Buscar

Prof Ricardo Chaccur - Jurisdição Constitucional - slides - Aula 05

Prévia do material em texto

Prof. Me. Ricardo C. Chaccur
Jurisdição Constitucional
Aula 5: Controle de Constitucionalidade no Brasil
Jurisdição Constitucional
Prof. Me. Ricardo C. Chaccur
Aula 5: Controle de Constitucionalidade no Brasil
Objetivos:
1) Entender como funciona o Controle de Constitucionalidade Preventivo e Repressivo no Brasil;
2) Relembrar a origem dos dois sistemas adotados no Brasil, seus efeitos e características;
3) Apresentar os instrumentos jurídicos que realizam o controle concentrado.
Jurisdição Constitucional
Prof. Me. Ricardo C. Chaccur
Aula 5: Controle de Constitucionalidade no Brasil
Recordar que pela CF/88:
No Brasil: verifica-se a possibilidade de controle de
constitucionalidade tanto pelo sistema concentrado
(STF) – Origem Europeia, em abstrato e principal,
quanto pelo sistema difuso (Qualquer órgão do
Poder Judiciário) – Origem EUA, incidental e em
concreto.
Jurisdição Constitucional
Prof. Me. Ricardo C. Chaccur
Aula 5: Controle de Constitucionalidade no Brasil
Jurisdição Constitucional
Prof. Me. Ricardo C. Chaccur
CONTROLE
REPRESSIVO
PREVENTIVO
Tem por fim RETIRAR uma 
norma inconstitucional do 
ordenamento jurídico.
Tem por fim EVITAR a 
produção de uma norma 
inconstitucional.
Prof. Me. Ricardo C. Chaccur
Prévio ou
Preventivo
EVITAR
Momentos de 
Controle
Posterior
ou
Repressivo
RETIRAR
Legislativo
Executivo
Judiciário
Judiciário
Próprio parlamentar e 
CCJ
Veto
MS impetrado por 
parlamentar
Sistema Concentrado 
(Via Direto e abstrato 
somente pelo STF)
Sistemas Difuso (Via 
incidental e concreto 
por todo o Poder 
Judiciário)
Aula 5: Controle de Constitucionalidade no Brasil
Aula 5: Controle de Constitucionalidade no Brasil
1) Sistema Norte-Americano = Common Law = países Anglo-saxões:
- Origem: Estados Unidos;
- Características: DIFUSO – Via de exceção ou incidental;
- Competência para realizar o Controle = qualquer órgão do poder judiciário;
- Efeitos: Inter partes;
- Aspecto funcional = efeito ex tunc – lei é considerada NULA.
2) Sistema Europeu = Civil Law = países Romano-Germânicos:
- Origem: Áustria 1920;
- Doutrinador: Hans Kelsen
- Características: CONCENTRADO – Via Direta ou Principal;
- Competência para realizar o Controle = somente a Corte Constitucional = No Brasil é o STF;
- Efeitos: erga omnes;
- Aspecto funcional = efeito ex nunc – lei é considerada ANULÁVEL a partir do pronunciamento da Corte Constitucional.
Jurisdição Constitucional
Prof. Me. Ricardo C. Chaccur
Prof. Me. Ricardo C. Chaccur
Prévio ou
Preventivo
EVITAR
Momentos de 
Controle
Posterior
ou
Repressivo
RETIRAR
Legislativo
Executivo
Judiciário
Judiciário
Próprio parlamentar e 
CCJ
Veto
MS impetrado por 
parlamentar
Sistema 
Concentrado 
(Via Direto e 
abstrato 
somente pelo 
STF)
Sistemas Difuso 
(Via incidental e 
concreto por 
todo o Poder 
Judiciário)
Aula 5: Controle de Constitucionalidade no Brasil
Juiz
Tribunal
Reserva de 
Plenário (art. 
97 CF88)
STF
Recurso Extraordinário –
Repercussão Geral
(Efeitos Inter Partes)
Questionamento sobre a Constitucionalidade =
Questão Prejudicial (Incidental)
Senado Federal –
Suspensão de 
Execução
(Efeitos Erga
Omnes)
Súmula Vinculante 
(Vincula órgãos do 
Poder Judiciário e 
Adm. Pública Dir ou
Ind.)
Prof. Me. Ricardo C. Chaccur
Prévio ou
Preventivo
EVITAR
Momentos de 
Controle
Posterior
ou
Repressivo
RETIRAR
Legislativo
Executivo
Judiciário
Judiciário
Próprio parlamentar e 
CCJ
Veto
MS impetrado por 
parlamentar
Sistema 
Concentrado 
(Via Direto e 
abstrato 
somente pelo 
STF)
Sistemas Difuso 
(Via incidental e 
concreto por 
todo o Poder 
Judiciário)
Aula 5: Controle de Constitucionalidade no Brasil
ADI
ADC
ADO
ADPF
STF
Efeitos erga omnes
Aula 5: Controle de Constitucionalidade no Brasil
Prof. Me. Ricardo C. Chaccur
CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL
CONTROLE CONCENTRADO / DIRETO / 
ABSTRATO / VIA PRINCIPAL
NO STF
Normas 
Federais e 
Estaduais
Pós-
Constitucionais
ADIN
Normas 
Estaduais e 
MunicipaisADC ADPF
Somente 
Normas 
Federais
Pós-
Constitucionais
Normas Federais e 
Estaduais e 
Municipais 
inclusive
Pré-constitucionais
CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL
NO TJ
ADO
Somente 
Normas 
Constitucionais
de Eficácia
Limitada
Aula 5: Controle de Constitucionalidade no Brasil
Jurisdição Constitucional
Prof. Me. Ricardo C. Chaccur
Espécies
de 
inconstitucionalidade
Por ação – positiva
(por atuação)
Procedimental
(Processo 
Legislativo)
Vício de decoro 
parlamentar
Vício formal
vício material
Por omissão – negativa 
(‘silêncio legislativo’)
Conteúdo 
(Princípios e 
Dispositivos 
Constitucionais)
Aula 5: Controle de Constitucionalidade no Brasil
Legitimados para Propor ADIN, ADO, ADC ou ADECON e ADPF: art. 103 da CF 1988:
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional (basta ter 1 deputado federal ou 1 senador);
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional (presente em pelo menos 9 estados)
Obs: A Lei n. 9864/99, por meio de seu art.2º, reproduz a relação de legitimados ativos para o controle abstrato, conforme o teor do art. 103 da CF e a Lei n. 9.882/99, que trata
da Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental, em seu art. 2º, inc. I, dispõe que podem propor argüição de descumprimento de preceito fundamental os
legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade.
Jurisdição Constitucional
Prof. Me. Ricardo C. Chaccur
Aula 5: Controle de Constitucionalidade no Brasil
PERTINÊNCIA TEMÁTICA COMO REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE:
- CONSTRUÍDA A PARTIR DA JURISPRUDÊNCIA DO STF.
- EXIGE DE ALGUNS DOS LEGITIMADOS DO ART. 103 A DEMONSTRAÇÃO DE INTERESSE DE AGIR, OU SEJA, relação de
congruência que necessariamente deve existir entre os objetivos estatutários ou as finalidades institucionais da
entidade autora e o conteúdo material da norma questionada em sede de controle abstrato.
- LEGITIMADOS ESPECIAIS = PRECISAM DEMONSTRAR A PERTINÊNCIA TEMÁTICA (INC. IV, V E IX DO ART. 103)
X
- LEGITIMADOS UNIVERSAIS = NÃO PRECISAM DEMONSTRAR A PERTINÊNCIA TEMÁTICA (INC. I, II, III, VI, VII E VIII) =
POSSUEM INTERESSE GENÉRICO NA PRESERVAÇÃO DA SUPREMACIA CONSTITUCIONAL DECORRENTE DE SUAS
ATRIBUIÇÕES INSTITUCIONAIS.
Jurisdição Constitucional
Prof. Me. Ricardo C. Chaccur
Aula 5: Controle de Constitucionalidade no Brasil
Ações Diretas de Controle daConstitucionalidade: Controle Concentrado, Direto eAbstrato:
I) ADIN –Ação Direta de Inconstitucionalidade
II) ADO –Ação Direta de Inconstitucionalidade porOmissão
III) ADIN interventiva
IV)ADECON ouADC –Ação Declaratória deConstitucionalidade
V)ADPF –Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
Jurisdição Constitucional
Prof. Me. Ricardo C. Chaccur
Aula 5: Controle de Constitucionalidade no Brasil
EX: Notícias STF: Supremo reconhece união homoafetiva
(link: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=178931)
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgarem a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, reconheceram a união estável para casais do mesmo sexo. As ações foram
ajuizadas na Corte, respectivamente, pela Procuradoria-Geral da República e pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
O relator das ações, ministro Ayres Britto, votou no sentido de dar interpretação conforme a Constituição Federal para excluir
qualquer significado do artigo 1.723 do Código Civil que impeça o reconhecimento da união entre pessoasdo mesmo sexo como
entidade familiar.
O ministro Ayres Britto argumentou que o artigo 3º, inciso IV, da CF veda qualquer discriminação em virtude de sexo, raça, cor e que,
nesse sentido, ninguém pode ser diminuído ou discriminado em função de sua preferência sexual. “O sexo das pessoas, salvo
disposição contrária, não se presta para desigualação jurídica”, observou o ministro, para concluir que qualquer depreciação da união
estável homoafetiva colide, portanto, com o inciso IV do artigo 3º da CF.
Os ministros Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e Cezar Peluso, bem
como as ministras Cármen Lúcia Antunes Rocha e Ellen Gracie, acompanharam o entendimento do ministro Ayres Britto, pela
procedência das ações e com efeito vinculante, no sentido de dar interpretação conforme a Constituição Federal para excluir qualquer
significado do artigo 1.723 do Código Civil que impeça o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade
familiar.
Jurisdição Constitucional
Prof. Me. Ricardo C. Chaccur
Aula 5: Controle de Constitucionalidade no Brasil
Antes do voto do relator, falaram os autores das duas ações – o procurador-geral da República e o governador do Estado do Rio de
Janeiro, por meio de seu representante –, o advogado-geral da União e advogados de diversas entidades, admitidas como amicus
curiae (amigos da Corte).
Ações
A ADI 4277 buscou a declaração de reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. Pediu, também,
que os mesmos direitos e deveres dos companheiros nas uniões estáveis fossem estendidos aos companheiros nas uniões entre
pessoas do mesmo sexo.
Já na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, o governo do Estado do Rio de Janeiro (RJ) alegou que o
não reconhecimento da união homoafetiva contraria preceitos fundamentais como igualdade, liberdade (da qual decorre a autonomia
da vontade) e o princípio da dignidade da pessoa humana, todos da Constituição Federal. Com esse argumento, pediu que o STF
aplicasse o regime jurídico das uniões estáveis, previsto no artigo 1.723 do Código Civil, às uniões homoafetivas de funcionários
públicos civis do Rio de Janeiro.
Jurisdição Constitucional
Prof. Me. Ricardo C. Chaccur

Continue navegando