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SEI-150149-002551-2023 art 165 reclamação de tilometro vencido

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Governo do Estado do Rio de Janeiro
Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro
Coordenadoria Geral de Julgamento e Controle de Infrações
PARECER
Trata o presente processo de requerimento de revisão de ato, visando cancelamento de penalidade de multa, pelo cometimento de infração identificada como C39950754, registrada com base nos arts. 165-A c/c 277, §3°, ambos do Código de Trânsito Brasileiro. Contudo, ocorre que este auto de infração atendeu a todos os requisitos procedimentais. Portanto, prossigo à análise dos argumentos contidos no requerimento de revisão acostado.
Em suma, alega o requerente haver inconsistências e irregularidades no ato administrativo de aplicação da penalidade de multa, argumentos os quais passo a analisar.
As alegações do requerente sobre a autoridade competente que se resume aqui: “Com base na resolução do 432 do CONTRAN Art. 4o O etilômetro deve atender aos seguintes requisitos: I – ter seu modelo aprovado pelo INMETRO;”;
Quanto a Alegação de etilômetro vencido, Com respeito ao etilômetro, conforme Regulamento Técnico da Portaria 006/2002 do INMETRO ele deverá ser verificado anualmente, sendo a calibração realizada apenas quando o aparelho sofrer reparo. Observe-se também que, conforme divulgado no Portal de Serviços do INMETRO nos Estados – PSIE, em decorrência das medidas adotadas pelo Inmetro para o enfrentamento da pandemia de Covid-19, a validade dos certificados de verificação de instrumentos de medição que vencerem no período em que durar a pandemia foi prorrogado (Portaria Inmetro 295/2021, publicada no DOU de 8 de julho de 2021):
§ 1º O prazo de validade dos certificados afetados pelo caput será igual ao tempo restante para o seu vencimento da data da publicação da Portaria Inmetro nº 101, em 23 de março de 2020. (Portaria Inmetro 295/2021);
Assim, no presente caso, foi atendida a exigência legal, visto que o aparelho utilizado para a lavratura do auto, objeto deste processo, foi verificado em 27/07/2021, com próxima verificação em 18/11/2022 e tendo sido o condutor infracionado e feito a recusa ao teste em 27/10/2022, conforme imagem anexa ao processo pelo próprio interessado. Que comprovam sua validade. 
Neste sentido não cabe o questionamento de perguntar quando o mesmo ingeriu a bebida, ou sobre a falta de menção aos sinais de alteração da capacidade psicomotora no campo de observações. No presente caso analisado esta tese se torna incabível, quanto a o presente (AIT), pois foi lavrado com base nos arts. 165-A c/c 277, §3°, ambos do Código de Trânsito Brasileiro e no art. 6°, parágrafo único da Resolução 432/2013 do CONTRAN, conforme já citado acima.
Nestes termos, fica evidente que a infração se caracteriza no momento da recusa do condutor em se submeter ao teste do etilômetro, não havendo exigência legal do registro de sinais de alteração da capacidade psicomotora para legalidade e consistência do auto.
Firmo que caso o requerente apresentasse os devidos sinais que indicassem a alteração da capacidade psicomotora, não estaria sendo penalizado pela recusa, mas sim por estar sobre influência de álcool, conforme previsto no art. 165 do Código de Trânsito Brasileiro.
Desta maneira, fica prevista a aplicação das penalidades e medidas administrativas estabelecidas no art. 165-A do Código de Trânsito Brasileiro ao condutor que se recusar ao teste do etilômetro, conforme art. 277, §3° do CTB, não sendo necessária a apresentação de sinais de embriaguez ou a oferta de outro tipo de teste, visto que a infração se configura com a recusa a qualquer teste oferecido pelo agente fiscalizador, nos termos da Resolução CONTRAN n° 432/2013.
Cabe citar que a discussão jurídica acerca da constitucionalidade da punição administrativa pela recusa ao etilômetro esgotada através do Tema 1079 do STF, no qual entendeu o Tribunal pela plena legalidade e constitucionalidade da infração administrativa registrada com base na recusa ao teste do etilômetro.
 Ademais, é certo que os agentes administrativos detêm fé pública e seus atos administrativos gozam de presunção de veracidade juris tantum, sendo, portanto, impossível ilidir a presunção de legitimidade de tais atos administrativos sem prova concreta produzida pela parte interessada, posto que, caberia ao particular o ônus de demonstrar e provar o que entende por vício.
Por fim termino deixando acima evidenciado é fundamentando todas as decisões, neste ato, conforme se observa acima. Estando assim garantindo o amplo direito de defesa que é assegurado pela Constituição Federal é respondendo “in verbis”.
Sendo assim, pelo exposto acima, não se observam irregularidades que justifiquem a revisão do ato administrativo de aplicação da penalidade, tampouco inconsistência no ato administrativo que originou a referida penalidade (ou seja, o auto de infração de trânsito).
Portanto, NEGO PROVIMENTO ao requerimento revisional e à solicitação de cancelamento do auto de infração, mantendo-se a penalidade aplicada e seus efeitos.
É o parecer. Conclua-se o presente processo.
. 
 
Daniel Berrelho Bernini
Diretor da Divisão de Julgamento
ID 4400050-2
CJC/Defesa Prévia
DETRAN/RJ
 
João Flavo Costa Teixeira Filho
Coordenadoria-Geral de Julgamento e Controle de Infrações
Estagiário da Divisão de Julgamento
ID 000000-0 / DETRAN-RJ
SEM DEFESA PRÉVIA

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