Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DOUGLAS DOS SANTOS TABORDA AMBIENTE E ECOLOGIA: IDEIAS E CONCEPÇÕES Sumário INTRODUÇÃO ������������������������������������������������� 3 CONCEPÇÕES DE AMBIENTE, ECOLOGIA E NATUREZA �������������������������������� 5 RELAÇÃO HOMEM-NATUREZA �������������������15 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL �������������������������������������������������20 CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������������33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS & CONSULTADAS ��������������������������������������������35 2 INTRODUÇÃO As Atividades Físicas de Aventura na Natureza (AFANs) se caracterizam como um instrumento pedagógico de suma importância no processo de ensino-aprendizagem da formação inicial em Educação Física. Assim, compreendemos que essas atividades contemplam a tríplice ensino – pesquisa – extensão, podendo ser desenvolvidas como conteúdo em sala de aula, projetos espor- tivos ou até mesmo como atividades de lazer e qualidade de vida. Ao desenvolver aspectos didático-pedagógicos de atividades de ensino realizadas em ambientes naturais e não convencionais, o professor de Edu- cação Física, dentro ou fora do contexto escolar, desempenha um importante papel no que diz respeito ao acesso a um conteúdo inovador, que reaproxima os alunos do convívio harmonioso com as práticas corporais e sua relação com o meio ambiente (PEREIRA, 2013; PIMENTEL, 2013; DA PAIXÃO, 2017). A partir disso, neste e-book, estudaremos os ele- mentos teóricos referentes aos conteúdos que englobam a conceituação e a reflexão crítica sobre os temas do ambiente, meio ambiente, ecologia, natureza, sujeito ecológico, educação ecológica, educação ambiental, a relação homem-natureza e os 3 objetivos de uma Educação Ambiental Sustentável orientadas por princípios didático-pedagógicos, aludindo para a responsabilidade civil do profis- sional de Educação Física e sua contribuição para o processo de formação consciente de cidadãos responsáveis no que diz respeito às questões ambientais. Sendo assim, os assuntos aqui discutidos visam estimular à curiosidade e também instigar o de- senvolvimento de estratégias de intervenção nos distintos campos de atuação do profissional de Educação Física. Bons estudos! 4 CONCEPÇÕES DE AMBIENTE, ECOLOGIA E NATUREZA Neste tópico, vamos abordar temáticas relacionadas às concepções de ambiente, meio ambiente, eco- logia e natureza, buscando realizar um movimento de conversão teórica, que nos permita direcionar o foco do discurso para questões didático-peda- gógicas voltadas ao âmbito da Educação Física. Dentre as temáticas que mais ganharam notabi- lidade mundial nos últimos anos, está presente a questão ambiental, a utilização inteligente de seus recursos, a poluição, os problemas do crescimento industrial e comercial, bem como, os desmatamen- tos e a exploração indevida dos recursos naturais em detrimento da cobiça exacerbada pelo lucro. Nessa mesma direção, precisamos entender a uni- versalidade conceitual sobre o ambiente, buscando construir elementos didáticos de intervenção na Educação Física. Sendo assim, os conceitos de ambiente e meio ambiente se entrelaçam e, por vezes, até são utilizados como sinônimos, o que nos leva a certas ponderações. O conceito de ambiente é vasto na literatura e distinto no que tange as áreas de conhecimento 5 envolvidas. De acordo com Moreira (2006), psi- cologia ambiental, ecologia humana, arquitetura, administração e educação são algumas das muitas áreas que atuam diretamente na conceituação e intervenção do e no ambiente. Em face do exposto, traçaremos nosso ponto de vista de forma relacional associando o indivíduo e o Ambiente. Através das considerações teóricas de Bronfenbren- ner (1996), podemos inferir que o sujeito é um “todo funcional”, imbuído de diferentes modos de interagir no e sob o ambiente social. Diante disso, o ambiente e seu desenvolvimento pode ser com- preendido como uma teia que envolve distintos contextos ambientais, são eles: o Microssistema (família, escola, bairro e grupos de amigos); o Mesossistema (resultante da interação entre os distintos ambientes dos microssistemas); o Sistema externo (que são os ambientes sociais nos quais o indivíduo não desempenha papel ativo, mas é afetado por suas decisões); o Macrossiste- ma (referendado pela cultura na qual um indivíduo existe); e o Cronossistema, (ligado aos eventos histórico-sociais da vida de um indivíduo) (MOREI- RA, 2006, p. 37). A complexidade envolta sob a temática do ambien- te e do indivíduo, nos permite inferir que existem diferentes formas de interpretar o ambiente e as 6 relações/intervenções que o sujeito nele realiza. Entre outras palavras, queremos expressar que os distintos locais onde o indivíduo convive e interage, condicionam e/ou norteiam seu comportamento. Por conseguinte, é sensato dizer que o professor de Educação Física deve empenhar-se em conhe- cer qual ou quais são os ambientes frequentados e/ou vividos por seus alunos, pois através desta premissa, será possível interpretar e compreen- der melhor a origem, ou ainda, a consequência de determinados comportamentos socioculturais por eles apresentados. Além disso, o conceito de meio ambiente possui diversas formulações, como aquelas que buscam a sua caracterização etimológica, outras que visam assegurar os propósitos jurídicos de sua existência e até aquelas que visam servir como orientação para órgãos públicos, organizações não-governa- mentais e setores de produção. Indiferentemente da perspectiva teórica, há registros e informações pertinentes que ajudam a pensar de forma mais ampla a respeito do tema. Sendo assim, optamos por trazer à tona uma síntese conceitual de meio ambiente, na qual, distintas perspectivas teóricas nos ajudam a entender melhor a magni- tude desse vocábulo. 7 Tabela 1: Conceito de meio ambiente Concepção Ambientalista Concepção Naturalista Concepção Socioambiental Se dirige para o estabelecimento de uma sociedade que reflita seus pro- cessos produtivos, emergindo uma perspectiva mul- tidimensional do ambiente, que en- volvesse economia, ecologia e política ao mesmo tempo, de forma a mini- mizar os impactos e a destruição ambiental e maxi- mizar a igualdade social, a saúde e o bem-estar. A concepção naturalista do meio ambiente visto como a “natureza intocada”, que com- preende a flora e a fauna convivendo em equilíbrio e har- monia, foi abando- nada em detrimen- to de uma visão socioambiental. Na concepção socioambiental, o meio ambiente é concebido pelas relações homem- -natureza, em cons- tante interação. Dessa forma, o ser humano passa a ser integrante do meio e torna-se um agente participati- vo e transformador de seu meio. Fonte: Adaptado de SANTOS; IMBERNON, 2014, p. 153. Baseado nas considerações da tabela apresentada, é conveniente mencionar que através de uma abor- dagem dialógica, que permita transitar e aproximar duas ou mais correntes teóricas, será possível ex- pandir a compreensão sobre o assunto. Nas aulas de Educação Física, diferentes questionamentos emergem quando estes conteúdos de ensino são apresentados aos alunos. Nessa mesma direção, buscar dialogar de forma reflexiva sobre diferentes aspectos (legais, políticos, naturais, entre outros), permite que o professor crie um espaço para o 8 debate, estabelecendo uma proposta democrática e sistêmica de abordagem dos conteúdos. O Capitulo 2 do estudo de Mestrado de RIBEIRO (2012), intitulado “(Meio) Ambiente: Expressões, Significados e Sentidos” trata de uma longa discussão apresentando etimologicamente diferentes perspectivas e significados para o tema. É uma ótima recomendação de leitura para aprofundar a análise sobre aspectos teóricos e históri- cos do conceito de meio ambiente. Acesse em: https:// repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/90939/ ribeiro_jag_me_bauru.pdf?sequence=1. O termo “ecologia” está diretamente relacionado com as questões ambientais.Defini-lo conceitu- almente não é tarefa simples, pois o mesmo está imbricado em diferentes tendências e concepções teóricas. Para melhor organizar nossa linha de raciocínio, focaremos nossa análise sobre uma visão educa- cional com intencionalidade pedagógica de abordar esse tema nas aulas. Sendo assim, consideremos as considerações a seguir: A Ecologia estuda as relações mútuas que os seres vivos estabelecem entre si e com o ambiente físico. Esse objeto de estudo, baseado nas interações que SAIBA MAIS 9 ocorrem no mundo natural, abarca uma grande gama de conceitos biológicos e lhe confere um papel importante no ensino de conceitos cientí- ficos. O entendimento dos diferentes fenômenos que englobam essas relações e interações entre seres vivos (incluindo o homem) e os componentes abióticos, é amplamente discutido à luz de teorias ecológicas. No contexto escolar, esse entendimento é imprescindível. O aluno em formação precisa apro- priar-se da linguagem e dos conceitos científicos para desenvolver atitudes responsáveis e postura crítica frente às diferentes problemáticas ambientais, as quais vem confrontando diariamente (BRANDO; CAVASSAN; CALDEIRA, 2009, p. 13). No cenário educacional surge a denominada Edu- cação Ambiental. Nesse contexto, o crescimento populacional, bem como, a evolução tecnológica e industrial interferira diretamente sobre a degra- dação ambiental mundial. É em defesa de uma educação ecológica, ou seja, que visa à mudança de aspectos e comportamentos humanos, que permite compreendermos a importância de se preservar as riquezas naturais ainda existentes em nosso planeta, para que as futuras gerações ainda possam delas desfrutar. 10 A Educação Ambiental é uma das temáticas abrangentes e emergentes nos documentos oficiais da Educação, bem como, sobre as possibilidades didático-pedagógicas inovadoras na Educação Física. Para isso, assista ao vídeo intitulado “Educação Física e Educação Ambiental”, da série Esporte na Escola, produzido pelo Ministério da Educação e fique por dentro. Acesse em: https://www. youtube.com/watch?v=xG_4_5rUyME. A conscientização em relação à ecologia (conser- vação, educação), convida a sociedade em geral para uma reflexão permanente e emergente sobre os padrões comportamentais que prejudicam a natureza. A partir disso, passa a ser necessário que nós, como professores, devemos formar o sujeito ecológico, que se “caracteriza por indivíduos que agem e refletem a favor da conscientização ambiental”. (NEUENFELDT; MARTINS, 2016, p. 58). A conscientização da humanidade para este sujeito ecológico, permite reunir em um indivíduo aspectos éticos, morais, estéticos e socioambientais, confi- gurando um sujeito voltado para comportamentos que aludem para uma possibilidade de reverter tais adversidades, contribuindo para vislumbrar um mundo ambientalmente sustentável. (RIBEIRO, 2012; DA PAIXÃO, 2017; MACIEL; GÜLLICH; LIMA, 2018; SCOPEL et al., 2020). SAIBA MAIS 11 Ainda nesse viés, torna-se necessário ampliarmos o enfoque conceitual, buscando trazer à tona as inúmeras possibilidades de conceituar a natureza, relacionando-a com os demais conceitos por hora apresentados. A construção/evolução histórica sobre o concei- to de natureza abarca uma gama de diferentes concepções teóricas que quando comparadas, hora possuem relações de aproximação, hora, tais relações conceituais se distanciam. Para que seja possível avançarmos no tema, observamos os apontamentos realizados no estudo de Ribeiro e Cavassan: A priori o vocábulo natureza nos remete a uma infinidade de significados. Dentre as definições que podemos ter estão: (I) princípio de vida; causa eficiente e final; princípio vital. (II) Substância ou essência necessária; conjunto das propriedades que definem algo. (III) Características particulares que distinguem um indivíduo; temperamento, idios- sincrasia. (IV) Universo, conjunto ou totalidade das coisas naturais; o conjunto de tudo que existe. (V) Conjunto de seres que não o homem. (VI) Sistema de regras, ordem ou lei natural, cujas origens podem estar nas mãos do Criador. (VII) Tudo o que é inato, instintivo, espontâneo em um ser; opõem-se àquilo que é adquirido pela experiência individual ou so- cial. (VIII). Aquilo a que estamos acostumados, os objetos e acontecimentos tais como habitualmente se apresentam; opõe-se ao que é sobrenatural. (RIBEIRO; CAVASSAN, p. 63-64, 2013). 12 Na reflexão apresentada, observamos que qualquer tentativa de conceituar natureza por um único viés é insuficiente. Sendo assim, apresentamos, na ta- bela a seguir, um breve resumo sobre a evolução histórica dos conceitos que perfizeram e ainda circulam no cenário dos debates acadêmicos. Tabela 2: Concepções de natureza Natureza Cristã Natureza Pensada Natureza Moderna Fruto do período na Renascença (Séc. XVI e XVII), é a concepção que não reconhece uma inteligência ou vida própria à natureza. Ou seja, na ideia cristã, tudo parte de um Deus criador e onipoten- te. A natureza aqui é comparada com uma máquina de circuito fechado, ou seja, não possui ca- pacidade de mudar ou inteligência para adaptar-se. Nessa concep- ção, a natureza é pensada, ou seja, não necessaria- mente é um objeto, mas sim, fruto da criação do pensa- mento humano, e, portanto, trata-se de uma abstra- ção. O conceito então pode variar conforme diferen- tes grupos sociais, épocas e culturas, sendo construído e reconstruído atra- vés das relações sociais vividas no espaço-tempo. Essa concepção parte do pressu- posto das teorias evolucionistas, ou seja, é possível compreender que a natureza está submetida cons- tantemente às situ- ações de mudança. Nessa perspectiva, a natureza não pode ser compara- da a uma máquina, pois ela não é algo pronto, como um produto, mas sim, um organismo que pode ser subme- tido às mudanças que ocorrem ao longo do tempo. Fonte: Adaptado de CAMPONOGARA; RAMOS; KIRCHHOF, 2007; CARVALHO, 2012; INÁCIO; MORAES; SILVEIRA, 2013; RIBEIRO; CAVASSAN, 2013. Os diferentes conceitos sobre natureza se entrela- çam com distintas tendências. Assim, identificamos 13 que os termos ambiente, meio ambiente, ecologia e natureza se complementam quando se trata de abordar a educação ambiental e a formação do sujeito ecológico. Portanto, o profissional de Educação Física deve atentar-se para o fato de que esses temas neces- sitam de um bom embasamento teórico, além de um entendimento mais amplo à medida que se avança nas especificidades dos conteúdos. Mais uma vez, vale ressaltarmos que são inúmeras as contribuições de diferentes perspectivas teóricas e áreas de conhecimento envolvidas com tais te- máticas, o que, de certa forma, ao mesmo tempo que contribui para a interdisciplinaridade do as- sunto, também requer certa cautela no momento de abordá-lo em sala de aula. 14 RELAÇÃO HOMEM- NATUREZA Historicamente, a conexão entre o homem e a na- tureza sempre foi conturbada e desigual. Quando examinamos a fundo tal vínculo, observamos o quanto o ser humano vem sendo inconsequente e agindo de forma irresponsável com a natureza. Desde os tempos mais remotos, o ser humano utiliza-se do ecossistema como principal recurso de sobrevivência. Dessa forma, ele, ainda vagante, usufruía deliberadamente das fontes de alimento de um determinado local até que essas se esgo- tassem, migrando para um novo local sempre que necessário. Ao mesmo tempo que o progresso das civilizações cresceu demasiadamente, as demandas do homem passaram a exigir gradativamente do ecossistema mais proventos e atualmente, sofremos as conse- quências resultantes do modo como a sociedade mundial zela e se relaciona com a natureza. Com essa mesma visão, Pott e Estrela nos esclarecem: A partir da segunda metade do século passado a humanidade pôde acompanhar as consequências de um sistema remanescente da Revolução Industrial que, por visar apenas a produtividade com focono crescimento econômico, não zelou pela qualidade 15 do ambiente e a consequente saúde da população. Contaminações de rios, poluição do ar, vazamento de produtos químicos nocivos e a perda de milhares de vidas foram o estopim para que, partindo da população e passando pela comunidade científica, governantes de todo o mundo passassem a discutir e buscar formas de remediação ou prevenção para que tamanhas catástrofes não se repetissem. O momento atual, no que se refere a meio ambiente, é reflexo de uma série de erros e decisões tomadas no passado. Encontramo-nos num ponto em que devemos basicamente reduzir os impactos desses erros, que nos foram deixados como legado, por uma geração e trabalhar sob o enfoque da prevenção e da precaução para que as mesmas falhas não sejam repetidas. (POTT; ESTRELA, 2017, p. 271). Sendo assim, diante da procura pelo desenvolvimento e crescimento econômico o homem tem procurado, paulatinamente, aumentar suas inter-relações com a natureza. Acompanhamos diariamente na mídia as consequências constantes da interferência do ser humano no ecossistema, mas essa relação pode ser melhorada? A resposta é sim! Para que isso seja possível, precisamos nos inte- ressar por restabelecer, com prudência, os limites inteligentes na utilização dos recursos naturais, em detrimento da quantidade e da periodicidade 16 do abuso na extração dos recursos retirados do ecossistema, e ainda, da infinidade de rejeitos nele depositados, que são cada dia que passa maiores. O ritmo desenfreado de consumo de bens não reno- váveis da natureza leva a produção em larga escala de resíduos no meio em que vivemos causando doenças e poluição. A devastação da natureza é a consequência entre a dependência do homem e o meio ambiente. Nesse sentido, podemos apontar que a desolação da natureza é resultante de três fatores primordiais: a quantidade de recursos utilizados ou descartados, o tempo e frequência com que essa utilização ou descarte ocorrem e o tipo de recurso utilizado e as distintas formas de causar poluição. Ou seja, para manter seu padrão de vida o homem realiza de forma exacerbada a obtenção de recursos de maneira insustentável, causando ao meio ambiente um colapso. As intervenções do ser humano na natureza são his- toricamente prejudiciais, entretanto, já existem mo- vimentos e ações globais para a conscientização da economia verde, da preservação do ecossistema e de uma educação ecológica. Para saber mais a respeito disso, assista ao vídeo intitulado “O Futuro que quere- SAIBA MAIS 17 mos”, produzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e disponível em: https://www.youtube. com/watch?v=dr5dueiANhI. Além disto, no período mais recente do pós-guer- ra, ocorre uma explosão tecnológica maior ainda, em que as máquinas e equipamentos se tornam maiores, explorando mais ainda os recursos na- turais. Desse contexto, emergem duas ideologias errôneas: a primeira, é acreditar que os recursos naturais são infinitamente renováveis, que dialoga com a segunda, o consumismo desenfreado. Tais atitudes colaboram para redução de nossa possibilidade de existência no universo, ou seja, estamos destruindo o planeta terra e a biosfera que o compõe. A genuína esfera social do ser humano é a cultura, entretanto, possuímos uma conexão intrínseca com a natureza e nós temos que nos voltar inteiramente para a preservação da biosfera planetária. Sobre uma possibilidade de Desenvolvimento Sustentável, a Organização das Nações Unidas (ONU) vem desenvolvendo inúmeras ações para conscientizar a população mundial. No Brasil, por exemplo, temos 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável apoiados pela ONU, como verificamos na figura a seguir: 18 Figura 1: Objetivos do desenvolvimento sustentável no Brasil. Fonte: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs. Nós dependemos absolutamente, completamente, da preservação ambiental em qualquer nível. Por- tanto, as nossas condutas individuais, coletivas, privadas, públicas e políticas, devem ser voltadas inexoravelmente para uma preocupação de pre- servação ambiental a qualquer preço. 19 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL O Brasil, enquanto país associado à ONU, tem ela- borado documentos e orientações norteadoras que vão de encontro às políticas mundiais para uma possível Educação Ambiental. Nesse cenário, estão dispostos os referenciais legais mencionados na Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, denominada de Política Nacional de Educação Ambiental. Nesse documento, nos artigos 4º e 5º, respectivamente, estão mencionados e outorgados os princípios básicos e os objetivos fundamentais da Educação Ambiental. Para melhor compreendê-los, analise- mos tais informações na tabela a seguir: 20 Tabela 3: Princípios e objetivos da Educação Ambiental. Art� 4º: Princípios Básicos da Educação Ambiental: Art� 5º: Objetivos Fundamen- tais da Educação Ambiental: I - O enfoque humanista, holístico, democrático e participativo; II - A concepção do meio ambien- te em sua totalidade, conside- rando a interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; III - O pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade; IV - A vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; V - A garantia de continuidade e permanência do processo educativo; VI - A permanente avaliação críti- ca do processo educativo; VII - A abordagem articulada das questões ambientais locais, regio- nais, nacionais e globais; VIII - O reconhecimento e o res- peito à pluralidade e à diversidade individual e cultural. I - O desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicoló- gicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos; II - A garantia de democratização das informações ambientais; III - O estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social; IV - O incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambien- te, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania; V - O estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equili- brada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidarieda- de, democracia, justiça social, res- ponsabilidade e sustentabilidade; VI - O fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia; VII - O fortalecimento da cidada- nia, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamen- tos para o futuro da humanidade. Fonte: Adaptado de BRASIL, 1999. Entretanto, quando investigamos o tema mais afundo, encontramos referências anteriores à Lei 21 nº 9. 725 publicada em 1999. Entre àquelas mais difundidas na literatura estão as que apresentam forte correlação com as ações e políticas ambien- tais nacionais. O Estado de São Paulo, no ano de 1993, compilou documentos em uma publicação Oficial que reuniu Declarações, Carta e Tratado que fomentavam a ideologia da conscientização e Educação Ambiental. O Documento Publicado pelo Estado de São Paulo (1993), intitulado “Meio ambiente e desenvolvimento: documentos oficiais, Organização das Nações Unidas, Organizações não-governamentais”, oferece subsí- dios para entender um pouco mais sobre a trajetória histórica dos esforços internacionais e nacionais pelo estabelecimento de critérios e ações voltadas para a Educação Ambiental. O documento poder ser acessado na íntegra, portanto, aproveite a leitura. Disponível em: https://acervo.socioambiental.org/sites/default/files/ documents/S7D00004.pdf. No intuito de tentar compreender melhor as ações nacionais voltadas para a Educação Ambiental,são de suma importância as considerações proferidas pelo estudo de Carvalho (2012), que recupera infor- mações pertinentes sobre o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis: SAIBA MAIS 22 No Brasil, a Educação Ambiental que se orienta pelo Tratado de Educação Ambiental para sociedades sustentáveis tem buscado construir uma perspec- tiva interdisciplinar para compreender as questões que afetam as relações entre os grupos humanos e seu ambiente, relacionando diversas áreas do co- nhecimento e diferentes saberes – também os não escolares, como os da comunidade e populações locais – e valorizando a diversidade das culturas e dos modos de compreensão e manejo do ambiente. No plano pedagógico, a Educação Ambiental tem-se caracterizado pela crítica à compartimentalização do conhecimento em disciplinas. É, nesse sentido, uma prática educativa impertinente, pois questiona as pertenças disciplinares e os territórios de sa- ber/poder já estabilizados, provocando com isso mudanças profundas (CARVALHO, 2012, p. 54-55). A partir das ponderações desse autor, compreen- demos que a Educação Física, enquanto área do conhecimento, está inserida neste bojo e possui elementos didático-pedagógicos que podem for- talecer práticas educativas sustentáveis no que diz respeito às questões ambientais. Nessa direção, de acordo com Branco, Royer e Branco (2018), os documentos oficiais da Educação Básica, como os Parâmetros Curriculares Nacio- nais (PCNs), as Diretrizes Curriculares Nacionais 23 (DCNs) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), apontam para objetivos e orientações norteadoras de uma Educação Ambiental em todas as esferas da sociedade. Segundo os autores, a Educação Ambiental também ancora outras áreas da socie- dade além da dimensão educacional: A Educação Ambiental tem o papel preponderante de conduzir novas iniciativas, de desenvolver novos pensamentos e práticas, de promover a quebra de paradigmas da sociedade, formando cidadãos cons- cientes e participativos das decisões coletivas. Além disso, seu papel não se reduz ao meio ambiente, mas seu leque se amplia para a economia, a justi- ça, a qualidade de vida, a cidadania e a igualdade (BRANCO; ROYER; BRANCO, 2018, p. 186). A partir dessa perspectiva, a interdisciplinaridade produz conhecimento diverso e plural que deve ser observado pelo profissional de Educação Física no momento de sua abordagem didático-pedagógica. No estudo realizado por Silva, Silva e Inácio (2008), as contribuições teórico-metodológicas para a Educação Física apontam que a lógica da produção de conhecimento interdisciplinar permite galgar a artificialidade e a segmentação das iniciativas educativas isoladas. Sendo assim, dialogar e compreender a universalidade e a magnitude das questões envolvidas com a Educação Ambiental, 24 alicerça uma fundamentação pedagógica coerente com os processos de ensino-aprendizagem. As considerações provenientes do estudo realizado por Domingues, Kunz e Araújo (2011), firmam coe- rência com um processo pedagógico vinculado aos objetivos apresentados em 1992 pelo Tratado para as Sociedades Sustentáveis e de Responsabilidade Global. Esse processo pedagógico é ancorado por sete princípios norteadores conforme é descrito a seguir: Ter como base o pensamento crítico e inovador, promovendo a transformação e a construção da sociedade; Ser individual e coletiva, com propósito de formar cidadãos com consciência local e planetária, respei- tando a autodeterminação dos povos e a soberania das nações; Envolver uma perspectiva holística, enfocando a relação entre o ser humano, a natureza e o universo de forma interdisciplinar; Estimular a solidariedade, a igualdade e o respeito aos direitos humanos, valendo-se da estratégia democrática e interação entre as culturas; Integrar conhecimentos, aptidões, valores, atitudes e ações; Converter cada oportunidade em experiências educativas das sociedades sustentáveis; 25 Ajudar a desenvolver uma consciência ética sobre todas as formas de vida com as quais comparti- lhamos este planeta, respeitar seus ciclos vitais e impor limites à exploração dessas formas de vida pelos seres humanos. (DOMINGUES; KUNZ; ARAÚJO, 2011, p. 562-563). Segundo os autores, a Educação Física ainda precisa avançar sob os aspectos da formação ambien- talista, entendendo a educação ambiental como um tema transversal, em outras palavras, não se limitar a discutir questões globais sobre educação ambiental, apenas pela ótica da esportivização das práticas corporais na natureza, tampouco vincular somente os elementos específicos das modalidades radicais ou de aventura. Nas considerações proferidas por Rios, Souza Filho e Ribeiro (2018), a interdisciplinaridade envolvida na abordagem da Educação Ambiental permite ao profissional de Educação Física ancorar-se em distintas áreas do conhecimento contemplando elementos teóricos e, simultaneamente, permitindo o desenvolvimento criativo e autônomo dos alunos de forma dinâmica, explorando suas potenciali- dades e ainda, considerando suas experiências adquiridas nos distintos ambientes em que os sujeitos interagem. 26 As atividades práticas, jogos, brincadeiras, esportes e atividades desenvolvidas nas aulas de Educação Física, em especial àquelas realizadas na natureza, convergem para uma reaproximação dos alunos com os aspectos de sua condição humana primordial, ou seja, quando a sensibilidade pelo ecossistema é assumida em compreender a importância da preservação e conservação ambiental a sua volta. Em contrapartida, o estudo realizado por Leão Junior, Demizu e Royer (2016), investigou o nível de conhecimento de 18 acadêmicos de Educação Física sobre o conceito de Educação Ambiental e sua relação com a disciplina de Educação Física. Os resultados obtidos demonstraram que tal asso- ciação ainda carece de afirmação teórico-prática em diferentes contextos de intervenção. Nessa direção, o processo didático-pedagógico da Graduação em Educação Física deve promover o debate crítico e oportunizar vivências práticas, condizentes com as necessidades metodológicas oriundas dos distintos campos de atuação profissional, como também, oferecer subsídios para a formação continuada desses profissionais. Para fortalecer nossas considerações, são per- tinentes as orientações propostas no estudo de Inácio, Moraes e Silveira que reforçam os elementos 27 pedagógicos presentes na Educação Ambiental e sua relação com a Educação Física: A Educação Ambiental é um processo de constru- ção da relação humana com o ambiente onde os princípios da responsabilidade, da autonomia, da democracia, entre outros, estão sempre presentes. Dessa forma, a Educação Ambiental busca, em sua ação humanizadora, a construção de uma prática social e uma ética ambiental que redefinam as re- lações dos homens com o ambiente em que vivem (INÁCIO, MORAES, SILVEIRA, 2013, p. 7) Ainda segundo os autores, a inclusão do tema da Educação Ambiental não pode ser realizada de forma taxativa e/ou arbitrária. Isso significa dizer, que apenas incluir o assunto esporadicamente nas aulas e/ou atividades, ou ainda, somente listar em um plano de ensino/tarefas não é suficiente para abranger as inquietudes que essa temática demanda. Diante disso, ao profissional de Educa- ção Física, cabe a responsabilidade de inteirar-se das políticas ambientais, bem como, dos estudos e relatos de experiência dos colegas de profissão que já iniciaram suas discussões e intervenções nos diferentes campos de atuação profissional, a fim de estabelecer um elo entre a práxis pedagógica e sua relação com a Educação Ambiental. 28 Como forma de contribuir para uma intervenção didático-pedagógica coerente com as premissas da Educação Ambiental, mediada pela Educação Física, o estudo realizado por Moreira (2006), apresenta uma sistematização de termos e temas relacionados com o tema da Educação Ambiental, conforme éapresentado na tabela a seguir: 29 Tabela 4: Sistematização dos termos usados no estudo ambiental. VARIÁVEIS EXTERNAS QUE INTER- FEREM NO AMBIENTE Físicas: localização geográfica, relevo, clima, ar, água, formas de poluição variadas (sono- ras, visuais, etc), detritos, ruídos, condições habitacionais, ambientes espaciais, condições de conforto (térmico, visual, acústico, ventila- ção, pressão, luminosidade). Biológicas não humanas: interações com animais, vegetação; Biológicas e demográficas humanas: número de habitantes, taxas de natalidade e mortali- dade, acesso, fluxo de pessoas e veículos, mo- bilidade, situação sanitária (esgoto, despejo, refugo, lixo), dados epistemológicos; Sociais: estratificação socioeconômica, habi- tus social e familiar; condições de intimidade, privacidade, espaço pessoal, comportamento territorial, segurança, instituições e serviços; Econômicas: valor em capital das habitações, entre outros. Estruturais e combinadas: importância da forma e da estrutura do ambiente: sinalização interna e externa; condições de conforto tér- mico, acústico, visual, barreiras arquitetônicas, materiais usados na construção, dimensio- namento, disponibilidade da área; condições técnicas; entorno. Reações fisiológicas e psicológicas: reação das pessoas à densidade, à necessidade de espaço, zonas de ocupação espacial, estresse ambiental; 30 CATEGORIAS DE RELAÇÃO HOMEM-AM- BIENTE - Submissão do homem ao ambiente; - Ambiente como construção humana; - Sistema interdependente. SUBSISTE- MAS AM- BIENTAIS E SUAS RELA- ÇÕES COM: Arquitetura: construído ou modificado, natural ou geográfico; Habilidades motoras: doméstico ou selvagem; Condições de vida: urbano ou rural. PERÍODO DA RELA- ÇÃO COM O AMBIENTE Temporário ou permanente. FORMAS DE ENFRENTA- MENTO COM O AMBIENTE Optativo ou impositivo. TIPOS Lar, entorno, escola, local de trabalho, local de lazer, trajetos, outros. AMBIÊNCIA Qualidade do ambiente: percepção; adapta- ção; reversão; preferências relativas ao tempo. TOPOFILIA Percepção por meio dos cinco sentidos. PERCEPÇÃO SENSÍVEL DO AMBIENTE Estimulação da sensibilidade para além dos cinco sentidos. Nível especial: visão, audição, gustação, olfa- ção, equilíbrio. Nível geral: tato protopático (grosseiro), tato epicrítico (discriminativo), sensibilidade à pressão, à temperatura (calor e frio), à dor somática (na pele, em áreas localizadas, musculares ou articulares), a dores viscerais (dores difusas), propriocepção consciente (posição das articulações) e propriocepção inconsciente (tônus muscular e estados de semicontração muscular); 31 CONDIÇÕES DE ESTÍMULO Estável ou instável; convencional ou experi- mental; confinado ou vasto; arranjo espacial aberto ou semi-aberto x fechado; empobreci- do, padrão, enriquecido, diversificado ou cam- po aberto; integrado ou compartimentalizado. Fonte: Adaptado de MOREIRA, 2006, p. 43-44. Fica evidenciado que o profissional de Educação Física pode e deve contribuir para o processo de Educação Ambiental e da conscientização na bus- ca pela formação de indivíduos comprometidos e responsáveis pela preservação de nosso ecossiste- ma. Portanto, ao inteirar-se dos conhecimentos da Educação Ambiental, as possibilidades de interação nos distintos espaços de intervenção profissional ampliam o repertório de atividades pedagógicas, bem como, de orientação sobre princípios eco- lógicos e ambientais que ancoram objetivos de preservação e manutenção dos recursos naturais que ainda usufruímos. Buscar fortalecer práticas pedagógicas educati- vo-formativas para nossa sociedade é mais do que essencial, pois já vivemos um processo de crise de recursos e de inúmeras dificuldades de sobrevivência pelo uso indevido e/ou descuidado da natureza e, a Educação Física enquanto área do conhecimento, possui inúmeros recursos pe- dagógicos para contribuir para uma Educação Ambiental de qualidade. 32 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste e-book, entendemos que desde o início de nossa existência como espécie e antes mesmo do desenvolvimento da civilização, o ser huma- no era caçador-coletor e vivia num determinado ecossistema, nutria-se e abastecia-se dele. Uma vez não havendo mais viabilidade de suprimentos, o ser humano migrava para outra área. Tal movi- mento isso durou milhares de anos, até que o ser humano passou a se estabelecer em um lugar e seu relacionamento com ambiente atingiu uma espécie de equilíbrio ecológico. Com o passar do tempo, compreendemos que com o surgimento das máquinas tecnológicas cada vez maiores e cada vez mais especializadas para explorar a natureza, os métodos de exploração da natureza se ampliaram e houve a expansão popu- lacional, com isso chegarmos até o que vivemos hoje, um completo desequilíbrio dessa relação. Por fim, conhecemos também os elementos teóri- cos-conceituais mediados por uma reflexão crítica sobre os temas do ambiente, meio ambiente, ecologia, natureza, sujeito ecológico, educação ecológica, educação ambiental e a relação homem-natureza. Perpassamos pela compreensão dos objetivos de uma Educação Ambiental Sustentável, orientadas por princípios didático-pedagógicos, manifestando 33 os atributos referentes a responsabilidade civil do profissional de Educação Física. Além disso, entendemos como a Intervenção pro- fissional contribui para o processo de formação consciente de cidadãos responsáveis no que diz respeito às questões ambientais. 34 Referências Bibliográficas & Consultadas ALMEIDA, B. S.; MICALISKI, E. L.; SILVA, M. R. Esportes complementares. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2019. [Biblioteca Virtual]. BRANCO, E. P; ROYER, M. R; BRANCO, A. B. G. A abordagem da educação ambiental nos PCN´s, nas DCNs e na BNCC. Nuances: estudos sobre Educação, v. 29, n. 1, p. 185–203, 2018. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index. php/Nuances/article/view/5526 . Acesso em: 04 out. 2022. BRANDO, F. R; CAVASSAN, O; CALDEIRA, A. M. A. Ensino de ecologia: dificuldades conceituais e metodológicas em alunos de iniciação científica. In: CALDEIRA, A. M. A. (Org.). Ensino de ciências e matemática, II: temas sobre a formação de conceitos. São Paulo: UNESP, 2009. p. 13–31. Disponível em: https://books.scielo.org/id/htnbt/ pdf/caldeira-9788579830419-02.pdf . Acesso em: 04 out. 2022. BRASIL, Presidência da República. Casa Civil. Lei no 9.795, de 27 de abril 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. 1999. Disponível em: http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm . Acesso em: 04 out. 2022. BRONFENBRENNER, U. A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. BRUHNS, H. T. A busca pela natureza: turismo e aventura. 1 ed. Barueri: Manole, 2009. [Minha Biblioteca] CAMPONOGARA, S; RAMOS, F. R. S; KIRCHHOF, A. L. C. Reflexões sobre o conceito de natureza: aportes teórico-filosóficos. REMEA - Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 18, n. 0, seç. Artigos, p. 482–500, 2007. CARVALHO, I. C. M Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2012. CHIMINAZZO, J. G. C.; BELLI, T. Esportes de raquete. 1 ed. Barueri: Manole, 2021. [Minha Biblioteca] DA PAIXÃO, J. A. O esporte de aventura como conteúdo possível nas aulas de educação física escolar. Motrivivência, v. 29, n. 50, p. 170, 26 abr. 2017. Disponível em: https://doi. org/10.5007/2175-8042.2017v29n50p170 . Acesso em: 04 out. 2022. DOMINGUES, S. C; KUNZ, E; ARAÚJO, L. C. G. Educação ambiental e educação física: possibilidades para a formação de professores. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 33, n. 3, p. 559–571, 2011. Disponível em: https:// doi.org/10.1590/S0101-32892011000300003 . Acesso em: 04 out. 2022. EDUCAÇÃO física e educação ambiental. (Esporte na escola) MEC. Domínio Público Vídeos. 1 vídeo (14min15). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xG_4_5rUyME. Acesso em: 04 out. 2022. ESTADO DE SÃO PAULO, Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Educação Ambiental. Meio ambiente e desenvolvimento: documentos oficiais, Organização das Nações Unidas, Organizações não-governamentais. São Paulo: Coordenadoria de Meio Ambiente de SP, 1993(Documentos). Disponível em: https:// acervo.socioambiental.org/sites/default/files/ documents/S7D00004.pdf. Acesso em: 04 out. 2022. FREITAS, J. Gestão de risco para turismo de aventura. 1 ed. Barueri: Manole, 2018. INÁCIO, H. L. D; MORAES, T. M; SILVEIRA, A. B. Educação Física e educação ambiental: refletindo sobre a formação e atuação docente. Conexões, v. 11, n. 4, p. 1–23, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.20396/conex. v11i4.8637587 . Acesso em: 04 out. 2022. LEÃO JUNIOR, C. M; DEMIZU, F. S. B; ROYER, M. R. Por uma educação ambiental crítica na educação física escolar. Conexões, v. 14, n. 1, p. 1–19, 31 mar. 2016. Disponível em: https://doi. org/10.20396/conex.v14i1.8644763 . Acesso em: 04 out. 2022. LISBOA, S. D. C.; POSSAMAI, V. D.; OLIVEIRA JUNIOR, L. L.; FERREIRA, F. M.; RISTOW, L. Práticas corporais de aventura. 1 ed. Porto Alegre: SAGAH, 2019. [Minha Biblioteca] MACIEL, E. A; GÜLLICH, R. I. C; LIMA, D. O. Ensino de ecologia: concepções e estratégias de ensino. VIDYA, v. 38, n. 2, p. 21–36, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufn.edu.br/ index.php/VIDYA/article/viewFile/2396/2186. Acesso em: 04 out. 2022. MARINHO, A. BRUHNS, H. T. A. Viagens, lazer e esporte. 1 ed. Barueri: Manole, 2006. [Minha Biblioteca] MOREIRA, J. C. C. Ambiente, ambiência e topofilia. In: SCHWARTZ, G. M. (Org.). Aventuras na natureza: consolidando significados. Jundiaí: Fontoura, 2006. p. 35–45. NEUENFELDT, D. J; MARTINS, C. C. Educação física escolar e vivência com a natureza: contribuições para a formação ecológica de estudantes. Revista Didática Sistêmica, v. 18, n. 2, seç. Artigos, p. 56–70, 2016. Disponível em: https://periodicos.furg.br/redsis/article/ view/7157. Acesso em: 04 out. 2022. PEREIRA, D. W. Atividades de aventura: em busca do conhecimento. Várzea Paulista, SP: Fontoura, 2013. PIMENTEL, G. G. A. Esportes na natureza e atividades de aventura: uma terminologia aporética. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 35, n. 3, p. 687–700, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0101- 32892013000300012. Acesso em: 26 mai. 2022. POTT, C. M; ESTRELA, C. C. Histórico ambiental: desastres ambientais e o despertar de um novo pensamento. Estudos Avançados, v. 31, n. 89, p. 271–283, 2017. Disponível em: https:// doi.org/10.1590/s0103-40142017.31890021. Acesso em: 04 out. 2022. RIBEIRO, J. A. G. Ecologia, educação ambiental, ambiente e meio ambiente: modelos conceituais e representações mentais. 2012. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-graduação em Educação para a Ciência, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. UNESP, Bauru, SP, 2012. Disponível em: https://repositorio. unesp.br/bitstream/handle/11449/90939/ ribeiro_jag_me_bauru.pdf?sequence=1. Acesso em: 04 out. 2022. RIBEIRO, J. A. G; CAVASSAN, O. Os conceitos de ambiente, meio ambiente e natureza no contexto da temática ambiental: definindo significados. Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias, v. 8, n. 2, p. 61–76, 2013. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/ handle/11449/135129. Acesso em: 04 out. 2022. RIOS, S. K. O; SOUSA FILHO, A. F; RIBEIRO, F. I. Educação Física e Educação Ambiental e sua relação no contexto escolar. Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), v. 13, n. 2, p. 53–65, 2018. Disponível em: https://doi. org/10.34024/revbea.2018.v13.2464. Acesso em: 04 out. 2022. SANTOS, J. A. E; IMBERNON, R. A. L. A concepção sobre “natureza” e “meio ambiente” para distintos atores sociais. Terrae Didatica, v. 10, n. 2, p. 151–159, 2014. Disponível em: https://doi.org/10.20396/td.v10i2.8637372. Acesso em: 26 mai. 2022. SCHWARTZ, G. M.; TAVARES, G. H. Webgames com o corpo: vivenciando jogos virtuais no mundo real. 1. ed. São Paulo: Phorte, 2015. [Biblioteca Virtual]. SCOPEL, A. J. S. G; FERNANDES, A. V; CASTILLO- RETAMAL, F; PIMENTEL, G. G. A; NODA, L. M; SANTOS, S. Atividades físicas alternativas: práticas corporais de aventura. Curitiba: Intersaberes, 2020 [Biblioteca Virtual] SILVA, F. W; SILVA, A. M; INÁCIO, H. L. D. A educação física frente a temática ambiental: alguns elementos teórico-metodológicos. Motrivivência, v. 0, n. 30, p. 44–60, 2008. Disponível em: https://doi.org/10.5007/2175- 8042.2008n30p44 . Acesso em: 04 out. 2022.
Compartilhar