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Conceituação e classificação das receitas e despesas publicas no brasil

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Conceituação e classificação das 
receitas e despesas públicas no 
Brasil
Marcelo Huber
Introdução
Olá, caro aluno! Seja bem-vindo à Unidade Temática 3, que trata da gestão fiscal responsável. Você sabe como se
classificam as receitas e as despesas públicas no Brasil? Tem ideia de onde governo federal, estados e municípios
conseguem recursos para custear as despesas de manutenção e principalmente a manutenção dos serviços
prestados à população? Esses são alguns dos assuntos que vão merecer nossa atenção neste tema.
Conheceremos o que são receitas e despesas públicas e a origem dos recursos que chegam ao Poder Público.
Além disso, vamos analisar e entender também onde é aplicado o dinheiro arrecadado na forma de tributos, ou
seja, as despesas públicas, que podem ser orçamentárias ou extraorçamentárias.
Pronto para começar? Mãos à obra e bons estudos!
Ao final desta aula, você será capaz de:
• identificar as receitas e despesas públicas;
• compreender as fases de execução de uma despesa pública.
1. O que é uma receita e despesa pública
Na contabilidade de uma empresa privada, denominamos à entrada de valores, dinheiro; já o termo receitas
 é empregado para nos referir à saída deles. Em um ente público, não é diferente, o que difere é odespesas
orçamento: as receitas são orçadas e podem ocorrer em sua totalidade ou não; as despesas, por sua vez, são
fixadas, ou seja, o ente público não pode gastar mais do que está fixado no orçamento.
A receita pública diz respeito a valores que União, estados e municípios arrecadam por meio de tributos, de
•
•
FIQUE ATENTO
A receita orçamentária sempre será estimada, e a despesa orçamentária sempre será fixada em
valor menor que a estimativa de receita. Esse é um cuidado fundamental na elaboração do
orçamento anual para se ter superávit.
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A receita pública diz respeito a valores que União, estados e municípios arrecadam por meio de tributos, de
aluguéis e venda de bens, prestação de serviços, venda de títulos do Tesouro Nacional, recebimento de
indenizações de entidades públicas ou privadas e de nós, pessoas físicas, para custear sua estrutura e oferecer
bens e serviços à sociedade como hospitais, escolas, iluminação, saneamento etc.
Para ser efetiva, a receita pública necessita passar por três estágios: previsão; lançamento ou declaração; e 
arrecadação e recolhimento.
Figura 1 - Estágios da receita pública
Fonte: BRASIL, [s.d.].
Como vimos na figura anterior, a primeira etapa, previsão, é a estimativa do valor que será arrecadado no ano
posterior, realizada por estatísticas elaboradas antes do projeto de Lei Orçamentária. A segunda, lançamento,
ocorre quando o contribuinte, geralmente pessoa física ou jurídica, é identificado, como por exemplo o IPTU. Por
fim, a terceira e última é a , na qual o contribuinte efetua ao Tesouro o pagamento do tributoarrecadação
lançado em seu nome na segunda etapa.
Que tal entender agora o que é despesa pública? É onde o governo – seja federal, seja estadual, seja municipal –
aplica o valor arrecadado por meio de impostos, taxas ou outras fontes para custear os serviços públicos
prestados à sociedade. Nesse caso, estamos falando de despesas correntes. O governo também realiza
investimentos, identificados como despesas de capital.
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Figura 2 - Despesa pública
Fonte: patpitchaya, Shutterstock, 2020.
A despesa pública, ao contrário da receita pública, tem os valores fixados no orçamento para sempre ser
menores do que a receita prevista.
O Poder Executivo faz a previsão de despesas, tendo como base a estimativa de arrecadação, sempre com o
cuidado de que sejam bem menores do que as previstas, e o Poder Legislativo as autoriza após votação dos
parlamentares.
2. Receita orçamentária
As receitas orçamentárias são as receitas públicas que correspondem a maior parte dos valores arrecadados
pelos governos federal, estaduais e municipais, pois são autorizadas pela Lei Orçamentária. Elas se classificam na
Administração Pública quanto à natureza – neste caso, são orçamentárias, pois constam no orçamento do ente
público.
Então, todos os valores que compreendem as receitas orçamentárias devem constar no orçamento. Essas
receitas se dividem em:
• Receitas correntes – dizem respeito aos valores arrecadados por meio dos tributos e têm como destino 
o pagamento das despesas correntes, que incluem aquelas com pessoal, manutenção da máquina pública; 
subdividem-se em: tributárias, contribuições, patrimoniais, agropecuária, industrial, serviços e 
transferências correntes.
• Receitas de capital – são os valores arrecadados mediante financiamentos, operações de créditos, 
transferências de capital; têm como destino o pagamento das despesas de capital.
•
•
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3. Receita extraorçamentária
As receitas extraorçamentárias são os valores que entram no Tesouro, mas não pertencem ao governo; são
simples entradas de dinheiro temporário. Em outras palavras, o Estado é um mero depositário, pois o crédito é
de terceiros. Podemos citar como exemplo os salários não reclamados e as operações de crédito por antecipação
de receita.
Portanto, a receita extraorçamentária se refere meramente a valores que entram nas receitas do Estado, mas não
são dele e não podem ser usados para pagar despesas correntes, pois existe um credor definido.
4. Despesa orçamentária
É a aplicação dos recursos públicos oriundos da receita orçamentária arrecadada para a manutenção e expansão
dos serviços públicos. É fixada no orçamento elaborado pelo Poder Executivo e colocada em votação pelo Poder
Legislativo para que seja autorizada. Essas despesas são regidas pela Lei n. 4.320/1964 e posteriores, como a Lei
de Responsabilidade Fiscal. Conforme explica Nascimento (2014, p. 166),
O Poder Executivo prevê a despesa na proposta do orçamento, que é enviada ao congresso. Porém,
essa despesa está sujeita a alterações durante o processo de aprovação do orçamento no Parlamento.
Por fim, a despesa é finalmente fixada pelo Poder Legislativo, após a ocorrência de todas as
alterações que poderão ser feitas por emendas.
EXEMPLO
Quando é contratado um prestador de serviço de pintura em uma escola pública, é retido um
percentual do valor a ser pago a título de retenção previdenciária (INSS). Então, o ente público
pagador possui uma entrada de recurso que não é sua, é uma receita extraorçamentária e que,
após o repasse ao INSS, será uma despesa extraorçamentária.
FIQUE ATENTO
Toda despesa pública de caráter orçamentário sempre será fixada após votação do Poder
Legislativo e terá validade no próximo exercício. De acordo com Nascimento (2014, p. 164), “a
despesa pública pode ser definida como o gasto dos recursos públicos nos orçamentos, a partir
de autorização legislativa”.
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Portanto, o Poder Legislativo, por meio de emendas de seus representantes, pode vir a alterar as despesas no
orçamento e posteriormente fixá-las para o ano seguinte.
As despesas orçamentárias são divididas em:
• Despesas correntes – incluem-se aquelas que não contribuem diretamente para a formação ou 
aquisição de um bem de capital – por exemplo, pagamento de salários
• Despesas de capital – são as que contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem de 
capital, por exemplo, amortização da dívida.
Figura 3 - Despesas correntes
Fonte: Luis Carlos Torres, Shutterstock, 2020.
Uma vez que tratamos da despesa orçamentária, vamos avançar em nossos estudos e abordar a despesa
extraorçamentária.
5. Despesa extraorçamentária
Esta despesa não está inserida no orçamento; sendo assim, não passa pela elaboração do Poder Executivo e nem
pelo Poder Legislativo. Ela também não é fixada, assim como a despesa orçamentária.
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Figura 4 - Despesa extraorçamentária
Fonte: McCarony, Shutterstock, 2020.
Compreendem os valores arrecadados com as receitas extraorçamentárias, são as saídas de numerários que o
Tesouro havia guardado e que são devidas e devolvidas ao seu credor. Trata-se de cauções de fornecedores
relativos a algum contrato que possuía cláusula de exigibilidadede caução – por exemplo, reforma de um imóvel
e resgate de operações de crédito por antecipação de receita.
6. Breve abordagem das fases de execução da 
despesa: empenho, liquidação e pagamento
Veremos aqui como a despesa orçamentária é honrada pelo ente público mediante as fases de quitação a seguir.
6.1 Empenho
O empenho é a primeira fase da execução da despesa, constante da dotação orçamentária do ente público pela
qual foi realizada a compra ou serviço de algum credor, que, por sua vez, forneceu um documento fiscal e que é
empenhado, criando assim uma obrigação do ente público de pagar. Ou seja, o empenho deduz o valor a ser pago
do saldo da conta da despesa orçamentária criada para esse fim. Com isso, o ente público consegue controlar os
valores gastos e dá a garantia ao credor de que receberá seu valor, pois existe orçamento para tal despesa.
SAIBA MAIS
Saber onde os recursos públicos são gastos é direito de cada cidadão e obrigação do ente
público. Conheça no Portal da Transparência mais sobre as despesas públicas.
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O empenho pode ser ordinário – o valor total, global é pago parceladamente – ou por estimativa, em que não se
pode prever o valor total a ser gasto, como gastos com energia elétrica. Caso a estimativa seja insuficiente para
honrar as despesas, pode-se fazer a complementação, mas se a estimativa empenhada não for totalmente
utilizada, o valor será anulado e revertido ao crédito originário.
6.2 Liquidação
É a segunda fase, em que a documentação enviada ao empenho é analisada e confrontada com o produto, serviço
ou contrato que lhe deu origem. Verifica-se se o fornecedor é de produtos ou serviços, se não possui nenhuma
pendência com o erário público e se o produto, serviço ou contrato está de acordo com a licitação originou a
aquisição.
6.3 Pagamento
O pagamento é a última fase, em que é realizada a quitação da despesa orçamentária. Temos dois momentos: a
emissão da nota de pagamento, feita após a fase de liquidação, em que tudo é conferido; e a determinação ao
departamento financeiro, por parte do ordenador de despesa, para que proceda ao pagamento.
Fechamento
Neste tema, você teve oportunidade de conhecer e diferenciar as receitas orçamentárias e extraorçamentárias, as
despesas orçamentárias e extraorçamentárias. Pôde entender de onde vêm os recursos que os governos utilizam
para manter os serviços públicos ofertados à população, conseguir honrar os compromissos com os
fornecedores, pagar a folha de pagamento e aplicar em investimentos em nosso país na infraestrutura.
Vimos também que as receitas, em primeiro momento, são estimadas no orçamento anual elaborado pelo Poder
Executivo, o qual inclui também as despesas, que serão pagas durante o ano, estas em caráter de fixação. Deve-se
sempre tomar o cuidado de que sejam bem menores que as receitas estimadas, seguindo para o Poder
Legislativo com vistas à sua aprovação.
Referências
BRASIL. Portal da Transparência. Execução da receita pública. [S.d.]. Disponível em: http://www.
. Acesso em: 24 mar. 2020.portaltransparencia.gov.br/entenda-a-gestao-publica/execucao-receita-publica
CORBARI, E. C.; MACEDO, J. de J. Controle interno e externo na Administração Pública. Curitiba: Intersaberes,
2012.
GIACOMONI, J. Orçamento Público. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
NASCIMENTO, E. R. Gestão Pública. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
http://www.portaltransparencia.gov.br/entenda-a-gestao-publica/execucao-receita-publica
http://www.portaltransparencia.gov.br/entenda-a-gestao-publica/execucao-receita-publica
	Introdução
	1. O que é uma receita e despesa pública
	Estágios da receita pública
	Despesa pública
	2. Receita orçamentária
	3. Receita extraorçamentária
	4. Despesa orçamentária
	Despesas correntes
	5. Despesa extraorçamentária
	Despesa extraorçamentária
	6. Breve abordagem das fases de execução da despesa: empenho, liquidação e pagamento
	6.1 Empenho
	6.2 Liquidação
	6.3 Pagamento
	Fechamento
	Referências

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