Aula 1 Iniciação Esportiva

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Iniciação Esportiva
Modelos de Ensino 
para Iniciação 
Esportiva
Profa. Ma. Vanessa Menegassi
Devemos nos lembrar que a essência do 
esporte não está na marca ou no escore, 
mas nos esforços e na habilidade 
despendidos para atingi-lo. 
Jigoro Kano
Apresentação
APRESENTAÇÃO
Bacharelado em Educação Física
Universidade Estadual de Maringá
2 0 1 2
2 0 1 6
Mestrado em Educação Física
Universidade Estadual de Maringá
Doutorado em Educação Física
Universidade Estadual de Maringá
2 0 1 6
2 0 1 8
2 0 1 8
2 0 2 3
Doutorado Sanduíche (PDSE)
Duke University – North Carolina (USA)
2 0 2 1
2 0 2 2
Grupo de Estudos e Pesquisas Aplicadas em Futebol
GEPAFUT-UEM
Treinadora de Futebol
CERFUT / IAS / MARINGÁ FC
Coordenadora de Desenvolvimento / Setor de Análise de Desempenho
Instituto Alex Santos / Aruko Esportes Brasil
Pesquisadora Supervisora
Program Academia & Futebol / Ministério da Cidadania
Consultora Científica
Futebol Interativo
Vanessa Menegassi
@vanessamenegassi
2 0 2 2
2 0 2 2
Soccer Coaching License (D)
United States Soccer Federation
Superintendente de Esporte e Lazer
Prefeitura de Maringáwww.vanessamenegassi.com
Unidade I
Iniciação Esportiva
Estrutura da Aula
• Esporte na Educação Física escolar, centros de formação e clubes
• Dimensões do Desenvolvimento Esportivo
• Modelo de Ensino do Esporte – Iniciação Esportiva Universal 
CONTEXTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE
“Na escola, especificamente na disciplina de Educação Física, é fundamental proporcionar 
aos alunos meios para desenvolverem seu conhecimento geral e específico na área da 
atividade física, esportes e lazer, oportunizando ao mesmo tempo a apropriação de uma 
cultura corporal, de uma cultura esportiva e não somente o saber fazer”
(GRECO; PRAÇA; MORALES, 2018) 
CENTROS DE FORMAÇÃO E
CLUBES DE INICIAÇÃO ESPORTIVA
(ONU, 2003; BAILEY, 2005; RESENDE, 2018) 
Devem objetivar o “Esporte Educacional” e de “Participação”;
A tentativa de reproduzir na escola e nos ambientes de 
iniciação esportiva, o esporte espetáculo ou servir-se 
deles como viveiro de “atletas” enfatizando a 
competição, a vitória e a exclusão dos menos 
habilidosos, enfraqueceu a componente educativa.
Nos Centros de Formação ou “Escolinhas” e Clubes ocorre muitas vezes o ênfase 
no ensino de um único esporte;
INICIAÇÃO ESPORTIVA
O esporte possui um lugar importante na formação das
crianças e dos jovens.
A participação esportiva influencia a inclusão social, a
saúde mental e física e a melhoria cognitiva e
acadêmica dos jovens.
A ONU, enaltece o esporte como inclusivo e promotor da
cidadania, contribuindo para a economia e fomentando
um ambiente limpo e saudável.
(ONU, 2003; BAILEY, 2005; RESENDE, 2018) 
DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO ESPORTIVO
04
Os comportamentos individuais e coletivos adotados
pelos jogadores e pelas equipes com o intuito de
gerenciar o espaço de jogo, por meio de
posicionamentos e deslocamentos, objetivando
solucionar os problemas do jogo a partir do
estabelecimento de uma “linguagem comum”.
Dimensão Tática
(GARGANTA; OLIVEIRA, 1996; CASTELO, 1996)
Sistemas táticos;
Posições e funções de jogo;
Princípios táticos (gerais, operacionais, 
fundamentais e específicos).
DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO ESPORTIVO
DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO ESPORTIVO
As ações motoras são uma “consequência para a
causa”; assim, partimos do entendimento do jogo,
das situações-problema, para a operacionalização
dos comportamentos por meio da execução de
habilidades específicas.
Dimensão Técnica
(GARGANTA et al., 2013)
Fundamentos técnicos (ex.: passe, drible, 
cabeceio, finalização, etc.)
DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO ESPORTIVO
06
São movimentos/esforços (demandas físicas)
realizados pelos praticantes/atletas que solicitam
variadas fontes energéticas. Podemos dividir as
respostas dos indivíduos em cargas internas e cargas
externas de esforço.
Dimensão Física
(ARRUDA; HESPANHOL, 2009; ARRUDA; BOLAÑOS, 2010)
Cargas internas: respostas fisiológicas (frequência cardíaca, VO2, 
percepção subjetiva, etc.).
Cargas externas: distância percorrida, velocidades de deslocamento, 
saltos, sprints, etc.
Capacidades coordenativas: agilidade, ritmo, equilíbrio, etc.
Capacidades funcionais: força, velocidade, resistência e flexibilidade.
DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO ESPORTIVO
07
A psicologia do esporte é uma área que objetiva
investigar como os fatores psicológicos afetam o
desempenho esportivo e como a participação
esportiva afeta o desenvolvimento psicológico, a
saúde e o bem-estar dos indivíduos.
Dimensão Psicológica
(WEINBERG; GOULD, 2017)
✓ Motivação
✓ Ansiedade
✓ Estresse
✓ Coesão de Grupo
✓ Liderança
✓ Percepção de Competência
...
QUAL O PAPEL DO PROFESSOR(A) / 
TREINADOR(A) NESSE PROCESSO DE 
DESENVOLVIMENTO?
COMO O ESPORTE PODE 
DESENVOLVER O SER 
HUMANO?
INICIAÇÃO ESPORTIVA UNIVERSAL
ESPORTE
(desenvolvimento de 
capacidades, 
habilidades e 
competências)
Social
Moral
Ético
Motor
Cognitivo
Psicológico
Figura – Esporte como meio para o desenvolvimento
(GRECO; PRAÇA; MORALES, 2018) 
ETAPAS DA FORMAÇÃO ESPORTIVA
Figura - Etapas e fases da estrutura temporal
(GRECO; PRAÇA; 
MORALES, 2018 apud 
MENEGASSI, 2021) 
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IMPLÍCITA
EXPLÍCITA
Aquisição de
conhecimento de forma
frequentemente guiada
por hipóteses, ou regras.
Se desenvolve o
conhecimento declarativo
e a aprendizagem resulta
da intenção do sujeito
direcionado ao objetivo.
Aquisição de
conhecimento quase
automaticamente, sem
saber das estruturas e
relações entre os eventos
ou objetos.
Não existe a intenção de
aprender, mas o
aprendizado se apresenta
por meio de processos
automatizados.
“Jogar para Aprender”
“Apender jogando”
(GRECO; PRAÇA; MORALES, 2018) 
INICIAÇÃO ESPORTIVA UNIVERSAL
(GONZÁLES, 2017 apud 
MENEGASSI, 2021) 
ESTRUTURA E MOMENTOS DE UMA AULA
Figura – Representação gráfica da forma de trabalho proposta para as aulas. 
 Esse é o primeiro momento da aula;
 Preferencialmente em círculos, é necessário 
que o professor introduza o conteúdo que 
será abordado e objetivos da aula;
 Realizar um feedback das aulas anteriores, 
questionando os alunos sobre os 
conhecimentos prévios;
 Neste momento, podem ser trabalhados 
conceitos específicos referentes ao tema da 
aula (ex.: quais são os comportamentos do 
atacante com a posse de bola).
(GONZÁLES, 2017 apud MENEGASSI, 2019) 
 É o início da parte prática da aula; 
 Vivenciar as habilidades básicas do jogo;
 Atenção ao contexto do jogo e a existência 
de adversários;
 Atividades que priorizem o 
desenvolvimento motor, as capacidades 
táticas e a criatividade (ex.: brincadeiras de 
rua, jogos de baixa complexidade com bola, 
etc.)
(GONZÁLES, 2017 apud MENEGASSI, 2019) 
PRIMEIROS MOVIMENTOS
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=VJ3OHMP7BRo
https://www.youtube.com/watch?v=VJ3OHMP7BRo
 Vivenciar o jogo propriamente dito;
 Número reduzido de jogadores (ex.: 2x1, 2x2, 3x3, 
3x3+coringa, etc.);
 Podem ser realizadas adaptações nas regras. Ex.: limitar 
o número de toques, exigir um número mínimo de passes 
antes de finalizar, etc.;
 Por meio dessas atividades, é possível condicionar o jogo 
ao aspecto/problema tático específico que foi escolhido 
para a aula;
 O formato e as regras adaptadas nessa vivência diferem 
o jogo inicial do jogo final. 
(GONZÁLES, 2017 apud MENEGASSI, 2019) 
JOGO INICIAL
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=kogvTsfU3nk
https://www.youtube.com/watch?v=kogvTsfU3nk
 Essa vivência marca o meio da aula;
 Reunir os alunos como na roda inicial;
 Propiciar uma reflexão sobre o 
comportamento tático, a tomada de 
decisão e os conceitos abordados na aula;
 As perguntas realizadas pelo professor 
devem estar associadas a respostas que 
possibilitem a continuidade nas 
discussões;
(GONZÁLES, 2017 apud MENEGASSI, 2019) 
“Como?”“Quando?” “Por que?”
(GONZÁLES, 2017 apud MENEGASSI, 2019) 
1) Qual foi o objetivo desta atividade? R: Atacar coletivamente.
2) Como a equipe pode atacar coletivamente? R: Mantendo a posse de bola.
3) Como se manter a posse de bola? R: Tocando para colegas desmarcados e 
progredindo pelo espaço livre.
Exemplos
 Priorizar o desenvolvimento de elementos 
técnico-táticos específicos;
 Podem ser utilizadas atividades de menor 
complexidade, que não envolvam interação 
(adversários);
 Entretanto, é preferível que a aula seja 
constituída por situações de jogo;
 Sugere-se que sejam propostas duas 
tarefas para desenvolver aspectos motores 
vinculados ao objetivo da aula.
(GONZÁLES, 2017 apud MENEGASSI, 2019) 
TAREFAS E EXERCÍCIOS ORIENTADOS
TAREFAS E EXERCÍCIOS
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=gCoOxr-Xcbw
https://www.youtube.com/watch?v=gCoOxr-Xcbw
 Neste momento devem ser colocados em 
”prática” todos os conteúdos aprendidos 
durante a aula;
 Pode ser similar ao jogo inicial, com 
adaptações nas regras; 
 Deve ser o mais próximo possível do jogo 
formal e da situação competitiva do esporte 
específico;
 Aumentar a complexidade (ex.: no futebol, 
mais próximo do 11x11, no futsal mais 
próximo do 5x5, etc.);
(GONZÁLES, 2017 apud MENEGASSI, 2019) 
JOGO FINAL
JOGO FINAL
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=9X3hxdDRlks
https://www.youtube.com/watch?v=9X3hxdDRlks
 Último momento da aula;
 Preferencialmente em círculos, o professor 
deve concluir o conteúdo;
 Deve-se realizar um feedback avaliativo da 
aula, recapitulando todas as atividades;
 Discutir pontos negativos e positivos, 
objetivando melhorar.
(GONZÁLES, 2017 apud MENEGASSI, 2019) 
 Não precisa acontecer em todas as aulas, pode ser 
uma vez por mês;
 Os alunos precisam vivenciar a realidade de uma 
competição, no formato de um festival ou torneio;
 Os alunos devem vivenciar o jogo formal;
 Os alunos que não estiverem jogando no momento, 
podem realizar funções fora do campo;
 Vivenciar o papel de árbitro, treinador, gandula, 
repórter, bandeirinha, etc.
(GONZÁLES, 2017 apud MENEGASSI, 2019) 
(GONZÁLES, 2017 apud 
MENEGASSI, 2021) 
ESTRUTURA E MOMENTOS DE UMA AULA
Figura – Representação gráfica da forma de trabalho proposta para as aulas. 
MANUAL DE PRÁTICAS PARA A INICIAÇÃO ESPORTIVA
Acesso livre e gratuito: http://www.bibliotecadigital.ufrgs.br/da.php?nrb=000916403&loc=2014&l=06b66804d94cbe86