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Aula 4 -2022 1 Profa Thaís Consulta de Enfermagem em Saude da Mulher e consulta ginecologica

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CONSULTA DE ENFERMAGEM EM SAÚDE DA 
MULHER – CONSULTA GINECOLÓGICA NA 
ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE (APS)
Curso de Enfermagem
Disciplina: Saúde da Mulher
Profa Enfa Ms. Thaís Morengue Di Lello Boyamian
Profa Obs Ms. Nathália Ruder Borçari
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
➢Conhecer o protocolo de 
consulta ginecológica de 
enfermagem na Unidade 
Básica de Saúde
➢Aprender o exame clínico 
das mamas
➢Aprender o exame clínico 
ginecológico e a coleta do 
exame citopatológico
➢Compreender o papel do 
enfermeiro na saúde da 
mulher no âmbito da 
atenção básica de saúde. 
LEI DO EXERCÍCIO 
PROFISSIONAL DE 
ENFERMAGEM Nº 7.498/86 
É privativo do enfermeiro : 
1. Consulta de enfermagem; 
2. Prescrição de medicamentos estabelecidos 
em programas de saúde pública e em rotina 
aprovada pela instituição de saúde;
3. Deve incluir o processo de enfermagem: 
histórico, exame físico, diagnóstico, 
prescrição e evolução de enfermagem; 
4. Deve possibilitar a assistência à mulher de 
forma integral
https://portal.coren-sp.gov.br/wp-
content/uploads/2018/11/Codigo-de-etica.pdf
https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2018/11/Codigo-de-etica.pdf
PORTARIA 2436/2017 DO MINISTÉRIO 
DA SAÚDE
▪Aprova a Política Nacional de Atenção Básica
▪4.2. São atribuições específicas dos profissionais das equipes que atuam na Atenção 
Básica:
▪4.2.1 - Enfermeiro:
▪II - Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, solicitar exames 
complementares, prescrever medicações conforme protocolos, diretrizes clínicas e 
terapêuticas, ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, 
estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da 
profissão;
▪https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html
LEITURA 
OBRIGATÓRIA: 
https://portal.coren-
sp.gov.br/sites/default/files/SAE-web.pdf
5.4 – Aplicação do processo de 
enfermagem em estratégia da
saúde da família (ESF/PSF) e unidade 
básica de saúde (UBS)
Paginas 96 a 103
https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/SAE-web.pdf
https://portal.coren-sp.gov.br/wp-
content/uploads/2020/04/protocolo-de-
enfermagem-na-atencao-primaria-a-saude-
modulo-1-saude-da-mulher.pdf
https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2020/04/protocolo-de-enfermagem-na-atencao-primaria-a-saude-modulo-1-saude-da-mulher.pdf
AMBIENTE DA CONSULTA E POSTURA DO 
ENFERMEIRO
• Garantir ambiente tranquilo, seguro, íntimo e exclusivo
•Garantir sigilo e estabelecer um relacionamento de confiança com a mulher
• Não julgar
•Praticar escuta qualificada
•Ser empático
•Fornecer todas as orientações necessárias quanto aos procedimentos a serem
realizados, condutas e cuidados
•Permitir e estimular a presença de um acompanhante
ETAPAS DA CONSULTA DE ENFERMAGEM
1. Anamnese
2. Exame Físico Geral 
3. Exame Clínico das Mamas 
4. Exame da Genitália 
5. Exame Citopatológico
6. Registro das informações – preenchimento da ficha Clínico-Ginecológica e 
Cartão da Mulher
1ª ETAPA - ANAMNESE
ANAMNESE • IDENTIFICAÇÃO
• MOTIVO DA CONSULTA
• RELIGIÃO
• CONHECIMENTOS SOBRE QUESTÕES PERTINENTES À 
SAÚDE
• CONDIÇÕES DE MORADIA
• HÁBITOS DE VIDA
• SONO E REPOUSO
• SEXUALIDADE
• ESTADO NUTRICIONAL
• ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES
2ª ETAPA – EXAME FÍSICO 
GERAL
EXAME FÍSICO GERAL
1. Avaliar estado geral e nível de consciência 
2. Verificar SSVV (FR, FC, T°, PA, Dor – 5º sinal vital)
3. Verificar medidas antropométricas: peso e altura - IMC
EXAME FÍSICO GERAL: 
CÉFALOCAUDAL, 
COMPLETO 
➢ Inspeção, Percussão, Palpação e Ausculta 
1. Avaliar mucosas (integridade e coloração) e 
pele (integridade, coloração e turgor);
2. Realizar ausculta cardíaca e pulmonar; 
3. Exame abdominal
4. Avaliar MMII: varizes, edema e perfusão 
periférica
5. Orientar à mulher para tirar suas roupas 
quando necessário – evitar exposição 
desnecessária
3ª ETAPA – EXAME CLÍNICO 
DAS MAMAS E AUTOEXAME
EXAME CLÍNICO DAS MAMAS: ANATOMIA
CÂNCER DE MAMA
• O câncer de mama é o que mais acomete mulheres em todo o mundo,
constituindo a maior causa de morte por câncer nos países em desenvolvimento.
•Estimativa de novos casos: 66.280 (2021 - INCA)
•Número de mortes: 18.295, sendo 18.068 mulheres e 227 homens (2019 - Atlas de
Mortalidade por Câncer - SIM).
•Problema de saúde publica no Brasil
• O Brasil ainda apresenta falhas na abordagem dessa importante morbidade e seu
diagnóstico e tratamento, muitas vezes, não são realizados em tempo oportuno,
gerando menor sobrevida (em cinco anos) das pessoas diagnosticadas, em
comparação com países desenvolvidos.
CÂNCER DE MAMA
Nas últimas três décadas, a mortalidade por câncer de
mama aumentou no Brasil e esse crescimento é decorrente,
em parte, do aumento da incidência devido a uma maior
exposição das mulheres a fatores de risco consequentes
do processo de urbanização e de mudanças no estilo de
vida, agravados pelo envelhecimento populacional que
ocorreu no Brasil de forma intensa (MIGOWSKI, 2018).
CÂNCER DE MAMA / FATORES DE RISCO
PREVENÇÃO
30% dos casos de
câncer de mama
podem ser evitados
com a adoção de
hábitos saudáveis
- Atividade física
- Controle de peso
- Alimentação
- Amamentação
- Evitar hormônios 
sintéticos
- Evitar bebidas 
alcoólicas
- Evitar fumo ativo 
e passivo
CÂNCER DE MAMA / DETECÇÃO PRECOCE
• O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por
meio dosseguintes sinais e sintomas:
➢ Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: principal manifestação da doença.
Presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela mulher
➢ Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja
➢ Alterações no mamilo (papila, “bico do peito”)
➢ Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço
➢ Saída espontânea de secreção anormal pelos mamilos
EXAME FÍSICO - EXAME CLÍNICO DAS MAMAS (ECM)
• Objetivo: Investigação para detecção precoce do câncer da mama e investigar alterações
• O ECM deve ser efetuado rotineiramente em mulheres a partir dos 30 anos (INCA 2016), 
preferencialmente na primeira semana após a menstruação considerando a periodicidade 
a seguir 
• Em relação à idade das pacientes, os carcinomas são menos frequentes antes dos 30 anos
• A história familiar relaciona-se intimamente com o câncer de mama
Mulheres com/sem risco: anualmente
Mulheres que detectarem anormalidade no autoexame das mamas: imediatamente 
EXAME FÍSICO -
EXAME CLÍNICO DAS 
MAMAS (ECM)
O exame das mamas compreende as 
seguintes etapas:
1. Inspeção estática; 
2. Inspeção dinâmica;
3. Palpação axilar e rede ganglionar;
4. Palpação do tecido mamário;
5. Expressão papilar
ASSIMETRIA
RETRAÇÕES
ECZEMA
ULCERAÇÕES
GÂNGLIOS LINFÁTICOS
NÓDULOS
1º INSPEÇÃO ESTÁTICA
- Observar a simetria, retrações
ou presença de edema cutâneo
das mamas, o aspecto das
aréolas e papilas, procurando
identificar áreas de ulceração
ou eczemas.
EXAME FÍSICO - EXAME CLÍNICO DAS MAMAS (ECM)
- Solicitar a mulher que eleve os braços lentamente, acima de sua cabeça, de
maneira que saliente abaulamentos e retrações
EXAME FÍSICO - EXAME CLÍNICO DAS MAMAS (ECM)
2º INSPEÇÃO DINÂMICA
- A seguir, pedir a mulher que coloque
os braços na cintura e aperte-a, para
que através da compressão dos
músculos peitorais, sejam
evidenciados abaulamentos e
retrações
3º PALPAÇÃO AXILAR E CADEIA GANGLIONAR
- Com a mulher sentada, palpar
cuidadosamente a axila usando a
mão contralateral da axila
examinada, enquanto o braço da
mulher descansa sobre o seu
antebraço
- O examinador pode estar localizado
à frente ou por detrás da mulher.
- Visa detecção de linfonodos
EXAME FÍSICO - EXAME CLÍNICO DAS MAMAS (ECM)
4º PALPAÇÃO DO TECIDO MAMÁRIO
- Com a mulher confortavelmente
deitada e com as duas mãos sob a
cabeça, o profissional procura, por
meio de manobra de dedilhamento da
mama, identificar nódulos suspeitos.
- A seguir, realiza a palpação mais
profunda damama utilizando as
polpas digitais
EXAME FÍSICO - EXAME CLÍNICO DAS 
MAMAS (ECM)
5º EXPRESSÃO PAPILAR
- Com a mulher confortavelmente
sentada, comprimir e deslizar as
bordas da aréola cuidadosamente
com dedos polegar e indicador
- Visualizar possível derrame papilar:
coloração, quantidade, aspecto e
frequência
EXAME FÍSICO - EXAME CLÍNICO DAS 
MAMAS (ECM)
Recomenda-se que os profissionais de saúde
estimulem a mulher a ter uma postura de 
alerta, sendo orientada sobre as mudanças
habituais das mamas e quais são os principais
sinais da doença. A palpação ocasional da 
mama pode ser realizada sempre que a 
mulher se sentir confortável, porém não é 
recomendada a necessidade de orientação
para que a mulher realize sistematicamente
o autoexame da mama, pois ensaios clínicos
não demonstraram a redução da mortalidade
e há um aumento acentuado do número de 
solicitação de biópsias com achados benignos
(Inca, 2019).
Cinco alterações devem chamar a atenção da mulher
(sinais de alerta):
• Nódulo ou espessamento que pareçam diferentes do 
tecido das mamas.
• Mudança no contorno das mamas (retração, 
abaulamento).
• Desconforto ou dor em uma única mama que seja
persistente.
• Mudanças no mamilo (retração e desvio).
• Secreção espontânea pelo mamilo, principalmente se 
for unilateral.
EXAMES COMPLEMENTARES - MAMOGRAFIA
• Mamografia
- Radiografia da mama (mamógrafo) que permite a
detecção precoce do câncer, capaz de mostrar
lesões muito pequenas, em fase inicial
- Periodicidade: mulheres sem sintomas entre 50 a
69 anos, bianual (MS e OMS)
- Recomenda-se nos casos de exame clínico
suspeito e em mulheres com situação de alto
risco.
EXAMES COMPLEMENTARES - MAMOGRAFIA
➢ O efeito do rastreamento mamográfico em mulheres entre 40 e 49 anos tem 
demonstrado ser desfavorável enquanto medida de saúde coletiva, pois 
apresenta taxa significativa de falsos-positivos, gerando estresse, 
procedimentos desnecessários e não altera o desfecho de mortalidade por 
câncer de mamas (PRIMO, 2017).
➢ A mamografia diagnóstica não apresenta uma boa sensibilidade em 
mulheres jovens, pois nessa idade as mamas são mais densas, e o exame 
apresenta muitos resultados incorretos.
EXAMES COMPLEMENTARES - MAMOGRAFIA
• Mamografia
- É necessária a compressão das mamas, sendo
realizadas duas incidências (crânio-caudal e médio-
lateral oblíqua) em cada.
- Orientar quanto ao possível desconforto provocado
pela mamografia.
- Cada mulher têm uma sensibilidade diferente da
outra. Atenção para queixas de dor no momento do
exame.
EXAMES COMPLEMENTARES -
BIÓPSIA
• Um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas 
deve ser investigado para confirmar se é ou não 
câncer de mama. 
• Para a investigação, além do exame clínico das mamas, 
exames de imagem podem ser recomendados, como 
mamografia, ultrassonografia, entre outros. 
• A confirmação diagnóstica só é feita por meio da 
biópsia, técnica que consiste na retirada de um 
fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de 
punções (extração por agulha) ou de uma pequena 
cirurgia. 
• O material retirado é analisado pelo patologista para a 
definição do diagnóstico.
TRATAMENTO DO CA DE MAMA
• O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra
(estadiamento) e do tipo do tumor.
• Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia
biológica (terapia alvo).
• Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial
curativo.
• Se a doença já possuir metástases (quando o câncer se espalhou para outros
órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.
4ª ETAPA – EXAME DAS 
GENITÁLIAS
• Este exame depende da colaboração da paciente e
do cuidado do profissional em demonstrar
segurança em sua abordagem;
• Algumas pacientes, por temor, nervosismo e pudor,
não conseguem atingir o relaxamento muscular do
assoalho pélvico, dificultando o exame
EXAME FÍSICO - EXAME GINECOLÓGICO
O exame ginecológico compreende as seguintes 
etapas:
1. Exame dos órgãos genitais externos;
- Inspeção
2. Exame dos órgãos genitais internos;
- Toque simples (bidigital)
- Toque combinado (bimanual)
- Exame especular
EXAME FÍSICO - EXAME GINECOLÓGICO
1. Exame dos órgãos genitais 
externos
Inspeção vulvar: condições de
higiene, presença de ulcerações
ou lacerações, aumento das
glândulas de Bartholin e Skene,
aumento de secreção vaginal e
suas características, varizes
vulvares, presença de vesículas
(herpes genital), coloração e
implantação dos pêlos
EXAME FÍSICO - EXAME GINECOLÓGICO
Glândula de Bartholin inflamada
Corrimento vaginal
Herpes genital
Ulcerações
2. Exame dos órgãos genitais 
internos
- Realizado por meio do toque
vaginal e exame especular
- Coleta de material para
colpocitologia oncótica (exame
colpocitológico/citológico –
exame Papanicolau) deve
preceder o toque
EXAME FÍSICO - EXAME GINECOLÓGICO
EXAME FÍSICO - EXAME GINECOLÓGICO
2. Exame dos órgãos genitais internos: 
toque vaginal
- Simples digital: realizado com os dedos
indicador e médio de uma das mãos
- Avalia assoalho pélvico, tonicidade,
modificações na vagina e colo do útero
EXAME FÍSICO - EXAME GINECOLÓGICO
2. Exame dos órgãos genitais internos: 
toque vaginal
- Combinado: realizado com as duas
mãos, uma vaginal e outra abdominal
- Avalia características da vagina, colo do
útero e útero
EXAME FÍSICO - EXAME GINECOLÓGICO
2. Exame dos órgãos genitais internos: 
exame especular
- Exame realizado com o auxílio de um
espéculo vaginal, possibilitando a
visualização as partes acessíveis do
aparelho genital (vagina e colo do útero)
EXAME FÍSICO - EXAME GINECOLÓGICO
2. Exame dos órgãos genitais internos: exame especular
- Introdução especular
➢ solicitar relaxamento da paciente
➢ coloca-lo obliquamente
➢ promover rotação do espéculo posicionando a
borboleta pigmentada para baixo
➢ Promover rotação da borboleta para abrir o
espéculo e realizar o movimento contrário para
fechá-lo
➢ Evitar fechar por completo para evitar lesões
EXAME FÍSICO - EXAME GINECOLÓGICO
2. Exame dos órgãos genitais internos: exame especular
- Presença de corrimento vaginal – TESTE DE WHIFF
➢ Coletar pequena quantidade do corrimento, 
depositando em uma lâmina, adicionando em seguida 1 
a 2 gotas do KOH a 10% (hidróxido de potássio) → 
liberação de aminas presente na flora vaginal
➢ Presença de odor fétido (“peixe podre”): teste de Whiff 
positivo indicativo de vaginose bacteriana
5ª ETAPA – EXAME 
CITOPATOLÓGICO
EXAME CITOPATOLÓGICO
• Consiste na análise das células oriundas da ectocérvice e da endocérvice, extraídas por
raspagem do colo do útero.
• Indicação: Toda mulher que tem ou já teve atividade sexual, especialmente se estiver
na faixa etária dos 25 aos 64 anos de idade
• Periodicidade
• Deve, também, ser realizado se o resultado anterior justificar a coleta;
Coleta a cada três anos após dois resultados com intervalo de 
um ano negativos para lesão
EXAME CITOPATOLÓGICO
• Anatomia do colo do útero:
Internamente: canal cervical ou endocérvice,
revestida por uma camada única de células
colunares cilíndricas produtoras de muco
Externamente: contato com a vagina, é chamada
de ectocérvice, revestida por um tecido de várias
camadas de células planas (epitélio escamoso
estratificado)
Entre esses dois epitélios encontra-se a junção
escamocolunar (JEC), que é uma região que pode
estar tanto na ectocérvice como na endocérvice,
dependendo da situação hormonal da mulher.
EXAME CITOPATOLÓGICO / COMO FAZER?
Material necessário: 
• Espéculo
• Espátula de Ayres
• Escova Cervical
• Lâmina
1- Acolhimento da paciente
2- Orientação sobre o procedimento
3- Posicioná-la adequadamente e 
confortavelmente
4- Proceder ao preparo da coleta
5- Introduzir o espéculo. Conforme 
mencionado no exame ginecológico
6- Visualizar o colo do útero
7- Proceder à coleta
( Ver check list na aula prática)
EXAME CITOPATOLÓGICO / 
COMO FAZER?EXAME CITOPATOLÓGICO
Orientações à paciente para o dia da coleta do exame:
• Não ter relações sexuais com penetração vaginal, nem
mesmo com camisinha, 48 horas antes do exame;
• Não usar duchas ou medicamentos vaginais, 48 horas
antes do exame;
• Não deve ser feito quando estiver menstruada, pois a
presença de sangue pode alterar o resultado.
Mulheres grávidas 
podem fazer 
tranquilamente o 
preventivo sem 
prejuízo para si ou 
para o bebê.
https://www.youtube.com/watch?v=7vWPRpkfh6A
Indicações e Coleta do Exame Citopatológico
https://www.youtube.com/watch?v=7vWPRpkfh6A
• A presença do HPV representa o principal fator de risco para o câncer de colo uterino;
• 100 tipos de HPV foram identificados, 40 tipos podem infectar o trato genital inferior e
12 a 18 tipos são considerados oncogênicos;
• A infecção pelo HPV é muito comum, até 80% das mulheres sexualmente ativas irão
adquiri-la ao longo de suas vidas;
• Na maioria das vezes a infecção cervical pelo HPV é transitória e regride
espontaneamente, entre 6 meses a 2 anos após a exposição.
•A maior incidência de lesões pré-cancerígenas ocorre na faixa etária de 35 a 49 anos.
Estimativas de novos casos: 16.710 (2020 - INCA)
Número de mortes: 6.596 (2019 - Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM)
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
Tipos 16 e 18 são 
oncogênicos
CÂNCER DE COLO DE 
ÚTERO: FATORES DE RISCO 
• Fatores de risco
➢ Início precoce da 
atividade sexual e múltiplos 
parceiros.
➢ Tabagismo (a doença está 
diretamente relacionada à 
quantidade de cigarros 
fumados).
➢ Uso prolongado de pílulas 
anticoncepcionais.
➢ Infecção pelo HPV
PREVENÇÃO DO HPV
• Diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus
Humano (HPV). 
• Sexo seguro
• Vacinação contra o HPV
• Imunização: meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 
anos
➢ A vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. 
➢ tipos 6 e 11: causam verrugas genitais
➢ tipos 16 e 18: responsáveis por cerca de 70% dos casos
de câncer do colo do útero.
• Realização do exame preventivo (Papanicolau)
•Para mulheres com imunossupressão (diminuição de resposta 
imunológica), vivendo com HIV/Aids, transplantadas e portadoras 
de cânceres, a vacina é indicada até 45 anos de idade. 
CÂNCER DE COLO DE 
ÚTERO: SINAIS E SINTOMAS
• O câncer do colo do útero é 
uma doença de 
desenvolvimento lento, que 
pode não apresentar sintomas 
em fase inicial. 
• Nos casos mais avançados, 
pode evoluir para 
sangramento vaginal 
intermitente (que vai e volta) 
ou após a relação sexual, 
secreção vaginal anormal e 
dor abdominal associada a 
queixas urinárias ou intestinais
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO: DIAGNÓSTICO
• Exame pélvico e história clínica: exame da
vagina, colo do útero, útero, ovário e reto
através de avaliação especular, colpocitológico,
toque vaginal e toque retal.
• Colposcopia –permite visualizar a vagina e o
colo de útero com um aparelho chamado
colposcópio, capaz de detectar lesões anormais
nessas regiões
• Biópsia – se células anormais são detectadas é
necessário realizar uma biópsia, com a retirada
de pequena amostra de tecido para análise
microscópica.
Positivo
Negativo
Colposcopia –
Teste de Schiller
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO: TRATAMENTO
• O tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por um médico.
• Entre os tratamentos para o câncer do colo do útero estão a cirurgia, a
quimioterapia e a radioterapia.
• O tipo de tratamento dependerá do estadiamento (estágio de evolução) da doença,
tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos.
• Se confirmada a presença de lesão precursora, ela poderá ser tratada a nível
ambulatorial, por meio de uma eletrocirurgia.
6ª ETAPA – REGISTRO DAS 
INFORMAÇÕES
REGISTRO DE INFORMAÇÕES
• Todos os achados clínico-ginecológicos devem ser
devidamente detalhados e registrados no prontuário e na
agenda da mulher;
• Nenhuma informação considerada importante deve ser
omitida;
• Deve ser agendada uma data de retorno para que ocorra
uma continuidade da assistência e a queixa indicada pela
mulher seja solucionada ou amenizada
AGENDA DA MULHER
AGENDA DA MULHER
REFFERÊNCIAS
BARROS, S.M.O.; MARIN, H.F.; ABRÃO, A.C.F.V. Enfermagem Obstétrica e Ginecológica: guia para a prática
assistencial. 2. ed. São Paulo: Roca, 2009.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle dos
cânceres do colo do útero e da mama. 2. ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2013. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/controle_canceres_colo_utero_2013.pdf
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação
de Prevenção e Vigilância. Falando sobre câncer do colo do útero. Rio de Janeiro: MS/INCA, 2002. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/falando_cancer_colo_utero.pdf
FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida. Ensinando a cuidar da mulher, do homem e do recémnascido. 1. Ed. São Caetano
do Sul: Yendis, 2005. (Coleção Prática de Enfermagem).
Instituto Nacional de Câncer (Brasil). Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Divisão de Apoio à Rede de Atenção
Oncológica. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. Rio de Janeiro: INCA, 2011.
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/rastreamento_cancer_colo_utero.pdf
LOWDERMILK, D.L. et al. Saúde da Mulher e Enfermagem Obstétrica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/controle_canceres_colo_utero_2013.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/falando_cancer_colo_utero.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/rastreamento_cancer_colo_utero.pdf
REFFERÊNCIAS
FEDEREÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Comissões Nacionais
Especializadas Ginecologia e Obstetrícia. Manual de Orientação em Climatério. 2010. Disponível em:
https://www.febrasgo.org.br/images/arquivos/manuais/Manuais_Novos/Manual_Climaterio.pdf
LOWDERMILK, D.L. et al. Saúde da Mulher e Enfermagem Obstétrica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
Saúde do Adolescente: competências e habilidades. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008. Disponível:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_adolescente_competencias_habilidades.pdf
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
Proteger e cuidar da saúde de adolescentes na atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/proteger_cuidar_adolescentes_atencao_basica.pdf
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Saúde Integral de Adolescentes e Jovens: orientações
para a organização de serviços de saúde. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_adolescentes_jovens.pdf
https://www.febrasgo.org.br/images/arquivos/manuais/Manuais_Novos/Manual_Climaterio.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_adolescente_competencias_habilidades.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/proteger_cuidar_adolescentes_atencao_basica.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_adolescentes_jovens.pdf
REFFERÊNCIAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Manual de Atenção à Mulher no Climatério/ Menopausa. Brasília: Editora do Ministério da
Saúde, 2008. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio_menopausa.pdf
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Falando sobre câncer de mama. 2002. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/falando_cancer_mama2.pdf
SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO. Programa Estadual de Saúde do Adolescente. 2011.
Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/profissional-da-saude/acesso-
rapido/saude-do-adolescente/programa_saude_do_adolescente_objetivos_metas_resultados_ces.pdfCOREN-SP. PROTOCOLO DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Módulo 1: Saúde da Mulher https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2020/04/protocolo-de-
enfermagem-na-atencao-primaria-a-saude-modulo-1-saude-da-mulher.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio_menopausa.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/falando_cancer_mama2.pdf
http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/profissional-da-saude/acesso-rapido/saude-do-adolescente/programa_saude_do_adolescente_objetivos_metas_resultados_ces.pdf
https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2020/04/protocolo-de-enfermagem-na-atencao-primaria-a-saude-modulo-1-saude-da-mulher.pdf
Atividade:
Realize um fluxograma das etapas da consulta de 
enfermagem ginecológica na Atenção Primária de Saúde.

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