Buscar

Atividade Complementar Aula 6 Módulo 6 Papiloscopia

Prévia do material em texto

ATIVIDADE COMPLEMENTAR AULA 6 
Módulo 6
Curso: Papiloscopia 
Aluna: Gabriela Valente Araújo Barros 
 Faça um resumo sobre a definição de Cadeia de Custódia e o que mudou com o pacote anticrime. E em sua opinião qual é a relevância dessa mudança na perícia criminal.
A cadeia de custódia nada mais é do que uma documentação cronológica de provas obtidas na cena de um crime. Segundo PRADO (2014, p. 80) “cadeia de custódia é o dispositivo que pretende assegurar a integridade dos elementos probatórios”. Assim, trata-se de um mecanismo fundamental a regularização de uma prova apresentada ao processo, visando a garantir máxima segurança aos procedimentos por ela aplicados no andamento do processo. A cadeia de custódia da prova pericial sofreu diversas alterações no âmbito de sua aplicação desde a vigência da Lei 13.964 de 24/12/2019.
É importante frisar que a cadeia de custódia não se aplica somente ao sistema de processo penal, mas muitas vezes também é utilizada na esfera civil, nos exames de antidoping ou também em exames de DNA nos quais as provas apresentadas visam a trazer um resultado de grande importância na vida pessoal da pessoa. Por esse motivo se busca a padronização do procedimento, para que a garantia de maior eficácia na aplicação da prova seja maior.
O propósito da criação da padronização é impedir que haja manipulação do vestígio, com o objetivo espúrio de isentar ou incriminar alguém, forjando ou eliminando algum elemento na cena do crime ou no exame de corpo de delito.
A cadeia de custódia foi definida no pacote anticrime como o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio, a partir de seu conhecimento até seu descarte (artigo 158 – A, caput, do CPP).
É relevante observar que a cadeia de custódia não é atividade exclusiva da prova pericial, muito pelo contrário, ela incumbe a todas as agências do sistema de justiça criminal, visando a abranger a todos os atores responsáveis pela sua integridade, preservação, idoneidade e valoração, sendo assim ela se inicia na fase de investigação preliminar, porém se estende até a aplicação do processo criminal. Sendo assim, após as alterações sofridas na cadeia de custódia, qualquer policial (civil, militar ou federal) que receber a incumbência de guardar algum objeto de prova, deve aplicar imediatamente o procedimento de cadeia de custódia tomando todos os cuidados necessários para com esta prova.
O pacote anticrime veio para padronizar o procedimento da coleta, armazenamento e descarte da prova pericial na cadeia de custódia.
A padronização ocorre para que haja maior segurança jurídica, diminuindo consideravelmente os erros no âmbito da investigação preliminar e no processo em si. Assim, a padronização é usada para igualar procedimento em qualquer que seja o local em que for aplicada ou por qualquer agente que for aplicá-la, criando assim uma conformidade para fatos diversos não se aplicando um peso e duas medidas.
Diante do exposto nessa Atividade Complementar (Aula 6 do Módulo 6, do Curso de Papiloscopia) percebe-se a necessidade da mudança dos procedimentos relacionados à perícia e o benefício que trouxe a lei atual. Visando padronizar o que já era aplicado, porém de uma maneira única, de forma que todos os agentes devem aplicar o mesmo procedimento, fora constatado que a rapidez na aplicação dos procedimentos tais como isolamento da cena e coleta de provas é essencial para um melhor resultado, causando uma eficácia maior.
Ressaltando que a quebra da cadeia de custódia poderá causar danos irreversíveis ao processo, causando um desconforto a quem o aplica e uma dificuldade a quem o julga, pois, o procedimento que fora implantado buscou a todo o momento trazer mais clareza e lucidez ao processo, mostrando suas lacunas e suas falhas que antes não eram notadas.
A vigência da lei trouxe inúmeros benefícios ao âmbito jurídico e também ao meio policial, pois com sua aplicação correta as provas ganham uma veracidade e confiabilidade maior, e um peso maior também, demonstrando mais segurança ao julgamento, pois tanto o magistrado que for aplicar a sentença quanto os advogados terão em suas mãos os registros de tudo que fora coletado e os laudos de aplicação dos procedimentos comprovando de onde veio a prova, por quem foi usada, e qual seu destino final, mostrando todo o seu trajeto e dirimindo quaisquer dúvidas que surjam durante o processo.
Sendo assim, desde que aplicada da maneira correta e seguindo todos os procedimentos indicados no Artigo 158 do CPP a cadeia de custódia da prova pericial se tornará um procedimento eficaz e aplicável a todos os âmbitos que nela forem necessários. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
COÊLHO, Yuri Carneiro. Lei Anticrime Comentada. São Paulo: Saraiva Jur, 2020.
MAIA, Francisco Sílvio. Criminalística Geral. Ministério Público do Estado do Ceará, 2014. Disponível em: http://tmp.mpce.mp.br/esmp/apresentacoes/I_Curso_de_Investigacao_Criminal_Homic%C3%ADdio/02_Criminalistica_Geral_29_11_2012.pdf. Acesso em 19 set. 2020.
MARINHO, Girlei Veloso. Cadeia de Custódia da Prova Pericial. Dissertação (mestrado) – Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, Centro de Formação Acadêmica e Pesquisa. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em < http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/9024/RELAT%C3%93RIO%20COMPLETO%20DEFESA.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em 18 set. 2020.
PAIVA, Rafael Alves. Lei Anticrime Comentada. São Paulo: Saraiva Jur, 2020.

Continue navegando