de 
assegurar o cumprimento da lei, a manutenção da ordem 
pública e o exercício dos poderes constituídos; 
b) atuar de maneira preventiva, como força de dissuasão, 
em locais ou áreas específicas, onde se presuma ser 
possível a perturbação da ordem; 
c) Atuar de maneira repressiva, em caso de perturbação 
da ordem, precedendo o eventual emprego das Forças 
Armadas (BRASIL, 1969, grifo nosso).
O Regulamento para as Polícias Militares e Corpos de Bombeiros 
Militares (R-200), aprovado pelo Decreto n°. 88.777, de 30 de setembro de 
1983, regulamentou o Decreto-Lei 667, trazendo, em seu Art. 2°, os seguintes 
conceitos:
19) Manutenção da Ordem Pública - É o exercício dinâmico 
do poder de polícia, no campo da segurança pública, 
manifestado por atuações predominantemente ostensivas, 
visando a prevenir, dissuadir, coibir ou reprimir eventos 
que violem a ordem pública.
21) Ordem Pública - Conjunto de regras formais, que 
emanam do ordenamento jurídico da Nação, tendo por 
escopo regular as relações sociais de todos os níveis, do 
interesse público, estabelecendo um clima de convivência 
harmoniosa e pacífica, fiscalizado pelo poder de polícia, e 
constituindo uma situação ou condição que conduza ao bem 
comum. 
25) Perturbação da Ordem - Abrange todos os tipos de 
ação, inclusive as decorrentes de calamidade pública que, 
por sua natureza, origem, amplitude e potencial possam vir 
a comprometer, na esfera estadual, o exercício dos poderes 
constituídos, o cumprimento das leis e a manutenção da 
ordem pública, ameaçando a população e propriedades 
públicas e privadas. As medidas preventivas e repressivas, 
1-3
neste caso, estão incluídas nas medidas de Defesa Interna 
e são conduzidas pelos Governos Estaduais, contando ou 
não com o apoio do Governo Federal (BRASIL, 1983, grifo 
nosso).
Ademais, aliado aos instrumentos normativos já citados, juntamente 
com os elencados temos o regime jurídico administrativo que, caracterizado pelos 
conjuntos de regras e princípios implícitos e explícitos em nosso ordenamento 
jurídico, coloca a Administração Pública, limitada pelo interesse público (princípio 
da indisponibilidade do interesse público), em posição de superioridade em 
relação ao administrado (princípio da supremacia do interesse público). Tal 
regime, envolto nos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência, realiza-se por meio de atributos ou prerrogativas, todas 
de caráter instrumental, com vistas ao alcance do interesse público. 
Nesse diapasão, o poder de polícia, prerrogativa do Estado de, em prol 
do interesse público e bem estar social, restringir, impedir ou limitar a atuação do 
particular, apresenta-se como instrumento necessário à manutenção da ordem 
pública. É a inteligência do Art. 78 da Lei Federal n° 5.172, de 25 de outubro de 
1966, que dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de 
direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios:
Artigo 78. Considera-se poder de polícia atividade da 
administração pública que, limitando ou disciplinando direito, 
interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção 
de fato, em razão de interesse público concernente à 
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina 
da produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do 
Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à 
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (BRASIL, 
1966, grifo nosso).
Isto posto, ainda que de forma repressiva, a atuação da tropa de 
choque revela-se legal e legítima, respeitados os princípios da administração 
pública e a vinculação às normas afetas às operações de choque.
1-4
1.1 POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA E POLÍCIA DE ORDEM 
PÚBLICA
Conforme inferido do subitem anterior, o ordenamento jurídico pátrio 
tem, na formulação de suas normas, a necessidade de promover o convívio 
harmônico e pacífico dos cidadãos no exercício regular de seus direitos e deveres, 
tendo como atributo preponderante a liberdade. Depreende-se, então, que para 
atender a vontade constitucional, faz-se mais que evidente a necessidade da 
existência de um sistema de convivência pública, no qual as relações entre os 
indivíduos precisem de uma organização mínima em que se observe uma ordem 
ética mínima, a fim de que se exerçam tranquilamente as liberdades individuais. 
Neste contexto, conclui-se que o sistema de convivência pública 
pressupõe também a sua ordem, a qual se chama ordem pública. Ela é composta 
por valores, princípios e normas que permitem o funcionamento regular e estável 
da sociedade, assegurando, assim, a liberdade de cada um. Neste caso, a 
ordem pública pressupõe a existência de uma ordem jurídica capaz de “regular 
as relações sociais de todos os níveis, do interesse público, estabelecendo um 
clima de convivência harmoniosa e pacífica” (BRASIL, 1983).
Assim, a ordem pública se constitui pela paz pública, pela disposição 
harmoniosa da convivência e pela ausência de perturbações no cotidiano da 
sociedade e, para tanto, estrutura-se com base em três elementos: a tranquilidade 
pública, a salubridade pública e a segurança pública.
Nessa tríade, a segurança pública é o elemento que permite a 
estabilidade do sistema de convivência pública, por possuir em seu sistema 
estruturas e funções desenvolvidas e ativadas para estabilizar e manter a ordem 
pública, a fim de “salvaguardá-la de perturbações (inevitáveis) de todo tipo, que 
possam comprometê-la, evertê-la ou subvertê-la” (LAZZARINI, 1989).
Para Moreira Neto (1988), segurança pública é “o conjunto de processos 
políticos e jurídicos, destinados a garantir a ordem pública na convivência de 
homens em sociedade”. Dessa forma, a garantia da ordem pública é a segurança 
pública.
A polícia administrativa, sendo um dos subsistemas da Segurança 
Pública, possui dois elementos que formatam a atuação das Polícias Militares: 
a polícia de segurança pública (que atua preventivamente, através de ações 
dissuasórias ostensivas) e a polícia de ordem pública (que atua repressivamente, 
quando se apresenta um quadro de quebra de ordem no qual a polícia de 
segurança pública não foi capaz de conter ou evitar). 
Desta forma, conclui-se que, numa situação na qual não houve 
1-5
condições para que a polícia de segurança pública evitasse o dano à ordem 
pública, quer seja por limitações de técnicas operacionais ou pelo vulto do evento 
danoso, o restabelecimento da ordem pública deverá ocorrer através da polícia 
de ordem pública, a qual só poderá ser utilizada em circunstâncias especiais, 
atendidos os seus critérios legais e doutrinários. Assim, a polícia de choque ou 
tropa de choque enquadra-se perfeitamente no conceito de polícia de ordem 
pública.
1.2 DOUTRINA E CONCEITOS EM OPERAÇÕES DE CHOQUE
1.2.1 Aspectos Doutrinários
As Operações de Choque são operações policiais militares 
desenvolvidas por efetivos em superioridade relativa, devidamente selecionados 
e treinados com técnicas especiais e equipados com material de tecnologia 
diferenciada, para intervenção em ocorrências de distúrbios sociais, quando 
esgotados os esforços dastropas convencionais e de solução negociada. Tais 
operações são executadas pela tropa de choque, que têm sua fundamentação 
no controle de pessoas por quebra da resistência, através, principalmente, de 
ações de impacto psicológico, podendo ocorrer por meio de dois tipos específicos 
de estratégias: de dispersão ou de submissão. 
A intervenção em ocorrências típicas de distúrbios sociais ocorre em 
três etapas: contenção, negociação e uso da força pela tropa de choque. As 
duas primeiras etapas devem ser executadas por efetivo da tropa convencional.
A contenção é o ato que visa manter a ocorrência controlada no espaço 
e tempo determinados, impedindo que se alastre, além de estabelecer o controle 
de locais estratégicos para, em sendo necessário, empregar a tropa de choque. 
A negociação, que ocorre durante a crise de distúrbios sociais, deve ser 
conduzida por um policial militar capacitado para tal mister e nunca pela tropa 
de choque. Esta prática busca a solução da crise sem que haja necessidade do 
uso da força. 
O uso da força pela tropa de choque é o último estágio para a resolução 
da crise de distúrbio social. Nesta etapa, a tropa utilizará Instrumentos de Menor 
Potencial Ofensivo (IMPO), visando dispersar ou submeter os causadores 
desta, haja vista que o profissional operacional de choque é o especialista para 
a execução dessas ações e do uso dos IMPO. Assim, para atingir o objetivo 
1-6
da missão, as Operações de Choque se valem do Uso Diferenciado dos Meios 
de Força (UDMF), que é a adequação do emprego de tecnologias de menor 
potencial ofensivo, ou até letal, ao nível de resistência do infrator da lei. 
A doutrina utilizada no Brasil tem origem germânica, a qual visa a 
manutenção da distância entre a tropa e os oponentes, com a busca da quebra do 
elo psicológico que garante a coesão da coletividade. Neste contexto, as ações 
da tropa de choque em casos de dispersão devem manter, prioritariamente, 
uma distância de segurança mínima de 30 (trinta) metros. A aproximação entre 
o oponente e a tropa de choque evidencia um risco no processo de intervenção 
do distúrbio, aumentando o grau de lesividade dos instrumentos empregados, 
podendo acarretar em danos para os envolvidos na crise1, com resultados 
indesejáveis para a ocorrência. 
Além do exposto, incorporou-se também, às Operações de Choque, 
outro tipo de ação estratégica que é a submissão. Neste caso, o objetivo das 
Operações de Choque é o de controlar ou conter os causadores, em decorrência 
do terreno para a ação e das características deste tipo de crise.
A estratégia de dispersão é desenvolvida com o objetivo de enfraquecer 
a relação criada pelos indivíduos quando atuam em coletividade, reduzindo 
assim, os efeitos característicos dos comportamentos coletivos. Para tanto, são 
utilizados IMPO que busquem diminuir a intensidade dos efeitos psicológicos 
da coletividade, efeitos que estabelecem vínculos entre os componentes de 
uma determinada categoria de agrupamento social devido à proximidade entre 
os indivíduos e a reação destes frente a uma situação que afeta a todos. Na 
estratégia de dispersão, o uso da arma letal é uma exceção, devendo ocorrer 
apenas em resposta à ameaça ou risco de morte contra o policial militar ou 
terceiros. 
Já a estratégia de submissão se desenvolve de forma a sujeitar o 
indivíduo a obedecer às ordens emanadas, através do controle do espaço e do 
próprio oponente, evitando que se executem atos hostis ou de violência contra 
a tropa ou terceiros. Neste caso, a utilização de IMPO visa manter o controle 
do indivíduo, através de recursos debilitantes brandos (com o objetivo de evitar 
pânico ou descontrole) ou meios incapacitantes. 
É importante ressaltar que a relação existente entre o nível de 
resistência do oponente e o uso adequado do nível de força nas Operações de 
Choque só poderá estar legitimada na sua doutrina quando forem atendidos os 
quatro requisitos básicos:
1 Considera-se crise todo incidente ou situação extrema não rotineira, que exija uma resposta 
especial dos órgãos operativos de segurança pública e defesa civil, em razão da possibilidade de 
agravamento conjuntural, com grave risco à vida e ao patrimônio (BAHIA,2016).
1-7
Figura 1: Requisitos Básicos das Operações de Choque.
Fonte: A Comissão.
 - HOMEM: elemento principal que compõe a tríade das Operações 
de Choque. Deve possuir o perfil profissiográfico indicado neste 
manual para o profissional técnico no uso de IMPO em ocorrências 
típicas de distúrbios sociais.
 - TREINAMENTO: realizado através de processos planejados 
de preparação, que visem levar o homem de choque ao nível 
permanente de proficiência nas ações de dispersão ou submissão 
desenvolvidas nas Operações de Choque.
 - MATERIAL: todo tipo de ferramenta ou tecnologia própria e 
específica utilizada pela tropa de choque como meio de defesa ou 
ataque nas situações que envolvam distúrbios sociais. 
A MISSÃO é o componente central que define a adequada seleção, 
capacitação e apronto operacional. Neste contexto, a tropa de choque, sendo 
especializada na aplicação de Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo (IMPO) 
para resolução de crises resultantes de atos de desordem e violência do coletivo 
social, atenderá a sua atribuição legal e doutrinária, através das estratégias de 
dispersão e/ou submissão, como já mencionado.
Diante disso, cabe ao especialista em Operações de Choque, além 
da capacitação técnica para o manuseio de IMPO e do treinamento constante, 
conhecer as peculiaridades e a categorização dos agrupamentos sociais, bem 
como o comportamento coletivo.
1-8
1.2.2 Agrupamentos Sociais
Ao Choqueano compete conhecer e reconhecer as formações, 
categorizações e atuações dos agrupamentos sociais, sob pena de empregar 
força desnecessária em condições adversas do que prevê as técnicas e táticas 
de Choque. 
Os agrupamentos sociais, para efeito das Operações de Choque, 
podem ser divididos em duas categorias: os agregados sociais e os grupos 
sociais. A diferença entre os dois está na interação entre as pessoas, nas ações 
produzidas por elas e nos resultados pretendidos.
Os agregados sociais são caracterizados pela reunião de pessoas com 
fraco sentimento de grupo. Não são organizadas, sendo sua estrutura instável 
e sem hierarquia de posições e funções. Há anonimato entre as pessoas e o 
contato social é limitado e de curta duração. Fazem parte dos agregados sociais:
a. Massa: é o agrupamento de pessoas formadas espontaneamente, 
porém, separadas fisicamente, as quais recebem estímulos de 
forma passiva, através de algum meio de comunicação. Apesar de 
ser um agrupamento que atinge um grande número de indivíduos, 
não há, nele, consciência de grupo. Isso decorre das informações 
recebidas, que visam manipular a opinião dessas pessoas.
b. Multidão: reunião de pessoas espontânea, temporária e, por 
vezes, desorganizada, formada por indivíduos que dividem 
sentimentos comuns, de modo que uns podem afetar os outros. 
Outras características da multidão são: o anonimato, a indiferença 
e a proximidade física entre os indivíduos. Pode assumir forma 
pacífica ou violenta, a depender dos estímulos e de outros fatores 
externos. Os indivíduos estão propícios a tomar decisões e a gerar 
ações homogêneas.
c. Público: é o agrupamento de pessoas que se reúnem 
espontaneamente, seguindo os mesmos estímulos decorrentes 
de assuntos sociais relevantes, os quais canalizam a atenção dos 
partícipes pelo interesse comum. A integração entre os indivíduos é 
intencional, diferente da multidão, que é ocasional. Suas decisões 
são individuais, podendo até gerar ações homogêneas. Isso ocorre 
devido à existência da racionalidade nesse tipo de agrupamento 
social.
Os grupos sociais são ajuntamento de pessoas que interagem, 
possuem organização, hierarquia, normas, valores, objetivos comuns e estrutura 
1-9
social razoavelmente consolidada e perceptível por outras pessoas, de fora do 
grupo. Há, ainda, consciência grupal, sentimento depertencimento e duração 
prolongada. Os grupos sociais de interesse das Operações de Choque são:
a. Movimentos sociais: grupo de indivíduos que, reunidos por uma 
ideologia comum, envolve-se num esforço organizado e coletivo 
para promover ou impedir mudanças na sociedade ou no próprio 
grupo.
A classificação dos movimentos sociais depende da sua relação 
com a sociedade. Eles podem ser: conservadores, reformistas ou 
revolucionários.
1. Conservadores: buscam preservar a sociedade de mudanças e 
alterações;
2. Reformistas: buscam modificar alguns aspectos sociais, mas 
sem transformá-los completamente. Estão subdivididos em: 
 - Reivindicatórios ou de Classes: ações focadas em questões de 
exigências imediatas; 
 - Políticos: buscam influenciar a população para a participação 
política direta, enquanto garantia para transformações estruturais 
na sociedade.
3. Revolucionários: buscam subverter a ordem social e, 
consequentemente, alterar as relações entre distintos fatores na 
conjuntura nacional.
b. Presos: pessoas privadas de sua liberdade por cometimento de 
delito, as quais são mantidas em confinamento nos locais chamados 
de estabelecimentos penais. Quando amotinados, formam grupo(s) 
que responde(m) a um ou mais líderes e, através da quebra da 
ordem nos estabelecimentos penais, buscam atingir objetivos 
comuns. Normalmente, são estruturados hierarquicamente e 
possuem valores e códigos de condutas próprios. Importante 
salientar que os presos, quando em situação rotineira, sem quebra 
de ordem, são categorizados como multidão.
1.2.3 Comportamento Coletivo
A conduta individual, que se torna presente na coletividade, é governada, 
basicamente, pelas normas sociais e legais aprendidas ou transmitidas ao longo 
1-10
do processo de socialização, de forma que exista uma ordem que subordina 
os indivíduos a conviver harmonicamente em sociedade. A ordem pública, 
juntamente com a tranquilidade, a salubridade e a segurança pública, são 
partes relevantes neste contexto de harmonia social. Entretanto, neste processo 
de convivência em coletividade, existem determinadas condutas afetas aos 
grupamentos humanos. Segundo o Dicionário de Sociologia, os comportamentos 
coletivos ocorrem de forma relativamente espontânea e normalmente não são 
estruturados, sendo, portanto, tipos de condutas que ocorrem em agrupamento 
de pessoas que reagem a algum tipo de circunstância afeta a todos. 
As teorias que explicam o comportamento coletivo são fundamentadas 
em duas escolas: a individualista e a interacionista. Sendo assim, extraem-se 
destas escolas as quatro teorias básicas do comportamento coletivo:
 - Teoria do Contágio: Esta teoria tem como base a ideia da sugestão 
entre os participantes. A “indução solitária da emoção” seria uma 
ação homogênea, desenvolvida por indivíduos em grupo, ou seja, 
o comportamento de um indivíduo despertaria no outro o mesmo 
comportamento.
 - Teoria da Desindividualização: O indivíduo, ao fazer parte de um 
agrupamento ao qual se identifica, vê-se tomado pelo anonimato, 
tornando sua responsabilidade difusa entre os demais componentes. 
Tal circunstância tende a maior desinibição e impulsividade pessoal, 
havendo assim a perda de restrições morais e comportamentais, 
o que favorece para que o indivíduo adote práticas antissociais, 
agindo de forma diferente do seu cotidiano. 
 - Teoria da Convergência: Os indivíduos que fazem parte do 
agrupamento se identificam com a consciência e as orientações 
que prevalecem no coletivo. Neste caso, as pessoas tendem a 
convergir suas posições de forma a minimizar as diferenças entre 
o grupo. A teoria defende que os indivíduos em grupo expostos a 
uma situação crítica se tornam sugestionáveis, sendo essa uma 
condição psicológica para a convergência. 
 - Teorias das Normas Emergentes: Estabeleceu que as normas sociais 
surgem durante as interações simbólicas do grupo, controlando, 
assim, o comportamento coletivo. Alguns indivíduos podem se 
destacar e se consolidam como líderes, podendo surgir também 
outras lideranças transitórias. Suas ações são caracterizadas como 
um padrão do grupo, surgindo, por conseguinte, a homogeneidade. 
As atitudes dos que se destacam facilitam o aparecimento de novas 
normas que induzirão os demais a segui-las. 
1-11
Assim, o entendimento dos comportamentos e atitudes individuais, 
quando executados em coletividade, e a consequente reverberação dessas 
ações no agrupamento social tornam-se fundamentais para as Operações 
de Choque. Os comportamentos coletivos, segundo as principais teorias da 
psicologia sociais já citadas englobam as seguintes condicionantes:
a. Fase de controle exercido pela presença ou ação de outrem - 
modificando os comportamentos individuais através do anonimato;
b. As reações circulares – trata da influência de cada indivíduo 
sobre os comportamentos do outro; os indivíduos refletem, 
reciprocamente, suas maneiras de sentir e, ao fazê-lo, intensificam-
nas, promovendo, assim, o contágio;
c. O “milling” – o senso de desconforto pela proximidade conduz os 
indivíduos a movimentarem-se a ermo, uns em redor dos outros, ao 
acaso e sem meta;
d. A excitação coletiva – quando o comportamento, excitado, fixa 
poderosamente a atenção dos integrantes; sob a sua influência, 
então, os indivíduos tornam-se emocionalmente excitáveis e a 
decisão pessoal destes indivíduos é mais rapidamente quebrada;
e. O contágio social – disseminação rápida, impensada e irracional de 
um estado de espírito, de um impulso ou de uma forma de conduta 
que atrai e se transmite aos que originalmente se constituíam em 
meros espectadores e assistentes.
Quadro 1: Aspectos Psicológicos das Ações Coletivas.
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DAS 
AÇÕES COLETIVAS
Contágio
Desinibição
Sugestão
Indução
Anonimato
Homogeneidade
Excitação coletiva
Fonte: A Comissão.
1-12
1.2.4 Ações Coletivas dos Agrupamentos Sociais
As ações coletivas, em locais onde há reunião de pessoas, tem se 
apresentado como um fenômeno da contemporaneidade. Vem chamando a 
atenção dos meios de comunicação em massa e servindo, assim, como objeto 
de estudo da própria polícia. Ainda há muitas questões a serem formuladas 
e respondidas, entretanto, podemos verificar que muitas dessas ações têm 
orientações ideológicas e políticas que se utilizam dos comportamentos coletivos 
para atingir objetivos preestabelecidos. 
As mobilizações coletivas podem ocorrer de forma pacífica, atendendo 
aos preceitos constitucionais e, desta forma, a obediência às normas garantirá a 
tranquilidade dos atos da coletividade. Esta forma de ação coletiva é categorizada 
como manifestação coletiva:
a. Manifestação coletiva: reunião lícita, de caráter pacífico, na qual 
as pessoas se mobilizam livremente para expressar suas opiniões 
e pensamentos sobre temas de interesse comum aos participantes.
Contudo, quando as mobilizações se tornam descontroladas e, por 
conta de estímulos negativos (gerados por líderes ou eventos), os 
indivíduos passam a cometer ações de desordem e violência, em 
notória desobediência às normas sociais estabelecidas, praticando 
atos ilegais, apresenta-se aí um quadro de distúrbio. Neste contexto, 
a reunião é ilegal.
b. Distúrbio ou Distúrbio social: atos de desordem e violência 
decorrentes do comportamento coletivo, perturbadores e prejudiciais 
à ordem pública e/ou à ordem social vigente. 
O distúrbio social pode se apresentar através de diversos atos 
praticados por infratores das normas vigentes, sendo dividido nas 
seguintes espécies:
 - Tumulto ou Turbação: atos de desobediência e/ou desrespeito 
à ordem e à lei, não necessariamente de caráter violento e hostil, 
que podem ser traduzidos, muitas vezes, em vandalismo. Podem 
ocorrer após um planejamento prévio ou por ação inopinada, 
levados a efeito por uma liderança negativa, que pode surgir 
eventualmente naquele contexto. 
 - Rebelião ou motim: ação ilegal de perturbação da ordem ou 
desrespeito contra a autoridade instituída em estabelecimento 
penal. 
1-13- Revolução: ato de revolta contra um poder estabelecido, pelo 
ordenamento jurídico vigente, com uso de violência, que tem o 
objetivo de promover mudanças profundas na sociedade, através 
das instituições políticas, sociais, econômicas, culturais e morais.
1.3 ACIONAMENTO E EMPREGO DA TROPA DE CHOQUE EM 
OCORRÊNCIAS DE DISTÚRBIOS SOCIAIS
Como visto, as ocorrências críticas de distúrbios sociais decorrentes 
do comportamento coletivo têm características que reforçam a necessidade de 
preparo, armamentos e equipamentos especiais para o policial que nelas atuará. 
Hodiernamente, são situações de alta complexidade, por envolver grande 
número de pessoas que podem adotar ações violentas e ilegais, tornando-se 
assim ocorrências politicamente sensíveis, cujas decisões para o emprego da 
tropa de choque ficam adstritas ao nível estratégico da Corporação, sem olvidar 
a necessidade de cumprir fielmente a lei aliada à doutrina.
Nesse diapasão, a atuação da tropa de choque se torna necessária 
quando pessoas reunidas por quaisquer circunstâncias praticam atos atentatórios 
à ordem pública ante as quais a tropa convencional não tenha condições de 
resolução. 
Para que uma ocorrência de distúrbio social exija o acionamento e o 
emprego de uma tropa de choque deverá existir as seguintes condicionantes:
 - Perturbação da ordem pública;
 - Concentração de pessoas praticando ações ilegais e/ou violentas;
 - A tropa convencional não dispor de condição de resolução ou não 
possuir os atributos para tal;
 - Fracasso na solução negociada.
O acionamento e o emprego da tropa de choque exigem o cumprimento 
de um fluxo organizacional que procure preservar a atuação desse tipo de força 
policial, especialista no uso de tecnologias de menor potencial ofensivo, que 
responde especificamente às ocorrências de alto nível de complexidade e 
sensivelmente políticas. 
Assim, é apresentado neste manual o Fluxograma Básico de 
Acionamento da Tropa de Choque:
1-14
Figura 2: Fluxograma Básico de Acionamento da Tropa de Choque.
Fonte: A Comissão.
1-15
1.3.1 Planos de Acionamento
Os Planos de Acionamento da tropa de choque (PA) são compostos 
por um conjunto de planos de ação que devem ser executados conforme o tipo 
de ocorrência crítica de distúrbio social e o estado operacional da tropa. Assim, 
os documentos que compõem o PA são:
a. Plano de Avaliação de Situação (PlanAS)
Documento baseado no estudo operacional e de inteligência policial 
da ocorrência, que visa identificá-la, respondendo às seguintes 
perguntas:
 - A ocorrência corresponde a um distúrbio social?
 - Qual o perfil dos causadores?
 - Há liderança aparente ou confirmada?
 - A tropa responsável pela área fez a contenção?
 - A tropa local, através de seus recursos pessoais e materiais, tem 
condições de resolução?
 - A ocorrência pode ser solucionada com negociação?
 - Quais direitos estão sob ameaça?
 - Quais as condições de terreno/ambientais relevantes?
 - Qual o tipo de risco e quais danos se apresentam?
 - A ocorrência pode ser controlada por recurso especializado local?
b. Plano de Chamada (PlanCham)
Documento que registra os dados que facilitarão o acionamento, 
no mais curto prazo, do efetivo que não está aquartelado, devendo 
conter:
 - Meios de chamada;
 - Prioridade de chamada;
 - Controle dos efetivos reunidos;
 - Medidas de segurança.
Deve fazer parte do aprestamento de pessoal e ser mantido 
permanentemente atualizado.
c. Plano para Ordem de Marcha (POMarcha)
Documento de estrutura simples, que visa dar conhecimento da 
missão ao efetivo empregado, devendo indicar os seguintes itens:
1-16
 - Qual a missão;
 - Qual o objetivo a ser alcançado;
 - A identificação dos oponentes;
 - A situação do terreno;
 - Os meios que serão utilizados (armas, munições, equipamentos, 
materiais extras, viaturas, etc.);
 - A provável duração da missão.
Em situações emergenciais, para ações imediatas, e com vistas à 
manutenção da integridade tática nas Operações de Choque, o Plano poderá 
ser suprimido por preleção oral, realizada pelo Comandante da tropa de choque, 
o qual indicará os principais aspectos do problema, utilizando-se, para isso, do 
recurso do Plano de Ação Imediata (ver subitem 8.3).
1.3.2 Estado Operacional da Tropa de Choque
Por ter natureza de emprego aquartelado, os estados operacionais 
da tropa de choque decorrem das ordens de prontidão, de sobreaviso ou de 
marcha, conforme conceitos e condições estabelecidas no Regulamento Interno 
de Serviços Gerais (R-1), no Caderno de Instrução de Aprestamento e Apronto 
Operacional (EB70-CI-11.404) e nas Normas Gerais de Ação da Unidade.
PRONTIDÃO: estado em que o efetivo do serviço diário fica na OPM 
(Organização Policial Militar) devidamente preparado para deslocar do quartel, a 
fim de cumprir uma missão, tão logo receba uma ordem. 
Neste estado, exige-se que a OPM esteja devidamente aprestada, 
através do conjunto de medidas de prontificação relativas à instrução, ao 
adestramento, ao pessoal, ao material ou à logística, que visem preparar ou 
deixar pronta a tropa de choque, além de executar constantes exercícios de 
apronto operacional, colocando a unidade em condições de emprego a qualquer 
momento.
SOBREAVISO: estado em que o efetivo da OPM fica em condições 
de ser acionado para uma missão de caráter especial ou extraordinário. O 
acionamento do efetivo que esteja de folga deve ocorrer atendendo ao Plano de 
Chamada, o qual deverá estar em estado de Ordem de Marcha no menor tempo 
possível.
ORDEM DE MARCHA: estado em que a tropa de choque, estando 
pronta para ser empregada com todo o seu armamento, munição, equipamento, 
1-17
viatura, demais materiais e tecnologias, fica em condições de deslocamento 
para execução de qualquer missão de distúrbio social. Neste estado, devem ser 
observadas as condições de aprestamento e apronto operacional da tropa de 
choque.
1.3.3 Aprestamento e Apronto Operacional
APRESTAMENTO: conjunto de medidas para se deixar pronta ou 
preparada uma força ou parte dela, especialmente as relativas à instrução, ao 
adestramento, ao pessoal, ao material ou à logística, destinado a colocá-la em 
condições de ser empregada a qualquer momento (BRASIL, 2014).
APRONTO OPERACIONAL: grau de preparo de uma tropa 
considerada pronta para ser empregada em missão de combate, com todo o seu 
equipamento, armamento, viaturas, munições, suprimentos e demais fardos de 
materiais (BRASIL, 2014). 
A Situação de Apronto Operacional é a condição que a tropa tem de 
passar, no prazo mais curto de tempo, para a Situação de Ordem de Marcha. 
Ou seja, a tropa de choque deverá adotar as medidas cautelares para que o seu 
pessoal e material sejam capazes de estar prontos para iniciar a missão surgida 
inopinadamente. 
As diretrizes para se determinar a Situação de Apronto Operacional 
são:
1. Composição Geral dos Meios:
 - Designação dos efetivos para cumprimento da missão, 
manutenção da segurança e funcionamento administrativo da 
Unidade.
2. Aprestamento de Pessoal:
 - Forma de reunião do pessoal aquartelado e de sobreaviso;
 - Providências, de ordem pessoal, para garantir o afastamento da 
Sede, por longo tempo, sem prejuízos para o homem nem para 
a missão (uniforme de muda, medicamentos, material de higiene, 
roupa extra, garantir recursos e de suprimentos para a família, 
etc.);
 - Preparação do material individual;
 - Previsão de suprimentos individual.
3. Aprestamento de Material:
1-18
 - Distribuição do material bélico, EPI, EPC e demais materiais e 
suprimentos adequados à missão;
 - Manutenção da disponibilidade de material pela Unidade, de 
forma simples, prática e objetiva, observando-se o controle;
 - Estabelecimento de níveis de suprimento por tipo de missão, 
local e duração, mantendo os materiais acondicionados de forma 
adequada.
4. Transporte de Tropa:
 - Providência dos veículos manutenidos e sempre em condições 
de deslocamento;
 - Antecipação da carga para os motoristas e operadores;
 - Composição do comboio de acordo com otipo de missão.
1.4 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO PELOTÃO DE CHOQUE
Os princípios fundamentais do pelotão de choque são o alicerce 
das ações que envolvem o controle de pessoas por uma tropa de choque. A 
obediência a tais princípios é de extrema importância para a manutenção da 
integridade técnica e tática do emprego da tropa de choque. 
O pelotão de choque deve respeitar os preceitos que servem de 
fundamentos orientadores da sua atuação, visto que, tanto a dispersão quanto a 
submissão têm como pressupostos a preservação da vida e da integridade física, 
tanto por parte do operacional de choque quanto por parte do seu oponente:
1. O pelotão de choque é indivisível;
 - O pelotão não deverá ser desmembrado para aplicação em 
circunstâncias que não sejam a de atuar como força dissuasória 
no controle de pessoas.
2. Todo Choqueano é responsável pela segurança do pelotão e 
pelo colega do lado;
 - O fundamento da segurança é essencial para o sucesso da ação 
da tropa de choque. A atenção para tal fundamento é individual e 
coletiva.
3. Todo PM do pelotão de choque zela sempre pelo seu equipamento 
individual e o conhece perfeitamente;
1-19
 - O conhecimento do material utilizado em operações de choque 
e o seu consequente zelo garantem ao operador confiança na 
execução da missão a ele atribuída.
4. O escudeiro sempre tem prioridade sobre os demais PM do 
pelotão de choque;
 - Tal princípio é decorrente das exigências psicofísicas da função 
exercida pelo choqueano escudeiro quando em ação. Assim, em 
qualquer circunstância, o escudeiro é o elemento mais importante 
do pelotão.
5. Todo Choqueano conhece a missão e todos os objetivos a serem 
alcançados;
 - O conhecimento da missão e do seu objetivo visa deixar todos 
os componentes do pelotão no nível ideal do seu estado de 
alerta, assim como, proceder adequadamente de acordo com as 
condições operacionais.
6. Todo operador do pelotão de choque só atua mediante ordem de 
seu Comandante; 
 - É o acatamento total da disciplina e da unidade de comando.
7. O pelotão de choque só atua quando há visibilidade e 
conhecimento do terreno e do oponente; 
 - Ver o terreno e conhecê-lo favorece o direcionamento do oponente 
numa possível dispersão. Ver o oponente significa evitar a 
agressão direta e inopinada contra a tropa. Por isso, evita-se, em 
algumas circunstâncias, a atuação noturna da tropa de choque.
8. O pelotão de choque deve manter distância de segurança do 
oponente; 
 - O controle da distância evita o contato físico entre as partes, o 
que minimiza as ações diretas contra a tropa de choque, bem 
como, amplia a possibilidade de utilização de meios de menor 
potencial ofensivo. 
9. O pelotão de choque atua estritamente dentro da lei, 
demonstrando autoridade sempre, deixando as questões sociais 
ou políticas a cargo das pessoas responsáveis; 
 - A impessoalidade é a uma das principais características das 
Operações de Choque, impedindo o direcionamento das ações e 
mantendo o foco no cumprimento da missão. 
1-20
10. O pelotão de choque age sempre observando os critérios de uso 
diferenciado da força, através das tecnologias de IMPO.
 - O emprego da força, decorrente do uso dos IMPO, atendendo 
a seus princípios, como resposta a eventual ou real agressão 
dirigida ao pelotão, deve ser feito de forma técnica, a fim de que 
não restem dúvidas acerca da legitimidade da atuação da tropa 
de choque.
1.5 ATRIBUTOS DO CHOQUEANO
O estabelecimento do perfil do especialista em Operações de Choque 
funciona como uma ferramenta que possibilita determinar as características 
desejáveis no Operacional. Assim, o perfil desejado para o choqueano deverá 
atender aos preceitos ora indicados:
a. Descrição sumária das atividades
A missão estabelecida para o choqueano define as atividades a 
serem desenvolvidas por ele e, em razão de sua natureza excepcional, são 
caracterizadas pelo alto nível de risco, compressão de tempo em ocorrências 
politicamente sensíveis, notadamente em locais críticos, sendo elas:
 - Dissuasão de distúrbios sociais pelo emprego de IMPO;
 - Cumprimento de mandados de reintegração de posse rural ou 
urbana de alta complexidade;
 - Revistas em estabelecimentos penais;
 - Retomada do controle em estabelecimentos penais;
 - Eventualmente, operação como tropa de radiopatrulhamento 
tático.
b. Pré-requisitos
 - Ser voluntário;
 - Possuir bom estado físico e de saúde.
c. Capacidade cognitiva e comportamental
 - Capacidade de compreender e de resolver conflitos;
 - Raciocínio rápido;
 - Objetividade;
 - Motivação constante;
1-21
 - Ausência de traços sádicos e fóbicos;
 - Firmeza de caráter e atitude;
 - Ausência de inibição e ansiedade;
 - Conduta ilibada no serviço e na folga.
d. Características Técnicas
 - Conhecer e manusear o armamento de dotação da PMBA;
 - Identificar e manusear IMPO;
 - Ter capacidade de trabalhar em equipe;
 - Ter desenvoltura para progressão sob condições adversas;
 - Ser capaz de dominar as técnicas e táticas de Operações de 
Choque.
Como visto, é imprescindível que o choqueano possua os 
conhecimentos, habilidades e atitudes próprias dos homens que compõem as 
tropas especiais. Para tanto, será exigido deste os seguintes atributos:
Autocontrole: ser capaz de dominar suas emoções e impulsos;
Combatividade: ter ímpeto de lutar;
Companheirismo: ser camarada com os irmãos de farda;
Coragem: ser capaz de enfrentar algo moralmente árduo;
Disciplina: ser obediente a regras e normas, com conduta ilibada;
Força de vontade: ter esforço superior para atingir o objetivo;
Perseverança: não desistir com facilidade do objetivo;
Resistência à fadiga psicofísica: ser tolerante a situações de alto nível 
de stress físico e psicológico;
Vivacidade: ser capaz de agir com desembaraço e vigor;
Zelo: ter forte disposição em cuidar de alguém ou de algo.
2-1
CAPÍTULO II 
DOUTRINA DE INSTRUMENTO DE 
MENOR POTENCIAL OFENSIVO
No contexto de um Estado Democrático de Direito, sedimentado sob 
a égide dos Direitos Humanos e pelo Princípio da Dignidade Humana cabe, 
aos Encarregados da Aplicação da Lei, a utilização de alternativas táticas que 
possibilitam uma atuação segura e adequada frente aos anseios sociais. Neste 
mister, valem-se as Forças de Defesa Social de um conjunto de armas, técnicas, 
munições e equipamentos desenvolvidos e empregados especificamente com a 
finalidade de preservar vidas e minimizar os riscos de lesões permanentes.
Em geral, estes instrumentos são utilizados em eventos onde se faz 
necessária uma intervenção do Estado com um nível adequado de força. Tais 
equipamentos promoveram mudanças no cenário mundial no que tange aos 
meios utilizados na preservação da Ordem Pública. 
Destarte, preconizando a Doutrina do Uso Diferenciado da Força 
(UDF), adotada no cenário mundial de segurança pública, compreende-se que 
o emprego desse tipo de tecnologia provoca uma inovação estratégica e o 
desenvolvimento de novas metodologias de abordagem tático/operacional.
Todas essas ações estratégicas estão também sob o amparo das 
orientações internacionais e nacionais sobre o uso da força e de armas de fogo, a 
exemplo do Código de Conduta dos Encarregados de Aplicar a Lei, os Princípios 
Básicos de Uso da Força e de Armas de Fogo e principalmente as Diretrizes 
de Uso da Força implementadas no Brasil através da Portaria Interministerial 
(Ministério da Justiça e Secretaria de Direitos Humanos) nº 4.226, de 31.10.2010, 
publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.) do dia 03.01.2011. 
Dentre a vasta gama de Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo 
(IMPO), estudaremos, em capítulos específicos deste Manual, as técnicas, 
armamentos, munições e equipamentos de Menor Potencial Ofensivo - MPO 
utilizados pela Tropa de Choque com o objetivo de reduzir os efeitos colaterais 
nas intervenções estratégicas onde se faz necessário o emprego da força policial.
Importante destacar que os IMPO devem ser priorizados como opção 
de uso da força, desde que o seu uso não coloque em risco a integridade física

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