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Guia de prática clínica - Ambulatório de Nutrição Materno-Infantil

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS 
FACULDADE DE NUTRIÇÃO 
AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO CLÍNICA MATERNO-INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guia de condutas em 
Nutrição clínica materno-
infantil 
 
 
 
 
 
 
Pelotas, 2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nutricionistas organizadoras: 
Me. Eduarda de Souza Silva 
Profª Drª Sandra Costa Valle 
 
Nutricionistas colaboradoras: 
Profª Drª. Juliana dos Santos Vaz 
Drª. Marina dos Santos 
Drª. Simone Muniz Pacheco 
Me. Maria Verónica Márquez da Costa 
Esp. Me. Betânia Boeira Scheer 
Esp. Me. Giovana Ribeiro Pegoraro 
Esp. Me. Thielen Borba da Costa 
Esp. Eduarda Couto Plácido Nunes 
2022 
 
 
Apresentação 
O Guia de condutas em nutrição clínica materno-infantil foi planejado e 
estruturado para auxiliar profissionais e discentes que atuam no ambulatório de 
Nutrição Pediátrica (Nutriped), da Faculdade Nutrição, da Universidade Federal de 
Pelotas. O ambulatório foi estabelecido em 2010, tendo como objetivos principais 
proporcionar o atendimento nutricional à população materno-infantil loco-regional e a 
vivência de atendimento nutricional, vinculada a um serviço de saúde, no âmbito 
secundário do Sistema Único de Saúde. As autoras deste guia são nutricionistas com 
atuação em ensino, pesquisa e atendimento clínico nutricional à população materno-
infantil. 
Ao longo de 5 capítulos são apresentados métodos para aferição de medidas 
antropométricas, avaliação do estado nutricional, do consumo alimentar, 
recomendações nutricionais a gestantes, crianças e adolescentes em risco habitual e 
alto risco, características e indicações de fórmulas infantis e anexos com materiais 
suplementares para o suporte técnico as condutas Com estes tópicos procurou-se 
sintetizar informações relevantes para o suporte as condutas destinadas à população 
de maior prevalência no referido serviço de saúde. 
 
Autoras. 
 
 
Lista de figuras 
Figura 1. Imagem ilustrativa para orientações sobre a aferição de medidas antropométricas 
na avaliação nutricional de gestantes (Autor, 2022). .................................................................... 14 
Figura 2. Imagem ilustrativa para orientações sobre a aferição de medidas antropométricas 
de crianças e adolescentes (Autor, 2022). ..................................................................................... 14 
Figura 3. Imagem ilustrativa para orientações sobre a aferição e estimativa de medidas 
antropométricas em pacientes com condições especiais (Autor, 2022). ................................... 15 
Figura 4. Imagem ilustrativa para orientação de aferição de medidas de comprimento superior 
de braço (A), comprimento tibial (B) e comprimentos a partir do joelho (C). ............................ 16 
Figura 5 Imagem ilustrativa para orientação da aferição de medida de circunferência da 
cintura. .................................................................................................................................................. 23 
Figura 6. Fluxograma para rastreamento de diabetes mellitus na gestação. .......................... 28 
Figura 7. Organização do cuidado na consulta inicial e gerenciamento de metas terapêuticas, 
como parte da estratégia do plano de cuidados nutricionais para perda de peso por crianças 
e adolescentes. ................................................................................................................................... 47 
Figura 8. Objetivos terapêuticos para manutenção e redução de peso em crianças e 
adolescentes com obesidade. .......................................................................................................... 49 
 
 
file:///C:/Users/eduar/Downloads/Guia%20de%20prática%20clínica%20-%20Ambulatório%20de%20Nutrição%20Materno-Infantil%202022%2008%2003.docx%23_Toc110535207
file:///C:/Users/eduar/Downloads/Guia%20de%20prática%20clínica%20-%20Ambulatório%20de%20Nutrição%20Materno-Infantil%202022%2008%2003.docx%23_Toc110535207
file:///C:/Users/eduar/Downloads/Guia%20de%20prática%20clínica%20-%20Ambulatório%20de%20Nutrição%20Materno-Infantil%202022%2008%2003.docx%23_Toc110535208
file:///C:/Users/eduar/Downloads/Guia%20de%20prática%20clínica%20-%20Ambulatório%20de%20Nutrição%20Materno-Infantil%202022%2008%2003.docx%23_Toc110535208
 
 
Lista de quadros 
Quadro 1. Fórmulas para a estimativa da estatura de crianças e adolescentes entre 2 e 12 
anos, a partir de medidas segmentares .......................................................................................... 16 
Quadro 2. Recomendações de ganho ponderal (GP) total e semanal, de acordo com a 
categoria do IMC pré-gestacional (IOM, 2009). ............................................................................. 18 
Quadro 3. Ganho de peso recomendado para gestantes de fetos múltiplos, de acordo com 
estado nutricional pré-gestacional. .................................................................................................. 18 
Quadro 4. Pontos de corte para classificação de recém-nascido de acordo com peso de 
nascimento para idade gestacional. ................................................................................................ 19 
Quadro 5. Pontos de corte para avaliação de crianças e adolescentes. .................................. 20 
Quadro 6. Ganho de peso (g) e estatura (cm) indicados para crianças entre 0 e 12 meses.21 
Quadro 7. Classificação do estado nutricional de crianças e adolescentes com paralisia 
cerebral, de acordo com a distribuição de percentil para os índices de Peso/Idade, 
Altura/Idade e IMC/Idade. ................................................................................................................. 21 
Quadro 8. Classificação do estado nutricional (Peso/Idade e Estatura/Idade) para crianças e 
adolescentes com Síndrome de Down ........................................................................................... 22 
Quadro 9. Fórmulas para estimativa de estatura alvo de crianças e adolescentes de acordo 
com o sexo dos pacientes e estatura do pai e mãe biológicos. .................................................. 22 
Quadro 10. Avaliação da velocidade de crescimento de crianças e adolescentes. ............... 22 
Quadro 11. Pontos de corte para avaliação da circunferência abdominal de crianças ia partir 
de 5 anos de idade. ............................................................................................................................ 23 
Quadro 12. Exames laboratoriais e pontos de corte para investigação de anemia e deficiência 
de ferro. ................................................................................................................................................ 25 
Quadro 13. Pontos de corte de concentração de hemoglobina e hematócrito. ....................... 25 
Quadro 14. Pontos de corte para avaliação do perfil lipídico de crianças e adolescentes (>2 
anos). .................................................................................................................................................... 26 
Quadro 15. Pontos de corte para avaliação de alterações glicêmicas, intolerância à glicose e 
Diabetes Mellitus. ............................................................................................................................... 26 
Quadro 16. Pontos de corte para avaliação de resistência à insulina. ..................................... 27 
Quadro 17. Pontos de corte para relação glicemia de jejum/insulina basal de jejum. ........... 27 
Quadro 18. Índice HOMA-IR. ........................................................................................................... 27 
Quadro 19. Valores de referência para avaliação de proteínas séricas ................................... 28 
Quadro 20. Proteínas séricas em fase aguda positiva e negativa. ............................................29 
Quadro 21. Valores de referência para avaliação de dosagem sérica de vitaminas e minerais.
 ............................................................................................................................................................... 29 
Quadro 22. RDA (1989) para cálculo de necessidade energética na gestação. ..................... 35 
Quadro 23. Cálculo de necessidade energética para gestação de alto risco. ......................... 35 
Quadro 24. Perda de peso recomendada para nutriz de acordo com o estado nutricional. . 37 
Quadro 25. Estimativa de ganho de peso fetal e necessidades energéticas e proteicas de 
recém-nascidos pré-termos. ............................................................................................................. 38 
Quadro 26. Necessidade energética para crianças entre 0 e 12 meses. ................................. 39 
Quadro 27. Necessidade energética para crianças e adolescentes (1-18 anos). ................... 40 
Quadro 28. Necessidade proteica de crianças e adolescentes. ................................................ 41 
Quadro 29. Recomendações de macronutrientes para crianças e adolescentes entre 0 e 18 
anos. ..................................................................................................................................................... 41 
 
 
Quadro 30. Recomendações de consumo de fibras para crianças e adolescentes até 13 anos.
 ............................................................................................................................................................... 42 
Quadro 31. Cálculo de necessidade hídrica de acordo com as DRIS (2002). ....................... 42 
Quadro 32. Cálculo de necessidade hídrica de acordo com Holliday-Segar (1957). ............. 42 
Quadro 33. Recomendações de micronutrientes para crianças e adolescentes. ................... 43 
Quadro 34. Porções diárias de grupos alimentares recomendadas por faixa etária. ............. 43 
Quadro 35. Estratégias para intervenção em dificuldades alimentares da infância. .............. 44 
Quadro 36. Necessidade energética de crianças e adolescentes com doenças neurológicas 
de acordo com a estatura (cm). ....................................................................................................... 45 
Quadro 37. Necessidade energética de crianças e adolescentes (5-11 anos) com diagnóstico 
de Síndrome de Down. ...................................................................................................................... 45 
Quadro 38. Necessidade energética e proteica para crianças e adolescentes com 
desnutrição. ......................................................................................................................................... 46 
Quadro 39. Necessidades energéticas, proteicas e de líquidos para crianças com desnutrição 
grave em fase de estabilização. ....................................................................................................... 46 
Quadro 40. Necessidades energéticas, proteicas e de líquidos para crianças com desnutrição 
grave em fase de recuperação. ........................................................................................................ 46 
Quadro 41. Cálculo da Taxa Metabólica Basal (FAO). ................................................................ 50 
Quadro 42. Fator atividade de acordo com o nível de atividade física. .................................... 50 
Quadro 43. Avaliação e pontos de corte de Acantose nigricans. .............................................. 51 
Quadro 44. Valores de referência para avaliação da pressão arterial de crianças e 
adolescentes (>1 ano). ...................................................................................................................... 52 
Quadro 45. Critérios para síndrome metabólica de crianças e adolescentes entre 10 e 16 
anos. ..................................................................................................................................................... 52 
Quadro 46. Critérios para síndrome metabólica de adolescentes maiores de 16 anos. ....... 53 
Quadro 47. Diluição e composição de fórmulas infantis para lactentes. .................................. 55 
Quadro 48. Fontes de macronutrientes e prebióticos de fórmulas infantis para lactentes. ... 56 
Quadro 49. Diluição e composição de fórmulas infantis de seguimento para lactentes. ....... 57 
Quadro 50. Fontes de macronutrientes e prebióticos de fórmulas infantis de seguimento para 
lactentes. .............................................................................................................................................. 58 
Quadro 51. Diluição e composição de fórmulas infantis de transição e crescimento............. 59 
Quadro 52. Fontes de macronutrientes e prebióticos de fórmulas infantis de transição e 
crescimento. ........................................................................................................................................ 60 
Quadro 53. Diluição e composição de fórmulas infantis a base de soja .................................. 61 
Quadro 54. Fontes de macronutrientes e prebióticos de fórmulas infantis a base de soja. .. 62 
Quadro 55. Diluição e composição de fórmulas infantis sem lactose. ...................................... 63 
Quadro 56. Fontes de macronutrientes e prebióticos de fórmulas infantis sem lactose. ....... 63 
Quadro 57. Diluição e composição de fórmulas infantis anti-regurgitação. ............................. 64 
Quadro 58. Fontes de macronutrientes e prebióticos de fórmulas infantis anti-regurgitação.
 ............................................................................................................................................................... 64 
Quadro 59. Diluição e composição de fórmulas para recém-nascidos prematuros e/ou de 
baixo peso. .......................................................................................................................................... 65 
Quadro 60. Fontes de macronutrientes e prebióticos de fórmulas infantis para recém-nascidos 
prematuros e/ou de baixo peso. ....................................................................................................... 66 
Quadro 61. Diluição e composição de fórmulas semi-hidrolisadas. .......................................... 67 
Quadro 62. Fontes de macronutrientes e prebióticos de fórmulas semi-hidrolisadas. ........... 67 
 
 
Quadro 63. Diluição e composição de fórmulas extensamente hidrolisadas com lactose e 
ácidos graxos de cadeia longa. ........................................................................................................ 68 
Quadro 64. Fontes de macronutrientes e prebióticos de fórmulas extensamente hidrolisadas 
com lactose e ácidos graxos de cadeia longa. .............................................................................. 68 
Quadro 65. Diluição e composição de fórmulas extensamente hidrolisadas com maltodextrina 
e TCM. .................................................................................................................................................. 69 
Quadro 66. Fontes de macronutrientes e prebióticos de fórmulas extensamente hidrolisadas 
com maltodextrina e TCM. ................................................................................................................ 69 
Quadro 67. Diluição e composição de fórmulas elementares. ................................................... 70 
Quadro 68. Fontes de macronutrientes e prebióticos de fórmulas elementares. .................... 70 
Quadro 69. Diluição e composição da fórmula acidificada. ........................................................ 71 
Quadro 70. Fontes de macronutrientes e prebióticos da fórmula acidificada. ......................... 71 
Quadro 71. Diluição e composição de fórmulas nutricionalmente completas. ........................72 
Quadro 72. Fontes de macronutrientes e prebióticos de fórmulas nutricionalmente completas.
 ............................................................................................................................................................... 73 
Quadro 73. Procedimentos para cálculo de volume de refeição láctea.................................... 74 
 
 
 
Sumario 
1. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 13 
1.1. AFERIÇÃO DE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 14 
1.1.1. Gestantes 14 
1.1.2. Crianças e adolescentes 14 
1.1.3. Crianças e adolescentes sob condições especiais*: medida dos segmentos 
corporais 15 
1.2. CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES 17 
1.2.1. Índice de massa corporal para idade gestacional 17 
1.2.2. Avaliação do ganho de peso gestacional 18 
a) Feto único 18 
b) Gemelar 18 
1.3. CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE RECÉM-NASCIDOS 19 
1.4. CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES 19 
1.4.1. Avaliação do ganho de peso e comprimento de crianças entre 0-12 meses. 20 
1.5. CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL EM CONDIÇÕES ESPECIAIS 21 
1.5.2. Condições neurológicas: Paralisia cerebral 21 
1.5.3. Condições especiais: Síndrome de Down 22 
1.6. AVALIAÇÕES DE CRESCIMENTO LINEAR COMPLEMENTARES 22 
1.7. CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL 23 
2. EXAMES LABORATORIAIS 24 
2.1. ANEMIA E DEFICIÊNCIA DE FERRO 25 
2.1.2. Critérios diagnósticos para anemia 25 
2.2. PERFIL LIPÍDICO DE CRIANÇAS DE ADOLESCENTES (2 A 19 ANOS) 26 
2.3. METABOLISMO GLICÍDICO 26 
2.3.1. Crianças e adolescentes 26 
a) Resistência à insulina 27 
b) Relação Glicemia de jejum/Insulina Basal de jejum (G/I) 27 
c) Índice HOMA-IR 27 
2.3.2. Gestantes 27 
2.4. PROTEÍNAS SÉRICAS 28 
2.4.1. Proteínas séricas em fase aguda 29 
2.5. VITAMINAS, MINERAIS E OLIGOELEMENTOS 29 
3. AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR 31 
3.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR DURANTE CONSULTAS AMBULATORIAIS 32 
3.1.1. Recordatório de hábitos alimentares 32 
3.1.2. Frequência de consumo de itens de grupos alimentares 32 
3.2. AVALIAÇÃO DO CONSUMO ESTIMADO 32 
3.2.1. Energia 32 
3.2.2. Grupos alimentares 33 
4. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 34 
4.1. GESTANTES 35 
4.1.1. Necessidade energética 35 
a) Feto único 35 
b) Gemelar 35 
c) Gestantes de alto risco (DMG, Obesidade, SHEG) 35 
4.1.2. Necessidade proteica 36 
a) Feto único 36 
b) Gemelar 36 
 
 
4.1.3. Aleitamento materno 36 
4.2. NUTRIZ 37 
4.2.1. Necessidade energética. 37 
4.3. PREMATUROS 38 
4.3.1. Necessidade energética e proteica 38 
4.4. CRIANÇAS E ADOLESCENTES 39 
4.4.1. Necessidade energética 39 
a) Crianças de 0 a 1 ano 39 
b) Crianças e adolescentes de 1 a 18 anos 39 
4.4.2. Necessidade proteica 41 
4.4.3. Recomendações de macronutrientes 41 
4.4.4. Recomendações de fibras 42 
4.4.5. Recomendação hídrica 42 
4.4.6. Recomendações de micronutrientes 43 
4.4.7. Porções diárias de grupos alimentares por faixa etária 43 
4.5. ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO PARA PROBLEMAS ALIMENTARES NA INFÂNCIA. 44 
4.6. CONDIÇÕES CLÍNICAS 45 
4.6.1. Doenças neurológicas 45 
4.6.2. Síndrome de Down 45 
4.6.3. Baixo peso 45 
4.6.4. Desnutrição 46 
4.6.5. Desnutrição grave 46 
a) Fase de estabilização (crianças recém-internadas) 46 
b) Fase de recuperação (crescimento rápido) 46 
4.6.6. Obesidade infantil 47 
a) Estabelecendo metas e tarefas 48 
b) Planejando a perda de peso 48 
c) Calculando a necessidade energética 50 
d) Monitoramento de peso, das metas multicomponentes e tarefas 50 
e) Avaliação complementar: Acantose nigricans 51 
f) Avaliação complementar: Hipertensão arterial 51 
g) Avaliação complementar: Síndrome metabólica 52 
5. FÓRMULAS INFANTIS 54 
5.1. FÓRMULA INFANTIL PARA LACTENTES (OU DE PARTIDA) 55 
5.2. FÓRMULA INFANTIL DE SEGUIMENTO PARA LACTENTES 57 
5.3. FÓRMULA INFANTIL DE TRANSIÇÃO* E DE CRESCIMENTO** 59 
5.4. FÓRMULA INFANTIL ESPECIAL 61 
5.4.1. Fórmulas à base de soja 61 
5.4.2. Fórmulas sem lactose 63 
5.4.3. Fórmulas anti-regurgitação 64 
5.4.4. Fórmulas para prematuros 65 
5.4.5. Fórmulas Semi-Elementares 67 
a) Semi-hidrolisadas 67 
b) Extensamente hidrolisadas (com lactose e ácidos graxos de cadeia longa) 68 
c) Extensamente hidrolisadas (com maltodextrina e TCM) 69 
d) Elementares 70 
e) Fórmula acidificada 71 
f) Fórmula nutricionalmente completa 72 
5.5. CÁLCULO DE VOLUME DE REFEIÇÃO LÁCTEA 74 
5.6. CÁLCULO DE FÓRMULAS PARA SECRETARIA DE SAÚDE 74 
ANEXOS 75 
ANEXO A – ESCALA DE DESENVOLVIMENTO PUBERAL DE TANNER 76 
ANEXO B – GRAUS DE FUNÇÃO MOTORA 78 
 
 
ANEXO C – GRÁFICO DE ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DE ACORDO COM IDADE GESTACIONAL 79 
ANEXO D – CURVAS DE CRESCIMENTO PARA RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS. 80 
ANEXO E – CURVAS DE CRESCIMENTO PARA RECÉM-NASCIDOS A TERMO. 88 
ANEXO F – CURVAS DE CRESCIMENTO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 90 
ANEXO G – CURVAS DE CRESCIMENTO PARA PACIENTES COM PARALISIA CEREBRAL 98 
ANEXO H – CURVAS DE CRESCIMENTO PARA PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN 134 
ANEXO I – TABELAS DE PESO E ESTATURA NO PERCENTIL 50 (OMS) 146 
ANEXO J - PERCENTIS PARA AVALIAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL 157 
ANEXO K - MODELO DE RECEITA E LAUDO PARA SOLICITAÇÃO DE FÓRMULA INFANTIL 159 
ANEXO L – DESCRITIVO DE FÓRMULAS INFANTIS 162 
ANEXO M – MODELO DE ORIENTAÇÃO PARA ALIMENTAÇÃO POR SONDA 164 
ANEXO N – DIÁRIO PARA AUTOMONITORAMENTO DE ALIMENTAÇÃO E HÁBITOS DIÁRIOS 165 
ANEXO O – ESCALA DE FOME 166 
ANEXO P – RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS DE REFERÊNCIAS 167 
APÊNDICES 171 
APÊNDICE I – ORIENTAÇÕES PARA CONDUÇÃO DE CONSULTAS AMBULATORIAIS 172 
APÊNDICE II – ORIENTAÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO SOAP 175 
APÊNDICE III – ANAMNESES 176 
a) Anamnese para gestantes 176 
b) Anamnese para crianças e adolescentes 181 
c) Anamnese para crianças e adolescentes com Diabetes Mellitus 183 
d) Anamnese para crianças e adolescentes com doenças neurológicas 186 
e) Anamnese para crianças e adolescentes com Síndrome de Down 189 
f) Anamnese para crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro do Autismo 192 
APÊNDICE IV – FOLHAS DE PRESCRIÇÃO (PLANO E ESQUEMA ALIMENTAR) 194 
a) Folha de prescrição para crianças e adolescentes (exemplo preenchido de plano 
alimentar) 194 
b) Folha de prescrição de plano alimentar por porções de 100 Kcal 197 
c) Folha de prescrição de plano alimentar com cota de 15g de carboidrato 199 
APÊNDICE V – GESTANTES 202 
a) Orientações sobre adoçantes 202 
b) Orientações para ordenha de leite materno 203 
c) Orientações para náuseas e vômitos 205 
d) Orientações para Pirose de Doença do Refluxo Gastroesofágico 206 
APÊNDICE VI – LACTENTES 207 
a) Orientação para fórmula infantil 207 
b) Orientações para crianças não amamentadas 208 
c) Orientações sobre os tipos de papinhas (caseira e industrializada) 209 
APÊNDICE VII – ORIENTAÇÕES PARA CONDIÇÕES CLÍNICAS 210 
a) Orientações para alergia à proteína do leite de vaca 210 
b) Orientações para intolerância à lactose 211 
c) Orientação para anemia ferropriva 212 
d) Orientações para anemia falciforme 214 
e) Orientações para constipação 215 
Orientações nutricionais para o tratamento da constipação 215 
Escala de Bristol para avaliação do funcionamento intestinal 216 
f) Obesidade 218 
Folha para prescrição de metas para crianças e responsáveis 218 
Caderneta para acompanhamento de medidas antropométricas 219 
g) Baixa ingestão hídrica 220 
Folha de atividade para acompanhamento da ingestão hídrica 220 
h) Consumo insuficiente de frutas, vegetais e legumes 221 
 
 
Folha de atividade de acompanhamento do consumo de frutas 221 
Folha de atividade de acompanhamento de consumo de vegetais e legumes 222 
Exemplos sobre como variar as formas de preparo para melhor aceitação de frutas, vegetais e 
legumes 223 
APÊNDICE VIII – ORIENTAÇÕES EM MODELO DE FOLHETO 224 
a) Folheto para orientação de leitura de rótulo dos alimentos 224 
b) Folheto de orientação para incentivo a amamentação 225 
c) Folheto de orientação para ordenha de leite materno 227 
d) Folheto de orientação geral para introdução alimentar 229 
f) Folheto de orientação para introdução alimentar para crianças emuso de fórmula 
infantil 233 
g) Folheto de orientação para introdução alimentar para crianças alimentadas com leite 
de vaca 235 
h) Folheto de orientação para introdução alimentar para crianças vegetarianas 237 
i) Folheto de orientação para alimentação de crianças entre 1 e 2 anos 239 
j) Folheto de orientação para Alergia a Proteína do Leite de Vaca 241 
l) Folheto de orientação para anemia ferropriva 245 
m) Folheto de temperos naturais 247 
APÊNDICE IX – RECEITAS 248 
APÊNDICE X– EXEMPLOS DE SUPLEMENTOS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 254 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 255 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
14 
 
1.1. Aferição de medidas antropométricas 
 
1.1.1. Gestantes 
As medidas antropométricas da gestante devem ser aferidas em todas as 
consultas nutricionais. Detalhes sobre a aferição de medidas antropométricas estão 
apresentados na Figura 1. 
 
Figura 1. Imagem ilustrativa para orientações sobre a aferição de medidas antropométricas na 
avaliação nutricional de gestantes (Autor, 2022). 
*Deve-se considerar que a postura da gestante pode ter alterações após a 20ª semana gestacional. 
 
1.1.2. Crianças e adolescentes 
As medidas antropométricas aferidas nos primeiros anos de vida, infância e 
adolescência se diferem quanto ao tipo de medidas e instrumentos utilizados. A 
Figura 2 apresenta quais medidas devem ser aferidas para crianças (0-9 anos) e 
adolescentes (10-19 anos). 
*Adolescentes (a partir dos 10 anos) devem ser avaliados quanto a maturação sexual de acordo com 
a Escala de Desenvolvimento Puberal Tanner (Anexo A). 
 
Figura 2. Imagem ilustrativa para orientações sobre a aferição de medidas antropométricas de 
crianças e adolescentes (Autor, 2022). 
15 
 
1.1.3. Crianças e adolescentes sob condições especiais*: medida dos 
segmentos corporais 
Crianças e adolescentes impossibilitadas de permanecer em posição 
ortostática necessitam de diferentes métodos para aferição ou estimativa de medidas 
antropométricas. O método a ser empregado deve considerar a condição motora, 
conforme mostra a Figura 3. *(paralisia cerebral ou condições que afetem o tônus 
muscular e a postura). 
 
Figura 3. Imagem ilustrativa para orientações sobre a aferição e estimativa de medidas 
antropométricas em pacientes com condições especiais (Autor, 2022). 
16 
 
Para avaliar a estatura de crianças e adolescentes em condições especiais 
pode-se utilizar as fórmulas apresentadas no Quadro 1, baseadas em medidas 
segmentares de comprimento superior do braço (CSB), comprimento tibial (CT) e 
comprimento a partir do joelho (CJ) (Figura 4). 
Quadro 1. Fórmulas para a estimativa da estatura de crianças e adolescentes entre 
2 e 12 anos, a partir de medidas segmentares 
Medida do segmento Estatura estimada (cm) 
Desvio-
Padrão (cm) 
Comprimento superior do braço (CSB) E = (4,35 x CSB) + 21,8 ± 1,7 
Comprimento Tibial (CT) E = (3,26 x CT) + 30,8 ± 1,4 
Comprimento a partir do joelho (CJ) E = (2,69 x CJ) + 24,2 ± 1,1 
Fonte: Stevenson, 1995 
 
 
Figura 4. Imagem ilustrativa para orientação de aferição de medidas de comprimento superior de braço 
(A), comprimento tibial (B) e comprimentos a partir do joelho (C). 
 
17 
 
1.2. Classificação do estado nutricional de gestantes 
 
1.2.1. Índice de massa corporal para idade gestacional 
A classificação do estado nutricional de gestantes pode ser realizada de acordo 
com o índice de massa corporal para idade gestacional (Tabela 1) (Anexo C). 
 
Tabela 1. Classificação do estudo nutricional de gestantes de acordo com o índice de 
massa corporal para semana gestacional (6-42 semanas). 
 
18 
 
1.2.2. Avaliação do ganho de peso gestacional 
A avaliação nutricional da gestante inclui o acompanhamento do ganho de peso 
gestacional de acordo com o índice de massa corporal pré-gestacional. 
 
a) Feto único 
Quadro 2. Recomendações de ganho ponderal (GP) total e semanal, de acordo com 
a categoria do IMC pré-gestacional (IOM, 2009). 
IMC pré-gestacional 
(Kg/m2) 
Faixa de GP 
total (kg) 
 
GP no 1º 
trimestre 
(kg) 
Faixa GP semanal no 
2º e 3º trimestres 
(SEMANAL) 
GP mínimo a 
partir do 2º 
trimestre 
(kg/mês) 
Baixo Peso: < 18,5 12,5-18,0 2,0 0,44-0,58 (0,51) 1,0 
Adequado: 18,5-24,9 11,5-16,0 1,5 0,35-0,50 (0,42) 1,0 
Sobrepeso: 25,0-29,9 7,0-11,5 1,0 0,23-0,33(0,28) 0,5 
Obesidade: ≥30 5-9 0,5 0,17-0,27 (0,22) 0,5 
GP= ganho de peso 
 
b) Gemelar 
Quadro 3. Ganho de peso recomendado para gestantes de fetos múltiplos, de acordo 
com estado nutricional pré-gestacional. 
Estado 
Nutricional 
0 a 20 semanas 20 a 28 semanas > 28 a 38 semanas 
Baixo Peso (BP) 11,3 – 15,8 16,7 – 22,0 22,5 – 27,9 
Adequado (A) 9,0 – 13,5 13,5 – 19,8 18,0 – 24,3 
Sobrepeso (S) 9,0 – 11,3 12,6 – 16,7 17,1 – 21,2 
Obesidade (O) 6,75 – 9,0 9,5 – 13,5 13,0 – 17,1 
Fonte: Luke et al., 2003 
 
19 
 
1.3. Classificação do estado nutricional de recém-nascidos 
Os recém-nascidos a termo podem ser classificados de acordo com as curvas 
que consideram o peso, comprimento e o perímetro cefálico de nascimento segundo 
a idade gestacional ao nascer (Anexos D e E) (Quadro 4). 
Quadro 4. Pontos de corte para classificação de recém-nascido de acordo com peso 
de nascimento para idade gestacional. 
Percentil Classificação 
< P10 Pequeno para idade gestacional - PIG 
P10 a P90 Adequado para idade gestacional - AIG 
> P90 Grande para idade gestacional - GIG 
Fonte: SBP, 2021 
1.4. Classificação do estado nutricional de crianças e adolescentes 
Para avaliação nutricional antropométrica de crianças e adolescentes devem 
ser utilizadas as curvas da Organização Mundial da Saúde (Anexo F) e aplicar os 
pontos de corte apresentados no Quadro 5. 
Embora o ponto de corte para detecção de baixa estatura ou baixo peso para 
a idade adotado pelo Ministério da Saúde seja inferior ao percentil 3, crianças 
classificadas entre os percentis 3 e 15 requerem atenção especial do profissional de 
saúde e dos próprios cuidadores. Deve-se dar atenção à evolução do crescimento da 
criança, levando-se em consideração o traçado na curva de crescimento no gráfico. 
Se este for descendente ao longo dos atendimentos, trata-se de um sinal de alerta. 
Logo, o intervalo entre os percentis 3 e 15 é considerado uma faixa importante de 
vigilância de baixo peso. Contudo, não se adota mais a classificação de risco 
nutricional como anteriormente. 
20 
 
Quadro 5. Pontos de corte para avaliação de crianças e adolescentes. 
Indicador Faixa etária (anos) Valores críticos 
(Escore-z) 
Diagnóstico nutricional 
Peso/Idade 
0 a 5 
5 a 10 
Abaixo de - 3 p Peso muito baixo 
Entre - 3 e - 2 Peso baixo 
Entre - 2 e + 2 Peso adequado 
Acima de + 2 dp Peso elevado** 
Estatura/Idade 
0 a 5 
5 a 10 
10 a 19 
Abaixo de - 3 Estatura muito baixa 
Entre - 3 e - 2 Estatura baixa 
Acima de -2 Estatura adequada 
Peso/Estatura* 
 
0 a 5 
Abaixo de - 3 dp Magreza acentuada 
Entre - 3 e - 2 Magreza 
 Entre - 2 e + 1 Eutrofia 
Entre + 1 e + 2 Risco de sobrepeso 
Entre + 2 e + 3 Sobrepeso 
Acima de + 3 Obesidade 
IMC/Idade 
5 a 10 
10 a 19 
Abaixo de - 3 Magreza acentuada 
Entre - 3 e - 2 Magreza 
Entre -2 e +1 Eutrofia 
Entre +1 e + 2 Sobrepeso 
Entre +2 e +3 Obesidade 
Acima de +3 Obesidade grave 
Fonte: WHO, 2006; 2007. 
*Para avaliação de sobrepeso em crianças menores de 5 anos indica-se o uso do índice de P/E. 
 
1.4.1. Avaliação do ganho de peso e comprimento de crianças entre 0-
12 meses. 
O Quadro 6 apresenta o ganho médio de peso e comprimento para crianças 
do nascimento aos 12 meses de idade. Nessa fase, os principais fatores implicados 
no crescimento da criança são os nutricionais e ambientais, tendo menor atuação os 
fatores genéticos e o hormônio de crescimento. 
A avaliação de incremento de peso (gramas/dia) no primeiro ano de vida, 
especialmente nos primeiros meses de vida, é importante não apenas para a 
avaliação nutricional,como para o estabelecimento de condutas em relação à 
alimentação. Por esse motivo a importância do acompanhamento do indicador P/I ao 
longo do tempo, levando em consideração para a interpretação dos resultados o 
traçado da curva, se ascendente, horizontal ou descendente. 
21 
 
Quadro 6. Ganho de peso (g) e estatura (cm) indicados para crianças entre 0 e 12 
meses. 
Trimestre 
Ganho de peso (g) Comprimento (cm) 
Mês Dia 
Primeiro 700 25 a 30 
15 
Segundo 600 20 
Terceiro 500 15 
10 
Quarto 300 10 
Fonte: SBP, 2021. 
 
1.5. Classificação do estado nutricional em condições especiais 
1.5.2. Condições neurológicas: Paralisia cerebral 
A classificação do estado nutricional de pacientes com condições neurológicas, 
a exemplo da paralisia cerebral, deve ser realizada de acordo com curvas de 
crescimento específicas (Anexo G) e considerando o grau de função motora (Anexo 
B). Os pontos de corte para avaliar o estado nutricional de pacientes com paralisia 
cerebral estão apresentados no Quadro 7. 
Quadro 7. Classificação do estado nutricional de crianças e adolescentes com 
paralisia cerebral, de acordo com a distribuição de percentil para os índices de 
Peso/Idade, Altura/Idade e IMC/Idade. 
Percentil Classificação 
< P10 Desnutrido 
P10 a P50 Eutrófico 
> P50 Sobrepeso 
Fonte: Brooks et al., 2011. 
22 
 
1.5.3. Condições especiais: Síndrome de Down 
A avaliação antropométrica de pacientes com Síndrome de Down deve ser 
realizada de acordo com curvas específicas (Anexo H) e considerar os pontos de 
corte apresentados no quadro abaixo (Quadro 8). 
Quadro 8. Classificação do estado nutricional (Peso/Idade e Estatura/Idade) para 
crianças e adolescentes com Síndrome de Down 
Valores de corte 
Percentis 
Diagnóstico 
Peso para idade Altura para idade 
10 a 90 Peso adequado para idade Altura adequada para idade 
 < 10 Baixo peso para idade Baixa estatura para idade 
 > 90 Acima do peso para idade - 
Fonte: Zemel et al., 2015. 
1.6. Avaliações de crescimento linear complementares 
Como avaliações complementares de crescimento linear (estatura), pode-se 
aplicar fórmulas para estimativa de estatura alvo, considerando a estatura do pai e 
mãe biológicos (Quadro 9). 
Quadro 9. Fórmulas para estimativa de estatura alvo de crianças e adolescentes de 
acordo com o sexo dos pacientes e estatura do pai e mãe biológicos. 
Sexo Fórmulas 
Menino (cm) (Altura da mãe + 13) + Altura do pai/2 
Meninas (cm) (Altura do pai – 13) + Altura da mãe/2 
Fonte: SBP, 2021; Tanner et al., 1986. 
A partir dos 2 anos de vida, a velocidade de crescimento é praticamente 
constante até a puberdade, quando a velocidade de crescimento torna a aumentar. 
Nessa fase, os fatores genéticos e hormonais (hormônio de crescimento) têm maior 
relevância. O Quadro 10 apresenta a estimativa de velocidade de crescimento (cm) 
ao ano. 
Quadro 10. Avaliação da velocidade de crescimento de crianças e adolescentes. 
Faixa Etária Crescimento (cm/ano) 
>12 a 24 meses 15 
> 24 meses 5-7 
> 11 anos para meninas 9 
> 13 anos para meninos 10 
VC (cm/ano) = Δ altura/ Δ tempo (anos) entre as duas últimas medidas 
Fonte: Zeferino et al., 2003. 
23 
 
1.7. Circunferência abdominal 
A avaliação da medida de circunferência abdominal avalia de maneira indireta 
a adiposidade central em crianças e adolescentes. A medida pode ser tomada 
utilizando o ponto médio entre a última costela fixa e a crista ilíaca superior (cintura 
natural), aproximadamente dois dedos acima da cicatriz umbilical (Figura 5). Os 
pontos de corte estão apresentados no Quadro 11. 
Quadro 11. Pontos de corte para avaliação da circunferência abdominal de crianças 
ia partir de 5 anos de idade. 
Idade 
(anos) 
Brancos Negros 
Meninos Meninas Meninos Meninas 
Percentil Percentil Percentil Percentil 
n 50 90 n 50 90 n 50 90 n 50 90 
5 28 52 59 34 51 57 36 52 56 34 52 56 
6 44 54 61 60 53 60 42 54 60 52 53 59 
7 54 55 61 55 54 64 53 56 61 52 56 67 
8 95 59 75 75 58 73 54 58 67 54 58 65 
9 53 62 77 84 60 73 53 60 74 56 61 78 
10 72 64 88 67 63 75 53 64 79 49 62 79 
11 97 68 90 95 66 83 58 64 79 67 67 87 
12 102 70 89 89 67 83 60 68 87 73 67 84 
13 82 77 95 78 69 94 49 68 87 64 67 81 
14 88 73 99 54 69 96 62 72 85 51 68 92 
15 58 73 99 58 69 88 44 72 81 54 72 85 
16 41 77 97 58 68 93 41 75 91 34 75 90 
17 22 79 90 42 66 86 31 78 101 35 71 105 
Fonte: Freedman et al., 1999 
 
 
Figura 5 Imagem ilustrativa para orientação da aferição de medida de circunferência da cintura. 
Fonte: SBP, 2021. 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. EXAMES LABORATORIAIS 
25 
 
2.1. Anemia e deficiência de ferro 
Casos clínicos de anemia ou deficiência de ferro podem ser observados pelos 
exames laboratoriais apresentados no quadro abaixo (Quadro 12). 
Quadro 12. Exames laboratoriais e pontos de corte para investigação de anemia e 
deficiência de ferro. 
Exames laboratoriais Valores Descrição 
Hemoglobina (g/dL) <11,0 Indicativo de anemia 
Hematócrito (%) <33 Indicativo de anemia 
Volume corpuscular médio(fL) <75 Indicativo de anemia microcítica 
Índice de saturação de transferrina 
(%) 
<12 Depleção do ferro funcional 
Capacidade de ligação de ferro 
total (mcg/dL) 
<200 
Indicativo da presença de doença 
infecciosa e/ou inflamatória 
Ferritina (ng/ml) <12 Depleção dos estoques de ferro 
Receptor de transferrina (nmol/L) <28 Depleção de ferro funcional 
Fonte: Samour, 2005. 
 
2.1.2. Critérios diagnósticos para anemia 
 Os pontos de corte para os exames laboratoriais de concentração de 
hemoglobina e hematócrito, de acordo com sexo e faixa etária são apresentados no 
Quadro 13. 
Quadro 13. Pontos de corte de concentração de hemoglobina e hematócrito. 
Idade (anos) Concentração de hemoglobina (<g/dl) Hematócrito (<%) 
1- <2 11,0 32,9 
2-<5 11,1 33,0 
5-<8 11,5 34,5 
8-<12 11,9 35,4 
Sexo masculino 
12-<15 12,5 37,3 
15-<1 13,3 39,7 
≥18 13,5 39,9 
Sexo feminino 
 12-<15 11,8 35,7 
15-<18 12,0 35,9 
≥18 12,0 35,7 
Fonte: SBP, 2021. 
 
26 
 
2.2. Perfil lipídico de crianças de adolescentes (2 a 19 anos) 
Os exames laboratoriais para avaliação do perfil lipídico de crianças a partir dos 
2 anos de idade e adolescentes estão apresentados no Quadro 14. 
Quadro 14. Pontos de corte para avaliação do perfil lipídico de crianças e 
adolescentes (>2 anos). 
Lipoproteínas (mg/dl) Desejáveis Limítrofes Aumentados 
Colesterol total <150 150-169 >170 
LDL-C <100 100-129 ≥130 
HDL-C ≥ 45 
Triglicerídeos <100 100-129 ≥130 
Fonte: SBC, 2005. 
 
 
2.3. Metabolismo glicídico 
 
2.3.1. Crianças e adolescentes 
O metabolismo glicídico de crianças e adolescentes pode ser avaliado de 
acordo com exames de glicemia em jejum e teste de tolerância oral à glicose. Os 
pontos de corte para avaliação do metabolismo glicídico em crianças e adolescentes 
são apresentados no Quadro 15. 
Quadro 15. Pontos de corte para avaliação de alterações glicêmicas, intolerância à 
glicose e Diabetes Mellitus. 
Exame 
Valores de 
referência 
Interpretação 
Glicemia de Jejum 
(mínimo de 8h e máximo 
de 12h em jejum) 
< 100 mg/dL Adequado 
100-126 mg/dL 
Alterada (ampliar investigação 
com TTOG) 
≥ 126 Diabete mellitus 
Teste de tolerância oral à 
glicose (TTOG) (2h após 
ingestão de 75g de 
glicose) 
< 140 Adequado 
≥ 140 a < 200 Diminuída – Intolerância à glicose 
≥ 200 Diabete mellitus 
Glicemia casual ≥ 200 mg/dL Diabete mellitus 
Fonte: ADA, 2021. SBP, 2021. 
 
27 
 
a) Resistência à insulina 
O Quadro 16 apresenta os pontos de corte para avaliação de exames 
referentes a avaliação de resistência à insulina. 
Quadro 16. Pontos de corte para avaliação de resistência à insulina. 
Exame laboratorial Pontos de corte 
Insulina basal em jejum Acima de 15 microU/ml 
Teste de tolerância a glicose: 
Pico de insulina > 150 microU/ml 
Insulina > 75 microU/ml aos 120 minutos 
 
b) Relação Glicemia de jejum/Insulina Basal de jejum (G/I) 
A relação glicemiade jejum/insulina basal de jejum é realizada para avaliar a 
resistência à insulina. O quadro abaixo apresenta os pontos de corte que devem ser 
aplicados ao resultado (Quadro 17). 
Quadro 17. Pontos de corte para relação glicemia de jejum/insulina basal de jejum. 
Pontos de corte G/I 
> 8: normal 
4 a 7: sugestiva resistência insulínica 
< 4: resistência insulínica 
 
c) Índice HOMA-IR 
O Índice HOMA-IR é utilizado para avaliação de resistência à insulina. O 
Quadro 18 apresenta a fórmula que deve ser aplicada e o valor de referência. 
Quadro 18. Índice HOMA-IR. 
HOMA-IR 
Valor de 
referência 
Insulina plasmática em jejum (uU/ml) x glicose plasmática em jejum (mmo/l) 
22,5 
 
< 2,5 
Fonte: Andrade et al., 2015 
2.3.2. Gestantes 
A maior parte das entidades oficiais (American Diabetes Association [ADA], 
OMS e Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia [FIGO]) endossou as 
recomendações da International Association of the Diabetes and Pregnancy Study 
Groups (IADPSG), descritas a seguir: 
28 
 
➢ Deve ser realizada a medida da glicemia de jejum na primeira consulta pré-natal, 
com o objetivo principal de identificar mulheres com DM preexistente e ainda não 
detectado – denominado DM na gestação e manejado como DM preexistente, e 
não como DMG (Figura 6). 
 
➢ Aplicação universal do TOTG 75 g-2 horas entre 24 e 28 semanas de gestação, 
para detectar o DMG. 
 
Figura 6. Fluxograma para rastreamento de diabetes mellitus na gestação. 
TOTG= teste oral de tolerância à glicose. 
 
2.4. Proteínas séricas 
O Quadro 19 apresenta os valores de referência para avaliação laboratorial 
de proteínas sérias de crianças e adolescentes. 
Quadro 19. Valores de referência para avaliação de proteínas séricas 
Exame Meia-vida Valores normais Considerações 
Albumina 18-20 dias 
Pré termo: 2,5-4,5 g/dL 
 
1-3 meses: 3,0-4,2 g/dL 
 
3-12 meses: 
 
2,7-5,0 g/dL 
 
> 1 ano:3,2-5,0 g/dL 
↓Resposta na fase aguda (infecção, 
inflamação, trauma) 
↓Disfunção hepática, renal, 
enteropatia perdedora de proteína 
Alterada pela hidratação 
Pré-albumina 2-3 dias 20-50 mg/dL 
↓Disfunção hepática, fibrose cística, 
hipertireoidismo, infecção e trauma 
Transferrina 8-9 dias 180-260 mg/dL 
↓Inflamação, disfunção hepática 
↑Deficiência de ferro 
Alterada pela hidratação 
Proteína 
transportadora 
de retinol 
12 horas 30-40 ug/ml 
↓Disfunção hepática, deficiência de 
zinco, vitamina A, infecção 
↑Doença renal 
Fonte: Koletzko, 2008. 
29 
 
2.4.1. Proteínas séricas em fase aguda 
O quadro abaixo apresenta quais as proteínas séricas que se elevam e 
reduzem durante fase aguda (Quadro 20). 
Quadro 20. Proteínas séricas em fase aguda positiva e negativa. 
Proteínas que AUMENTAM 
(FASE AGUDA POSITIVA) 
Proteínas que DIMINUEM 
(FASE AGUDA QUE NEGATIVA) 
Proteína C reativa Albumina 
Α 1-antitripsina Pré-albumina 
Complemento C3 Proteína transportadora de retinol 
Ferritina Transferrina 
Fibrinogênio Globulina ligada à tiroxina 
Fonte: Slaughter et al, 1988. 
 
2.5. Vitaminas, minerais e oligoelementos 
Os valores de referência para avaliação sérica de vitaminas e minerais estão 
apresentados no quadro abaixo (Quadro 21). 
Quadro 21. Valores de referência para avaliação de dosagem sérica de vitaminas e 
minerais. 
Exame Valores normais Considerações 
Retinol Plasmático >1,05 umol/L ↓Disfunção hepática e deficiência 
de zinco 
Zinco Plasmático >70 ug/dL ↓Hipoalbuminemia 
Vitamina E sérica <11 anos: 7-35 umol/L 
>11 anos: 14-42 
umol/L 
Influenciada pelo perfil lipídico 
(realizar ajuste de vitamina E: 
colesterol+ triglicérides) 
Vitamina D 
(25-OH 
plasmático) 
Verão: 15-80 ug/dL 
Inverno: 14-42 ug/dL 
↓Utilização de medicamentos 
anticonvulsivantes 
Vitamina C 
plasmática 
22,7- 85,2 umol/L 
Vitamina B12 147-616 pmol/L ↓Utilização de fenitoína, inibidores 
de bomba de prótons, neomicina e 
na deficiência de folato 
Vitamina B6 
(Piridoxina no 
plasma) 
14,672,8 nmol/L ↓Utilização de isoniazida 
30 
 
Folato sérico Neonatos: 11-147 
nmol/L 
Lactentes: 34-125 
nmol/L 
2-16 anos: 11-48 
nmol/L 
>16 anos: 7-45 nmol/L 
Metotrexato, fenitoína e 
sulfassalazina antagonizam a 
utilização do folato 
Cálcio total 8,0-10,5 mg/dL Não reflete de forma direta os 
estoques corporais e está ↓ na 
hipoalbuminemia 
Cálcio ionizável 1,20-1,37 mmol/L Biologicamente ativo nem sempre 
se relaciona com o cálcio total. A 
sua determinação direta é muito 
mais rigorosa e reflete com 
segurança o cálcio livre. Neste 
método, ele não sofre interferência 
do pH, proteinemia ou 
temperatura ambiente 
Fósforo 4,0-7,0 mg/dL Sofre queda importante na 
“síndrome de realimentação”, que 
pode acontecer em crianças com 
desnutrição no início da terapia 
nutricional 
Magnésio sérico 1,8-2,5 mg/dL ↓ Na presença de 
hipoalbuminemia 
Fosfatase alcalina 250-950 U/L Marcador do metabolismo de 
cálcio 
Fonte: Koletzko, 2008. 
 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. AVALIAÇÃO DO CONSUMO 
ALIMENTAR 
32 
 
3.1 Métodos de avaliação do consumo alimentar durante consultas 
ambulatoriais 
 
3.1.1. Recordatório de hábitos alimentares 
Na primeira consulta nutricional e em retornos com intervalo superior a 1 mês, 
deve-se sempre aplicar um recordatório de hábitos alimentares para avaliação o 
consumo alimentar dos pacientes. Para este recordatório deve-se questionar sobre a 
alimentação habitual do paciente, ou seja, os alimentos e quantidades que costuma 
consumir em um dia típico. Ainda, deve-se questionar quanto aos horários e locais 
onde as refeições são realizadas. 
No caso da coleta de recordatórios para as crianças, deve-se questionar a 
alimentação no ambiente escolar, questionando se o paciente leva merenda de casa 
ou consome os alimentos ofertados na escola. 
 
3.1.2. Frequência de consumo de itens de grupos alimentares 
Durante as consultas, em especial consultas de retorno, pode-se investigar a 
frequência de consumo de determinados itens alimentares e grupos marcadores do 
consumo alimentar saudável e não saudável. 
Exemplo: 
- Consumo semanal de frutas, legumes/verduras, leites e derivados, carnes e 
ovos, feijão, cereais. 
- Consumo semanal de doces, frituras, industrializados, lanches, embutidos. 
 
3.2. Avaliação do consumo estimado 
 
3.2.1. Energia 
A avaliação de energia deve considerar a ingestão de energia estimada com 
base no consumo habitual, avaliando conforme a necessidade energética 
recomendada (Quadros 22-26; 35-39). O diagnóstico deve considerar o ponto de 
corte abaixo: Insuficiente <85%; Adequada 85-99,9% ou Excessiva >100% 
Quando observado sub ou suprarelato, deve-se considerar na avaliação de 
adequação. 
33 
 
3.2.2. Grupos alimentares 
A avaliação do consumo de grupos alimentares deve considerar a diária 
estimada com base no consumo habitual, avaliando conforme as recomendações para 
faixa etária (Quadro 33). O diagnóstico deve considerar o ponto de corte abaixo: 
Insuficiente: abaixo das porções recomendadas 
Adequado: compatível com as porções recomendadas 
Excessiva: acima das porções recomendadas 
 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
35 
 
4.1. Gestantes 
4.1.1. Necessidade energética 
A necessidade energética de gestantes de risco habitual varia de acordo com 
o tipo de gestação (feto único ou múltiplo), faixa etária, idade gestacional e nível de 
atividade física. Estão disponíveis vários métodos para o cálculo do VET (IOM, 2002; 
FAO/WHO/ONU, 2004). Em nosso ambulatório sugere-se o uso do método prático 
calculado segundo a RDA 1989, conforme apresentado abaixo (Quadro 22). 
Quadro 22. RDA (1989) para cálculo de necessidade energética na gestação. 
RDA, 1989 (kcal/*kg/dia) 
Faixa etária kcal/kg /dia 
11 – 14 47 
15 – 18 40 
19 – 24 38 
25 – 50 36 
Adicional gestação de feto único para o segundo e terceiro trimestre +300 Kcal 
 Adicional gestação múltipla a partir do 2º trimestre+450 Kcal 
*Peso pré-gestacional ideal ou ajustado. 
a) Feto único 
VET= Peso pré-gestacional ideal ou aceitável x Kcal (RDA, 1989) + 300 kcal* 
*A partir da 13ª semana da gestação 
 
b) Gemelar 
VET= Peso pré-gestacional ideal ou aceitável x Kcal (RDA, 1989) + 450 kcal* 
*A partir do 2ª trimestre da gestação 
 
c) Gestantes de alto risco (DMG, Obesidade, SHEG) 
Para gestantes de alto risco, a exemplo de diabetes mellitus, obesidade e 
síndrome hipertensiva gestacional, sugere-se o cálculo apresentado no Quadro 23. 
Quadro 23. Cálculo de necessidade energética para gestação de alto risco. 
VET: Peso gestacional ideal* x kcal 
Estado Nutricional na gravidez kcal/kg/dia 
Baixo peso 36-40 
Adequado 30-35 
Sobrepeso 25-30 
Obesidade 25 
* IMC ideal para idade gestacional x altura² (segundo curva de Atalah). 
36 
 
4.1.2. Necessidade proteica 
Assim como para necessidade energética, a necessidade proteica varia de 
acordo com o tipo de gestação (feto único ou múltiplo) e a idade da gestante. 
 
a) Feto único 
Adulta 
 1,0 g/kg ideal ou aceitável pré-gestacional + 25g/dia, desde o início da gestação, 
equivalente a 71g/dia 
Adolescente 
<15 anos:1,7 g/kg de peso ideal para a idade gestacional 
>15 anos: 1,5 g de peso ideal para a idade gestacional 
 
b) Gemelar 
1,0 g/kg PPG + 12 a 16g/dia/feto desde o início da gestação 
*Luke et al. Sugere acréscimo de 50g/dia a partir da 20ª semana 
 
4.1.3. Aleitamento materno 
Durante as consultas de acompanhamento nutricional do pré-natal a gestante 
deve receber orientações acerca do aleitamento materno como forma de incentivo à 
amamentação exclusiva até os 6 meses de idade (Apêndices V.b e VIII.b e c). 
 
37 
 
4.2. Nutriz 
4.2.1. Necessidade energética. 
As recomendações nutricionais da nutriz foram determinadas pelas DRIs, 
estimando que o organismo materno consuma 900 kcal para produção de um litro de 
leite, e que uma nutriz produza cerca de 780 mL de leite por dia. Para que o organismo 
materno dê suporte à produção do leite, estimou-se um adicional de energia de 500 
kcal. O que a nutriz mais necessita são proteínas, vitaminas e minerais. Se a nutriz 
estiver com excesso de peso e desejar perdê-lo durante a lactação, não é necessário 
prescrever os adicionais de lactação ao cálculo do VCT. O Quadro 24 apresenta a 
perda de peso recomendada para nutriz de acordo com o estado nutricional (IMC). 
Quadro 24. Perda de peso recomendada para nutriz de acordo com o estado 
nutricional. 
Índice de Massa 
Corporal (IMC) 
Meta 
Perda de peso 
recomendada 
< 18,5 Kg/m² 
(Baixo peso) 
Alcançar o IMC eutrófico - 
≥18,5 e < 25 Kg/m² 
(Eutrofia) 
Manutenção de peso dentro da 
faixa de eutrofia 
0,8 Kg/mês 
≥25 e < 30 Kg/m² 
(Sobrepeso) Perda de peso até atingir IMC 
dentro da faixa de eutrofia 
0,5 - 1 Kg/mês 
≥30 Kg/m² 
(Obesidade) 
0,5 - 2 Kg/mês 
Accioly, Saunders e Lacerda (2009, p.233). 
 
38 
 
4.3. Prematuros 
4.3.1. Necessidade energética e proteica 
O Quadro 25 apresenta a estimativa de ganho de peso fetal, a necessidade 
energética e a necessidade proteica de recém-nascidos pré-termo. 
Quadro 25. Estimativa de ganho de peso fetal e necessidades energéticas e proteicas 
de recém-nascidos pré-termos. 
 500- 700 700-900 900-1200 1200- 1500 1500-1800 
Ganho de peso 
fetal 
 
g/dia 13 16 20 24 26 
g/kg/dia 21 20 19 18 16 
Necessidades 
energéticas 
 
Gasto em 
repouso 
45 45 50 50 50 
Gasto Diversos 15 15 15 20 20 
Crescimento 29 32 36 38 39 
Necessidade 
parenteral 
89 92 101 108 109 
Necessidade 
Enteral 
105 108 119 127 128 
Necessidades 
proteicas (g) 
 
Perdas 
Inevitáveis 
1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 
Crescimento 2,5 2,5 2,5 2,4 2,2 
Necessidade 
Parenteral 
3,5 3,5 3,5 3,4 3,2 
Necessidade 
Enteral 
4,0 4,0 4,0 3,9 3,6 
Fonte: Ministério da Saúde, 2011. 
 
 
39 
 
4.4. Crianças e adolescentes 
 
4.4.1. Necessidade energética 
 
a) Crianças de 0 a 1 ano 
Para estimar a necessidade energética de crianças entre 0 e 1 ano deve-se 
considerar o gênero (feminino, masculino), a idade (meses) e se a criança é 
amamentada, conforme apresentado no Quadro 26. 
Quadro 26. Necessidade energética para crianças entre 0 e 12 meses. 
Idade 
(meses) 
P50 Amamentadas Não Amamentadas 
Masc Fem Meninos Meninas Meninos Meninas 
0 - 1 106 99 122 117 
1 - 2 4,5 4,2 98 95 110 108 
2 - 3 5,6 5,1 91 90 100 101 
3 - 4 6,4 5,8 79 80 86 89 
4 - 5 7,0 6,4 79 79 85 87 
5 - 6 7,5 6,9 78 79 83 85 
6 - 7 7,9 7,3 76 76 81 81 
7 - 8 8,3 7,6 77 76 81 81 
8 - 9 8,6 7,9 77 76 81 81 
9 - 10 8,9 8,2 79 77 82 81 
10 - 11 9,2 8,5 79 77 82 81 
11 - 12 9,4 8,7 79 77 82 81 
12 9,6 8,9 79 77 82 
 
b) Crianças e adolescentes de 1 a 18 anos 
A estimativa de necessidade energética para crianças acima de 1 ano e 
adolescentes considera o gênero (feminino, masculino), a idade (anos) e o nível de 
atividade física (Quadro 27). 
 
40 
 
Quadro 27. Necessidade energética para crianças e adolescentes (1-18 anos). 
Idade 
(anos) 
Recomendações de Energia de acordo com o tipo de atividade 
física (Kcal/kg/dia) 
 Meninos Meninas 
 Leve Moderada Intensa Leve Moderada Intensa 
1 a 2 82,2 80,1 
2 a 3 83,6 80,6 
3 a 4 79,7 76,5 
4 a 5 76,8 73,9 
5 a 6 74,5 71,5 
6 a 7 62 72,5 84 59 69,3 80 
7 a 8 60 70,5 81 57 66,7 77 
8 a 9 59 68,5 79 54 63,8 73 
9 a 10 56 66,6 76 52 60,8 70 
10 a 11 55 64,6 74 49 57,8 66 
11 a 12 53 62,4 72 47 54,8 63 
12 a 13 51 60,2 69 44 52 60 
13 a 14 49 57,9 66 42 49,3 57 
14 a 15 48 55,6 65 40 47 54 
15 a 16 45 53,4 62 39 45,3 52 
16 a 17 44 51,6 59 38 44,4 51 
17 a 18 42 50,3 57 37 44,1 51 
Fonte: FAO/OMS 2004. 
 
Nível de atividade física 
Leve – Atividades escolares ou sedentárias (lazer, com pouco esforço físico). 
Ausência de atividade física regular. 
 
Moderada – Atividades frequentes com esforço mínimo de uma caminhada. 
Atividades que proporcionam aceleração do ritmo cardíaco e respiratório. 
 
Intensa – Atividades que demandam energia, tarefas com elevado desempenho por 
longos períodos ou atividade física com elevado nível de esforço físico. 
 
41 
 
4.4.2. Necessidade proteica 
O Quadro 28 apresenta a necessidade proteica de crianças e adolescentes. 
Quadro 28. Necessidade proteica de crianças e adolescentes. 
Idade Proteína (g/kg/dia) 
Baixo peso ao nascer 3-1 
0 – 6 meses 1,52 
7 – 12 meses 1,2 
1 – 3 anos 1,05 
4 – 8 anos 0,95 
9 – 13 anos 0,95 
14 – 18 anos 0,85 
Fonte: FAO-WHO e IDTEN,2011 
 
4.4.3. Recomendações de macronutrientes 
As recomendações de macronutrientes para crianças e adolescentes de 0 a 18 
anos estão apresentadas nos Quadro 29. 
Quadro 29. Recomendações de macronutrientes para crianças e adolescentes entre 
0 e 18 anos. 
Faixa etária 
Macronutrientes 
Carboidratos Gorduras Proteínas 
g/dia (% VET)* g/dia (% VET) g/dia (% VET)* 
0 – 6 meses 60 40-45 31 45-50 9,1 5 -10 
7 – 12 meses 95 40-45 30 45-50 13,5 5 -10 
1 – 3 anos 130 45-65 ND 30-40 ND 25-35 
4 – 18 anos 130 45-65 13 5-20 19#/ 34† 10-30 
Fonte: DRIS 2002/2003 e 2005. 
*Não há recomendação, a quantidade indicada tem como base o leite materno. 
# Recomendação para crianças de 4 a 8 anos. 
†Recomendação para crianças e adolescentes de 9-13 anos. 
ND: Não determinado. 
 
42 
 
4.4.4. Recomendações de fibras 
As recomendações de fibras (g/dia) para crianças e adolescentes (1-13 anos) 
são apresentadas no Quadro 30. 
Quadro 30. Recomendações de consumo de fibras para crianças e adolescentes 
até 13 anos. 
Idade Recomendação (g/dia) 
1-3 anos 19 
4-8 anos 25 
Meninos 9-13 anos 31 
Meninas 9-13 anos 26 
Fonte: IOM, 2005. 
*Para crianças de 2 a 10 anos a quantidade de fibra também pode ser estimada com base na idade + 
5 g de fibra 
 
4.4.5. Recomendação hídrica 
A necessidade hídrica de crianças e adolescentes pode ser calculada de 
acordo com as DRIS (Quadro 31) ou o cálculo de hidratação de Holliday-Segar 
(Quadro 32). 
Quadro 31. Cálculo de necessidadehídrica de acordo com as DRIS (2002). 
Idade Água total (L/dia) - Al 
Água correspondente a 
bebidas e água pura 
0 a 6 meses 0,7 (LH) - 
7 a 12 meses 0,8 0,6 
1 a 3 anos 1,3 0,9 
4 a 8 anos 1,7 1,2 
9 a 13 anos (meninos) 2,4 1,8 
9 a 13 anos (meninas) 2,1 1,6 
Fonte: DRIS, 2002 
* Crianças em uso de fórmula infantil ou leite de vaca devem receber aporte adequado de água. 
Quadro 32. Cálculo de necessidade hídrica de acordo com Holliday-Segar (1957). 
Quilos de peso Quantidade diária de líquidos 
≤10 Kg 100mL/Kg 
11-20 Kg 1000mL + 50mL/Kg* 
>20 Kg 1500mL + 20mL/Kg 
*Por cada Kg a partir de 10Kg 
** Por cada Kg a partir de 20Kg. 
43 
 
4.4.6. Recomendações de micronutrientes 
As recomendações de micronutrientes de acordo com a faixa-etária estão 
apresentadas no Quadro 33 e Anexo P. 
Quadro 33. Recomendações de micronutrientes para crianças e adolescentes. 
Idade 
Fe 
(mg/d) 
Ca 
(mg/d) 
Zn 
(mg/d) 
Vit A 
(µg/d) 
Sódio 
(mg/d) 
NaCl 
(g/d) 
Vit D 
(UI/d) 
0-6 
meses 
0,27 210 2 400 0,12 400 
7-12 
meses 
11 270 3 500 0,37 400 
1-3 anos 7 500 3 300 1000 2,5 600 
4-8 anos 10 800 5 400 1200 3 600 
Meninos 
9-13 anos 
8 1300 8 600 1500 3,8 600 
Meninos 
14-18 
anos 
11 1300 11 900 1500 600 
Meninas 
9-13 anos 
8 1300 8 600 1500 3,8 600 
Meninas 
14-18 
anos 
15 1300 9 700 1500 600 
Fonte: IOM, 2002; 2011. 
4.4.7. Porções diárias de grupos alimentares por faixa etária 
O número de porções diárias recomendados para as diferentes faixas etárias, 
de acordo com os grupos da Pirâmide Alimentar, estão apresentados no Quadro 34. 
Quadro 34. Porções diárias de grupos alimentares recomendadas por faixa etária. 
Nível Grupo alimentar Idade 
 6 a 11 meses 1 a 3 anos Pré-escolar 
e escolar 
Adolescentes 
1 Cereais 3 5 5 5 a 9 
2 Verduras e legumes 3 3 3 4 a 5 
Frutas 3 4 3 4 a 5 
3 Leite, queijos e 
iogurtes 
Leite materno* 3 3 3 
4 Carnes e ovos 2 2 2 1 a 2 
5 Feijões 1 1 1 1 
6 Óleos e gorduras 2 2 1 1 a 2 
 Açúcar e doces 0 1 1 1 a 2 
-> Na impossibilidade de ofertar leite materno oferecer uma fórmula infantil adequada para a idade. 
*Até os 3 anos de idade se considera uma porção a metade da porção de adulto. 
44 
 
 
4.5. Estratégias de intervenção para problemas alimentares na infância. 
O Quadro 35 apresenta diferentes estratégias para intervenção em 
dificuldades alimentares comuns da infância. 
Quadro 35. Estratégias para intervenção em dificuldades alimentares da infância. 
Situações Soluções possíveis 
Recusa carne 
– Oferecer porções pequenas de carnes macias 
– Oferecer bolo de carne, espaguete com molho de 
carne, ensopado, panquecas 
– Oferecer legumes, ovos e queijo 
– Oferecer carne moída 
Bebe pouco leite 
– Oferecer queijo, iogurte, e incluir queijo nas 
preparações 
– Usar leite para cozinhar cereais (p. ex., arroz-doce), 
oferecer sopas, cremes, pudins à base de leite 
– Permitir que a criança use canudinho para beber 
lácteos do copo 
– Incluir leite em pó nas preparações (biscoitos, bolos, 
panquecas) 
Bebe muito leite 
– Oferecer água quando a criança tiver sede entre as 
refeições 
– Limitar a ingestão de leite a uma porção ao final da 
refeição e oferecer água como segunda opção 
– Se a criança usa mamadeira, passar para o copo 
(utilizar copo colorido ou com estampas infantis) 
Recusa vegetais e frutas 
– Se a criança recusar vegetais, ofereça mais frutas e 
vice-versa 
 – Ao preparar vegetais, cozinhe por pouco tempo, 
deixando-os mais duros e não super cozidos 
– Vegetais cortados em tiras cozidos ao vapor ou crus 
possibilitam que a criança coma com as mãos 
– Ofereça vegetais em sopas e molhos 
– Sirva cereais com frutas in natura e frutas secas 
– Prepare frutas de diversas maneiras: ao natural, 
cozidas em suco ou em saladas 
 – Ofereça de maneira contínua vegetais e frutas 
Come muitas guloseimas 
– Limite a compra e o preparo de alimentos doces em 
casa 
– Evite chantagens e recompensas 
– Evite oferecer doce como lanche e, para saúde 
bucal, incorpore essa prática após as principais 
refeições 
– Reduza o açúcar nas preparações e oriente a 
pessoa responsável pelo cuidado da criança a não 
oferecer doces 
Fonte: Vitolo, 2008 
45 
 
4.6. Condições Clínicas 
4.6.1. Doenças neurológicas 
As necessidades energéticas de crianças e adolescentes com doenças 
neurológicas podem ser estimadas em 70% da necessidade total de crianças da 
mesma faixa etária ou de acordo com a estatura e função motora (Quadro 36). 
Quadro 36. Necessidade energética de crianças e adolescentes com doenças 
neurológicas de acordo com a estatura (cm). 
Necessidade Energética 
(kcal/cm) 
Função motora de pacientes neurológicos 
15 Sem disfunção motora 
14 Com disfunção motora, mas que deambulam 
11 Pacientes que não deambulam 
Fonte: Culley et al., 1969. 
⮚ O volume hídrico pode ser estimado em 90% da necessidade total de crianças 
da mesma faixa etária. 
 
4.6.2. Síndrome de Down 
A estimativa energética de crianças e adolescentes (5-11 anos) com Síndrome 
de Down é avaliada de acordo com o gênero (Quadro 37) e indica-se a redução de 
20% do VCT calculado conforme as DRIs para idade. 
Quadro 37. Necessidade energética de crianças e adolescentes (5-11 anos) com 
diagnóstico de Síndrome de Down. 
Idade Energia 
Meninas Meninos 
5-11 anos 14,3 kcal/cm 16,1 kcal/cm 
Fonte: Escott-Stump, 2009. 
 
⮚ A necessidade proteica deve ser estimada de acordo com a RDA para idade. 
 
4.6.3. Baixo peso 
A necessidade energética deve ser calculada de acordo com o peso para o 
IMC ideal (P50), considerando a estatura atual. 
 
 
46 
 
4.6.4. Desnutrição 
Crianças e adolescentes com desnutrição devem ter as necessidades 
energéticas e proteicas estimadas de acordo com a faixa etária e as Kcal por peso 
(Kg) apresentadas no Quadro 38. 
Quadro 38. Necessidade energética e proteica para crianças e adolescentes com 
desnutrição. 
Faixa Etária Energia (kcal/kg) Proteína (g/kg) 
< 6 meses 108 2,2 
6 a 12 meses 98 1,6 
1 a 3 anos 102 1,2 
4 a 6 anos 90 1,1 
7 a 10 anos 70 1 
Meninos 
11 a 14 anos 55 1 
15 a 18 anos 45 0,9 
Meninas 
11 a 14 anos 47 1 
15 a 18 anos 40 0,8 
Fonte: RDA, 1989. 
4.6.5. Desnutrição grave 
Crianças com desnutrição grave têm necessidades de energia, proteína e 
líquidos que se diferem nas fases de estabilização e recuperação, conforme 
apresentado nos Quadros 39 e 40. 
 
a) Fase de estabilização (crianças recém-internadas) 
Quadro 39. Necessidades energéticas, proteicas e de líquidos para crianças com 
desnutrição grave em fase de estabilização. 
 Calorias Proteínas Líquidos 
Máximo 100 kcal/kg/dia 1,0 a 1,5 g 
prot/kg/dia 
130 ml/kg/dia 
Início (1º dia) 50 a 60 kcal/kg/dia 
Fonte: Ministério da Saúde, 2005. 
b) Fase de recuperação (crescimento rápido) 
Quadro 40. Necessidades energéticas, proteicas e de líquidos para crianças com 
desnutrição grave em fase de recuperação. 
 Calorias Proteínas Líquidos 
Máximo 150 kcal/kg/dia 3 a 4 g prot/kg/dia 150 a 200 ml/kg/dia 
Fonte: SBNPE, 2011 
*Dieta isenta ou com baixo teor de lactose. 
47 
 
4.6.6. Obesidade infantil 
As estratégias de cuidado da criança ou do adolescente com obesidade devem 
levar em consideração a subjetividade e a complexidade de cada caso. A organização 
do cuidado tem como foco a reabilitação, a autonomia e a promoção do autocuidado. 
No serviço ambulatorial sugere-se que na primeira consulta e nas consultas 
subsequentes seja estabelecida uma conduta que preveja metas definidas junto dos 
pacientes e familiares (Figura 7), um plano de alimentação que permita o ajuste do 
peso segundo a meta de peso e atividades que promovam a independência na 
escolha de alimentos com melhor perfil nutricional, como a leitura de rótulos, receitas 
e oficinas de atividade física. 
 
 
Figura 7. Organização do cuidado na consulta inicial egerenciamento de metas terapêuticas, como 
parte da estratégia do plano de cuidados nutricionais para perda de peso por crianças e adolescentes. 
Fonte: Ministério da Saúde (2022) 
48 
 
a) Estabelecendo metas e tarefas 
As metas devem ser específicas (o quê?), relevantes (por quê?), alcançáveis 
em um determinado prazo, sendo necessário traçar um tempo para sua execução 
(quando?), e devem ser sustentáveis ao longo do tempo. É importante incluir metas 
sobre todos os aspectos (multicomponentes) que necessitam de ajuste para tornar a 
vida da criança ou do adolescente mais saudável, como alimentação, prática regular 
de atividade física, redução do comportamento sedentário e boas práticas de sono. 
As estratégias de como colocar a meta em prática devem ser negociadas com a 
criança, o adolescente e pais ou cuidadores. É importante que sejam estabelecidas 
metas realistas, mudanças gradativas e focadas em como fazer escolhas mais 
saudáveis. 
 Exemplos: Meta para redução do tempo de tela a ser estabelecida com o 
adolescente: “Diminuir o tempo de tela de 6 horas por dia para 4 horas por dia no 
próximo mês”. 
Tarefa (estratégia) para atingir a meta: Colocar o telefone celular para fora do 
quarto à noite e mover o computador para a sala da família. Ao alcançar a meta, 
passar para a próxima. 
 
b) Planejando a perda de peso 
Sugere-se como objetivo terapêutico para crianças e adolescentes com IMC > 
+2 escore-Z uma perda de peso seja gradual (Ex.: 0,5 kg por mês). Já para os casos 
em que a criança ou adolescente apresenta IMC >+3 escore-Z, a perda de peso 
prevista pode ser maior, mas não deve exceder 1 kg/semana. Se após 3 meses não 
houver melhora no status do IMC, deve-se planejar um balanço energético negativo 
através de uma dieta estruturada para uma maior perda de peso e atividade física. 
Para efetivar o diagnóstico pode-se consultar de forma rápida e segura a Tabela 2. 
Contudo, havendo acesso aos aplicativos Anthro (0-5 anos) e Anthro Plus (5-19 anos) 
recomenda-se que o cálculo exato do valor de escore z de IMC seja realizado, assim 
como a inclusão da criança na planilha para acompanhamento longitudinal. 
49 
 
Tabela 2. Classificação do IMC (kg/m2), conforme o escore z para sobrepeso (>+1ez), 
obesidade (>+2 ez) e obesidade grave (>+3ez), de acordo com o sexo e a faixa etária. 
 
Fonte: Ministério da Saúde (2022) 
 
Figura 8. Objetivos terapêuticos para manutenção e redução de peso em crianças e adolescentes com 
obesidade. 
50 
 
c) Calculando a necessidade energética 
As necessidades energéticas podem ser calculadas de acordo com a idade e 
sexo, considerando o peso relativo ao IMC no P25-P50 (a critério profissional 
considerando a condição do paciente) (Anexo I). Na sequência, calcula-se a TMB 
(Quadro 41) multiplicando-a pelo fator de atividade (FA) (Quadro 42). 
⮚ Não deve ser ofertado valor energético inferior a TMB. 
⮚ As atividades físicas diárias devem ser avaliadas com detalhamento (tempo em 
atividades sedentárias e outras) para a tomada de decisão mais adequada quanto 
ao fator atividade (FA), evitando a sub ou supra-estimativa do VET. 
Quadro 41. Cálculo da Taxa Metabólica Basal (FAO). 
Referência Faixa etária (anos) Sexo Fórmula 
FAO/WHO 
(1985) 
0 a 3 
Feminino (60,9 x P) - 54 
Masculino (61 x P) - 51 
 3 a 10 
Feminino (22,7 x P) + 495 
Masculino (22,4 x P) + 499 
11 a 18 
Feminino (13,384 × P) + 692,6 
Masculino (17,686 × P) + 658,2 
*Estatura em cm e peso em Kg. 
 
Quadro 42. Fator atividade de acordo com o nível de atividade física. 
Atividades Fator de atividade (FA) 
Dormindo/Deitado 1,0 
Atividades muito leves 1,3 – 1,5 
Atividades leves 1,6 – 2,5 
Atividades moderadas e intensas 2,5 – 5,0 
Fonte: Samour. 
 
d) Monitoramento de peso, das metas multicomponentes e tarefas 
Para o acompanhamento do IMC deve ser entregue na primeira consulta a 
caderneta de acompanhamento de peso e o registro das metas e tarefas (Apêndice 
VII.f) estabelecidas na consulta. Na consulta de retorno o paciente passa a ser 
estimulado a autopercepção e receberá uma planilha onde registrará seus 
sentimentos e emoções e percepções associadas à alimentação (Anexos N e O). 
Nas consultas subsequentes atividades como leitura de rótulos (Apêndice 
VIII.a), esclarecimento sobre alimentos ultraprocessados, seus teores de frutose, 
gordura e sódio deverão fazer parte da abordagem. 
51 
 
e) Avaliação complementar: Acantose nigricans 
Em crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade deve-se avaliar a 
existência e o grau de Acantose nigricans, caracterizada por manchas aveludadas e 
escuras em diferentes regiões do corpo (Quadro 43). 
Quadro 43. Avaliação e pontos de corte de Acantose nigricans. 
Pescoço 
0 Ausente 
1 Visível a observação minuciosa, extensão não mensurável 
2 Limitado à nuca. Extensão máxima de 5cm 
3 Estende-se às margens laterais do pescoço. Mede entre 7,5 e 15 cm 
4 Extensão lateral do anterior do pescoço. Modo mais do 15 cm 
Axila 
0 Ausente 
1 Visível à observação minuciosa, extensão não mensurável 
2 Localizada na porção central da axila 
3 Envolve toda a fossa axilar, não visível com o braço fechado 
4 Visto de frente e de costas, mesmo com o braço fechado 
Articulações metacarpo-falangeanas 
0 Ausente 
1 Presente 
Joelhos 
0 Ausente 
1 Presente 
Cotovelos 
0 Ausente 
1 Presente 
PONTOS DE CORTE 
Acantose leve: 1 a 3 pontos 
Acantose moderada: 4 a 7 pontos 
Acantose severa: 8 a 11 pontos 
Fonte: Burke: 1999 
 
 
f) Avaliação complementar: Hipertensão arterial 
Crianças e adolescentes com excesso de peso devem ter a pressão arterial 
aferida em consultas regulares com uso de equipamento apropriado. Considera-se 
Hipertensão arterial valores de pressão arterial sistólica e/ou diastólica iguais ou 
superiores ao percentil 95 para sexo, idade e percentil da altura, em três ou mais 
ocasiões diferentes (Anexo J). O Quadro 44 apresenta os pontos de corte para 
avaliação da pressão arterial (PA). 
52 
 
Quadro 44. Valores de referência para avaliação da pressão arterial de crianças e 
adolescentes (>1 ano). 
Definições 1-13 anos ≥ 13 anos 
PA normal PA < P90 para sexo, idade e altura <120 / <80 mm Hg 
PA elevada 
PA ≥P90 e < P95 para sexo, idade e 
altura 
 
ou PA 120 / <80 e < P95. 
120 / <80 a 129 / <80 mmHg 
Hipertensão – estágio 1 
PA ≥ P95 para sexo, idade e altura até 
PA < P95 + 12 mmHg 
 
ou PA 130 / 80 a 139 / 89 mmHg 
130 / 80 a 139 / 89 mmHg 
Hipertensão – estágio 2 
PA ≥ P95 + 12 mmHg para sexo, idade 
e altura 
 
ou PA ≥ 140 / 90 mmHg 
≥ 140 / 90 mmHg 
Fonte: Barroso et al., 2020. 
 
g) Avaliação complementar: Síndrome metabólica 
Os critérios para avaliação de síndrome metabólica em crianças e adolescentes 
(10-16 anos) estão apresentados no quadro abaixo (Quadro 45). 
Quadro 45. Critérios para síndrome metabólica de crianças e adolescentes entre 10 
e 16 anos. 
Cintura abdominal ≥p90 e, no mínimo, mais 2 dos seguintes critérios: 
Critério Ponto de corte 
Hipertrigliceridemia ≥ 150 mg/dL 
Baixo HDL-colesterol < 40 mg/dL 
Hipertensão arterial Sistólica ≥ 130 mmHg e diastólica ≥ 85 mmHg 
Intolerância à glicose 
Glicemia de jejum ≥ 100 mg/dL (recomendado o teste de 
tolerância oral à glicose) ou presença de diabetes 
mellitus tipo 2 
Fonte: IDF, 2007. 
 
 A partir dos 16 anos o diagnóstico de síndrome metabólica deve ser baseado 
nos critérios do IDF para adultos (Quadro 46). 
53 
 
Quadro 46. Critérios para síndrome metabólica de adolescentes maiores de 16 anos. 
Cintura abdominal alterada e, no mínimo, mais 2 dois critérios 
Circunferência abdominal 
≥94 cm (homens) 
≥80 cm (mulheres) 
Critério Ponto de corte 
Hipertrigliceridemia ≥ 150 mg/dL 
Baixo HDL-colesterol < 40 mg/dL (homens) 
< 50 mg/dL (mulheres) 
Ou uso de hipolipemiantes 
Hipertensão arterial Sistólica ≥ 130 mmHg e diastólica ≥ 85 mmHg 
Ou uso de anti-hipertensivos 
Intolerância à glicose Glicemia de jejum ≥ 100 mg/dL 
Oudiagnóstico de Diabetes mellitus 
Fonte: IDF, 2006. 
⮚ Crianças até 10 anos não são diagnosticadas, mas quando apresentam 
circunferência abdominal > percentil 90 tem suspeita clínica, principalmente se houver 
diagnóstico familiar de doenças crônicas. 
54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. FÓRMULAS INFANTIS
55 
 
5.1. Fórmula infantil para lactentes (ou de partida) 
É o produto em forma líquida ou em pó, destinado à alimentação de lactentes, até o sexto mês, sob prescrição, em substituição 
total ou parcial do leite materno ou humano, para satisfação das necessidades nutricionais deste grupo etário. A diluição e 
composição de diferentes fórmulas infantis estão apresentadas nos Quadros 47 e 48. 
Quadro 47. Diluição e composição de fórmulas infantis para lactentes. 
Nome comercial Idade Diluição Kcal/100 ml Proteína/ 100 ml Marca comercial 
APTAMIL 1 PREMIUM 0 a 6 meses 
4,6g (colher medida) / 30ml 
Diluição: 13,8% 
66 kcal 1,2g 
Danone 
APTAMIL * 
PROEXPERT ACTIVE 
A partir do 
nascimento 
4,6g (colher medida) / 30ml 65kcal 1,5g Danone 
APTAMIL PROFUTURA 0 a 6 meses 
4,6g (colher medida) / 30ml 
Diluição: 13,8% 
66kcal 1,3g 
Danone 
MILUPA 1 0 a 6 meses 
4,6g (colher medida) / 30ml 
 Diluição 13,7% 
67 kcal 1,3g 
Danone 
NAN COMFOR 1 0 a 6 meses 4,4g (colher medida) / 30ml 67 kcal 1,2g Nestlé 
NAN SUPREME 1 0 a 6 meses 4,47g (colher medida) / 30ml 67 kcal 1,3g Nestlé 
NESTOGENO 1 0 a 6 meses 4,5g (colher medida) / 30ml 67 kcal 1,4g Nestlé 
* Alimentação de lactentes com desconfortos gastrointestinais como cólicas, constipação e regurgitação leve. 
 
56 
 
Quadro 48. Fontes de macronutrientes e prebióticos de fórmulas infantis para lactentes. 
Nome comercial Fonte de proteína Fonte de lipídeo 
Fonte de 
carboidrato 
Prebiótico 
APTAMIL 1 PREMIUM 
Proteínas: 8% - intactas 
Soro do leite/caseína: 60/40 
 
Lipídeos: 45% 
98% de gordura vegetal e 2% de gordura animal 
(láctea). Contém adição de ARA na concentração 
de 0,3% e de DHA na concentração de 0,2% dos 
lipídeos totais 
Carboidratos: 47% 
100% Lactose 
 
 
 
10% FOS 
90% GOS 
APTAMIL PROEXPERT 
ACTIVE 
100% Proteína parcialmente 
hidrolisada do soro do leite 
96% Gordura vegetal 
4% Gordura animal 
42% Lactose 
 
 
10% FOS 
90% GOS 
APTAMIL PRÓFUTURA 1 
Proteínas: 8% - intacta 
Soro do leite / caseína: 
60/40 
 
Lipídeos: 49% 
Óleos vegetais + gordura láctea + óleo de peixe 
(DHA) + óleo de Mortierellaalpina (ARA) + 
LCPUFAs ligados aos fosfolipídios (PL) + Ácido 
palmítico. Contém adição de DHA e ARA na 
concentração de 0,3% dos lipídios totais, razão 1:1 
Carboidratos: 43% 
100% lactose 
 
 
10%FOS 
90%GOS 
 
MILUPA 1 
Proteínas: 8% - intactas 
Relação soro/caseína 60/40 
Lipídios (42%): 97,4% gordura vegetal (óleos de 
girassol, canola e palma e girassol alto oleico) e 
2,6% de gordura animal (láctea) 
Carboidratos: 50% 
100% Lactose 
 
- 
NAN COMFOR 1 
70% Proteínas do soro 
30% Caseína 
96,4% Gordura vegetal 
2,6% Gordura láctea 
1% Óleo de peixe 
100% Lactose 
10% FOS 
90% GOS 
NAN SUPREME 1 
100% Proteína do soro do 
leite parcialmente 
hidrolisada 
95% Gordura vegetal 
4% Gordura láctea 
1% Óleo de peixe 
100% Lactose 
 
10% FOS 
90% GOS 
 
NESTOGENO 1 
60% Proteínas do soro 
40% Caseína 
97% Gordura vegetal 
3% Gordura láctea 
74% Lactose 
26% Maltodextrina 
10% FOS 
90% GOS 
 
57 
 
5.2. Fórmula infantil de seguimento para lactentes 
É o produto em forma líquida ou em pó utilizado, quando indicado, como substituto do leite materno ou humano a partir do 
sexto mês. A diluição e composição de diferentes fórmulas infantis de seguimento estão apresentadas nos Quadros 49 e 50. 
Quadro 49. Diluição e composição de fórmulas infantis de seguimento para lactentes. 
Nome comercial Idade Diluição Kcal/100 ml Proteína/ 100 ml 
Marca 
comercial 
APTAMIL 2 PREMIUM A partir de 6 meses 
4,9g (colher medida) / 30ml 
Diluição: 14,7% 
67 kcal 1,4g 
Danone 
APTAMIL * PROEXPERT 
ACTIVE 
A partir do nascimento 4,6g (colher medida) / 30ml 65kcal 1,5g Danone 
APTAMIL PROFUTURA 2 A partir de 6 meses 
5,0g (colher medida) / 30ml 
Diluição: 15% 
68kcal 2,0g 
Danone 
MILUPA 2 A partir de 6 meses 
4,6g (colher medida) / 30ml 
Diluição: 13,7% 
66 kcal 1,4g 
Danone 
NAN COMFOR 2 A partir de 6 meses 4,7g (colher medida) / 30ml 67 kcal 1,3g Nestlé 
NAN SUPREME 2 A partir de 6 meses 4,5g (colher medida) / 30ml 67 kcal 1,5g Nestlé 
NESTOGENO 2 A partir de 6 meses 4,7g (colher medida) / 30ml 67 kcal 1,5g Nestlé 
* Alimentação de lactentes com desconfortos gastrointestinais como cólicas, constipação e regurgitação leve. 
 
58 
 
Quadro 50. Fontes de macronutrientes e prebióticos de fórmulas infantis de seguimento para lactentes. 
Nome comercial Fonte de proteína Fonte de lipídeo 
Fonte de 
carboidrato 
Prebiótico 
APTAMIL 2 PREMIUM 
Proteínas: 9% - intactasSoro 
do leite / caseína: 50/50 
Lipídeos: 42% 
Gordura vegetal e gordura animal(láctea). 
Contém adição de ARA na concentração de 0,2% e 
de DHA na concentração de 0,2% dos lipídios totais 
CHO: 49% 
100% lactose 
 
10% FOS 
90% GOS 
APTAMIL PROEXPERT 
ACTIVE 
100% Proteína parcialmente 
hidrolisada do soro do leite 
96% Gordura vegetal 
4% Gordura animal 
38% Lactose 
 
10% FOS 
90% GOS 
APTAMIL PROFUTURA 2 
PROTEÍNAS: 12% -intactas 
Soro do leite / caseína: 50/50 
Lipídeos: 41% 
Óleos vegetais + gordura láctea + óleo de peixe 
(DHA) + óleo de Mortierella alpina (ARA)+LCPUFAs 
ligados aos fosfolipídios (PL)+Ácidopalmítico.Contém 
adição de DHA e ARA na concentração de 0,3% dos 
lipídios totais, razão1:1. 
CHO: 47% 
100% lactose 
 
 
9% FOS 
91% GOS 
 
MILUPA 2 
Proteínas: 8% - intactas 
relação soro/caseína 50/50 
Lipídeos: 42% 
98% gordura vegetal (óleos de girassol, canola e 
palma) e 2% de gordura animal (láctea) 
CHO: 50% 
72% lactose e 
28% maltodextrina 
 
 
- 
NAN COMFOR 2 
70% Proteínas do soro 
30% Caseína 
96% Gordura vegetal 
2,9% Gordura láctea 
1,1% Óleo de peixe 
83% Lactose 
17% Maltodextrina 
10% FOS 
90% GOS 
NAN SUPREME 2 
100% Proteína do soro do 
leite parcialmente hidrolisada 
95% Gordura vegetal 
4% Gordura láctea 
1% Óleo de peixe 
100% Lactose 
10% FOS 
90% GOS 
 
NESTOGENO 2 
60% Proteínas do soro 
40% Caseína 
97% Gordura vegetal 
3% Gordura láctea 
75% Lactose 
25% Maltodextrina 
10% FOS 
90% GOS 
- 
 
 
59 
 
5.3. Fórmula infantil de transição* e de crescimento** 
É o produto em forma líquida ou em pó, destinado à alimentação de lactentes, dos 10-12 meses até os 24 meses. A diluição 
e composição estão apresentadas nos Quadros 51 e 52. 
Quadro 51. Diluição e composição de fórmulas infantis de transição e crescimento. 
Nome comercial Idade Diluição Kcal/100ml Proteína/ 100 ml Marca comercial 
APTAMIL 3* A partir de 10 meses 4,9g (colher medida) / 30ml 68 kcal 2,0g 
Danone 
APTAMIL 3 PREMIUM* A partir de 10 meses 4,9g (colher medida) / 30ml 68 kcal 2,1g 
Danone 
MILNUTRI Até 5 anos 5g (colher medida) / 30ml 139 kcal/180ml 4,1g/180ml Danone 
NAN COMFOR 3* A partir de 10 meses 4,77g (colher medida) / 30ml 67 kcal 1,9g 
Nestlé 
NESLAC COMFOR** A partir de 12 meses 4,75g (colher medida) / 30ml 67 kcal 1,95g 
Nestlé 
NINHO 1+** A partir de 12 meses 
4,57g (colher medida) / 30ml 
2 colheres de sopa/200ml 
72 kcal 2,2g 
Nestlé 
NINHO 3+** A partir de 36 meses 
4,57g(colher medida)/ 25ml 
3 colheres sopa/180ml 
71,5 kcal 2,2g 
Nestlé 
 
60 
 
Quadro 52. Fontes de macronutrientes e prebióticos de fórmulas infantis de transição e crescimento. 
Nome comercial Fonte de proteína Fonte de lipídeo Fonte de carboidrato Prebiótico 
APTAMIL 3 
50% Proteínas do soro 
50% Caseína 
74% Gordura vegetal 
26% Gordura láctea 
70% Lactose 
30% Maltodextrina 
10% FOS 
90% GOS 
APTAMIL 3 PREMIUM 
50% Proteínas do soro 
50% Caseína 
74% Gordura vegetal 
26% Gordura animal 
70% Lactose 
30% Maltodextrina 
10% FOS 
90% GOS 
MILNUTRI 
Proteínas: 12% - intactas 
50% Proteínas do soro 
50% Caseína 
Lipídeos:

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