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1 RDC n.º 63 de 06 de julho de 2000 REGULAMENTO TÉCNICO PARA A PRÁTICA DA TERAPIA DE NUTRIÇÃO ENTERAL Este Regulamento Técnico fixa os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Enteral. As Unidades Hospitalares (UH) e as Empresas Produtoras de Bens e Serviços (EPBS) que realizem procedimentos de TNE devem possuir licença de funcionamento concedida pelo órgão sanitário competente. A complexidade da TNE exige o comprometimento e a capacitação de uma equipe multiprofissional para garantir a sua eficácia e segurança para os pacientes. As UH e EPBS devem possuir recursos humanos, infra-estrutura física, equipamentos e procedimentos operacionais que atendam às recomendações das BPPNE e Boas Práticas e Administração de Nutrição Enteral (BPANE). É de responsabilidade da Administração da UH e EPBS prever e prover os recursos humanos e materiais necessários à operacionalização da TNE. As UH e as EPBS que queiram habilitar-se à prática da TNE devem contar com: - Sala de manipulação que atenda às recomendações das Boas Práticas de Preparação de Nutrição Enteral (BPPNE), sempre que se optar pela utilização de NE em sistema aberto. - Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) - grupo formal e obrigatoriamente constituído de, pelo menos, um profissional de cada categoria, com treinamento específico para esta atividade, a saber: médico, nutricionista, enfermeiro, farmacêutico, podendo ainda incluir profissionais de outras categorias a critério das UH e ou EPBS - A UH, que não possui as condições previstas no item anterior, pode contratar os serviços de terceiros, devidamente licenciados, para a operacionalização total ou parcial da TNE, devendo nestes casos formalizar um contrato por escrito. - Os profissionais não participantes da equipe multiprofissional, que queiram atuar na prática de TNE, devem fazê-lo de acordo com as diretrizes traçadas pela EMTN. - A EPBS que somente exerce atividades de preparação da NE, está dispensada de contar com a EMTN, porém deve contar com uma UND sob a responsabilidade de um nutricionista. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DA PRÁTICA DA NUTRIÇÃO ENTERAL A TNE deve abranger obrigatoriamente as seguintes etapas: 1. Indicação e prescrição médica 2. Prescrição dietética 3. Preparação, conservação e armazenamento 4. Transporte 5. Administração 6. Controle clínico laboratorial 7. Avaliação final Obs.: Todas as etapas descritas no item anterior devem atender a procedimentos escritos específicos e serem devidamente registradas, evidenciando as ocorrências na execução dos procedimentos. Na aplicação deste Regulamento são adotadas as seguintes condições específicas: Indicação: - O médico é responsável pela indicação da TNE. - A indicação da TNE deve ser precedida da avaliação nutricional do paciente que deve ser repetida, no máximo, a cada 10 dias. - São candidatos à TNE os pacientes que não satisfazem suas necessidades nutricionais com a alimentação convencional, mas que possuam a função do trato intestinal parcial ou totalmente íntegra. Prescrição: - O médico é responsável pela prescrição médica da TNE. - O nutricionista é responsável pela prescrição dietética da NE deve contemplar o tipo e a quantidade dos nutrientes requeridos pelo paciente, considerando seu estado mórbido, estado nutricional e necessidades nutricionais e condições do trato digestivo. - A TNE deve atender a objetivos de curto e longo prazos. Curto prazo a interrupção ou redução da progressão das doenças, a cicatrização das feridas, a passagem para nutrição normal e a melhora do estado de desnutrição. Longo prazo a manutenção do estado nutricional normal e a reabilitação do paciente em termos de recuperação física e social. Em casos excepcionais a TNE pode substituir definitivamente a nutrição oral. Preparação: - O nutricionista é responsável pela supervisão da preparação da NE. - A preparação da NE envolve a avaliação da prescrição dietética, a manipulação, o controle de qualidade, a conservação e o transporte da NE e exige a responsabilidade e a supervisão direta do nutricionista, devendo ser realizada, obrigatoriamente, na UH ou EPBS, de acordo com as recomendações das BPPNE. - Os insumos e recipientes adquiridos industrialmente para o preparo da NE, devem ser registrados nos órgãos competentes, quando obrigatório, e acompanhados do Certificado de Análise emitido pelo fabricante, garantindo a sua pureza físico-química e microbiológica, bem como o atendimento às especificações estabelecidas. - A NE preparada na sala de manipulação da UH e ou EPBS deve atender às exigências das BPPNE. - A avaliação da prescrição dietética da NE quanto à sua adequação, concentração e compatibilidade físico-química de seus componentes e dosagem de administração, deve ser realizada pelo nutricionista antes do início da manipulação, compartilhada com o farmacêutico quando se fizer necessário. Prof. Cristina Fajardo Diestel cristinadiestel@nutmed.com.br 2 - Qualquer alteração na prescrição dietética deve ser discutida com o nutricionista responsável por esta, que se reportará ao médico sempre que envolver a prescrição médica. - Qualquer alteração na prescrição dietética deve ser registrada e comunicada à EMTN. - De cada sessão de manipulacão de NE preparada devem ser reservadas amostras, conservadas sob refrigeração (2ºC a 8ºC), para avaliação microbiológica laboratorial, caso o processo de manipulação não esteja validado. - As amostras para avaliação microbiológica laboratorial devem ser estatisticamente representativas + 1 de uma sessão de manipulação, colhidas aleatoriamente durante o processo, caso o mesmo não esteja validado, sendo "n" o número de NE preparadas. - Recomenda-se reservar amostra de cada sessão de preparação para contraprova, devendo neste caso, ser conservada sob refrigeração (2ºC a 8ºC) durante 72 horas após o seu prazo de validade. - Somente são válidas, para fins de avaliação microbiológica, as NE nas suas embalagens originais invioladas ou em suas correspondentes amostras. Conservação: - A NE não industrializada deve ser administrada imediatamente após a sua manipulação. - Para a NE industrializada devem ser consideradas as recomendações do fabricante. Transporte: - O nutricionista é responsável pela manutenção da qualidade da NE até a sua entrega ao profissional responsável pela administração e deve orientar e treinar os funcionários que realizam o seu transporte. Administração: - O enfermeiro é o responsável pela conservação após o recebimento da NE e pela sua administração. - A administração da NE deve ser executada de forma a garantir ao paciente uma terapia segura e que permita a máxima eficácia, em relação aos custos, utilizando materiais e técnicas padronizadas, de acordo com as recomendações das BPANE - A NE é inviolável até o final de sua administração, não podendo ser transferida para outro tipo de recipiente. A necessidade excepcional de sua transferência para viabilizar a administração só pode ser feita após aprovação formal da EMTN. - A via de administração da NE deve ser estabelecida pelo médico ou enfermeiro, por meio de técnica padronizada e conforme protocolo previamente estabelecido. - A utilização da sonda de administração da NE não é exclusiva, podendo ser empregada para medicamentos e outras soluções quando necessário. Controle Clínico e Laboratorial: - O paciente submetido à TNE deve ser controlado quanto à eficácia do tratamento, efeitos adversos e alterações clínicas que possam indicar modificações da TNE. - O controle do paciente em TNE deve ser realizado periodicamente e contemplar: ingressos de nutrientes, tratamentos farmacológicos concomitantes, sinais de intolerância à NE, alterações antropométricas, bioquímicas, hematológicas e hemodinâmicas, assim como modificações em órgãos, sistemas e suas funções. - Qualquer alteração encontradanas funções dos principais órgãos e as conseqüentes alterações na formulação ou via de administração da NE devem constar na história clínica do paciente. Avaliação Final: Antes da interrupção da TNE o paciente deve ser avaliado em relação à: - capacidade de atender às suas necessidades nutricionais por alimentação convencional; - presença de complicações que ponham o paciente em risco nutricional e ou de vida e - possibilidade de alcançar os objetivos propostos, conforme normas médicas e legais. Inspeções: - A UH e a EPBS estão sujeitas a inspeções sanitárias para verificação do padrão de qualidade do Serviço de TN - As inspeções sanitárias devem ser realizadas com base nos Roteiros de Inspeção - Os critérios para a avaliação do cumprimento dos itens dos Roteiros de Inspeção, visando a qualidade e segurança da NE, baseiam-se no risco potencial inerente a cada item. Considera-se IMPRESCINDÍVEL (I) aquele item que pode influir em grau crítico na qualidade e segurança da NE. Considera-se NECESSÁRIO (N) aquele item que pode influir em grau menos crítico na qualidade e segurança da NE. Considera-se RECOMENDÁVEL (R) aquele item que pode influir em grau não crítico na qualidade e segurança da NE. Considera-se item INFORMATIVO (INF) aquele que oferece subsídios para melhor interpretação dos demais itens, sem afetar a qualidade e a segurança da NE. - Item N não cumprido após a inspeção passa a ser tratado automaticamente como I na inspeção subsequente. - Item R não cumprido após a inspeção passa a ser tratado automaticamente como N na inspeção subsequente, mas nunca passa a I. - São passíveis de sanções, aplicadas pelo órgão de Vigilância Sanitária competente, as infrações que derivam do não cumprimento dos itens qualificados como I e N nos Roteiros de Inspeção - O não cumprimento de um item I, dos Roteiros de Inspeção, acarreta a suspensão imediata da atividade afetada até o seu cumprimento integral. - Verificado o não cumprimento de itens N, dos Roteiros de Inspeção, deve ser estabelecido um prazo para adequação, de acordo com a complexidade das ações corretivas que se fizerem necessárias. - Verificado o não cumprimento de itens R, dos Roteiros de Inspeção, o estabelecimento deve ser orientado com vistas à sua adequação. Anexo I - ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL (EMTN) PARA A PRÁTICA DA TNE - Para a realização de TNE é condição formal e obrigatória a constituição de uma equipe multiprofissional. - Deve ser constituída por pelo menos 01 profissional, a saber: médico, nutricionista, enfermeiro, 3 farmacêutico, podendo ainda incluir profissionais de outras categorias a critério das UH e ou EPBS. - A EMTN deve ter um coordenador técnico-administrativo e um coordenador clínico, ambos membros integrantes da equipe e escolhidos pelos seus componentes. - O coordenador técnico-administrativo deve, preferencialmente, possuir título de especialista reconhecido em área relacionada com a TN. - O coordenador clínico deve ser médico, atuar em TN e, preferencialmente, preencher um dos seguintes critérios: ser especialista, em curso de pelo menos 360 horas, em área relacionada com a TN, com título reconhecido, possuir título de mestrado, doutorado ou livre docência em área relacionada com a TN, - O coordenador clínico pode ocupar, concomitantemente, a coordenação técnico-administrativa, desde que consensuado pela equipe. - É recomendável que os membros da EMTN possuam título de especialista em área relacionada com a TN. ATRIBUIÇÕES GERAIS DA EMTN Compete a EMTN: - Estabelecer as diretrizes técnico-administrativas que devem nortear as atividades da equipe e suas relações com a instituição. - Criar mecanismos para o desenvolvimento das etapas de triagem e vigilância nutricional em regime hospitalar, ambulatorial e domiciliar, sistematizando uma metodologia capaz de identificar pacientes que necessitam de TN, a serem encaminhados aos cuidados da EMTN. - Atender às solicitações de avaliação do estado nutricional do paciente, indicando, acompanhando e modificando a TN, quando necessário, em comum acordo com o médico responsável pelo paciente, até que seja atingido os critérios de reabilitação nutricional pré-estabelecidos. - Assegurar condições adequadas de indicação, prescrição, preparação, conservação, transporte e administração, controle clínico e laboratorial e avaliação final da TNE, visando obter os benefícios máximos do procedimento e evitar riscos. - Capacitar os profissionais envolvidos, direta ou indiretamente, com a aplicação do procedimento, por meio de programas de educação continuada, devidamente registrados. - Estabelecer protocolos de avaliação nutricional, indicação, prescrição e acompanhamento da TNE. - Documentar todos os resultados do controle e da avaliação da TNE visando a garantia de sua qualidade. - Estabelecer auditorias periódicas a serem realizadas por um dos membros da EMTN, para verificar o cuprimento e o Registro dos controles e avaliação da TNE. - Analisar o custo e o benefício no processo de decisão que envolve a indicação, a manutenção ou a suspensão da TNE. - Desenvolver, rever e atualizar regularmente as diretrizes e procedimentos relativos aos pacientes e aos aspectos operacionais da TNE. Atribuições do Coordenador Técnico-Administrativo - Assegurar condições para o cumprimento das atribuições gerais da equipe e dos profissionais da mesma, visando prioritariamente a qualidade e eficácia da TNE. - Representar a equipe em assuntos relacionados com as atividades da EMTN. - Promover e incentivar programas de educação continuada, para os profissionais envolvidos na TNE, devidamente registrados. - Padronizar indicadores da qualidade para TNE para aplicação pela EMTN. - Gerenciar os aspectos técnicos e administrativos das atividades de TNE. - Analisar o custo e o benefício da TNE no âmbito hospitalar, ambulatorial e domiciliar. Atribuições do Coordenador Clínico - Coordenar os protocolos de avaliação nutricional, indicação, prescrição e acompanhamento da TNE. - Zelar pelo cumprimento das diretrizes de qualidade estabelecidas nas BPPNE e BPANE. - Assegurar a atualização dos conhecimentos técnicos e científicos relacionados com a TNE e a sua aplicação. - Garantir que a qualidade dos procedimentos de TNE, prevaleçam sobre quaisquer outros aspectos. Atribuições Principais do Médico indicar, prescrever e acompanhar os pacientes submetidos à TNE. Atribuições Principais do Nutricionista - realizar a avaliação nutricional do paciente com base em protocolo pré-estabelecido - realizar todas a operações inerentes à prescrição dietética, composição e preparação da NE, atendendo às recomendações das BPPNE, - acompanhar a evolução nutricional do paciente; - garantir o registro de todas as informações relacionadas à evolução nutricional do paciente. - orientar o paciente, a família ou o responsável legal, quanto à preparação e à utilização da NE prescrita para o período após a alta hospitalar. - selecionar, adquirir, armazenar e distribuir, criteriosamente, os insumos necessários ao preparo da NE, bem como a NE industrializada. - qualificar fornecedores e assegurar que a entrega dos insumos e NE industrializada seja acompanhada do certificado de análise emitido pelo fabricante. - assegurar que os rótulos da NE apresentem, de maneira clara e precisa, todos os dizeres exigidos - assegurar a correta amostragem da NE preparada para análise microbiológica, segundo as BPPNE. - participar de estudos para o desenvolvimento de novas formulações de NE. - participar, promover e registrar as atividades de treinamento operacional e de educação continuada, garantindo a atualização de seus colaboradores, bem como para todos os profissionais envolvidos na preparação da NE. - fazer o registro, que pode ser informatizado, onde conste, no mínimo:a) data e hora da manipulação da NE b) nome completo e registro do paciente c) número sequencial da manipulação d) número de doses manipuladas por prescrição e) identificação (nome e registro) do médico e do manipulador f) prazo de validade da NE. - desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes e procedimentos relativos aos aspectos operacionais da preparação da NE. - supervisionar e promover auto-inspeção nas rotinas operacionais da preparação da NE. 4 Atribuições Principais do Farmacêutico - adquirir, armazenar e distribuir, criteriosamente, a NE industrializada, quando estas atribuições, por razões técnicas e ou operacionais, não forem de responsabilidade do nutricionista ; - participar do sistema de garantia da qualidade referido no item 4.6. do Anexo II, respeitadas suas atribuições profissionais legais. Atribuições Principais do Enfermeiro - receber a NE e assegurar a sua conservação até a completa administração. - administrar NE, observando as recomendações das Boas Práticas de Administração de NE (BPANE) - garantir o registro claro e preciso de informações relacionadas à administração e à evolução do paciente quanto ao: peso, sinais vitais, tolerância digestiva e outros que se fizerem necessários. Anexo II – BOAS PRÁTICAS DE PREPARAÇÃO DE NUTRIÇÃO ENTERAL fixa os procedimentos de boas práticas que devem ser observados na preparação da NE. O nutricionista é o responsável pela qualidade da NE que processa, conserva e transporta. É indispensável a efetiva inspeção durante todo o processo de preparação da NE para garantir a qualidade do produto a ser administrado. Treinamento - Deve haver um programa de treinamento inicial e contínuo, com os respectivos registros para todo o pessoal envolvido nas atividades que possam afetar a qualidade da NE (preparação, limpeza e manutenção). Saúde, Higiene e Conduta - A admissão dos funcionários deve ser precedida de exames médicos, sendo obrigatória a realização de avaliações médicas periódicas dos funcionários diretamente envolvidos na manipulação da NE, atendendo à NR 7- Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). - Em caso de suspeita ou confirmação de enfermidade ou lesão exposta, o profissional deve ser encaminhado ao serviço de saúde ocupacional (Medicina do Trabalho), o qual tomará as providências necessárias. - O acesso de pessoas às áreas de manipulação da NE deve ser restrito ao pessoal diretamente envolvido. - Visitantes e pessoas não treinadas não devem ter acesso à sala de manipulação. Quando necessário, essas pessoas devem ser antecipadamente informadas sobre a conduta, higiene pessoal e uso de vestimentas protetoras, devendo ser acompanhadas por pessoal autorizado. - Todos os funcionários devem ser orientados quanto às praticas de higiene pessoal a)Os funcionários devem ser instruídos a lavar corretamente as mãos e antebraços antes de entrar na sala de manipulação, utilizando anti-séptico padronizado. b)Na sala de manipulação não deve ser permitida a utilização de cosméticos e objetos pessoais, a fim de evitar contaminação. c)Não é permitido conversar, fumar, comer, beber e manter plantas nas áreas de preparação. d)Qualquer pessoa que evidencie condição inadequada de higiene ou vestuário que possa prejudicar a qualidade da NE deve ser afastada de sua atividade até que tal condição seja corrigida. - Todos os funcionários devem ser instruídos e incentivados a reportar aos seus superiores imediatos quaisquer condições relativas ao ambiente, equipamento ou pessoal que considerem prejudiciais à qualidade da NE. Vestuário - Os funcionários envolvidos na preparação da NE devem estar adequadamente paramentados - A paramentacão , bem como a higiene para entrada na sala de manipulação devem ser realizadas em áreas especificamente designadas e seguir procedimento pré- estabelecido. - A paramentação utilizada na sala de manipulação deve ser exclusiva e substituída a cada sessão de trabalho. - A paramentação utilizada na sala de manipulação deve compreender: - uniforme constituído de sapato fechado ou botas, - avental fechado ou macacão com mangas compridas, decote fechado, - gorrro ou touca e - máscara, constituindo barreira à liberação de partículas (respiração, tosse, espirro, suor, pele e cabelo). - Os uniformes reutilizáveis devem ser guardados separados, em ambientes fechados, até que sejam apropriadamente lavados e ou sanitizados. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA Ambientes: a) Área de Armazenamento - Deve possuir área segregada para estocagem de insumos, materiais de embalagem e NE reprovadas, recolhidas ou devolvidas. - Quando exigidas condições especiais de armazenamento no que diz respeito à temperatura e umidade, estas devem ser providenciadas. b) Sala de recebimento de prescrições e dispensação de NE - Deve ser projetada para atender a correta dispensação da NE, conforme as exigências do sistema adotado. - Deve ter espaço e condições suficientes para as atividades de inspeção final e acondicionamento da NE para transporte. - Não havendo ambiente específico, a dispensação pode ser realizada na sala de recebimento da prescrição, desde que apresente uma organização compatível com as atividades realizadas. c) Sala de limpeza e sanitização de insumos - Ambiente destinado à assepsia das embalagens dos insumos antes da manipulação de NE. - Este ambiente deve ser contíguo à sala de manipulação de NE e dotado de passagem exclusiva (guichê ou similar) para a entrada de insumos e materiais de embalagem em condições de segurança, distinta daquela destinada a saída de NE pronta. 5 - Deve dispor de bancada com pia e equipamentos para a limpeza prévia das embalagens dos insumos antes da sua entrada para a sala de manipulação, bem como para sua correta inspeção. d) Vestiário; - Sala destinada à paramentação, constituindo-se em uma barreira às salas de limpeza e sanitização e de manipulação de NE. - É obrigatória a provisão de recursos para a lavagem das mãos, possuindo torneira ou comando do tipo que dispensa o contato das mãos quando do fechamento da água. Junto ao lavatório deve existir recipiente dispensador para sabão líquido ou anti-séptico, além de recursos para secagem das mãos . e) Sala de preparo de alimentos "in natura"; - O processamento de alimentos in natura, que exijam cozimento para manipulação de NE, deve ser realizado em ambiente específico e distinto daquele destinado à manipulação de NE. f) Sala de manipulação e envase de NE; - Sala segregada e destinada para este fim, livre de trânsito de materiais e ou pessoas estranhas ao setor. - A sala deve dispor de uma bancada. - A sala deve possuir duas passagens (guichê ou similar) distintas para entrada de insumos limpos e saída de NE pronta. A entrada para a sala deve ser feita exclusivamente através do vestiário. - É vedada a existência de ralo no piso da sala de manipulação de NE. - A sala deve possuir ponto de água potável para ser submetida ao processo de filtração. g) Sanitários de funcionários (masculino e feminino); h) DML (depósito de material de limpeza). - Sala destinada exclusivamente à guarda de material de limpeza e sanitização dos ambientes da unidade. Observações com relação á Infra-estrutura física: - No caso da existência de lactário, este pode ser compartilhado com a sala de manipulação e envase de NE, desde que satisfeitas as seguintes condições: a)existência de sala separada para fogão, geladeira, microondas e freezer; b)existência de procedimentos escritos quanto a horários distintos de utilização. - Os demais ambientes, itens: a), b), c) d) g) e h), podem ser compartilhados com outras unidades de uma UH. - No caso de utilização exclusiva de NE em sistema fechado, a UH fica dispensada da existência dos itens: c), d),e) e f), desde que sejam rigorosamente respeitadas as orientações deuso do fabricante. Características Gerais do Ambiente Físico - Os materiais de revestimento utilizados em paredes, pisos, tetos e bancadas nas salas de limpeza e sanitização, vestiário e sala de manipulação devem ser resistentes aos agentes de limpeza e sanitização: - Devem ser sempre priorizados os materiais de acabamento que tornem as superfícies monolíticas, com o menor número possível de ranhuras ou frestas, mesmo após limpeza freqüente. - A limpeza e sanitização de pisos, paredes, tetos, pias e bancadas devem seguir as normas de lavagem, descontaminação e desinfecção previstas em legislação especifica em vigor. - Os ambientes devem ter dimensões suficientes ao desenvolvimento das operações, dispondo de todos os equipamentos e materiais de forma organizada e racional, objetivando evitar os riscos de contaminação, misturas de componentes e garantir a seqüência das operações. - Todos os ralos de esgotos devem ser sifonados e com tampas escamoteadas. - Os ambientes devem ser protegidos contra a entrada de aves, insetos, roedores e poeira. - A iluminação e a ventilação devem ser suficientes e adequadas. - A temperatura e umidade relativa devem ser adequadas para a manutenção dos insumos e precisão e funcionamento dos equipamentos. - Os sanitários não devem ter comunicação direta com a sala de manipulação e armazenamento. - Salas de descanso e refeitório, quando existirem, devem ser separadas das demais áreas. - As portas devem ser projetadas de modo a permitir que todas as suas superfícies possam ser limpas. - Os tetos rebaixados devem ser selados para evitar contaminação proveniente de materiais existentes no espaço acima dos mesmos. - Todas as tubulações devem ser embutidas nas paredes, piso ou tetos. - As instalações de água potável devem ser construídas de materiais impermeáveis, para evitar infiltração e facilitar a limpeza e inspeções periódicas. - Os reservatórios de água potável devem ser devidamente protegidos para evitar contaminações por microorganismos, insetos ou aves. - A água deve seguir os padrões de potabilidade, de acordo com a legislação específica vigente. EQUIPAMENTOS, UTENSÍLIOS E MOBILIÁRIOS Localização e instalação - Os equipamentos devem ser projetados, localizados, instalados, adaptados e mantidos de forma adequada às operações a serem realizadas e impedir a contaminação cruzada, o acúmulo de poeiras e sujeira e, de modo geral, qualquer efeito adverso sobre a qualidade da NE. - Os equipamentos utilizados na manipulação devem estar instalados de forma que, sistematicamente, possam ser fácil e totalmente limpos. - Na sala de manipulação de NE não é permitida a instalação de fogão, microondas, geladeira e freezer de qualquer tipo. - A geladeira e o freezer devem ser mantidos em condições de limpeza e sanitização e serem de uso exclusivo, podendo estar localizados na área de dispensação. - Os equipamentos de lavagem e limpeza devem ser escolhidos e utilizados de forma que não constituam fontes de contaminação. - Os utensílios e mobiliários utilizados na sala de manipulação de NE, devem ser o mínimo e estritamente necessários ao trabalho ali desenvolvido. Calibração e Verificação dos Equipamentos 6 - Os equipamentos empregados para a medição de parâmetros que possam afetar a qualidade da NE devem ser validados e periodicamente verificados e calibrados - A calibração dos equipamentos só deve ser executada por pessoal capacitado, utilizando padrões rastreáveis à Rede Brasileira de Calibração, com procedimentos reconhecidos oficialmente, no mínimo uma vez ao ano. - Em função da freqüência de uso do equipamento e dos registros das verificações dos mesmos, deve ser estabelecida a periodicidade da calibração. - Devem haver registros das calibrações e verificações realizadas. - As etiquetas com datas referentes à última e à próxima calibração devem estar afixadas no equipamento. Manutenção - Todos os equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva e corretiva, devendo existir registros das mesmas Limpeza e Sanitização - Programas e procedimentos operacionais de limpeza e sanitização das áreas, instalações, equipamentos, utensílios e materiais devem estar disponíveis ao pessoal responsável e operacional. - Os produtos usados na limpeza e sanitização não devem contaminar as instalações e equipamentos de manipulação com substâncias tóxicas, químicas, voláteis e corrosivas. - Os saneantes e detergentes devem obedecer as normas do fabricante e serem avaliados sistematicamente quanto à contaminação microbiana. - Antes do início do trabalho de manipulação da NE deve ser verificada a condição de limpeza dos equipamentos e os respectivos registros - Após o término do trabalho de manipulação da NE, os equipamentos e utensílios devem ser limpos e sanitizados, efetuando-se os respectivos registros desses procedimentos. - Os utensílios e mobiliários devem ser de material liso, impermeável, resistente, facilmente lavável , que não liberem partículas e que sejam passíveis de sanitização pelos agentes normalmente utilizados. MATERIAIS incluem-se no item materiais: insumos, materiais de embalagem, NE industrializadas e germicidas (anti-sépticos e saneantes) utilizados. Aquisição: - Compete ao nutricionista o estabelecimento de critérios e a supervisão do processo de aquisição. - Os materiais devem ser adquiridos somente de fornecedores que atendam aos seguintes critérios de qualidade: a)atendimento exato às especificações estabelecidas; b)possuam registro ou isenção de registro pelo MS para as NE industrializadas; c)apresentem certificado de análise de cada lote fornecido e d)possuam histórico de fornecimento satisfatório. - A quantidade adquirida dos materiais deve levar em consideração o consumo médio, o prazo de validade dos mesmos e a capacidade da área de estocagem nas condições exigidas. - Os recipientes adquiridos e destinados ao acondicionamento da NE devem ser atóxicos, e compatíveis físico-quimicamente com a composição do seu conteúdo. - Os recipientes devem ser isentos de microorganismos patogênicos de forma a garantir a qualidade da NE preparada. Recebimento (inspeção, aprovação, reprovação): - O recebimento dos materiais deve ser realizado por pessoa treinada e com conhecimentos específicos sobre os materiais e fornecedores. - Todos os materiais devem ser submetidos à inspeção de recebimento, devidamente documentada, para verificar a integridade da embalagem e quanto à correspondência entre o pedido, a nota de entrega e os rótulos do material recebido. - Qualquer divergência ou qualquer outro problema que possa afetar a qualidade do produto deve ser analisada pelo nutricionista e ou farmacêutico para orientar a devida ação. - Cada lote de insumo e NE industrializada deve ser acompanhado do respectivo certificado de análise. Armazenamento: - Todos os materiais devem ser armazenados sob condições apropriadas, de modo a preservar a identidade e integridade dos mesmos, e de forma ordenada, para que possa ser feita a separação dos lotes e a rotação do estoque, obedecendo à regra: primeiro que entra, primeiro que sai. - Os materiais devem ser estocados em locais identificados, de modo a facilitar a sua localização para uso, sem riscos de troca. - Para os insumos que exigem condições especiais de temperatura, devem existir registros que comprovem o atendimento a estas exigências. - Os materiais de limpeza e germicidas devem ser armazenados separadamente. CONTROLE DO PROCESSO DE PREPARAÇÃO Avaliação da prescrição Cada prescrição deve ser avaliada quanto à viabilidade e compatibilidade dos seus componentes, suas concentrações máximas, antes de sua manipulação. Controle Microbiológico do Processo - Deve existir um programa de controle ambiental (superfícies, utensílios e equipamentos) e de funcionários para garantir a qualidade microbiológica da áreade manipulação, elaborado de comum acordo com os padrões estabelecidos pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH.). - A água utilizada no preparo da NE deve ser avaliada quanto às características microbiológicas, pelo menos uma vez por mês, ou por outro período, desde que estabelecida de comum acordo com a CCIH, mantendo-se os respectivos registros. Manipulação - Devem existir procedimentos operacionais escritos para todas as etapas do processo de preparação. - Todos as embalagens de insumos , NE industrializadas e recipientes devem ser limpos e sanitizados antes da entrada na sala de manipulação. 7 - A água utilizada no preparo de NE deve, comprovadamente, atender os requisitos de água potável conforme legislação vigente e ser filtrada. - Todas as superfícies de trabalho devem ser sanitizadas, com produtos recomendados em Legislação do Ministério da Saúde, antes e depois de cada sessão de manipulação. - Todos os funcionários envolvidos no processo de preparação de NE devem proceder à lavagem das mãos e antebraços, e escovação das unhas, com anti-séptico apropriado e recomendado em legislação do Ministério da Saúde, antes do início de qualquer atividade na sala de manipulação e após a descontaminação das embalagens dos insumos e NE industrializadas ou quando da contaminação acidental no próprio ambiente. Rotulagem e Embalagem: A NE já rotulada deve ser acondicionada de forma a manter a integridade do rótulo e permitir a sua perfeita identificação durante a conservação e transporte. Toda NE preparada deve apresentar rótulo com as seguintes informações: - nome do paciente, - nº do leito, - registro hospitalar, - composição qualitativa e quantitativa de todos os componentes esta pode ser substituída pela denominação padronizada pela UND da UH ou EPBS, desde que codificada em procedimento escrito. - volume total, - velocidade de administração, - via de acesso, - data e hora da manipulação, - prazo de validade, - número sequencial de controle e - condições de temperatura para conservação, - nome e número no Conselho Profissional do respectivo responsável técnico pelo processo. Conservação e Transporte - Toda NE preparada, deve ser conservada sob refrigeração, em geladeira exclusiva, com temperatura de 2°C a 8°C. - Em âmbito domiciliar, compete à EMTN verificar e orientar as condições de conservação da NE, de modo a assegurar o atendimento das exigências deste Regulamento. - A NE industrializada deve seguir as recomendações do fabricante quanto à conservação e transporte. - O transporte da NE preparada por EPBS deve ser fei: - em recipientes térmicos exclusivos e em condições pré-estabelecidas e supervisionadas pelo profissional responsável pela preparação, - garantir que a temperatura NE se mantenha de 2°C a 8°C durante o tempo de transporte, - transporte não deve ultrapassar 2 horas, - a NE deve ser protegida de intempéries e da incidência direta da luz solar.. - Condições diferentes podem ser aceitas desde que comprovadamente validadas, de forma a garantir a qualidade da NE GARANTIA DA QUALIDADE Controle de Qualidade da Nutrição Enteral A NE deve ser submetida aos seguintes controles: a) inspeção visual para assegurar a integridade física da embalagem e condições organolépticas gerais. b) verificação da exatidão das informações do rótulo, c) avaliação microbiológica em amostra representativa das preparações realizadas em uma sessão de manipulação, que deve atender os limites microbiológicos abaixo: d) microorganismos aeróbicos mesófilos - menor que 103 UFC/g antes da administração; e)Bacillus cereus menor que 103 UFC/g; f)Coliformes menor que 3 UFC/g g) Escherichia coli - menor que 3 UFC/g; h) Listeria monocytogenes - ausente i) Salmonella s - ausente. j) Sthaphylococcus aureus menor que 3UFC/g k) Yersinia enterocolitica ausente l)Clostridium perfrigens - menor que 103 UFC/g; Prazo de validade - Toda NE deve apresentar no rótulo o prazo de validade com indicação das condições para sua conservação. - A determinação do prazo de validade pode ser baseada em informações de avaliações da estabilidade da composição e considerações sobre a sua qualidade microbiológica e ou através de realização de testes de estabilidade. - Ocorrendo mudança significativa no procedimento de preparação, equipamentos, insumos, materiais de embalagem ou ainda de manipulador, que possa afetar a estabilidade e, portanto alterar o prazo de validade da NE, deve ser realizado novo estudo de estabilidade. Documentação A documentação referente a garantia da qualidade da NE preparada deve ser arquivada durante 5 anos. Inspeções - A UND da UH ou EPBS está automaticamente sujeita à inspeção de órgãos competentes de acordo com Anexo IV - Roteiro de Inspeção, cujas conclusões devem ser devidamente documentadas. - As UH e EPBS devem proceder auto inspeções a cada 6 (seis) meses, tendo como base o Roteiro de Inspeção (Anexo IV) que deve ser encaminhado, devidamente preenchido, à autoridade sanitária local. 8 Questões: 1) A nutrição enteral é de indicação rotineira, com eficácia comprovada, diante das seguintes complicações: (A) Quimioterapia em altas dosagens, pós-operatório imediato, choque (B) Fístulas de alto débito, pancreatite aguda grave, pré- operatório imediato (C) Disfagia grave, fístulas digestivas de baixo débito, grandes queimados (D) Obstrução intestinal mecânica complexa, enterite aguda e politraumatismo 2) Em terapia nutricional enteral de adultos, quando se analisa o fator tempo na indicação da via de acesso, passa-se a recomendar preferencialmente a ostomia em relação à sonda nasal, quando se prevê uso da terapia por período maior que: (Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara – 2002) (A) 2 semanas (B) 3 semanas (C) 5 semanas (D) 6 semanas 3) Na seleção de dietas enterais é importante considerar que a presença de goma guar numa formulação contribui para: (Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara – 2002) (A) Retardar esvaziamento gástrico e trânsito intestinal (B) Retardar esvaziamento gástrico e acelerar trânsito intestinal (C) Acelerar esvaziamento gástrico e retardar trânsito intestinal (D) Acelerar esvaziamento gástrico e trânsito intestinal 4) Na seleção de dietas enterais é importante considerar a densidade calórica que, em fórmulas normocalóricas é padrão variar de: (Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara – 2002) (A) 0,6-0,8kcal/ml (B) 0,9-1,2kcal/ml (C) 1,3-1,5kcal/ml (D) 1,6-2,0kcal/ml 5) De acordo com a atual legislação vigente para Terapia de Nutrição Enteral o teor de Staphylococcus aureus deve ser menor que: (Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara – 2002) (A) 3 unidades formadoras de colônia (UFC)/g (B) 5 unidades formadoras de colônia/g (C) 10 unidades formadoras de colônia/g (D) 102 unidades formadoras de colônia/g 6)Com relação às dietas enterais, não é correto afirmar que: (Ministério da Saúde 2005) (A) o teor protéico em formulas enterais fornece de 4 a 32% do total de quilocalorias; (B) as formulas poliméricas contem proteínas intactas biologicamente completas, como caseinato, lactoalbumina, carne e proteína isolada de soja; (C) As fontes de carboidratos usadas em formulas enterais são frutas e vegetais, xarope de milho sólido, amido hidrolisado de milho e tapioca, maltodextrinas, sacarose, frutose e glicose; (D) são necessários 6% das calorias diárias na forma de acido linoléico para prevenir deficiência de ácidos graxos essenciais; (E) as formulas padrão contêm de 80 a 85% de água livre, as formulas com maior densidade calórica podem ter 60% de água livre. 7) Na avaliação das formulas alimentares por sonda, além da concentração de calorias, proteínas, carboidratos, gorduras, minerais e vitaminas, é importante observar a: A) liquidez B) osmolaridade C) digestibilidade D) homogeneidade 8) Uma dieta enteral poliméricaindustrializada, contendo 1,3 kcal/ml e uma osmalalidade de 330 mOsmol/kg de água, é categorizada, respectivamente, como: (Concurso da Residência Nutrição HUPE- 2004) (A) normocalórica / hipertônica (B) hipercalórica / hipertônica (C) normocalórica / isotônica (D) hipercalórica / isotônica 9) “O gotejamento continuo é uma forma mais comum de administração de alimentação enteral” . Paciente, criticamente enfermo, iniciará terapia de nutrição enteral com um volume total de 1500 ml/dia. Considerando o gotejamento contínuo, você prescreveria inicialmente um volume de: (Bombeiros – nutricionista – 2001) (A) 60 a 80 ml/h (B) 30 a 50 ml/h (C) 10 a 20 ml/h (D) 55 a 65 ml/h (E) 80 a 100 ml/h 10) Forma de alimentação enteral planejada para facilitar a digestão e a absorção com suprimento de macronutrientes, particularmente proteínas, em uma forma hidrolisada ou parcialmente hidrolisada, tais como peptídeos ou aminoácidos é reconhecida como: (Bombeiros – nutricionista – 2001) (A) monomérica (B) modular (C) polimérica (D) dietas para fins especiais (E) artesanal 11) Para um paciente com trato gastrintestinal funcionante, porém com retardo no esvaziamento gástrico, náuseas e vômito, deve-se optar pelo suporte nutricional: (PMRJ 2000) (A) enteral por via nasogástrica (B) enteral por via nasoduodenal 9 (C) oral (D) parenteral total (E) parenteral periférico 12) A carga de soluto renal tolerada pelos rins numa situação normal é de 800 a 1.200 mOsm/1. Qual a carga de soluto renal em uma formulação enteral contendo 54,3 mEq de sódio, 85,8 mEq de potássio e 52,2 mEq de cloreto? (A) 96 mOsm/1 (B) 128 mOsm/1 (C) 192 mOsm/1 (D) 256 mOsm/1 (E) 320 mOsm/1 13) Qual a contra-indicação absoluta de alimentação por via enteral? (CSM) (A) fÍstulas enterocutaneas de baixo debito (B) Íleo pos-operatorio prolongado (C) desnutrição moderada (D) queimaduras (E) câncer 14) A diarréia é uma complicação comum ao uso de nutrição enteral. Quanto aos fatores relacionados à formula que possam justificar a diarréia, assinale a alternativa incorrecta: (A) alta osmolaridade da dieta (B) intolerância a lactose (C) contaminação da dieta (D) intolerância ao volume administrado (E) presença de má absorção ou de outros distúrbios gastrointestinais 15) A implementação da terapia nutricional enteral no paciente crítico deve ocorrer em curto espaço de tempo. Para inicio da sua administração é exigência primária: (HUPE 2002) (A) albumina sérica acima de 2mg/dl (B) hemoglobina acima de 10mg/dl (C) balanço acido-basico normal (D) estabilidade hemodinâmica 16) De acordo com a RDC n° 63 de 6/07/2000, SUS/MS, as formulações enterais devem ser preparadas obedecendo normas especificas, com o objetivo de garantir a qualidade do produto. As amostras representativas colhidas em uma sessão de manipulação, ao serem avaliadas microbiologicamente, devem ser isentas de: (HUPE 2002) (A) staphylococcus aureus, salmonela, coliformes (B) escherichia coli, coliformes, clostridium perfringens (C) yersína enterocolítica, salmonela, listeria monocytogenes (D) listeria monocytogenes, clostridium perfringens, bacillus cereus 17) O paciente submetido à terapia nutricional enteral por tempo prolongado pode apresentar a seguinte complicação mecânica devido à sonda: (HUPE 2002) (A) rouquidão (B) obstrução (C) aspiração (D) deslocamento 18) Entende-se por formula enteral polimérica aquela que é: (PMRJ-2001) (A) composta de macronutrientes íntegros, principalmente proteínas inteiras (B) composta de proteínas hidrolisadas (C) administrada em períodos de tempo específicos por todo o dia (D) uma mistura de nutrição parenteral total e cíclica (E) administrada diretamente dentro de uma veia periferica (D) hidrolizada 19) A ostomia é a colocação cirúrgica de sonda, sendo indicada nos casos de: (Governo do Estado do Piauí –2006) (A) odinofagia; (B) coma prolongado; (C) refluxo gastroesofágico; (D) risco de aspiração; (E) vômitos 20) Sem uma fonte adicional de líquidos, os pacientes alimentados com sondas podem não obter água livre suficiente para suprir suas necessidades hídricas. Marque a alternativa CORRETA: (Itaboraí, 2006) (A) as fórmulas padrão contêm de 90 a 95% de água livre, as fórmulas com densidade energética maior podem ter apenas 75% de água livre (B) as fórmulas padrão contêm de 60 a 75% de água livre, as fórmulas com densidade energética maior podem ter apenas 45% de água livre (C) as fórmulas padrão contêm de 90 a 95% de água livre, as fórmulas com densidade energética maior podem ter apenas 65% de água livre (D) as fórmulas padrão contêm de 80 a 85% de água livre, as fórmulas com densidade energética maior podem ter apenas 60% de água livre (E) as fórmulas padrão contêm de 55 a 75% de água livre, as fórmulas com densidade energética maior podem ter apenas 40% de água livre 21) As fórmulas poliméricas caracterizam-se por oferecer: (Marica, 2006) (A) nutrientes sob a forma de oligossacarídeos (B) alimentos in natura e/ou industrializados liquefeitos (C) nutrientes não hidrolisados em soluções de baixa osmolaridade (D) nutrientes na sua forma mais simples e hidrolisados (E) apenas alimentos industrializados liquefeitos 22) Dentre as orientações para o emprego da nutrição enteral (NE), assinale a alternativa correta. (A) Deve-se prescrever a NE em casos de íleo paralítico. (B) O peristaltismo intestinal não interfere no posicionamento da sonda. (C) Para as sondas de localização duodenal e jejunal, prefere-se utilizar as fórmulas hiperosmóticas. 10 (D) No que se refere à composição das fórmulas enterais, a ingestão de ácidos graxos essenciais deve ser de 3% a 4% do total das necessidades energéticas. (E) Atualmente, as fórmulas especializadas para diabéticos apresentam quantidades mais baixas de gordura total. 23) São indicações de nutrição enteral (UFSC – 2003): (A) manter trofismo intestinal (B) trato gastrointestinal intacto (C) grave comprometimento do trato gastrointestinal (D) as alternativas A e B são corretas 24) De acordo com a resolução n63, de 6/7/2000, da secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde do Brasil, a nutrição enteral engloba fórmulas de (UFSC – 2003): (A) composição definida ou estimada, destinada a pacientes desnutridos ou não desnutridos (B) composição definida, destinada a pacientes desnutridos (C) composição definida, destinada a pacientes desnutridos ou não desnutridos (D) composição definida ou estimada, destinada a pacientes desnutridos 25) A osmolaridade ideal das dietas enterais, para evitas complicações como diarréias, náuseas e vômitos, deve ser de, aproximadamente (mOsm/l) (UFSC – 2003): (A) 650 (B) 500 (C) 380 (D) 480 26) De acordo com a Resolução n.° 63, de 6/07/2000, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde do Brasil, a Nutrição Enteral não industrializada deve ser administrada: (A) Imediatamente após sua manipulação (B) Até 6 horas após sua manipulação (C) Até 12 horas após sua manipulação (D) Até 24 horas após sua manipulação 27) Embora não seja totalmente unânime, comumente o período de tempo que diferencia Nutrição Enteral de curto e de longo prazo é de: (A) 10 dias (B) 2 semanas (C) 6 semanas (D) 10 semanas 28) Dentre as situações citadas abaixo, constitui indicação de colocação pós-pilórica da sonda para Nutrição Enteral: (A) Lesão de face e mandíbula (B) Gastroparesia (C) Obstrução intestinal (D) Caquexia cardíaca 29) A utilização de fibras solúveis em Nutrição Enteral: (A) Acelera trânsito intestinal (B) Retarda esvaziamento gástrico (C) Retarda a atividade da lipase lipoprotéica (D) Acelera a absorção da glicose 30) O regulamento técnico para Terapia de Nutrição Enteral (NE), que fixa os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Enteral (RDC n63, de 6 de julho de 2000) estabeleceque num hospital: (A) que possui lactário este pode ser compartilhado apenas com a sala de envase da NE, sem restrição; (B) que possui lactário este pode ser compartilhado integralmente com todos os ambientes que envolvem a preparação da NE, sem restrições; (C) a sala de manipulação e envase da NE pode ser compartilhada com a área de preparo da cozinha se existirem procedimentos escritos definindo horários distintos de utilização (D) que possui lactário este pode ser compartilhado com a sala de manipulação e envase de NE se existirem procedimentos escritos definindo horários distintos de utilização (E) mesmo que haja lactário no hospital o compartilhamento dos ambientes de preparo e envase de NE e de fórmulas infantis não pode ser permitido, em nenhum aspecto 31) D. Júlia 45 anos, com seqüela neurológica devido a acidente automobilístico, recebe nutrição enteral domiciliar via gastrostomia há 2 anos. Está impossibilitada de receber alimentação por via oral e não recebe hidratação venosa. Portanto, as necessidades hídricas de dona Júlia devem ser fornecidas exclusivamente por via enteral. As necessidades de fluidos, ml/Kg, para adultos podem ser estimadas em: (Residência HUPE / 2007) (A) 30 a 35 (B) 20 a 25 (C) 35 a 40 (D) 25 a 30 32) Paulo, 62 anos, internou na enfermaria de cirurgia de tórax para ser submetido a esofagectomia. Durante a cirurgia, foi confeccionada uma jejunostomia para instituir nutrição enteral precoce. O nutricionista optou por prescrever uma dieta a base de di e tripeptídeos porque esta formulação (Residência HUPE / 2006): (A) é melhor absorvida do que uma dieta à base de aminoácidos cristalinos (B) favorece maior retenção nitrogenada que proteínas intactas (C) tem maior osmolaridade do que as dietas monoméricas (D) requer pequena capacidade de digestão de peptídeos 33) A melhor via de acesso indicada para Terapia nutricional prolongada (menor que seis semanas), considerando um paciente, homem idoso, desnutrido (75% do peso habitual), com comprometimento total da capacidade de deglutição logo após acidente vascular encefálico, é: (Residência – HUPE/2000) (A) Cateter nasogástrico 11 (B) Cateter nasoentérico (C) Periférica para NPP (D) Jejunostomia (E) Gastrostomia 34) Nas dietas poliméricas e oligoméricas, a proteína veiculada é oriunda de alimentos que são fontes de proteína animal ou vegetal. A proteína obtida através do tratamento térmico de uma emulsão aquosa de soja, posteriormente desidratada ou liofilizada, é classificada como (Residência – HUPE/2002): (A) Intacta (B) Elementar (C) Aglutinada (D) Hidrolisada 35) O conhecimento das fontes de substratos e sua apresentação nas formulações enterais se fazem necessário para prescrição dietética. O aumento da absorção da água e do sódio, diminuindo o risco de diarréia, pode ser favorecido pela proteína na seguinte forma (Residência – HUPE/2004): (A) Intacta (B) Elementar (C) Oligomérica (D) Parcialmente hidrolisada 36) Durante a administração de dieta enteral, a melhor conduta para um paciente que apresenta distensão abdominal é: (Residência – HUPE/1997) (A) Utilizar laxativos (B) Reduzir gotejamento (C) Utilizar dietas isentas de fibras (D) Administras água após a dieta (E) Aumentar a concentração da dieta 37) A nutrição enteral é de indicação rotineira, com eficácia comprovada, diante das seguintes situações (Residência – HUPE/1992): (A) quimioterapia em altas dosagens, pós-operatório imediato e choque; (B) fístula de alto débito, pancreatite aguda grave, pré- operatório imediato (C) disfagia grave, fístula digestiva de baixo débito e grandes queimados (D) Obstrução intestinal mecânica completa, enterite aguda e politraumatismos (E) Enterite aguda, grandes traumatizados e desnutrição moderada com baixa ingestão oral 38) A osmolaridade é a medida de concentração das partículas osmoticamente ativas na solução. Os principais componentes dietéticos que influenciam a osmolaridade são: (A) açúcares simples e lipídios (B) açúcares compostos e lipídios (C) cloreto de sódio e açúcares simples (D) cloreto de sódio e açúcares compostos 39) José, 25 anos, índice de massa corporal = 25,2 kg/m², foi operado há três dias para ressecção de hemangioma hepático. Apresenta-se, no momento, com peristalse inaudível, distensão abdominal franca e cateter nasogástrico em sifonagem, com drenagem de 800ml nas últimas 24 horas, estando impossibilitado de alimentar-se via oral. A conduta nutricional correta para o momento é dieta do tipo: (A) Nutrição parenteral periférica (B) Nutrição parenteral total (C) Enteral (D) Zero Considere o quadro abaixo para responder as questões 13 e 14: João, 45 anos, portador de cirrose crônica, ascite e varizes de esôfago, é internado no CTI devido a encefalopatia hepática grau IV. Apresenta-se com hipoalbuminemia e desnutrição grave. 40) O tipo de acesso para nutrição enteral mais indicado neste momento é: (A) cateter nasoentérico (B) cateter nasogástrico (C) gastrostomia (D) jejunostomia 41) Devido ao estado clínico de João, a oferta de líquidos deve ser bem controlada. Na discussão do caso junto à equipe, o nutricionista é questionado em relação ao volume de água livre ofertado através da dieta enteral que João recebe. Sabendo que o paciente recebe 1000ml de dieta enteral ao dia, com densidade calórica de 1,5 kcal/ml, o nutricionista deverá responder que o volume de água livre, em média, é, em ml, de: (A) 690 a 710 (B) 760 a 780 (C) 800 a 860 (D) 870 a 900 42) Recentemente, vários estudos têm proposto o uso de alimentação enteral precoce após trauma e/ou sepse, prevenindo complicações freqüentes, com exceção de: (A) secreção excessiva de hormônios catabólicos (B) aumento do balanço nitrogenado negativo (C) aumento da carga bacteriana intestinal (D) translocação bacteriana (E) distensão abdominal 43) Os alimentos que podem ser utilizados na alimentação enteral são: (Prefeitura Municipal de Diadema/SP – 1999) (A) sucos de frutas, açúcar, amido, caseinatos, gema de ovo, leite e creme de leite. (B) açúcar, solução fisiológica, suco de frutas e frutas em pedaços. (C) caldo de carne, vegetais crus, caseinatos e farinhas. (D) suco de laranja, alimentos pastosos, açúcar e legumes. (E) creme de leite, carnes, farinha e ovos. 44) Na prática clínica, a terapia nutricional com fórmula imunomoduladora deve ser iniciada no seguinte caso: (Angra dos Reis – 2008) 12 (A) em pacientes com septicemia (B) no período pré-operatório de uma grande cirurgia (C) no pós-operatório de pequenas cirurgias (D) em pacientes em coma (E) no caso de encefalopatia hepática 45) O aminoácido abaixo citado é usado em nutrição enteral nas situações clínicas que cursam com imunossupressão: (Niterói - 2008) (A) triptofano. (B) histidina. (C) cisteína. (D) arginina. (E) metionina. 46) Em uma dieta enteral com 1500ml, ofertou-se 200g de carboidratos, 80g de lipídios e uma densidade calórica de 1,2kcal/ml. A relação kcal não protéica / g de nitrogênio da dieta é: (Secretaria Estadual de Saúde / 2009) (A) 21,7 (B) 25,7 (C) 135,7 (D) 160,7 (E) 118,60 47) Considerando as características das fórmulas enterais, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) em cada uma das assertivas abaixo: (Especialização INCA/2009) ( ) Dietas normocalóricas apresentam densidade calórica entre 0,9 e 1,2 kcal/ml ( ) Dietas contendo aminoácidos promovem maior estímulo à produção de hormônios intestinais do que dietas contendo proteínas intactas ( ) Dietas com maiores densidades calóricas apresentam menores quantidades de água ( ) Dietas poliméricas apresentam especialmente as proteínas na forma intacta ( ) Dietas enterais contendo 300 a 350 mOsm/Kg de água são consideradas isotônica Assinale a alternativa CORRETA: (A) F, F, V, V, V (B) V, F, V, V, V (C) F, V, V, V, F (D) F, V, F,V, V 48) São consideradas contra-indicações da nutrição enteral: (Especialização INCA/2009) (A) Obstrução intestinal completa, íleo paralítico e esvaziamento gástrico comprometido (B) Íleo paralítico, refluxo gastroesofágico e sangramento do trato digestivo (C) Obstrução intestinal completa, íleo paralítico e má absorção extrema (D) Obstrução intestinal incompleta, gastroparesia e íleo paralítico 49) São consideradas vantagens do cateter de posicionamento gástrico, EXCETO: (A) Menor risco de saída acidental da sonda (B) Progressão mais rápida da dieta (C) Meio mais fisiológico para fornecimento de nutrientes (D) Melhor tolerância a fórmulas hiperosmóticas 50) Você faz parte de uma Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional e identifica a necessidade de orientar sua equipe quanto à água utilizada no preparo de nutrição enteral. Você esclarece que esta água deve ser : (A) filtrada (B) mineral (C) ionizada (D) destilada 51) A Terapia de Nutrição Enteral em uma Unidade Hospitalar deverá abranger obrigatoriamente as seguintes etapas: (Aeronáutica/2009) A) Indicação e prescrição médica / Prescrição dietética / Preparação, conservação e armazenamento / Transporte / Administração / Controle clínico laboratorial / Avaliação final. B) Indicação e prescrição dietética / Preparação, conservação e armazenamento / Transporte / Administração / Controle Clínico Laboratorial / Avaliação final. C) Indicação e prescrição médica / Preparação, conservação e armazenamento / Transporte / Administração / Controle Clínico Laboratorial / Avaliação final. D) Indicação e prescrição médica / Prescrição dietética / Preparação e conservação / Transporte / Administração / Controle Clínico Laboratorial / Avaliação final. 52) Segundo a RDC n°63/2000, a indicação da Terapia de Nutrição Enteral deverá ser precedida da avaliação nutricional do paciente e repetida no máximo a cada: (Aeronáutica/2009) A) 5 dias. B) 15 dias. C) 10 dias. D) 30 dias. 53) O profissional responsável pela avaliação do paciente para indicação ou não da Terapia de Nutrição Enteral é: (Aeronáutica/2009) A) Nutricionista. B) Médico. C) Enfermeiro. D) Técnico de enfermagem 54) Quando houver a necessidade de conservação da nutrição enteral preparada, esta deverá ser mantida sob refrigeração, em geladeira exclusiva para medicamentos, em uma temperatura de: A) 0°C a 4°C. B) 0°C a 8°C. C) 2°C a 8°C. D) 4°C a 6°C. 13 55) Podem ser indicações de terapia de nutrição enteral com sonda nasogástrica, EXCETO: (Aeronáutica/2009) A) Hiperemese gravídica. B) Caquexia cardíaca. C) Queimaduras em grande extensão. D) Anorexia nervosa. 56) O TCM é um recurso muito utilizado em fórmulas de Nutrição Enteral devido a sua absorção e digestão facilitada no trato gastrintestinal, além de contribuir para aumentar a densidade calórica dessas fórmulas. Assinale quantas calorias são fornecidas por 14mL de TCM em uma fórmula: (Aeronáutica/2009) (A) 126kcal. (B) 47,6kcal. (C) 112kcal. (D) 56kcal. 57) Na prática clínica, das situações abaixo, a que está INCORRETA, em relação à suplementação de glutamina é: (Macaé, 2009) (A) doenças inflamatórias intestinais e fases adaptativas após ressecções maciças (B) hipercatabolismo como câncer, choque, sepse e queimaduras severas (C) jejum digestivo, com suplementação por via enteral (D) transplante, em especial, no de medula óssea 58) Das alternativas abaixo, aquela que NÃO se relaciona com a terapia de nutrição enteral é: (Macaé, 2009) (A) A terapia nutricional enteral é indicada quando houver risco de desnutrição, ou seja, quando a ingestão oral for inferior a 2/3 a ¾ das necessidades diárias nutricionais (B) A osmolaridade e a osmolalidade refletem a concentração de partículas osmoticamente ativas na solução, por esta razão, para fins comparativos de fórmulas, torna-se desnecessário padronizar as grandezas das medidas (C) As fórmulas que apresentam valores de densidade calórica de 0,9 a 1,2 kcal/ml são classificadas como padrão (D) As formulas enterais que apresentam valores de osmolalidade de solução entre 300 e 350 mOsm/kg são classificadas como isotônicas. 59) De acordo com a resolução RDC n.º 63 de 06 de julho de 2000, as amostras de nutrição enteral manipuladas para contraprova devem ser conservadas sob refrigeração à temperatura de: (Marinha – 2009) (A) +2ºC a +8ºC durante 48 horas após seu prazo de validade (B) +2ºC a +8ºC durante 72 horas após o seu preparo (C) +2ºC a +8ºC durante 72 horas após seu prazo de validade (D) +2ºC a +10ºC durante 48 horas após o seu preparo (E) +2ºC a +10ºC durante 72 horas após seu prazo de validade 60) Correlacione a 1ª coluna (complicações metabólicas mais freqüentes da nutrição enteral) com a 2ª coluna (descrição da causa mais comum da complicação metabólica). (Polícia Militar 2010) 1ª coluna 2ª coluna 1. Hiponatremia ( ) insuficiência renal 2. HIpocalemia ( ) diarréia 3. Hiperfosfatemia ( ) hiperhidratação 4. Desidratação ( ) oferta energética excessiva 5. Hiperglicemia ( ) síndrome de realimentação Assinale a alternativa que apresenta a ordem correta: (A) 3, 4, 1, 5, 2 (B) 2, 1, 4, 3, 5 (C) 4, 3, 2, 5, 1 (D) 1, 2, 3, 4, 5 61) Em relação à Terapia Nutricional Enteral e Parenteral assinale a alternativa INCORRETA: (PM São Gonçalo 2010) (A) Para pacientes com câncer no estômago é fundamental que a nutrição enteral seja composta por dieta oligoméricas ou monoméricas, pois a maioria dos pacientes não tolera bem as fórmulas poliméricas (B) Em pacientes com fístula digestiva pós-operatória de alto débito, associada à distensão abdominal, a nutrição parenteral é a conduta preferencial, pois propicia repouso intestinal e favorece o fechamento espontâneo da fístula. (C) Pacientes em uso de Nutrição Parenteral Total (NPT) podem apresentar colestase e hipofosfatemia (D) A localização da sonda em posição jejunal permite boa aceitação de fórmulas hiperosmolares (E) Quando houver risco de broncoaspiração a sonda de alimentação enteral deve ser posicionada após o piloro 62) Após analisar o rótulo da dieta enteral que se segue, assinale a alternativa CORRETA: (PM São Gonçalo 2010) (A) A dieta apresenta elevada densidade calórica ideal para ser utilizada em pacientes hipermetabólicos e com restrição hídrica (B) Esta dieta é levemente hipertônica o que pode ser observado pelo valor da relação kcal não protéica / g de nitrogênio 14 (C) A dieta em questão apresenta um baixíssimo teor de proteína o que pode ser evidenciado pelo valor da relação kcal/g de nitrogênio (D) Esta dieta é própria para ser administrada via sonda pós- pilórica pois apresenta seus macronutrientes na forma intacta, ou seja, polimérica. (E) A fonte de lipídios utilizada é TCM, favorecendo absorção e o fornecimento de calorias imediatas para o paciente que estiver utilizando a mesma. 63) Na indicação e emprego de terapia nutricional enteral, deve-se considerar que: (Emgepron 2010) (A) a localização duodenal e jejunal da sonda permite boa aceitação de fórmulas hiperosmóticas. (B) a motilidade gástrica é menor com soluções nutricionais enterais de pH superior a 3,5. (C) a alimentação via sonda nasogástrica apresenta alto risco de aspiração para pacientes com dificuldades neuromotoras da deglutição (D) a osmolaridade da fórmula enteral é influenciada principalmente pelo conteúdo de lipídios e amido da solução Ronaldo, 65 anos internou na enfermaria de clínica médica com pneumonia e derrame pleural. Após três dias de tratamento evoluiu com sepse, sendo transferido para a Unidade de Terapia Intensiva. Foi realizada intubação endotraqueal, realizada hidratação venosa associada de antibioticoterapia e indicação de alimentação enteral. De acordo com o caso, responda as questões 64 e 65. (Residência HUPE/2011) 64) Os componentes da fórmula a ser infundida que representam elevadacarga de soluto renal são: (A) sódio, cálcio e ferro (B) sódio, potássio e cloreto (C) magnésio, cálcio e fósforo (D) magnésio, fósforo e potássio 65) No 8º dia de internação na Unidade de Terapia Intensiva, Ronaldo apresentou vômito em grande volume seis horas após a infusão da 3ª etapa de nutrição enteral. A equipe de enfermagem programou a aspiração da sonda com seringa de 50ml antes de cada infusão e a cada 4 horas nos 5 dias subseqüentes. O nutricionista responsável verificou que o volume do aspirado gástrico foi de 160ml. Diante desta situação, a equipe tomou a seguinte conduta: (A) mantê-la, retornando o aspirado gástrico (B) mantê-la, desprezando o aspirado gástrico (C) suspende-la, mantendo a sonda em sifonagem (D) suspende-la, reposicionando a sonda a nível entérico 66) Débora é nutricionista responsável pela manipulação de dietas enterais num hospital universitário. Segundo a RDC n.º 63, compete a Débora: (Residência HUPE/2011) (A) arquivar durante 01 ano a documentação referente a garantia da qualidade da nutrição enteral (B) afixar, em local visível, a planilha com as datas referentes à última e a próxima calibração da balança de pesagem (C) assegurar que a entrega da nutrição enteral industrializada seja acompanhada do certificado de análise emitido pelo fabricante (D) garantir que os rótulos da nutrição enteral apresentem duração da sessão de preparo e o nome do responsável pela prescrição 67) Na impossibilidade da utilização da via oral para a administração da dieta, a via enteral se torna a opção mais fisiológica. Quanto à via de acesso da dieta enteral, é CORRETO afirmar que: (Residência UFRJ/2011) (A) a nasoduodenal geralmente é utilizada para nutrição no pós-operatório em combinação com a descompressão gástrica (B) a jejunostomia é indicada quando a nutrição for inferior a 3 semanas devido ao risco de aspiração pulmonar (C) a nasogástrica é preferencial para a nutrição de curta duração e permite a administração contínua (D) a nasoentérica permite o uso de sondas de maior calibre que a enterostomia, o que facilita a administração de dietas com maior osmolaridade 68) Assinale a alternativa que indica os casos em que a terapia nutricional enteral é contra-indicada. (Fiocruz/2010) (A) alcoolismo crônico, pancreatite e anorexia nervosa. (B) trauma, neoplasias e septicemia. (C) refluxo gastroesofágico intenso, enterocolite grave e pancreatite aguda grave. (D) inconsciência, fístula grave e doença de Crohn. (E) íleo paralítico, depressão grave e queimaduras. 69) Na transição da alimentação enteral por sonda para a oral aconselha-se uma dieta: (Fiocruz/2010) (A) rica em proteínas e TCM. (B) rica em carboidratos simples e proteínas. (C) pobre em lipídeos e carboidratos simples. (D) pobre em proteínas e rica em lipídeos. (E) pobre em carboidratos simples e aminoácidos essenciais. 70) O método de administração intermitente por bolus da dieta enteral por sonda é indicado em pacientes com: (IABAS/2010) (A) sistema digestório não funcionante (B) peristalse ausente (C) esvaziamento gástrico normal (D) estase gástrica (E) hemorragia digestiva alta 71) Assinale a opção correta: (Residência UFF/2011) (A) As principais complicações da nutrição enteral estão relacionadas à sonda, à dieta, ao método de preparo, à administração e às alterações metabólicas. (B) A utilização do trato gastrointestinal é sempre a via preferida para ministrar os alimentos/nutrientes, mesmo que este não esteja funcionando. (C) Existem evidências de que o uso de terapia nutricional parenteral, por curto prazo (7 – 10 dias), em pacientes desnutridos, tem impacto significativo no aumento da incidência de morbidade e mortalidade. 15 (D) A escolha da fórmula enteral adequada exige avaliação da capacidade digestiva e conhecimento da fonte do substrato nutricional. 72) Assinale a opção cujos nutrientes são os que mais elevam a osmolalidade da fórmula enteral. (Residência UFF/2011) (A) Eletrólitos e triglicerídios de cadeia longa. (B) Amido e triglicerídios de cadeia média. (C) Monossacarídios e proteínas intactas. (D) Dissacarídios e aminoácidos. 73) Alguns nutrientes são chamados de imunomoduladores e são estudados por apresentarem a possibilidade de influir no estado imunológico. (residência UFF/2011) Aos imunomoduladores são atribuídas as seguintes funções: (A) nucleotídeos reduzem a toxicidade de células Natural Killer. (B) arginina é importante supressora de ácido nítrico. (C) ácidos graxos ômega-3 são supressores da secreção de prostaglandinas e leucotrienos da série par. (D) fibras insolúveis aumentam a translocação bacteriana. 74) A dieta enteral por cateteres pode ser administrada de forma intermitente ou contínua. Com relação a esses dois métodos, podemos afirmar: (Residência UFF/2011) (A) A alimentação contínua permite maior mobilidade ao paciente que pode deambular. (B) A alimentação intermitente deve ser utilizada, preferencialmente, por pacientes com esvaziamento gástrico normal. (C) A alimentação intermitente é mais indicada para pacientes que necessitam de uma administração mais lenta. (D) A alimentação contínua pode ser feita pela técnica de gotejamento ou em “bolo”. 75) A imunonutrição como intervenção nutricional tem indicações clínicas nas quais se evidenciam inúmeros benefícios. Entretanto, há pacientes que não são candidatos a receber dietas imunomoduladoras, dentre eles, os pacientes: (Corpo de Saúde da Marinha, 2011) (A) submetidos a intervenção cirúrgica eletiva (B) queimados (C) com câncer, no perioperatório de cirurgia de cabeça e pescoço, independente do risco nutricional (D) com sepse grave em UTI, que não toleram mais que 700ml de fórmula enteral/dia (E) com incompleta ressucitação ou hipoperfusão esplênica 76) As doses recomendadas para o uso de nutrientes imunomoduladores como a glutamina e a arginina são, respectivamente: (Corpo de Saúde da Marinha, 2011) (A) 0,2 a 0,57g/kg peso atual/dia e 300 a 500mg/kg/dia (B) 0,5 a 0,9g/kg peso atual/dia e acima de 30g/dia (C) 0,2 a 0,57g/kg peso atual/dia e até 3% VET (D) 0,5 a 0,9g/kg peso atual/dia e 300 a 500mg/kg/dia (E) 0,5 a 0,9 g/kg peso atual/dia e até 30g/dia GABARITO: 1C 2D 3A 4B 5A 6D 7B 8D 9D 10A 11B 12C 13B 14E 15D 16C 17A 18A 19B 20D 21C 22D 23D 24A 25C 26A 27C 28B 29B 30D 31A 32A 33B 34A 35C 36B 37C 38C 39D 40A 41B 42E 43A 44B 45D 46C 47B 48C 49A 50A 51A 52C 53B 54C 55A 56C 57C 58B 59C 60 A 61D 62A 63C 64B 65A 66C 67C 68C 69C 70C 71A 72D 73C 74B 75E 76A
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