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APS – Análises Clínicas II Texto introdutório: O mundo caminha para uma era "pós-antibiótica", em que infecções comuns podem matar. O alerta é do médico britânico Manica Balasegaram, diretor da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), recémnomeado para coordenar o programa Pesquisa e Desenvolvimento de Antibióticos Globais (Gard, na sigla em inglês), lançado no último dia 27 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês). O objetivo do programa é financiar pesquisas para encontrar novos antibióticos. O lançamento do Gard coincidiu com o anúncio do primeiro caso nos Estados Unidos de superbactéria resistente à colistina, o mais potente dos antibióticos, último recurso de infecções difíceis. Em novembro de 2015, uma cepa da superbactéria já havia sido identificada na China. Desde então, foi localizada em mais de 20 países. O temor dos pesquisadores é que o gene que confere resistência à cepa se espalhe por outros agentes infecciosos. Fonte: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas noticias/estado/2016/06/06/caminhamos-para-era-dasbacterias- resistentes-a-antibioticos-diz-especialista.htm ATIVIDADE 1: O aluno deverá assistir um vídeo, disponibilizado no link: https://www.youtube.com/watch?v=xYVKjq5vSbs ATIVIDADE 2: O aluno deverá fazer a leitura do artigo: “Enterobactérias produtoras de ESBL em Passo Fundo, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil”, disponibilizado no link: https://www.youtube.com/watch?v=xYVKjq5vSbs ATIVIDADE 3: O aluno deverá responder as questões: 1. Qual o significado da sigla ESBL? Qual o impacto desses microrganismos na saúde pública? R: Beta-lactamase de espectro estendido. Sendo um importante mecanismo de resistência em enterobactérias, leva ao insucesso do tratamento e ao surgimento de cepas resistentes no ambiente hospitalar, o que tem um impacto significativo na saúde pública devido à patogenicidade e endemicidade da bactéria. 2. Qual foi o local de estudo? Número de amostras avaliadas? Período da coleta de dados? R: O estudo ocorreu em Passo Fundo, RS, no laboratório de Análises Clínicas, do hospital São Vicente de Paulo. O número de amostras avaliadas foi de 4.888, durante o período de julho a dezembro de 2007. https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas 3. Como foi realizada a identificação de cepas, antibiograma e triagem fenotípica da produção de ESBL? R: As amostras biológicas foram identificadas por coloração de Gram e testes bioquímicos, se necessário, a identificação foi confirmada pelo painel de Gram- negativos do AUTO -SCAN-4 (Dade Microscan, In c., Sacramento,CA,USA). O antibiograma foi determinado pelo método de difusão em placas de acordo com as normas do CLSI (Clinical Laboratory Standards Institute). A triagem fenotípica para produção de ESBL foi realizada pela técnica de aproximação de disco, também de acordo com os padrões do CLSI. 4. Qual foi o total de culturas positivas? Dessas, qual o percentual de enterobactérias? Dessas, qual o percentual de isolados produtores de ESBL? R: Culturas positivas: 31,6%. As enterobactérias tiveram um percentual de 54,2%. Os isolados produtores de ESBL teve a E. Coli com 46, 2% e a Enterobacter sp, com um percentual de 30,3%. 5. Quais as espécies mais prevalentes nesse estudo? R: Escherichia coli, com 46,2%. 6. Em relação ao perfil de resistência dos isolados, contra quais antibióticos os isolados se mostraram mais sensíveis/resistentes? R: Resistentes a todas as cefalosporinas e aztreonam. Foi possível observar que 71,6% das cepas têm resistência a sulfametoxazol/trimetoprim, e 32,6% apresentam resistência a piperacilina/tazobactam, mostrando assim, a possibilidade da presença de outro mecanismo de resistência, além de ESBLs. Nesse estudo não foi observado a resistência à tigeciclina. 7. Do ponto de vista de saúde pública, qual a importância da frase encontrada no artigo: “As enterobactérias produtoras de ESBL avaliadas no presente estudo mostraram-se bastante susceptíveis aos carbapenêmicos, principalmente meropenem”. R: Isso confirma sua escolha como drogas para o tratamento de infecções causadas por bactérias produtoras de ESBL. Porém, vale ressaltar que há relatos de cepas resistentes a essas drogas na literatura, sugerindo que o uso dessas drogas seja moderado e até evitado se possível, para não promover o desenvolvimento de cepas mais resistentes.
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