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CÂNCER DO COLO DO ÚTERO Prof LúciaTaveira UNIP/DF 18/11/2020 Câncer do colo uterino ◦ Com aproximadamente 570 mil casos novos por ano no mundo o câncer do colo do útero é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres. ◦ Ele é responsável por 311 mil óbitos por ano, sendo a quarta causa mais frequente de morte por câncer em mulheres. ◦ No Brasil, em 2020, são esperados 16.590 casos novos, com um risco estimado de 12,6 casos a cada 100 mil mulheres. ◦ É a terceira localização primária de incidência e de mortalidade por câncer em mulheres no país, sem considerar tumores de pele não melanoma. ◦ Em 2017, ocorreram 6.385 óbitos por esta neoplasia, representando uma taxa ajustada de mortalidade por este câncer de 5,14/100 mil mulheres. 18/11/2020 Fatores de risco ◦ Início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros. ◦Tabagismo (a doença está diretamente relacionada à quantidade de cigarros fumados). ◦Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais 18/11/2020 Sinais e sintomas O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais. 18/11/2020 Detecção precoce ◦ A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento. ◦ A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento) mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença. 18/11/2020 Detecção precoce Existe uma fase pré-clínica (sem sintomas) do câncer do colo do útero, em que a detecção de lesões precursoras (que antecedem o aparecimento da doença) pode ser feita através do exame preventivo (Papanicolaou). Quando diagnosticado na fase inicial, as chances de cura do câncer cervical são de 100%. A doença é silenciosa em seu início e sinais e sintomas como sangramento vaginal, corrimento e dor aparecem em fases mais avançadas da doença 18/11/2020 Exame preventivo O exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolau) é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico precoce da doença. O exame pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública que tenham profissionais capacitados. Sua realização periódica permite reduzir a ocorrência e a mortalidade pela doença. 18/11/2020 Exame preventivo O exame preventivo é indolor, simples e rápido. Pode, no máximo, causar um pequeno desconforto. 18/11/2020 Exame preventivo recomendações prévias ◦ A utilização de lubrificantes, espermicidas ou medicamentos vaginais deve ser evitada por 48 horas antes da coleta, pois essas substâncias recobrem os elementos celulares dificultando a avaliação microscópica, prejudicando a qualidade da amostra para o exame citopatológico. ◦ A realização de exames intravaginais, como a ultrassonografia, também deve ser evitada nas 48 horas anteriores à coleta, pois é utilizado gel para a introdução do transdutor. ◦ Embora usual, a recomendação de abstinência sexual prévia ao exame só é justificada quando são utilizados preservativos com lubrificante ou espermicidas. Na prática a presença de espermatozoides não compromete a avaliação microscópica. ◦ O exame não deve ser feito no período menstrual, pois a presença de sangue pode prejudicar o diagnóstico citopatológico. Deve-se aguardar o quinto dia após o término da menstruação. ◦ No caso de sangramento vaginal anormal, o exame ginecológico é mandatório e a coleta, se indicada, pode ser realizada. ◦ CADERNOS de ATENÇÃO BÁSICA nº 13 2013 18/11/2020 População-alvo Toda mulher que tem ou já teve vida sexual e que estão entre 25 e 64 anos de idade. Devido à longa evolução da doença, o exame pode ser realizado a cada três anos. Para maior segurança do diagnóstico, os dois primeiros exames devem ser anuais. Se os resultados estiverem normais, sua repetição só será necessária após três anos. 18/11/2020 O que fazer após o exame? A mulher deve retornar ao local onde foi realizado o exame (ambulatório, posto ou centro de saúde) na data marcada para saber o resultado e receber instruções. Tão importante quanto realizar o exame é buscar o resultado e apresentá-lo ao médico. 18/11/2020 Resultado Se o seu exame acusou: ◦Negativo para câncer: Se esse for o seu primeiro resultado negativo, você deverá fazer novo exame preventivo daqui a um ano. Se você já tem um resultado negativo no ano anterior, deverá fazer o próximo exame preventivo daqui a três anos; ◦ Infecção pelo HPV ou lesão de baixo grau: Você deverá repetir o exame daqui a seis meses; 18/11/2020 Resultado Se o seu exame acusou: ◦ Lesão de alto grau: O médico decidirá a melhor conduta. Você vai precisar fazer outros exames, como a colposcopia; ◦Amostra insatisfatória: A quantidade coletada de material não foi suficiente para fazer o exame. Você deve repetir o exame logo que for possível. Em todos as situações, é importante seguir as recomendações médicas 18/11/2020 Tabela 1- Classificação de resultados conforme Papanicolau, OMS, Richard e Brasil 2006 18/11/2020 18/11/2020 Diagnóstico Os seguintes testes podem ser utilizados: ◦ Exame pélvico e história clínica: exame da vagina, colo do útero, útero, ovário e reto através de avaliação com espéculo, Papanicolau, toque vaginal e toque retal. ◦ Exame Preventivo (Papanicolau) ◦ Colposcopia – exame que permite visualizar a vagina e o colo de útero com um aparelho chamado colposcópio, capaz de detectar lesões anormais nessas regiões ◦ Biópsia – se células anormais são detectadas no exame preventivo (Papanicolau), é necessário realizar uma biópsia, com a retirada de pequena amostra de tecido para análise no microscópio. 18/11/2020 Tratamento ◦ O tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por um médico. ◦ Entre os tratamentos para o câncer do colo do útero estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. ◦ O tipo de tratamento dependerá do estadiamento (estágio de evolução) da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos. ◦ Se confirmada a presença de lesão precursora, ela poderá ser tratada a nível ambulatorial, por meio de uma eletrocirurgia. 18/11/2020 Importância das ações preventivas Dentre todos os tipos, o câncer do colo do útero é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, chegando perto de 100%, quando diagnosticado precocemente. 18/11/2020 Papanicolau ◦Teste de Papanicolau, também conhecido como Citologia Oncótica, Citologia Exfoliativa, Preventivo,Pap Test. ◦É um método desenvolvido pelo médico George Papanicolau para a identificação, ao microscópio, de células neoplásicas malignas ou pré-malignas, que antecedem o surgimento do câncer, desenvolvido para o colo uterino. 18/11/2020 Papanicolau Tais células são colhidas na região do orifício externo do colo (ectocervical) e do canal endocervical, colocadas em uma lâmina transparente de vidro, corada e levadas a exame microscópio, que irá distinguir células normais de malignas e as que apresentem alterações indicativas de lesões pré- cancerosas. 18/11/2020 Papanicolau As lesões malignas ou pré-malignas do colo do útero somente poderão ser detectadas se o esfregaço cervico-vaginal conter células representativas do ectocérvice e do endocérvice preservadas em número suficiente para diagnóstico. ◦Endocérvice - epitélio colunar simples ◦Ectocérvice - epitélio escamoso e estratificado ◦ JEC (Junção escamocolunar) 18/11/2020 Papanicolau 18/11/2020 Papanicolau A responsabilidade pela coleta dematerial cervical e confecção do esfregaço em mulheres sem queixa ou doença ginecológica, e pela realização das ações educativas, pode e deve ser do profissional de enfermagem, previa e adequadamente treinado. 18/11/2020 Prevenção Primária A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). A transmissão da infecção ocorre por via sexual, presumidamente por meio de abrasões microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital. 18/11/2020 Prevenção Primária Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal. 18/11/2020 Vacinação contra o HPV O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, o Ministério estendeu a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. O esquema é de duas doses, administradas com intervalo de seis meses entre elas 18/11/2020 Vacinação contra o HPV Essa vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. 18/11/2020 Vacinação contra o HPV A vacinação e a realização do exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada (a partir dos 25 anos), deverão fazer o exame preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os tipos oncogênicos do HPV. 18/11/2020 Prevenção Secundária ◦ Rastreamento em mulheres assintomáticas ◦ Diagnóstico precoce ◦ Citopatologia Oncótica (Papanicolaou) ◦ O exame citopatológico deve ser realizado em mulheres de 25 a 60 anos de idade. ◦ Início da atividade sexual ◦ Em relação às mulheres acima da faixa etária recomendada, levar em consideração: (1) os fatores de risco, (2) a freqüência de realização dos exames, (3) os resultados dos exames anteriores. 18/11/2020 Quem deve fazer e quando fazer o exame preventivo 18/11/2020 Coleta em gestantes Gestantes têm o mesmo risco que não gestantes de apresentarem câncer do colo do útero ou seus precursores. O achado destas lesões durante o ciclo grávido puerperal reflete a oportunidade do rastreio durante o pré-natal. Apesar de a junção escamocolunar no ciclo gravidicopurperal encontrar-se exteriorizada na ectocérvice na maioria das vezes, o que dispensaria a coleta endocervical, a coleta de espécime endocervical não parece aumentar o risco sobre a gestação quando utilizada uma técnica adequada (HUNTER; MONK; TEwARI, 2008). 18/11/2020 Coleta em gestantes Recomendação: o rastreamento em gestantes deve seguir as recomendações de periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres, sendo que a procura ao serviço de saúde para realização de pré-natal deve sempre ser considerada uma oportunidade para o rastreio. 18/11/2020 Mulheres na pós-menopausa Mulheres na pós-menopausa, sem história de diagnóstico ou tratamento de lesões precursoras do câncer do colo uterino, apresentam baixo risco para desenvolvimento de câncer (SASIENI; CASTAÑON; CUZICK, 2006, 2010). O rastreamento citológico em mulheres na menopausa pode levar a resultados falso-positivos causados pela atrofia secundária ao hipoestrogenismo, gerando ansiedade na paciente e procedimentos diagnósticos desnecessários. 18/11/2020 Mulheres no climatério Mulheres no climatério devem ser rastreadas de acordo com as orientações para as demais mulheres; e, em casos de amostras com atrofia ou ASC-US, deve-se proceder à estrogenização local ou sistêmica. É fato que o diagnóstico de casos novos de câncer do colo uterino está associado, em todas as faixas etárias, com a ausência ou irregularide do rastreamento (SASLOw et al, 2002). O seguimento de mulheredas na pós-menopausa deve levar em conta seu histórico de exames. 18/11/2020 Mulheres na pós-menopausa Recomendação: mulheres na pós-menopausa devem ser rastreadas de acordo com as orientações para as demais mulheres. Se necessário, proceder à estrogenização prévia à realização da coleta. 18/11/2020 Mulheres submetidas à histerectomia O rastreamento realizado em mulheres sem colo do útero devido à histerectomia por condições benignas apresenta menos de um exame citopatológico alterado por mil exames realizados (USA/NCI, 2011). Recomendação: mulheres submetidas à histerectomia total por lesões benignas, sem história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, podem ser excluídas do rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais (A). Em casos de histerectomia por lesão precursora ou câncer do colo do útero, a mulher deverá ser acompanhada de acordo com a lesão tratada (A). 18/11/2020 Mulheres sem história de atividade sexual Considerando os conhecimentos atuais em relação ao papel do HPV na carcinogênese do câncer do colo uterino e que a infecção viral ocorre por transmissão sexual, o risco de uma mulher que não tenha iniciado atividade sexual desenvolver essa neoplasia é desprezível. Recomendação: não há indicação para rastreamento do câncer do colo do útero e seus precursores nesse grupo de mulheres. 18/11/2020 Imunossuprimidas Alguns fatores de risco diretamente relacionados à resposta imunológica têm sido associados à maior chance de desenvolvimento de NIC. Mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), mulheres imunossuprimidas por transplante de órgãos sólidos, em tratamentos de câncer e usuárias crônicas de corticosteroides constituem os principais exemplos deste grupo. A prevalência da infecção pelo HPV e a persistência viral, assim como a infecção múltipla (por mais de um tipo de HPV), são mais frequentes nesse grupo de mulheres. 18/11/2020 Imunossuprimidas Em mulheres infectadas pelo HIV, o desaparecimento do HPV parece ser dependente da contagem de células CD4+ e lesões precursoras tendem a progredir mais rapidamente e a recorrer mais frequentemente do que em mulheres não infectadas pelo HIV Entretanto, mulheres infectadas pelo HIV imunocompetentes, tratadas adequadamente com terapia antiretroviral de alta atividade (HAART), apresentam história natural semelhante às demais mulheres (Australian Government/National Health and Medical Research Council, 2005). 18/11/2020 Imunossuprimidas Existem questionamentos quanto à eficácia do exame citopatológico em mulheres infectadas pelo HIV, pela maior prevalência de citologias com atipias de significado indeterminado e maior frequência de infecções associadas. Para minimizar os resultados falso-negativos, alguns autores preconizam a complementação colposcópica (BOARDMAN; KENNEDy, 2008). 18/11/2020 Imunossuprimidas Recomendação: o exame citopatológico deve ser realizado neste grupo após o início da atividade sexual com intervalos semestrais no primeiro ano e, se normais, manter seguimento anual enquanto se mantiver o fator de imunossupressão. Mulheres HIV positivas com CD4 abaixo de 200 células/mm³ devem ter priorizada a correção dos níveis de CD4 e, enquanto isso, devem ter o rastreamento citológico a cada seis meses. 18/11/2020 Mulheres com DST ◦Maior frequência devido maior risco de serem portadoras do câncer de colo uterino ◦Condilomas em genitália externa: não necessitam de coleta mais frequente do que as demais 18/11/2020 Humanização no Atendimento É necessário entender que para muitas mulheres o exame ginecológico ou simplesmente a coleta do papanicolau, ainda causa constrangimento e preocupação. Observar as informações da ficha de requisição e explicar o significado e os procedimentos que serão realizados, ajudam a diminuir a ansiedade.18/11/2020 Humanização no Atendimento Tenha sempre em mente que um clima descontraído, construindo por uma relação de respeito e compreensão. Cercado de informações simples e objetivas, é fundamental para a efetivação do programa e para que se consiga uma amostra ideal de cumprimento de todas orientações. 18/11/2020 Humanização no Atendimento ◦Criar um ambiente acolhedor ◦Comportar-se com cortesia ◦Respeitar a privacidade da mulher é postura esperada de todo profissional 18/11/2020 Antes de iniciar a coleta ◦Perguntar se já teve filhos por parto normal. Se não usar espéculo pequeno. ◦A dificuldade em localizar o colo pode estar na escolha errada do tamanho do especulo. ◦Perguntar se está grávida ou suspeita estar. Caso afirmativo não colher material endocervical. ◦ Deixar fixador, espátula de madeira tipo ayre e escova próximo da lâmina já identificada 18/11/2020 Material Usado para coleta: ◦ Espéculo, ◦ Lamina com uma extremidade fosca ◦ Espátula de Ayre, ◦ Escova cervical, ◦ Par de luvas para procedimento, formulário de requisição do exame, ◦ Lápis, borracha ◦ Fixador ◦ Recipiente para acondicionar as laminas, ◦ Lençol para cobrir a paciente. 18/11/2020 Preenchimento do formulário ◦A importância do preenchimento do formulário de requisição de citologia é fundamental, bem como da identificação do exame. ◦Falhas na identificação podem acarretar troca de exames, comprometendo o trabalho. 18/11/2020 Identificação da Lâmina ◦É obrigatório o uso de lâmina com extremidade fosca para facilitar a identificação, que deve ser feita com lápis preto. ◦Não usar caneta hidrográfica, esferográfica e etc, estas tintas dissolvem durante o processo de coloração das lâminas. 18/11/2020 Identificação da Lâmina Na parte fosca anotar o número de registro da mulher, e as inicias de seu nome. 18/11/2020 Iniciando a coleta ◦Oriente a paciente sobre o desenvolvimento do exame procurando deixa-lá menos ansiosa; ◦Solicite a paciente que esvazie a bexiga; ◦Em seguida peça que retire a roupa dando-lhe um avental ou lençol para se cobrir; 18/11/2020 Inspeção da vulva 18/11/2020 Inspeção da vulva e vagina ◦A Vulva – se há lesões esbranquiçadas ou hipercrômicas, nódulo verrugas e/ou feridas. ◦A Vagina – o aspecto, a existência de lesões pólipos verrugas e corrimentos. A vagina e a vulva também desenvolvem câncer, e uma forma eficiente de diagnosticá-lo precocemente é verificar a existência de lesões suspeitas. 18/11/2020 Iniciando a coleta 1. Escolha o espéculo mais adequado. 2. Introduza o espéculo, procedendo da seguinte forma: ◦Não lubrifique o espéculo com qualquer tipo de óleo, glicerina, creme ou vaselina. ◦No caso de pessoas idosas com vaginas extremamente ressecadas, recomenda-se molhar o espéculo com soro fisiológico ou solução salina. 18/11/2020 18/11/2020 Introduzindo o Espéculo ◦Uma vez introduzido o espéculo totalmente na vagina abra-o lentamente e com delicadeza. ◦Se ao visualizar o colo houver grande quantidade de muco ou secreção, seque-o delicadamente com uma gase sem esfregar. A coleta é tríplice: do ectocérvice, endocérvice e do fundo de saco vaginal (JEC – Junção escamo-colunar). 18/11/2020 Tipos de colo 18/11/2020 Tipos de colo 18/11/2020 18/11/2020 18/11/2020 18/11/2020 18/11/2020 18/11/2020 18/11/2020 18/11/2020 18/11/2020 Fixação do Material ◦A fixação do esfregaço deve ser procedida imediatamente após a coleta, sem nenhuma espera. ◦ Fixação imediata da lâmina: imersão em álcool a 96%, polietilenoglicol spray (20cm) ou líquido (3-4 gotas, secar ao ar livre). ◦Visa conservar o material colhido, mantendo as características originais das células, preservando-as de dessecamento. 18/11/2020 Conclusão do procedimento ◦Feche o espéculo; ◦Retire-o delicadamente; ◦Auxilie a paciente a descer da mesa; ◦Oriente a paciente para que venha retirar o exame conforme rotina da unidade de saúde. ◦Envie as lâminas ao laboratório 18/11/2020 Papanicolau – Resultados e Condutas Amostra insatisfatória Conduta: coletar imediatamente uma nova amostra. 18/11/2020 Papanicolau – Resultados e Condutas Dentro dos limites da normalidade: alterações benignas ◦ Inflamação ◦ Reparação ◦ Metaplasia escamosa imatura ◦ Atrofia com inflamação ◦ Radiação Conduta: orientar retorno com a periodicidade de rotina. 18/11/2020 Papanicolau – Resultados e Condutas Alterações: ◦ ASCUS - Atipia em Células Escamosas de Significado Indeterminado ◦ AGUS - Atipia em Células Glandulares de Significado Indeterminado ◦ NIC I Conduta: sugestivo de HPV, retornar à unidade em 06 meses para a coleta de novo exame citopatológico. ◦ se 2 consecutivos negativos seguir rotina; ◦ se mantiver resultado referir para colposcopia. ◦ 80% dos casos de NIC I tem regressão espontânea! 18/11/2020 Papanicolau – Resultados e Condutas Alterações: ◦NIC II ◦NIC III Conduta: encaminhar para a realização da colposcopia; Dependendo do resultado, segue biópsia Adenocarcinoma in situ ou invasor: encaminhar para colposcopia imediata e seguimento. 18/11/2020 Colposcopia ◦ É um exame que permite visualizar a vagina e o colo do útero através de um aparelho chamado COLPOSCÓPIO; ◦ Este aparelho permite o aumento de 10 a 40 vezes do tamanho normal; ◦ O exame é realizado no próprio consultório com a paciente na mesa de exame. Após colocar o espéculo vaginal o médico examina o colo do útero com o colposcópio; ◦ O colo uterino recebe uma aplicação de ácido acético para remover o muco. O colposcópio é então posicionado na abertura da vagina e a área é minuciosamente examinada; ◦ As áreas alteradas são removidas amostras de tecido pra biópsia; 18/11/2020 Colposcopia 18/11/2020 PREVENÇÃO É MELHOR REMÉDIO 18/11/2020 Referencias Bibliográficas ◦ BRASIL. Ministério da Saúde. Rastreamento. Brasília, DF, 2010. (Série A: Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Primária, n. 29). ◦ WORLD HEALTH ORGANIZATION. National cancer control programmes: policies and managerial guidelines. 2.ed. Geneva: WHO, 2002. ◦ BRASIL. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. – 2. ed. rev. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016. ◦ OPAS. Controle integral do câncer do colo do útero. Guia de práticas essenciais. Washington, DC: OPAS, 2016. 18/11/2020
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