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#Carolina R. Dobrotinic AULA 05 HAM V Hiperprolactinemia Definição A hiperprolactinemia é uma condição comum na qual o nível sérico do hormônio hipofisário prolactina é maior que o normal, que se deve ao excesso de síntese e secreção ou diminuição da depuração hepática ou renal. Fisiologia do hormônio A prolactina é sintetizada e secretada por células lactotróficas localizadas na hipófise anterior. A produção e liberação de prolactina pelas células lactotróficas é regulada principalmente por sinais inibitórios e, secundariamente, por sinais estimulatórios do hipotálamo. A liberação hipotalâmica de dopamina mantém a supressão tônica da síntese e secreção de prolactina A liberação hipotalâmica do hormônio liberador da tireoide (TRH) promove a síntese e secreção de prolactina Etiologias A prolactina elevada pode ser fisiológica, por exemplo, durante a gravidez e lactação. A hiperprolactinemia patológica é frequentemente causada por medicamentos, tumores hipofisários (especialmente micro ou macroprolactinomas secretores de prolactina), dano da haste hipofisária ou distúrbios subjacentes (como hipotireoidismo primário ou insuficiência renal). Tumores hipofisários classificados por tamanho ● "micro" refere-se a tumor < 10 mm de diâmetro (por exemplo, microadenoma ou microprolactinoma) ● "macro" refere-se a tumor ≥ 10 mm de diâmetro ● gigante refere-se a tumor ≥ 40 mm de diâmetro Níveis elevados de prolactina circulante podem ser devidos a: ● inibição da liberação de dopamina pelo hipotálamo (por exemplo, devido a medicamentos, estrogênio ou estimulação da mama) ● interrupção da entrega de dopamina do hipotálamo para a hipófise (também conhecida como "efeito haste" ou "hiperprolactinemia de desconexão") (por exemplo, devido a trauma ou tumor) ● liberação aumentada de TRH pelo hipotálamo (por exemplo, devido ao hipotireoidismo primário) aumento da produção de prolactina por tumores secretores de prolactina ● diminuição da depuração renal ou hepática da prolactina circulante causas fisiológicas, incluindo estresse excessivo de punção venosa, ingestão alimentar/exercício recente ou pulsatilidade da prolactina Ação do hormônio Induz e mantém a lactação (galactorreia, ginecomastia) Inibe a liberação do hormônio luteinizante e do hormônio folículo-estimulante principalmente pela inibição do hormônio liberador de gonadotropina (amenorreia) Reduz a esteroidogênese gonadal principalmente por mecanismos centrais (hipogonadismo) Manifestações clínicas Sintomas clássicos ● ginecomastia ● galactorreia ● amenorreia ● hipogonadismo Sintomas representando efeito de massa por lesão selar ou parasselar ● dor de cabeça ● defeitos de campo visual ● raramente náusea ou vômito (pode ocorrer em pacientes com grandes tumores resultando em hidrocefalia) ● se prolactinoma agressivo ou maligno ou em pacientes com apoplexia hipofisária, sintomas adicionais podem incluir diplopia ou déficits sensoriais ou motores relacionados ao impacto do nervo craniano ● hirsutismo ou acne em mulheres Diagnóstico Exames laboratoriais prolactina sérica elevada confirma o diagnóstico, desde que a amostra seja obtida sem estresse excessivo de punção venosa Beta HCG, FSH, LH, estradiol, andrógenos, TSH, T4 livre, creatinina, ureia Hiperprolactinemia associado a GnRH, FSH e LH baixos = hipogonadismo gonadotrófico Para fazer o exame de prolactina é necessário o paciente ficar pelo menos 30 min em repouso em uma sala escura, caso contrário pode dar alterado Exames de imagem
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