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IRIS PIC III (1)

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SOCIEDADE EDUCACIONAL VERDE NORTE S/C
FACULDADE VERDE NORTE – FAVENORTE
CURSO BACHAREL EM ENFERMAGEM
ÍRIS CAMILLY GOMES DE SOUZA
NYCOLLE DE PAULA FERREIRA SOARES
A PERCEPÇÃO DAS MULHERES DIANTE DA PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DE ÚTERO
Mato Verde-MG
2023
ÍRIS CAMILLY GOMES DE SOUZA 
NYCOLLE DE PAULA FERREIRA SOARES
A PERCEPÃO DAS MULHERES DIANTE DA PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DE ÚTERO
Artigo apresentado ao curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Verde Norte, mantida pela Sociedade Educacional Verde Norte S/C Ltda., como requisito para obtenção de nota da disciplina Projeto de Integrador Cientifico (PIC III).
Professora: Dra. Raquel Rodrigues Sobral
Mato Verde-MG
2023
Íris Camilly Gomes de Souza
Nycolle de Paula Ferreira Soares
A percepção das mulheres diante da prevenção do câncer do colo de útero
Artigo apresentado ao curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Verde Norte, mantida pela Sociedade Educacional Verde Norte S/C Ltda., como requisito para obtenção de nota da disciplina Projeto Integrador Cientifico (PIC III). 
 
Aprovado em ___/___/___
Banca Examinadora
________________________________________________ 
Convidado 
Formação/titulação: 
Instituição: 
 
________________________________________________ Orientadora: Professora Dra Raquel Rodrigues Sobral 
Formação/titulação: 
Faculdade Verde Norte – FAVENORTE 
 
________________________________________________ 
Coorientador 
Formação/titulação: 
Instituição: 
A percepção das mulheres diante da prevenção do câncer do colo de útero 
 
 Íris Camilly Gomes de Souza1, Nycolle de Paula Ferreira Soares 2
 
Resumo 
 
Palavras-chave: Profissionais, coronavírus, estresse, saúde, pandemia. 
 
Abstract 
 
Keywords: Professionals, coronavirus, stress, health, pandemic.
 
Introdução
Há certo tempo, o Câncer de Colo de Útero (CCU) vem ocupando um grande destaque nas taxas de mortalidade entre o público feminino, principalmente nos países em desenvolvimento. No início da década de noventa, foram estimados 371.200 novos casos de câncer cervical invasivo no mundo, contabilizando quase 10% de todos os cânceres entre o público feminino (Júnior, Pinho. 2003)
Tal câncer é ocasionado, predominantemente, por infecção insistente pelo Papilomavírus Humano (HPV), que pode ser transmitido por meio de contato íntimo sexual, sendo esta infecção responsável por cerca de 70% dos cânceres cervicais. Sua prevenção inicial, ademais, consiste em uso de preservativos e vacinação contra HPV associados a ações de promoção à saúde; e, sua prevenção secundária, ou detecção precoce, se dá com a realização de diagnóstico precoce, via execução do exame Papanicolau, que se destina ao público-alvo mulheres de 25 a 64 anos. (LOPES e RIBEIRO. 2017).
Consoante MELO, et al., (2012) no Brasil, o Câncer de Colo do Útero (CCU) é a terceira neoplasia maligna que mais acomete as mulheres, que somente é obsoleto pelos cânceres de pele não melanoma e da mama. Esse tema se introduz no âmbito da saúde da mulher, área apontada estratégica para ações prioritárias no Sistema Único de Saúde (SUS) no nível da atenção Primária.
De acordo NAKAGAWA e SCHIRMER (2010) o controle do Câncer de Colo de Útero (CCU) é direcionado por cuidados que vão desde o fluxo assistencial e demais protocolos e diretrizes clínicas de acordo com os graus de evolução da doença. À atenção básica e à atenção especializada representam modalidades de atenção à saúde, sendo essas responsáveis da promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e até cuidados paliativos. A promoção a saúde visa promover melhorias na saúde da população, controlar doenças e demais agravantes à saúde, repasse de informações de modo em que diminuam as dificuldades de acesso aos serviços de saúde. As ações expostas anteriormente evidenciam o papel funcional da prevenção.
Segundo (LOPES et al., 2010) “a saúde é o maior recurso para o desenvolvimento social, econômico e pessoal, assim como uma importante dimensão da qualidade de vida”; A aptidão na acepção que todas as pessoas consigam alcançar inteiramente seu potencial de saúde, no que se refere à ambientes favoráveis, acesso à informação, à experiências e habilidades na vida, bem como oportunidades que possam optar por escolhas para uma vida mais sadia. E na medida em que os profissionais e grupos sociais, assim como o pessoal de saúde e demais setores sociais e econômicos, têm o dever e compromisso de contribuir para a mediação entre os diferentes interesses em relação à saúde, existentes na sociedade no sentido de coordenar ações intersetoriais que visem à promoção da saúde.
O controle do CCU é instruído pelas desigualdades socioeconômicas e culturais e pela atuação do sistema de saúde, sendo o acesso aos serviços de saúde uma das incumbências que delimitam esse fator. Essa procura aos serviços de saúde evidencia o processo de busca pelos indivíduos com tais necessidades, e a resultante resposta que esses serviços geram a estas necessidades, exprime pelo atendimento prestado aos indivíduos, mesmo que, o acesso aos serviços de saúde diz respeito à relação estabelecida entre indivíduos/comunidade e os serviços de saúde. (LOPES E RIBEIRO, 2017).
As unidades de atenção Primária à saúde (UAPS) são caracterizadas como porta de entrada do usuário no sistema de saúde, local em que o profissional de enfermagem é de integrante de extrema importância da equipe multiprofissional da ESF. Diante desse contexto, os enfermeiros exercem atividades técnicas específicas de sua competência como administrativas e principalmente educativas, por intermédio do vínculo com as usuárias, concentram esforços para quebrar os tabus, mitos e preconceitos e buscar o convencimento feminino sobre os benefícios da prevenção como soma ao próprio exame Papanicolau. (SOUZA e COSTA, 2015)
O Ministério da saúde especifica que a prevenção do câncer do colo uterino, na atenção integral à saúde da mulher, é uma prática dos profissionais de enfermagem, ao referir-se que cabe a esses trabalhadores “[...] realizar a consulta de enfermagem, o exame preventivo e exame clínico das mamas, solicitar exames complementares e prescrever medicações, conforme protocolos e demais normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal, observadas as disposições legais da profissão”. A complexidade de aplicação da consulta de enfermagem compete-se à dimensão da ação que tal atividade permite atingir em nível assistencial. Evidencia-se, como relevância dessa atividade, o desenvolvimento do relacionamento terapêutico, a promoção do acolhimento, da escuta, da educação em saúde; ou seja, ações capazes de transcender o patológico e proporcionar ambiente de conforto, confiança e bem-estar ao paciente. (SOUZA e COSTA, 2015)
A detecção e cuidado das mulheres em relação ao câncer do colo do útero é uma das principais funções do enfermeiro. Além de orientar as mulheres sobre a prevenção da doença, o enfermeiro é responsável por realizar a coleta de material para exame citopatológico (Papanicolau) e encaminhar as mulheres para o tratamento adequado em caso de identificação de lesões (BRASIL, 2020).
O enfermeiro deve estar capacitado para realizar a coleta do exame citopatológico (Papanicolau) e encaminhar as mulheres para a realização da vacinação contra o HPV e para o tratamento das lesões pré-cancerígenas identificadas (BRASIL, 2020).
De acordo a OMS, (2021) atualmente, a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de colo uterino são considerados fundamentais para a redução da morbimortalidade associadas a essa doença. É importante que as mulheres recebam educação sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer do colo do útero para reduzir a incidência e mortalidade dessa doença. A vacinação contra o HPV é uma das principais medidas de prevenção, juntamente com a realização do exame de Papanicolau e o seguimento das diretrizes de rastreamento estabelecidas pelas autoridades de saúde.
Explica SOUZA e COSTA, (2015) na prevenção primária, sãoessenciais ações educativas que alcancem específicos grupos sociais, principalmente os mais vulneráveis, resultando assim um potencial para a redução da transmissão do HPV e, consequentemente, a incidência do câncer do colo uterino. Populações com menor escolaridade e mulheres, principalmente aquelas em união estável, são grupos mais vulneráveis à contaminação pelo HPV.
SOUZA e COSTA, (2015) afirmam que o HPV é transmitido principalmente por via sexual pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada. Apesar da dimensão desse problema, a infecção é pouco discutida entre as mulheres seja pelo espaço ainda recentemente conquistado na mídia e campanhas pelas informações acerca da doença, ou mesmo pelo foco em outros tipos de IST, como HIV, por exemplo. Em decorrência da escassez de informações coerentes sobre o HPV, muitas informações equivocadas são disseminadas, como a crença de que o HPV é o mesmo que HIV, o mito de que o HPV é uma doença de mulheres promíscuas, e o tabu ainda existente em relação às IST.
O Ministério da Saúde adverte que todas as mulheres com idade entre 25 e 64 anos, que já iniciou sua vida sexual, deve se submeter ao exame preventivo, com periodicidade inicialmente anual. Após dois exames consecutivos com resultados negativos para displasia ou neoplasia do colo do útero, este adquire periodicidade trianual. Após resultado negativo, o risco cumulativo de desenvolver a dita patologia é consideravelmente diminuído, mantendo tal redução nos cinco anos subsequentes. (SOUZA e COSTA, 2015).
Observa-se que, para a prevenção primária, são essenciais ações educativas que alcancem específicos grupos sociais, principalmente os mais vulneráveis, resultando assim um potencial para a redução da transmissão do HPV e, consequentemente, a incidência do câncer do colo uterino. Populações com menor escolaridade e mulheres, principalmente aquelas em união estável, são grupos mais vulneráveis à contaminação pelo HPV. As escolhas realizadas por homens e mulheres ao longo de suas trajetórias sexuais estão intimamente conectadas à existência de diferenças de gênero. As mulheres possuem maior dificuldade em negociar o uso do preservativo. Ademais, tem-se a questão da submissão, a vergonha e o medo persistentes no gênero feminino na busca de meios para o cuidado do próprio corpo. A negociação do uso de preservativos sempre foi associada à prostituição e à promiscuidade. Crenças relacionadas ao seu uso como: o sexo sujo, a desconfiança da fidelidade, a dificuldade de negociação do seu uso pela mulher (relacionada às questões de gênero, que inclui a submissão na relação de poder) contribuem para que seu uso seja dispensado por determinados grupos populacionais, pessoas casadas ou em união estável. (SOUZA e COSTA, 2015).
BICALHO et al., (2019) relatam que a percepção das mulheres em relação ao exame preventivo é um fator importante que influencia sua adesão ao rastreamento do câncer do colo do útero. Descreve que uma das principais razões apontadas pelas mulheres para evitar o exame são o medo da dor, a vergonha e a falta de informação sobre a importância e os benefícios do exame. Frente a esta argumentação, este estudo teve como questão: quais as reais razões que ocasionam as mulheres a não realização periódica do exame de prevenção do Câncer de Colo do Útero na Unidade Básica de Saúde (UBS) Avelino Gonçalves Dias na cidade de Monte Azul- MG.
Objetivos
O objetivo deste estudo foi analisar a percepção das mulheres em relação à prevenção do câncer de colo do útero na cidade de Monte-Azul MG, Além de desenvolver estratégias de conscientização sobre o exame de prevenção enfatizando a importância do exame preventivo na detecção precoce das doenças relacionadas ao câncer do colo do útero, além de investigar as possíveis causas que levam as mulheres a não realizar a prevenção.
Métodos 
	Método é o “caminho para chegar ao fim”, é, portanto, o caminho em direção a um objetivo, já a metodologia é o estudo do método, ou seja, são as regras e procedimentos estabelecidos para realizar uma pesquisa (GERHARDT; SILVEIR, 2009). Considerando os objetivos propostos, esta pesquisa caracteriza-se como descritiva de abordagem qualitativa.
A pesquisa de caráter descritivo usa de técnicas padronizadas de coleta de dados para apresentar as variáveis propostas. Estas geralmente estão ligadas às características psicossocial, econômicas e ou ambientais de um grupo, aos fenômenos e acontecimentos ou outras características que estão associadas a população de estudo através de entrevistas, formulários e questionários (OLIVEIRA et al., 2013).
O método qualitativo é usado para explicar questões de realidade, problemas cotidianos para retratar a percepção dos indivíduos sobre determinado fenômeno. Envolve técnicas descritivas que traduz o sentido do acontecimento do mundo social, por exemplo, da história, das aspirações, valores e atitudes, dentre outros, em determinados contextos (TURATO, 2005).
A pesquisa foi realizada com 29 profissionais atuantes na ala de atendimento aos casos suspeitos e positivos de Covid-19 no Hospital Nossa Senhora das Graças, na cidade de Monte Azul e no Ambulatório Municipal da cidade de Mato Verde, ambas cidades do Norte de Minas Gerais. 
Mato Verde é uma cidade situada no Norte de Minas Gerais, tem como área territorial 472,245km² e densidade demográfica de 26,86hab/km². A população estimada é 12.367 habitantes (IBGE,2021). A cidade faz divisa com os municípios Monte Azul, Catuti, Pai Pedro, Porteirinha, Rio Pardo de Minas e Santo Antônio do Retiro. 
Monte Azul é uma cidade situada no Norte de Minas Gerais, tem como área territorial 1.001,296km² e densidade demográfica de 22,12hab/km². A população estimada é 20.544 habitantes (IBGE,2021). A cidade faz divisa com os municípios de Espinosa, Mamonas, Mato Verde, Catuti, Gameleiras. 
Os informantes da pesquisa foram profissionais de saúde atuantes na ala de tratamento do COVID-19 do Hospital Nossa Senhora das Graças de Monte Azul e no ambulatório de Mato Verde MG, independente do grau de formação. 
foi considerado elegível a participar da pesquisa o sujeito profissional de saúde em qualquer nível de formação, auxiliar, técnico ou superior, atuante na ala de atendimento aos casos suspeitos e confirmados da Covid-19, contendo idade mínima de 20 anos e idade máxima de 59 anos. 
Para identificar os informantes foi realizada uma busca ativa, pelos pesquisadores, durante uma semana, nos turnos matutino, vespertino e noturno, a fim de convidá-lo a participar da pesquisa, com coleta de dados. 
Esse estudo buscou seguir os padrões de ética em pesquisa e foi desenvolvido de forma a atender os pressupostos da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que dispõe sobre pesquisa envolvendo seres humanos. Neste sentido, foi solicitada a permissão da Direção Geral do Hospital e Maternidade Nossa Senhora das Graças da cidade de Monte Azul- MG e do Ambulatório Municipal da cidade de Mato Verde- MG para o desenvolvimento da pesquisa, através do Termo de Consentimento Livre e Informado (TCLI) (APÊNDICE A) 
Antes da aplicação das entrevistas com os informantes, foi realizado o esclarecimento sobre a pesquisa, pelos pesquisadores, explicitando a natureza, finalidade e os objetivos do estudo. Foi solicitada a colaboração dos profissionais de saúde e foram informados quanto ao direito à privacidade e a preservação do anonimato, e esclarecendo a todos o direito à liberdade de não participar da pesquisa e desistir a qualquer momento, caso solicite. Onde aqueles que aceitaram participar do estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE B). 
Para coleta e captura do empírico foi aplicada uma entrevista de roteiro semiestruturado, elaborada pelos pesquisadores, composta de questões objetivas e subjetivas (APÊNDICE C).
Na entrevista semiestruturada, o pesquisado teve a oportunidade de relatar sobre suas experiências, vivências, traumas, opiniões, tendo em vista o tema central abordado da pesquisa. Permitindo obter respostas de maneirasimples e espontâneas, no entanto as questões da entrevista levam em conta todo o embasamento teórico para capturar as informações necessárias (VIEIRA, 2017).
	Os dados foram coletados pelos pesquisadores no período de outubro de 2022, a partir de uma entrevista aplicada individualmente aos profissionais de saúde, que atenderam aos critérios de inclusão deste estudo e que aceitaram participar. 
 As entrevistas foram realizadas no local de trabalho dos profissionais de saúde selecionado durante seu turno de trabalho em data e horário agendados previamente.
 As entrevistas foram transcritas para a organização e análise de dados, respeitando o pensamento e a subjetividade de cada pessoa envolvida nesta pesquisa, comprometendo-se sob sigilo profissional, não adulterar as respostas. 
Para resguardar a identidade dos entrevistados, seus nomes foram substituídos por pseudônimos acompanhados de um número cardinal que indica suas respectivas idades, na apresentação do conteúdo. Os dados coletados serão guardados em anonimato e manipulados apenas pelos pesquisadores com finalidade exclusivamente acadêmica e de divulgação do conhecimento científico, a luz das diretrizes da ética em pesquisa com seres humanos.
Resultados e discussões 
Caracterização dos informantes 
O estudo foi realizado com 29 profissionais de saúde atuantes na linha de frente ao combate da COVID-19, com idade entre 20 a 46 anos, nas cidades de Mato Verde e Monte Azul- MG. Sendo que 21 eram residentes da cidade de Mato Verde, onde 6 eram homens e 15 mulheres nos quais oito informarão que eram casados, oito solteiros, três divorciados, dois em união estável. Na cidade de Monte Azul foram entrevistados oito profissionais no qual seis eram mulheres e dois homens. Três se declaram solteiros, quatro se declaram casados e um declarou ser divorciado. Os informantes eram profissionais de saúde enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem e farmacêutica. 
Tabela 1: Identificação dos informantes. 
	Caracterização 
	Mato Verde 
	Monte Azul 
	
	
	
	Homem 
	6
	2
	Mulher 
	15
	6
	Enfermeiro(a) 
	5
	3
	Técnico(a) de enfermagem 
	14
	4
	Médico (a) 
Farmacêutico(a) 
	1
1
	1
0
	
	
	
	Casado (a) 
	8
	4
	Solteiro (a) 
	8
	3
	Divorciado (a) 
	3
	1
	União estável 
	2
	0
Fonte: Autoria própria. (2022). 
Conforme o gráfico 01, foi possível analisar, que, na cidade de Mato Verde sete profissionais relataram que as condições de trabalho da instituição eram ótimas e 14 profissionais relataram que as condições eram boas. Percebe-se também que, na cidade de Monte Azul, cinco profissionais relataram que as condições eram ótimas e três que as condições eram boas. 
	Várias vezes os trabalhadores da saúde têm realizado jornadas extensas de trabalho com condições muito precárias, expondo esses profissionais ao risco de contaminação e adoecimento mental, podendo afastá-los das suas respectivas atividades (SANTANA, 2018). 
Para Backes et.al;(2021) a pandemia causada pelo novo coronavírus causou condições desfavoráveis para os profissionais que atuam na linha de frente gerando desgastes físicos, jornadas extensas, sobrecarga, falta de estruturas hospitalares e falta de equipamentos necessários, horas extensas de trabalho, baixa renumeração e desvalorização do profissional.
 
Gráfico 1: Condições de trabalho da instituição. 
Fonte: Autoria própria. 2022.
De acordo o gráfico 02, foi possível observar que 20 informantes da cidade de Mato Verde e oito da cidade de Monte Azul declararam que receberam EPIs suficientes e receberam capacitação para o uso adequado destes equipamentos. Observa-se que apenas um profissional declarou que às vezes a instituição fornecia os equipamentos necessários e fazia capacitações. 
A proteção da saúde dos profissionais envolvidos na linha de frente ao combate da COVID-19 é de suma importância, pois estes profissionais estão expostos ao risco de adoecer pelo coronavírus. A proteção para esses profissionais é fundamental, pois assim evitam a transmissão da doença nos locais frequentados pelo profissional e evitam de se contaminarem fazendo-se então necessário adotar protocolos de controle de infecção e fornecimento de EPIs para a proteção individual (BARROSO et al., 2020). 
Paiano et al., (2020) cita que, além da distribuição e disponibilização de equipamentos de proteção individual, os profissionais da saúde devem ser treinados e capacitados para o uso correto e seguro desses equipamentos e ser informados de como a forma correta de uso é de suma importância para a prevenção e controle da COVID-19. 
Gráfico 2: Fornecimento de EPIs e capacitações sobre o uso correto do mesmo. 
Fonte: Autoria própria. 2022.
Os entrevistados trazem em suas falas como o medo e o receio de ser infectado interferiu na sua postura profissional e de cuidados com os pacientes. 
Eu tive muito medo, mas é o meu trabalho[...] eu tomo o máximo de cuidados possíveis para não se infectar e colocar meus familiares em risco. [...]. Sandro, 35. 
No inicio fiquei muito nervosa e muito apreensiva, pois era uma pandemia que abalou todo mundo[...] tive muito medo quando ia lhe dar diretamente com pacientes contaminados, mas eu tomava todos os cuidados de proteção para não me contaminar. [...]. Solange, 32.
 
O medo era muito grande[...] o hospital ficou lotado e vendo nossos companheiros ser contaminarem, gerava em mim um desespero, eu me protegia o máximo, sempre ia ao encontro dos pacientes bem equipada, mas sempre com um receio e um medo. [...]. Carmem, 37. 
Diante do cenário da pandemia e a alta disseminação do vírus e mortalidade, os profissionais da saúde que ficaram diretamente ligados aos pacientes infectados e envolvidos tanto no diagnóstico, tratamento e no atendimento em geral, desenvolveu altos índices de sofrimento psíquico como medo, angustia, estresse, ansiedade, dentre outros sentimentos relacionados ao risco de ser contaminarem (PRADO et al., 2020). 
Kang et.al.; (2020) descreve que além do receio e medo do próprio contágio, esses profissionais da saúde temiam a infecção à sua família e demais amigos, sentindo-se rotulados ao se afastarem para preservar a saúde destes. Profissionais relatam que sentirão emoções que nunca foram vivenciadas, ao verem seus colegas de trabalho sendo contaminados e alguns chegando a fase terminal, o medo de se contaminarem faziam com que os cuidados fossem redobrados, mas que não deixassem de prestar cuidados aos pacientes. 
De acordo o gráfico 03, percebe-se que na cidade de Mato verde 20 profissionais e na cidade de Monte Azul sete profissionais, observaram que houve mudanças de comportamento social durante a pandemia. 
A pandemia provocada pelo novo coronavírus tornou mais intensa a rotina dos profissionais de saúde, não apenas no ambiente de trabalho, mas também interferiu no ambiente pessoal. Esses profissionais vêm sendo aconselhados a não interagir de maneira próxima com seus entes queridos e amigos, fazendo com que o sentimento de isolamento e medo de contaminarem aumente e consequentemente podendo afetar o estado emocional dos mesmos (DIAS; SOUZA; GOMES, 2022). 
Observou-se nos relatos dos informantes dificuldades em relação à interação social, com familiares, amigos e a população, de certa forma perceberam comportamentos preconceituosos devido estarem na linha de frente da pandemia. 
Houve muito afastamento, pois o medo de estar infectada e transmitir para eles era gigante [...]. Joaquina, 23. 
Primeiro as pessoas não queriam me receber, tinham um preconceito por eu estar na linha de frente. [...] eu tinha todos os cuidados, tinha muita preocupação de levar para minha família e meu filho. [...]. Ana, 29. 
O meu convívio foi muito afetado, pois meus familiares eram do grupo de risco. [...] separei talheres, copos, pratos para preveni-los. [...] não podia sair com meus amigos e nem se encontrar com a minha irmã. [...] várias vezes fazíamos chamada de vídeo. [...]. Maria, 30. 
Na visão de Kang; Lijun e Cols (2020) muitos profissionais atuantes na linha de frente estão isolados de seus familiares para poderdedicar-se a cuidar dos pacientes contaminados pelo novo coronavírus. Diante disto uma das maiores preocupações desses profissionais que estão na linha de combate é o receio de levar o vírus para casa e contaminar familiares e amigos, fazendo com que o contato com os mesmos seja diminuído. 
 O preconceito e a discriminação relacionados aos profissionais de saúde acontecem com bastante frequência, pois, muita das vezes a sociedade acredita que, devido esses profissionais trabalharem na linha de frente e estarem prestando cuidados aos pacientes infectados, podem também estar contaminados pelo vírus e estarem transmitindo a doença (RODRIGUEZ et al., 2020)
Em uma pesquisa realizada por Nebesniak (2020) com profissionais da enfermagem, concluiu que o com surgimento do novo coronavírus os profissionais da saúde enfrentam o medo da contaminação, além das condições de trabalho que não são favoráveis. A pesquisa ainda afirmou que esses profissionais são vítimas de preconceito e discriminação por uma parcela da sociedade.
Gráfico 3: Observação de mudança de comportamento social. 
Fonte: Autoria própria. 2022.
Foi possível analisar no gráfico 04, que na cidade de Mato verde o nível de estresse dos profissionais foi considerado médios e baixos, já na cidade de Monte Azul percebe-se que, os profissionais estiveram mais propensos a eventos estressores. 
Os profissionais de saúde diariamente têm enfrentado condições de trabalho instáveis e correndo diversos riscos por muita das vezes estarem em um ambiente completamente sem segurança e com uma infraestrutura inadequada. Isto pode desenvolver altos níveis de desgaste profissional, adoecimento físico e psicológico e gerando assim uma má qualidade de vida desses profissionais (BEZERRA et al., 2020). 
Para Bezerra et al., (2020) Os altos níveis de estresse podem apresentar uma grande ameaça à saúde mental dos profissionais, desenvolvendo transtornos de ansiedade, depressão, traumas e comportamentos sociais que de alguma maneira possa interferir na jornada de trabalho dos profissionais de saúde. 
Observou-se nos relatos dos profissionais o surgimento de sintomas de estresse, ansiedade e o sentimento de medo que estão associados ao cenário de enfrentamento da covid. 
A carga de trabalho era extensa e exaustiva [...] causava medo, me gerou muito estresse, cansaço físico e emocional [...]. Joana, 23. 
Tivemos momentos de medo e estresse [...] poucos profissionais, fazendo com que o trabalho dobrasse[...] falta de leitos, hospitais da região sem vagas e vendo os colegas se contaminarem [...]. José, 29. 
Um pouco de ansiedade, mas muito medo [...] muito estresse, pois os casos começaram a aumentar, os hospitais ficando sem vagas e os nossos colegas aos poucos se contaminando [...]. Luciana, 36. 
Desenvolvi muito estresse e ansiedade [...] senti meu psicológico muito abalado pois presenciei o primeiro óbito [...]. Helena, 34. 
Os desafios enfrentados pelos profissionais da saúde podem ter intensificado no surgimento de sintomas de ansiedade, depressão e estresse, especificamente naqueles profissionais que trabalham na linha de frente, estando sujeito a um risco maior de contaminação, gerando um sentimento de medo. Neto et al., (2020) descreve que vários fatores interferem na saúde mental dos profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate ao vírus, na qual esses profissionais lidam todos os dias com difíceis situações, como perca de pacientes, falta de material e equipamentos de proteção, contaminação dos colegas, falta de leitos e super lotação dos hospitais, fazendo com que tenha uma sobrecarga no trabalho (BEZERRA et al., 2020). 
Gráfico 4: Nível de estresse e ansiedade dos profissionais entrevistados. 
Fonte: Autoria própria. 2022.
De acordo o gráfico 05, é possível analisar que em ambas as cidades tiveram profissionais contaminados, fazendo com que os mesmos fossem afastados dos seus respectivos postos e assim aumentando a carga de trabalho dos colegas. 
A quantidade de profissionais de saúde adoecidos durante a pandemia tem crescido bastante, essa transmissão é favorecida pelo contato próximo e sem proteção diante de secreções e gotículas salivares de pacientes contaminados. Outros tipos de fluidos corporais como, sangue, vômitos, fezes e urina podem também colocar o profissional em risco de contaminação. De acordo o ministério da saúde, até o mês de junho de 2021, foi registrado mais de 200 mil casos de trabalhadores da saúde acometidos pela Covid-19 e mais de 17 mil óbitos (ROCHA et al., 2021). 
Gráfico 5: Profissionais infectados pela COVID-19 
Fonte: Autoria própria. 2022.
Considerações finais 
	Para os entrevistados houve uma falta de profissionais e sobrecarga de trabalho o que, consequentemente, afeta a saúde mental dos mesmos. Afirmaram que as condições de trabalho eram boas e que sempre tinham consciência dos riscos de estar lidando diretamente com pacientes suspeitos e infectados pela COVID-19. 
	Destacou-se o fornecimento de EPI pelas instituições e as orientações para o uso correto e a importância do mesmo. Fazendo assim, com que os profissionais se sentissem mais protegidos durante o exercício de suas atribuições. 
Os entrevistados relataram sintomas psicogênicos que associam ao cenário de enfretamento a pandemia sendo eles: ansiedade, alteração de humor, estresse e nervosismo devido à sobrecarga física e mental presente no ambiente de trabalho. 
Descreveram que a interação social com familiares e amigos foi de uma forma prejudicada e perceberam comportamentos preconceituosos vindos dos mesmo em função de estarem trabalhando na linha de frente de combate à COVID-19, fazendo assim com que o profissional optasse pelo afastamento dos mesmos com o receio de contaminar os familiares e amigos. 
Conclui-se que os entrevistados possuem percepção que a pandemia afetou sua saúde mental e emocional durante o trabalho e atribuem essa demanda a sobrecarga de trabalho diante de tantos casos, mortes e longos turnos de trabalho. Com isso, é importante que as instituições possam se adequar para dar um apoio a esses profissionais, podendo fornecer suporte psicológico fazendo com que menos profissionais adoeçam. 
Espera-se que o resultado desse estudo possa oferecer a população e autoridades informações precisas e importantes que ajudem na promoção de estratégias de atenção à saúde mental dos profissionais de saúde atuantes na linha de frente da COVID-19. Adotar medidas nas melhorias de condições de trabalho fornecendo assistência e treinamentos adequados, pois estes necessitam de um olhar mais sensível voltado às suas necessidades físicas e mentais. 
Referências
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BARBOSA, Silvânia da Cruz; SOUZA, Sandra; MOREIRA, Jansen Souza. A fadiga por compaixão como ameaça à qualidade de vida profissional em prestadores de serviços hospitalares. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, v. 14, n. 3, p. 315-323, 2014. Acesso em: 13 de Mar. 2022.
BATISTA, Karla de Melo. Stress e Hardiness entre enfermeiros hospitalares. 2011. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. Acesso em: 14 de Mar. 2022.
BRAUN, V.; CLARKE, V. Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology, v. 3, n. 2, p. 77-101. 2006. Acesso em: 06 de jun.2022.
COIMBRA, Marli Aparecida Reis et al. Fadiga por compaixão em profissionais de saúde durante a pandemia da Covid-19: Revisão integrativa. Research, Society and Development, v. 10, n. 7, p. e51610717028-e51610717028, 2021. Acesso em: 15 de Mar.2022.
COSTA, José Roberto Alves da; LIMA, Josefa Vieira de; ALMEIDA, Paulo Cesar de. Stress no trabalho do enfermeiro. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 37, p. 63-71, 2003. Acesso em: 15 de Mar. 2022.
COSTA, Kercia Mirely Vieira et al. Ansiedade em universitários na área da saúde. In: II Congresso Brasileiro de Ciências da Saúde. 2017. p. 14-16.Acesso em: 22 de Mar. 2022.
DA SILVA, Jorge Luiz Lima; DE MELO, Enirtes Caetano Prates. Estresse e implicações para o trabalhador de enfermagem. 2006. Acesso em: 22 de Mar.2022. 
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Apêndice C - Instrumento de Coleta de Dados
Identificaçãodo(a) participante 	 	 	 	 	Data: ___/_____/2022 
 
Nome: ________________________________________________Idade:__________
Endereço:_____________________________________________________________
Profissão: __________________________________ Contato: _________________________
 
Estado Civil: 
( ) Casado(a) 	( ) Solteiro(a) 	( ) Divorciado(a) 	 	( ) Viúvo(a) 
( ) União estável 	( ) Outro: _________________________ 
 
Como você considera as condições de trabalho da instituição?
( ) Ótima ( ) Boa ( )Regular ( )Precária 
A instituição fornece ou forneceu EPIs o suficiente e realizou captações e treinamentos para uso correto do mesmo?
( )Sim ( ) Não ( )Ás vezes 
Observou alguma mudança de comportamento social durante a pandemia?
( )Sim ( ) Não ( )Ás vezes
Qual nível de ansiedade e estresse você desenvolveu?
( )Baixo ( ) Médio ( )Alto 
Você testou positivo para a Covid-19?
( )Sim ( ) Não 
Como sua interação social, no trabalho, com familiares e amigos foi afetada pelo seu trabalho nesta pandemia? 
De que forma o receio de ser infectado interferiu ou alterou sua postura profissional e de cuidado com os pacientes? 
O que você percebe que mudou em seu estado emocional desde o surgimento da pandemia em função de seu trabalho?
Mato verde 	
Ótima 	Boa	Regular 	Precária	7	14	0	0	Monte Azul 	
Ótima 	Boa	Regular 	Precária	5	3	0	0	
Mato verde 	
Sim 	Ás vezes 	Não 	20	1	0	Monte Azul 	
Sim 	Ás vezes 	Não 	8	0	0	
Mato verde 	
Sim 	Ás vezes 	Não 	20	1	0	Monte Azul 	
Sim 	Ás vezes 	Não 	7	1	0	
Mato verde 	
Baixo	Médio	Alto 	8	10	3	Monte Azul 	
Baixo	Médio	Alto 	2	1	5	
Mato verde 	
Sim	Não	13	8	Monte Azul 	
Sim	Não	4	4	
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