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Thomas Malthus - História do pensamento econômico 1

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Pública | Public 
Thomas Malthus 
Sacerdote da igreja Anglicana + economista – conhecimentos matemáticos e com forte influência 
religiosa. 
Cenário Histórico - Inglaterra 
Época após a revolução industrial – presenciou as consequências da revolução (boas e ruins); há 
dois conflitos de classe e o Malthus se posiciona nas duas. 
(1) capitalistas x trabalhadores - Sofrimento da classe trabalhadora por conta de um novo sistema 
de trabalho. 
- As relação entre os trabalhadores e os empresários tornam-se impessoais 
- Tirania do relógio, quem determina a velocidade do trabalhador é a máquina; 
- Tarefas simples, mais gente pode trabalhar, então podem contratar crianças e mulheres 
(aumentando o número de acidentes) por salários menores. 
Jornada de trabalho alta: entre 14 e 18h. 
Acidentes: Membros cortados, esmagados; 
Mulheres: assédio sexual (minas de carvão trabalhavam despidos) 
Resultado: caos total, o trabalho ficou ruim, quebrou toda a tradição. Cidades enfumaçadas, 
sujeira, doenças respiratórias, pessoas moravam em cortiços. 
Esses fatores fizeram com que os trabalhadores causassem tumulto e rebeliões, e para contê-los 
foram criadas duas leis. 
(I) Lei do Conluio – O governo é contra a reunião de trabalhadores (supunha-se que 
estariam contra o estado/empresa e, portanto, iriam presos). Desta forma o governo 
estava trabalhando para os capitalistas. 
(II) Lei dos pobres: programa de renda mínima – criada para abafar o tumulto, e dá certo 
durante um tempo porque melhora minimamente a qualidade de vida das pessoas. 
Com o passar do tempo começou a gerar um problema, aumento dos gastos públicos, 
tendo que aumentar os tributos, isso porque tem mais gente entrando no programa do 
que saindo. (Resolveu os problemas do tumulto, mas ainda há pobreza). 
Cenário Intelectual 
- Revolução Francesa – fim da monarquia e surgimento de ideias socialistas. (A monarquia 
inglesa precisava se adaptar para que não ocorresse como na França onde cortaram a cabeça dos 
monarcas). Precisava mostrar para as pessoas que o sistema inglês era melhor que o francês. 
Obs: os franceses estavam defendendo reformas políticas, fundo de bem-estar para idosos, mulheres, 
crianças (os ingleses eram contra porque precisavam da mão-de-obra), regulação do crédito que é ampliar 
crédito para o trabalhar (ruim para os capitalistas inglês porque o trabalhador pode virar 
microempreendedor), educação universal (a ignorância para os ingleses era necessária) – conjunto de 
reformas que abala o sistema inglês que era a favor dos capitalistas. – MOTIVO PARA A INTERVENÇÃO 
DO ESTADO. 
- Ordem natural do processo humano – a sociedade capitalista é a causa do egoísmo – as leis e 
as instituições existentes estimulam a desigualdade. 
Capitalistas: Causa comportamento humano egoísta, gera o sistema capitalista. 
Socialista: o homem é essencialmente bom – causa sistema capitalista – consequência egoísmo. 
 
Pública | Public 
Como melhorar então? Mudar o sistema, porque um sistema perfeito criará pessoas perfeitas. 
- Instituições sociais corruptas e injustas – o sistema capitalista torna o roubo e a fraude 
inevitáveis, porque os ricos que criam as leis, transformando opressão em sistema. 
“ (A lei é o meio pelo qual o rico oprime o pobre) – não tem como derrubar o sistema sem ser 
um bandido, derrubar na legalidade porque ela defende quem está no poder. ” 
Nesse contexto entra Malthus com a teoria da população!!! 
Teoria da população: 
Malthus entende que existe divisão de classes, natural, ou seja, inevitável. Assim ele 
entende que as pessoas nunca serão iguais, sempre haverá pessoas ricas e pobres. –Pobreza 
inevitável. 
Defesa do direito de propriedade e do casamento, o acumulo de riqueza demonstraria alto 
caráter, ou seja, um comportamento decente com vida regrada (ligada a religião – casar), esbanjar 
suas propriedades demonstra uma vida desregrada, atrelada aos solteiros. O comportamento do 
indivíduo determina se ele será rico ou pobre. 
“O pobre é a causa da sua própria pobreza, no final ele culpa os próprios pobres. ” 
Taxa de crescimento da população, cresce em uma progressão geométrica – mais e mais 
rápido do que o crescimento dos alimentos. Esse crescimento desenfreado, está associado a um 
comportamento imoral, onde as pessoas que não conseguem sustentar filhos (pobres) os gera mais 
do que quem pode (ricos). – O comportamento deveria ser: quem tem renda deve ter filhos e quem 
não tem, não deveria ter filhos. 
Taxa de crescimento dos alimentos, cresce em uma progressão aritmética. A produção 
de alimentos não acompanha o crescimento da população por conta da Lei dos rendimentos 
decrescentes: Terra constante, aumenta L, K -> cai a produtividade média dos fatores de 
produção variáveis. 
Se unidades sucessivas de trabalho e capital são acrescentadas a um pedaço de terra 
enquanto a tecnologia permanece constante, cada unidade de investimento acrescentada agregará 
menos ao resultado do que as unidades anteriores. Assim, isso deve ser evitado para que não 
aconteça durante muito tempo. 
Controles: 
(i) Controle preventivo – controlar a taxa de natalidade, o homem controla a taxa de 
natalidade tendo um comportamento moral. – O ideal é que o pobre não tenha filho, 
ele não deve casar, adotar abstinência sexual. Assim, haveria controle da taxa de 
natalidade (influência de Malthus como sacerdote). 
(ii) Controle positivo (restrição da natureza) – a própria natureza resolveria a 
superpopulação (porque esta habita lugares que não deveriam ser habitados). Pragas, 
guerras (busca por mais recursos), fome. 
Malthus é contra a lei dos pobres – critica a redistribuição de renda. 
Aos pobres, se estes são beneficiados com mais renda, terão mais filhos (que não podem 
sustentar), assim, no futuro mais gente morrerá. A lei piora a situação. 
Além disso, o governo está desviando recursos que poderiam estar sendo destinados a 
pessoas mais úteis. 
 
Pública | Public 
Teoria da superprodução 
Contexto – transição do feudalismo para o capitalismo, surge uma nova classe econômica 
(burgueses – capitalistas, com poder econômico, mas sem poder político). Poder político está na 
mão dos proprietários de terra, na Inglaterra é possível visualizar isso no parlamento. 
Quando isso passa a ser um problema? Quando surge a lei dos cereais, que é uma lei tarifária, 
onde cobra-se tarifa para importar cereais de outros países (protecionismo – aumenta a produção 
nacional). Faz sentido no contexto de guerra, pois aumenta a produção nacional. 
A guerra termina em 1819, mas a lei só foi abolida em 1846. Isso porque os proprietários de terra 
beneficiavam-se com ela, logo, o parlamento era contra a abolição. 
A lei faz com que os prop. Tivessem um rendimento maior com essa terra, porque a Lei 
protecionista faz com que: deixa de importar e começa a produzir nacionalmente, aumenta a 
produção dos cereais, aumentar a demandar pelo fator de produção que é a terra, logo a demanda 
por terra fica maior que a oferta, que aumenta o valor do aluguel. 
 Ruim para os empresários, porque os países começaram a fazer retaliação contra a Inglaterra – 
os capitalistas eram prejudicados, já que estavam exportando mesmo por conta do protecionismo 
dos outros países contra a Inglaterra. 
Sem contar que há um aumento no preço dos cereais, já que o país não tem vantagem na produção 
de cereais, aumentando o preço dos bens finais, fazendo com que os trabalhadores queiram um 
aumento de salário. 
Esquema: 
Aumenta o protecionismo -> cai a exportação de produtos manufaturados -> aumenta os preços 
-> aumenta o salário -> aumenta custos de produção -> aumenta mais o preço -> perde 
competitividade. 
Teoria da superprodução 
Critica a lei de Say: Produção Agregada =Renda Agregada =Demanda Agregada; S=I (toda renda 
gasta, caso não seja gasta, ela é poupada, entra no sistema financeiro pois vira investimento). 
Para Malthus, *PA=RA>DA (nem toda renda é gasta); S=I entesouramento da moeda, poupardinheiro fora do sistema financeiro. 
*para produzir, precisa de fatores de produção todos são remunerados. 
Análise do padrão de gastos das três classes: 
1- Trabalhadores 
Ganham salário de subsistência (biológica), logo, gastam toda a renda e, portanto, não poupam. 
2- Proprietários de terra 
Tem renda garantida (vitalícia) pois sempre haverá demanda por terra para produzir alimentos. 
Não tem estímulos para poupar, pois gastam com criados e instituições culturais. Gastam toda sua 
renda, já que é vitalícia. 
3- Capitalistas 
Precisam poupar, pois tem pagamentos certos e rendimentos incertos (tomam risco), ou seja, 
poupam na época de prosperidade. 
 
Pública | Public 
Lei dos cereais Malthus era a favor porque: a lei era a favor da renda para quem consome 
(proprietários de terra) e tira de quem poupa (capitalista). Em época de crise econômica, o ideal 
é consumir – pois estimula a produção. Além disso, é a favor da renda para os proprietários, não 
para os trabalhadores: esses, com mais renda, terão mais filhos. 
Dá dinheiro para quem gasta e tira de quem poupa, por isso ele é a favor. 
Críticas: 
Absolvição dos ricos pela pobreza: para Malthus, os pobres são culpados pela própria pobreza. 
Assim, o sistema não interessaria a distribuição de renda/pobreza, e os ricos não teriam 
responsabilidade nisso. O sistema burguês seria desigual por natureza. 
Superestimou a taxa de crescimento da população: a população cresceu muito, mas menos que 
Malthus previu. Ele não previu as inovações que controlam a taxa de natalidade, uso de 
contraceptivos. 
Subestimou a taxa de crescimento dos alimentos: Malthus também subestimou as inovações 
tecnológicas que estavam por vir no ramo alimentício e que aumentou muito a produtividade, por 
exemplo, tratores, fertilizantes e agrotóxicos. O que acontece é que há muito desperdício de 
alimentos e má distribuição destes, mas não há escassez no mundo. 
Assim, Malthus errou as taxas, mas não a lógica. 
Dismal Science: pessimismo da economia ao contrário de Adam Smith. Economia como más 
notícias e desagradável. 
Base para a teoria da seleção (evolução) das espécies, de Darwin: “sobreviverão os mais fortes, 
lógica do controle positivo populacional”. 
Desenvolvimento sustentável – O limite do sistema econômico é o sistema natural (falta de 
alimentos; controle positivo). A economia é um subsistema do sistema ecológico.

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