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LUBRIFICANTES APLICADOS A MÁQUINAS DE COMBUSTÃO INTERNA Engenharia Mecânica / Faculdade SATC Prof. Eng. Mec. Adelor Felipe da Costa • Lubrificante Automotivo • Óleo Lubrificante • Principais Funções • Composição • Aditivos • Classificação SAE • Viscosidade • Classificação API • Classificação ACEA Atrito O QUE É ATRITO - Resistência ao movimento relativo entre dois corpos gerando calor, desgaste e consumindo energia. Óleos lubrificantes • Reduzir atrito • Evitar desgaste • Dissipar calor • Retirar contaminantes do sistema • Eliminação de depósitos Principais funções Atrito sólido Atrito fluido • Prevenção à oxidação • Reduzir perda de pressão na câmara de combustão, vedando as folgas dos anéis de segmento Lubrificante com baixo poder detergente Lubrificante com bom poder detergente Travamento dos anéis de segmento: • Má vedação • Alto consumo de óleo • Alto desgaste do cilindro As canaletas se mantêm limpas e os anéis de segmento livres: • Boa vedação (bom desempenho/menor consumo de combustível) • Baixo consumo de óleo • Baixo desgaste do cilindro Principais funções Composição Óleo básico + aditivos Óleo base Misturador Aditivo Distribuição Como característica, podemos notar que os lubrificantes automotivos possuem mais aditivos em sua composição. Isso é necessário porque são desenvolvidos para suportar condições adversas, como diferentes pressões, velocidades extremas, temperaturas elevadas e ação de contaminantes. Composição • Derivada do petróleo • Índice de viscosidade aproximadamente 90 • Maior volatilidade • Maior oxidação • Sintetizada em laboratório • Menor volatilidade • Ótima estabilidade térmica • Índice de viscosidade aproximadamente 120 • Menor coeficiente de atrito • Menor oxidação Óleos básicos Base mineral Base sintética Propriedades Composição Lubrificantes “TEXACO” Aditivos Função • Melhorar e/ou adicionar propriedades aos óleos básicos • Proteção do óleo e do equipamento • Alterar características físicas do óleo Detergente Dispersante Antidesgaste Modificador de atrito Antioxidante Melhorador do índice de viscosidade Outros • Dispersante – dissolver e impedir a formação de depósitos em baixas temperaturas. • Detergente – impedir a formação de depósitos e estratos de ferrugem em altas temperaturas. • Antioxidantes – interromper as reações de oxidação. • Antidesgaste – evitar o contato direto entre partes mecânicas em movimento relativo (lubrificação hidrodinâmica). • Modificadores de atrito – melhorar as propriedades lubrificantes do óleo. • Abaixadores do ponto de fluidez – permitir a utilização do óleo a baixas temperaturas. Aditivos • Anticorrosivo – isolar as superfícies contra a água e outras substâncias corrosivas com um filme de óleo. • Antiespumante – combater a formação de bolhas. • Melhorador do índice de viscosidade – responsável pelos óleos multiviscosos. • Passivadores de metais – evitar a ação catalítica dos metais dispersos responsáveis por oxidação. • Agentes de extrema pressão – evitar o contato metal-metal em condições de extrema pressão. • Detergentes alcalinos – neutralizar ácidos, subprodutos da combustão. • Corantes – alterar as cores do óleo, possibilitando sua identificação visual. Aditivos SAE é a sigla para a “Society of Automotive Engineers” ou Sociedade dos Engenheiros Automotivos, instituição responsável por publicar as normas que classificam as viscosidades dos óleos lubrificantes automotivos. É ela que, por meios avaliativos, determina a classificação da fluidez em baixa e em alta temperatura dos lubrificantes. Por isso, a classificação de viscosidade dos lubrificantes sempre está acompanhada da sigla SAE nas embalagens, manuais dos veículos e tabelas de aplicação dos lubrificantes automotivos. Classificação Viscosidade Viscosidade é a característica que um fluido possui de resistir ao escoamento. Se, por exemplo, comparamos o mel e a água, notamos que o mel demora mais para escoar do que água. Isso ocorre porque a água é menos viscosa do que o mel. No caso dos lubrificantes, o principal influenciador da viscosidade é a temperatura, pois, geralmente quanto mais elevada, maior é a fluidez do óleo e quanto mais baixa for a temperatura, mais viscoso o óleo se torna, aumentando sua resistência ao escoamento. A viscosidade dos lubrificantes é medida por meio de um equipamento chamado “viscosímetro”. A resistência ao escoamento é verificada, geralmente, em duas temperaturas padrão: 40oC e 100oC e o resultado é expresso em centistokes(cSt) ou mm2/s Medição de Viscosidade Cor não indica viscosidade de óleo... ...nem o dedo. Esses lubrificantes são denominados de monoviscosos, pois atendem somente a uma condição específica de temperatura. Os óleos de inverno, capazes de fluir adequadamente em baixas temperaturas, são identificados com a letra “W”, que remete ao inverno, ou “Winter” em inglês. Lubrificantes Monoviscosos Lubrificantes Multiviscosos Atualmente, com o avanço da tecnologia aplicada nos lubrificantes, é possível que um único óleo cumpra suas funções tanto em ambientes com baixas temperaturas como em altas temperaturas. Isso eliminou a necessidade de troca de lubrificantes em função do tipo ou da variação de temperatura do ambiente de operação do veículo ou equipamento. Esses óleos são denominados como multiviscosos. Pela sua classificação, nota-se que existe a determinação de viscosidade para a fase “fria”, acompanhada pela letra “W”, e outra seguinte para a fase “quente”. Exemplificando: Um lubrificante SAE 5W-30 terá na alta temperatura, uma viscosidade próxima ao óleo classificado como SAE 30. Já em uma temperatura mais baixa, em torno de 40oC, sua viscosidade será similar à do óleo classificado como SAE 5W. Essa capacidade de um mesmo lubrificante manter a sua fluidez ou viscosidade, mesmo com uma variação de temperatura considerável, é o que determina o “Índice de Viscosidade” do óleo. Exemplo de Aplicação Classificação SAE Baixas temperaturas Altas temperaturas Classificação SAE para óleos do motor W = winter (inverno) 0 W 5 W 10 W 15 W 20 W 25 W 20 30 40 50 60 • Menos viscoso • Melhor bombeabilidade • Melhor partida a frio • Economia de combustível • Melhor resfriamento • Mais viscoso • Maior proteção contra desgaste • Menor consumo de óleo Definição: número adimensional que indica a taxa de variação da viscosidade do óleo quando se varia a temperatura. Um alto IV indica que esta taxa de variação é pequena, significando que sua viscosidade é mais estável às variações térmicas. Índice de viscosidade Viscosidade Monoviscoso x Multiviscoso Viscosidade Viscosidade Viscosidade Classificação API API (American Petroleum Institute) Ano de fabricação do motor D e s e m p e n h o <1930>1930 1959 1968 1971 1980 1989 1994 1996 2001 SA SB SC SD SE SF SG SH SJ SL Venda proibida no Brasil 2005 SM Nível de qualidade/desempenho Classificação “S” para Motores ciclo OTTO Espessamento por oxidação Ferrugem CorrosãoDesgaste de válvulas Depósitos nos pistões Estabilidade ao cisalhamento Controle do espessamento a baixas temperaturas API SJAPI SGAPI SFAPI SE API SL API SM Classificação “C” para motores diesel Ano de fabricação do motor D e s e m p e n h o CG-4 CF-4 CE CD CC CB CA CH-4 <1949 1949 1961 1965 1983 1990 1997 1999 2002 CI-4 Venda proibida no Brasil API ( American Petroleum Institute) Nível de qualidade/desempenho Classificação API Depósito pistões Corrosão Espessamento por fuligem Desgaste de válvula Desgaste anelar e linearEspessamento Espessamento por oxidação Aeração do óleo Estabilidade ao cisalhamento API CF API CF-4 API CG-4 API CH-4 API CI-4 Classificação ACEA ACEA - Associação dos Construtores Europeus de Automóveis Combinação de testes da classificação API + Ensaios de motores europeus+ Ensaios laboratoriais Motores norte americanos • Grandes cilindradas • Esforço sempre abaixo da sua capacidade máxima Motores europeus • Pequenas cilindradas • Muito requisitados mecanicamente e termicamente ACEA X API Comparação ACEA x API Nomenclatura: Compreende uma letra, que define sua classe (Ex: A), e um número que define a categoria (Ex: A1). Podem ainda ser adicionados outros dois números que indicam o ano da implementação (Ex: A 199). Motores EURO I, II, III, e IV com sistema SCRE7 Motores EURO I, II, III, e IV com sistema EGRE6 Baseado na Norma MB 228.3E4 Baseado na Norma MB 228.1E2 E Para motores pesados a diesel (caminhões e ônibus) Viscosidade convencional, sem limite de cinzas.C3 Idem ao anterior, sem limites de cinzas sulfatadas.C2 Especialmente desenvolvido para gerar baixo consumo de combustível, possuindo baixa viscosidade, com limite de cinzas sulfatadas. C1 C Para motores de veículos leves com sistema SCR (Selective Catalytic Reduction) Possui modificador de atrito. Atende motores projetados para utilizar lubrificantes de baixa viscosidade. Não é indicado para qualquer motor. A5 / B5 Idem ao anterior. Indicado para motores diesel de injeção direta.A3 / B4 Produto com viscosidade convencional. Utilizado em motores gasolina de alto desempenho e diesel leveA3 / B3 Especialmente desenvolvido para gerar baixo consumo de combustível e baixa viscosidadeA1 / B1 A / B Para motores de veículos leves (Gasolina, Álcool, GNV e Diesel) Espessamento por fuligem Depósitos pistão Corrosão Desgaste de válvula Desgaste anelar e linear Espessamento Polimento camisa Consumo de óleo ACEA E5ACEA E4ACEA E2ACEA E1
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