Buscar

O Controle de Constitucionalidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DOCÊNCIA EM 
SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
 
 
1 
Copyright © Portal Educação 
2013 – Portal Educação 
Todos os direitos reservados 
 
R: Sete de setembro, 1686 – Centro – CEP: 79002-130 
Telematrículas e Teleatendimento: 0800 707 4520 
Internacional: +55 (67) 3303-4520 
atendimento@portaleducacao.com.br – Campo Grande-MS 
Endereço Internet: http://www.portaleducacao.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - Brasil 
 Triagem Organização LTDA ME 
 Bibliotecário responsável: Rodrigo Pereira CRB 1/2167 
 Portal Educação 
P842c O controle de constitucionalidade / Portal Educação. - Campo Grande: 
Portal Educação, 2013. 
 11p. : il. 
 
 Inclui bibliografia 
 ISBN 978-85-8241-670-9 
 1. Constituição brasileira. I. Portal Educação. II. Título. 
 CDD 342.81023 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1 O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS ........................................................ 3 
1.1 Formas de Controle .................................................................................................................... 4 
1.2 A Inconstitucionalidade ............................................................................................................... 5 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS 
 
 
A ideia de controle de constitucionalidade está relacionada à supremacia da 
Constituição sobre todo o ordenamento jurídico e, também, à rigidez constitucional e proteção 
dos direitos fundamentais. 
A supremacia constitucional adquiriu tanta importância nos Estados Democráticos de 
Direito que Cappelletti afirmou que “o nascimento e expansão dos sistemas de justiça 
constitucional, após a Segunda Guerra Mundial, foi um dos fenômenos de maior relevância na 
evolução de inúmeros países europeus”. 
Em defesa basicamente dos direitos fundamentais do homem e dos direitos das 
minorias, após a Segunda Guerra Mundial, houve necessidade do surgimento de tribunais que 
velassem pela compatibilidade dos atos do poder público com as normas constitucionais, pois a 
força dos tribunais tem sido, em todos os tempos, a maior garantia que se pode oferecer às 
liberdades individuais. 
O controle de constitucionalidade tem como ponto fundamental a defesa dos valores 
constitucionais básicos e dos direitos fundamentais. 
Assim, o controle de constitucionalidade das leis tem por finalidade verificar se as leis 
editadas no país são materialmente compatíveis com as regras constitucionais. 
Porém, para que haja uma rigidez constitucional, diferenciando o poder constituinte 
originário do derivado, é necessária a existência de um controle de constitucionalidade. Pois 
controlar a constitucionalidade significa impedir a subsistência de inconstitucionalidades de 
forma a assegurar a supremacia da Constituição. É a verificação da adequação de um ato 
jurídico, particularmente a lei, à Constituição. 
 
 
 
 
4 
1.1 Formas de Controle 
 
 
O controle pode ser judiciário ou político. O controle político, aquele onde a verificação 
da constitucionalidade é confiada a órgão não pertencente ao Poder Judiciário e sim ao poder 
Executivo e Legislativo. 
Já o controle judiciário é feito pelos órgãos do Poder Judiciário. O controle pelo Poder 
Judiciário abrange dois métodos, concentrado ou difuso. 
 
 O controle concentrado é observado quando é atribuído a um único órgão 
específico. No Brasil, o controle concentrado é realizado pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
O STF é órgão integrante do Poder Judiciário, sendo a instância máxima desse Poder. 
Em muitos países, o controle da constitucionalidade cabe a um órgão autônomo e distinto do 
Poder Judiciário, chamado Corte ou Tribunal Constitucional. 
Dessa forma, ao controlar a constitucionalidade, o STF realizará a verificação de 
adequação ou compatibilidade de uma lei ou de um ato normativo com a constituição, verificando 
seus requisitos formais e materiais. 
 
 O controle difuso funciona quando a qualquer juiz é dado apreciar alegação de 
inconstitucionalidade. É a chamada via de exceção ou defesa. 
 
Então, o controle de constitucionalidade pelo Poder Judiciário será feito de forma 
difusa ou de forma concentrada. Será de forma difusa quando qualquer juiz ou tribunal declara a 
inconstitucionalidade de alguma lei, portanto não se aplicando, o que nela está disposto, para a 
situação específica discutida no processo. 
 
 
5 
No Brasil, salvo na Constituição do Império, sempre houve a adoção do controle difuso 
de constitucionalidade repressivo jurídico ou judiciário, em que é o próprio poder judiciário quem 
realiza o controle da lei ou do ato normativo, já editado, perante a Constituição Federal, para 
retirá-los do ordenamento jurídico, desde que contrários à Carta Magna. 
Na atual Constituição, foram adotados os dois sistemas de controle do judiciário de 
constitucionalidade repressiva. 
O primeiro denominado controle difuso, por via de exceção, é aquele em que todos os 
juízes e tribunais poderão realizar o controle de constitucionalidade. O segundo será exercido 
por via de ação direta, denominando-se concentrado. 
 
Existe ainda, o controle preventivo ou repressivo: 
 
 O controle preventivo opera antes que a lei se aperfeiçoe. 
 O repressivo, depois de promulgada a lei. 
 
Na Constituição atual, há tanto o controle preventivo, como o repressivo. O primeiro é 
atribuído ao Presidente da República, que o exerce por intermédio do veto, ou ao Legislativo, no 
processo legislativo. O controle repressivo é confiado ao Judiciário. 
 
 
1.2 A Inconstitucionalidade 
 
 
Gomes Canotilho, sob a ótica do parâmetro constitucional, lembra o conceito clássico, 
aliás, repetido por todos: "inconstitucional é toda lei que viola os preceitos constitucionais”. 
 
 
6 
José Afonso da Silva, a respeito da inconstitucionalidade, fala-nos sobre a 
"conformidade com os ditames constitucionais", a qual "não se satisfaz apenas com a atuação 
positiva de acordo com a Constituição", mas ainda com o não "omitir a aplicação de normas 
constitucionais quando a Constituição assim o determina". 
Para Lúcio Bittencourt, "a inconstitucionalidade é um estado – estado de conflito entre 
uma lei e a Constituição". 
Lei ou ato normativo inconstitucional, por não se adequar ao preceito constitucional, 
ocorre quando a lei não observa os requisitos constitucionais em relação a sua forma, havendo 
um vício no processo de produção normativa, por exemplo, havendo uma lei de iniciativa de um 
deputado que modifique os efetivos das Forças Armadas, esta lei será inconstitucional por vício 
de iniciativa, que, no caso, é privativa do Presidente da República. 
Também, ocorre quando a lei trata de uma matéria incompatível com a Constituição, 
por exemplo, lei penal que estabelece a pena de morte para quem cometer determinado crime. 
É bom saber, que a emenda constitucional também pode ser objeto da ação direta de 
inconstitucionalidade, pois se trata de fruto de elaboração do poder constituinte reformador. Se 
violar uma cláusula pétrea, este ato normativo também poderá ser considerado inconstitucional. 
Têm legitimidade para propor a ação direta de inconstitucionalidade: Presidente da 
República; Mesa do Senado Federal; Mesa da Câmara dos Deputados; a Mesa de Assembleia 
Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal; Governador de Estado ou do 
Distrito Federal; Procurador-Geralda República; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do 
Brasil; Partido Político com representação no Congresso Nacional; Confederação Sindical ou 
Entidade de Classe de Âmbito Nacional. 
Já a competência para processar e julgar a ação direta de inconstitucionalidade é 
exclusivamente do Supremo Tribunal Federal, previsto no art. 102, inciso I, alínea “a” da 
Constituição Federal. 
A Lei que trata do procedimento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação 
declaratória de constitucionalidade é a n.º 9.868/99. 
 
 
7 
Após a inconstitucionalidade ser declarada pelo STF, deve a decisão ser comunicada 
ao Senado Federal. Este deverá suspender a execução da lei declarada inconstitucional (art. 52, 
X, da Constituição Federal). 
A ação direta de inconstitucionalidade por omissão foi introduzida na Constituição 
Federal de 1988. Têm legitimidade ativa para propor a ação de inconstitucionalidade por 
omissão: Presidente da República; Mesa do Senado Federal; Mesa da Câmara dos Deputados; 
Mesa de Assembleia Legislativa; Governador de Estado; Procurador-Geral da República; 
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; Partido Político com representação no 
Congresso Nacional; Confederação Sindical ou Entidade de Classe de Âmbito Nacional. 
A ação de inconstitucionalidade por omissão assemelha-se ao mandado de injunção. 
Ambos os instrumentos se aplicam no caso de uma regulamentação faltante, porém apresentam 
algumas diferenças. Pode ela ser movida por certas pessoas. 
O Mandado de Injunção, como veremos mais tarde, pode ser impetrado por qualquer 
interessado. 
Existe também, a ação direita de inconstitucionalidade para fins interventivos que foi 
introduzida pela Emenda Constitucional n° 3 que visa a obter a declaração de 
inconstitucionalidade em virtude da ofensa a princípio constitucional sensível, viabilizando a 
deflagração do processo de intervenção federal. 
Princípios chamados sensíveis não podem ser violados pelos Estados-membros ou 
pelo Distrito Federal no exercício de suas competências legislativas, tais como a forma 
republicana, sistema representativo, regime democrático, dentre outros. 
Já a Ação Declaratória de Constitucionalidade tem como objetivo a obtenção do 
Judiciário de declaração da constitucionalidade de determinada norma em abstrato com fins de 
solucionar previamente futuros conflitos. Com esta ação, o STF ratifica a presunção de validade 
que todas as leis possuem. Foi introduzida pela Emenda Constitucional n° 3 e atualmente é 
prevista pela Constituição Federal em seu art. 102, I, “a” e pela Lei 9.868 que estabelece o 
procedimento. 
 
 
8 
Têm legitimidade para propor a ação declaratória de constitucionalidade: Presidente da 
República; Mesa do Senado Federal; Mesa da Câmara dos Deputados; Procurador Geral da 
República. 
A competência para processar e julgar a ação declaratória de constitucionalidade é 
exclusivamente do Supremo Tribunal Federal. 
A declaração de constitucionalidade tem poder vinculante, sujeitando os demais órgãos 
judiciários em causas idênticas, que não mais podem ser decididas de forma diversa. 
Esse poder vinculante ou força vinculante foi inserido no direito positivo por meio da 
Emenda Constitucional nº 45/2004, a qual introduziu o art. 103-A à Constituição Federal de 
1988. 
A instituição da súmula vinculante, pela EC 45/04, surgiu a partir da necessidade de 
reforço à ideia de uma única interpretação jurídica para o mesmo texto constitucional ou legal, de 
maneira a garantir a segurança jurídica e o princípio da igualdade, pois os órgãos do poder 
judiciário não devem aplicar as leis e os atos normativos aos casos concretos de forma a criar ou 
aumentar desigualdades arbitrárias, devendo utilizar-se de todos os mecanismos constitucionais 
no sentido de conceder às normas jurídicas uma interpretação única e igualitária. 
Assim, a súmula com o efeito vinculante é a modalidade que não possui apenas o 
caráter de orientação, pois obriga os demais órgãos do Judiciário a seguirem determinada 
interpretação emitida pelo Supremo Tribunal Federal. 
Porém, é importante lembrar que essa ideia já fora adotada no Império, quando em 
1876 o Supremo Tribunal de Justiça passou a ter a possibilidade de editar assentos com força 
de lei, em relação à inteligência das leis civis, comerciais e criminais, quando na execução delas 
ocorrem dúvidas manifestadas no julgamento divergentes do mesmo tribunal, das relações e dos 
juízes, porém sem que tivesse sido utilizado até a proclamação da República. 
 
 
 
 
 
9 
REFERÊNCIAS 
 
 
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2009. 
 
 
BASTOS, Aurélio Wander. Conflitos Sociais e Limites do Poder Judiciário. 2. ed. Rio de 
Janeiro: Lúmen Júris, 2001. 
 
 
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2000. 
 
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 23. ed. São Paulo: Malheiros, 2008. 
 
 
CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 4. ed. Coimbra: 
Almedina, 2003. 
 
 
COSTA, Regina Helena. Imunidades Tributárias. São Paulo: Malheiros, 2001. 
 
 
CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional. Salvador: Juspodivm, 2009. 
 
 
CUNHA, Sergio Sérvula da. O Efeito Vinculante e os Poderes do Juiz. São Paulo: Saraiva, 
1999. 
 
 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, Coleção Saraiva de Legislação, São Paulo, 
2009. 
 
 
FRANCO, Mônica Miranda. A Constituição como um sistema de princípios e normas: as normas 
de direito tributário, Revistas dos Tribunais, São Paulo, 1999. 
 
 
LOCHE, Adriana; FERREIRA, Helder; SOUZA, Luis; IZUMINO, Wânia. Estudos de Sociologia, 
Direito e Sociedade, Porto Alegre, 1999. 
 
 
MACCALÓZ , Salete. O Poder Judiciário e os Meios de Comunicação e Opinião Pública. Rio 
de Janeiro: Lúmen Júris, 2001. 
 
 
10 
 
 
MENDES, Gilmar Ferreira. Curso de Direito Constitucional. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
 
MENDES, Gilmar Ferreira; MARTINS, Ives Gandra da Silva. Controle de Constitucionalidade. 
São Paulo: Saraiva, 2009. 
 
 
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Comentada. São Paulo: Atlas, 2007. 
 
 
NETO, Diogo de Figueiredo Moreira. A Segurança Pública na Constituição, Revista de 
Informação Legislativa, n. 109, Brasília, Rio de Janeiro, 1991. 
 
 
NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Forense, 2007. 
 
 
SCURO NETO, Pedro. Lógica e Método do Direito. São Paulo: Saraiva, 2000. 
 
 
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 31. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2008. 
 
 
SILVA, Jose Luiz Mônaco da. Estatuto da Criança e do Adolescente Comentado. São Paulo: 
Juarez de Oliveira, 2000. 
 
 
SOUZA, Edson Dias de. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Rio, 2004. 
 
 
STRECK, Lênio Luis. Jurisdição Constitucional e hermenêutica: uma nova crítica do direito. 
2. ed. Rio de Janeiro:Forense, 2004. 
 
TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. 5. ed., São Paulo: Saraiva, 2007.

Outros materiais