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OC Relatorio final Marcela Noite

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CENTRO DE PSICOLOGIA APLICADA POMPÉIA
RELATÓRIO DE INTERVENÇÃO PSICOEDUCATIVA
1. Identificação:
Área: Intervenções Psicoeducativas – Oficina de Criatividade 
Prontuário: _________
Nome da Instituição Interessada: Lar Batista de Crianças
Relatores: Estagiarias Responsáveis 
Caroline Maciel - RA B4590B-5
Heloisa Almeida dos Santos - RA B58253-7	
Lilian Rodrigues – RA A175GB-0
Marcela Cabral de Araújo - RA T438BB-7 
Professor Orientador de estágio responsável:
Profa. Dra. Marta T. Rosmaninho CRP: 06/66101
2. Assunto:
Intervenções Psicoeducativas (Oficina de Criatividade) realizadas no período de 19 de agosto a 04 de novembro de 2017, com as crianças e adolescentes moradores da Instituição Lar Batista de Crianças, no referencial da abordagem fenomenológica existencial. 
De maneira geral, durante os encontros, tivemos receptividade dasas crianças, adolescentes e cuidadores foram receptivos a nossa presença e solicitações. As atividades propostas foram realizadas de acordo com as demandas que os próprios jovens traziam, e adaptávamos um assunto que identificávamos como importante a ser trabalhado, incluindo um o recurso expressivo para desenvolvermos e estimularmos a manifestação dos sentimentos. A adesão às atividades ocorreu de maneira satisfatória e a participação ocorreu de acordose deu conforme ã presença com das crianças e adolescentes que estavam presentes no dia da atividade, em decorrência de se ausentarem para irem visitarem às famílias de apoio aos finais de semana, ou mesmo desligamento definitivo da instituição.
3. Descrição da Demanda 
O estágio foi realizado na Instituição Lar Batista que abriga crianças e adolescentes de 0 a 17 anos em situação de risco social. Muitas delas são vítimas de abandono, negligência ou abusos de todos os tipos. Abrigos acabam sendo os lares dessas crianças e adolescentes que estão sem a família ou que, por alguma causa, não podem ficar com elas.
Durante todo o período de estágio tivemos interesse em conhecer mais sobre a história das crianças e adolescentes, porém, a orientação da psicóloga local, foi de não estimularmos o resgate da história que os trouxeram para a situação de abrigamento. As questões pessoais apareceram durante os encontros, mas de maneira fragmentada e como resultado das interações, porém não aprofundávamos em seu o tema relatadoo, lidando somente com os sentimentos que apareciam no momento. 
Puodemos perceber suas as fragilidades quando dos participantes ao relataremvam a vivência de habitar no local, demonstrando algumas faltas como família, amigos, comunicação, além dae expressão de sentimentos positivos como o amor. Porém também foi possível perceber suas potencialidades, principalmente como grupo, pois se ajudam mutuamente, contribuindo para o acolhimento e convívio coletivo. 
Segundo Cavalcanti, Magalhães e Pontes (2007) as crianças e adolescentes estão em constante desenvolvimento biopsicossocial. No contexto de acolhimento institucional, por quaisquer que sejam os motivos, estas crianças e adolescentes estão em situação de privação do convívio e familiar e muitas vezes da comunidade (até mesmo por questões de segurança). Estas privações podem acarretar limitações no processo de desenvolvimento e criação de vínculos afetivos.
Diante deste cenário, acreditamos que a prática psicológica de oficina de criatividade foi uma via de estímulo para a expressão de sentimentos e emoções sobre os diversos contextos e situações vividas antes e durante a situação de abrigamento.
4. Procedimentos : métodos ou proposta de intervenção
Desenvolvimento de Intervenções Psicoeducativas através por meio da práatica de Oficina de Criatividade com grupos na abordagem fenomenológica existencial realizada em 12 encontros, nos dias 19/08, 26/08, 02/09, 09/09, 16/09, 23/09, 30/09, 07/10, 14/10, 21/10, 28/10 e 04/11. Os encontros tiveram 2 horas cada totalizando 24 horas. 
A oficina de criatividade é uma modalidade de prática psicológica de caráter breve. Tem como objetivo oferecer recursos expressivos/artísticos que sirvam como forma de expressão de sentimentos, valores, estilos e preconceitos e possibilitar uma ressignificação das situações vividas pelos participantes. 
Os temas trabalhados derivam diretamente de questões ligadas ao cotidiano de cada contexto especíifico no qual a oficina é implantada.
No primeiro encontro, realizado no dia 19/08, teve como objetivo, conhecer as crianças e adolescentes e nos apresentarmos enquanto estagiárias de psicologia, além de levantar as demandas para embasar nossa atuação nos próximos encontros.
No segundo encontro, realizado no dia 28/08, optamos por oferecer aos adolescentes um espaço de compartilhamento e expressão através da música. Nosso objetivo foi de que, através do conhecido, eles pudessem entrar em contato com seus sentimentos e pensamentos de maneira leve e descontraída.
No terceiro encontro, realizado no dia 02/09, escolhemos oferecer aos adolescentes um espaço de compartilhamento e expressão através de mímicas. Nosso objetivo foi de criar possibilidades de comunicação com o movimento do próprio corpo.
No quarto, encontro realizado no dia 09/09, oferecemos aos adolescentes um espaço de compartilhamento e expressão através de uma pintura coletiva. Nosso objetivo foi de criar possibilidades de comunicação entre o grupo e instituição.
No quinto encontro, realizado no dia 15/09, optamos por uma peça de teatro com improviso de situações corriqueiras e também realizamos o jogo do stop personalizado com categorias diferentes, como por exemplo: "o meu sonho é" e "como estou me sentindo hoje". O objetivo foi proporcionar um momento para que cada adolescente pudesse entrar em contato com seus próprio repertório de comportamentosmodos de agir para emas situações corriqueiras e também pudesse acessar como os outros colegas reagem. 
O sexto encontro, que seria realizado no dia 23/09, foi cancelado devido às atividades do abrigo preencherem todos os horários disponíveis na data, portanto a proposta criada para este dia, foi utilizada no próximo encontro.
Nesse No sétimo encontro, em 30/09, optamos por oferecer aos adolescentes um espaço de compartilhamento e a possibilidade do trabalho em grupo, através da possibilidade deao fabricarmos a própria massinha de modelar e juntos construir uma figura com este material. Nosso objetivo foi de incentivar o trabalho em grupo, a interação, a troca tanto parae a construção do próprio materialpreparação da massa como para confecção de um objeto coletivo .
No oitavo encontro, ocorrido em 07/10, escolhemos oferecer aos adolescentes um espaço de compartilhamento e expressão através de uma pintura de auto retrato. Para as crianças disponibilizamos os mesmos recursos, mas não direcionamos a atividade, deixando-os livres no processo de criação. Nosso objetivo foi de criar possibilidades de comunicação entre o grupo.
No nono encontro, que seria realizado em 14/10, havíamos preparado uma atividade de míimica dos sentimentos. Mas por se tratar do feriado de dia das crianças, o público adolescente não estava na casa (haviam ido àas casas de apoio para passar o feriado) e as crianças pequenas estavam participando de outra atividade, para a qual fomos convidadas a atuar como observardoras.
No décimo encontro, ocorrido em 21/10, optamos por oferecer às crianças e aos adolescentes uma atividade de expressão sobre fatos que os deixaram alegres, tristes, pensativos, raivosos, com medo e assustados. Nosso objetivo foi de promover um momento de conexão com sua própria história, reconhecimento de situações e compartilhamento das mesmasr, estes fatos ampliando assim as possibilidades de revistar e ressignificar momentos marcantes.
No décimo primeiro encontro, ou seja, na penúltima oficina, realizado em 28/10, optamos por oferecer às crianças e aos adolescentes uma atividade que os preparasse para o fechamento, portanto propomos propusemos a realização de recados e enfeites para deixarmos na árvore localizada no pátio. Nosso objetivo foi de deixar registradoo que eles sentem em relação ao abrigo, o quecomo gostariam que fosse e ampliar as possibilidades de comunicação entre o grupo.
No décimo segundo encontro, realizado em 04/11, foi nossa última oficina, e demos continuidade a atividade de encerramento, utilizando os enfeites confeccionados na última oficina para decorarmos a árvore que fica localizada no pátio de convivência do abrigo. Nosso objetivo foi registrar osseus sentimentos dos participantes em relação ao abrigo e criar uma atividade de estimulasse comunicação e criação entre o grupo.
4.1 Cronograma: 
O cronograma que seguimos está abaixo:
	Nome da atividade
	Data da Realização
	Apresentação 
	19 de agosto de 2017
	Música
	26 de agosto de 2017
	Mímica
	02 de setembro de 2017
	Painel dos desejos
	09 de setembro de 2017
	Teatro do improviso
	16 de setembro de 2017
	Não teve atividade 
	23 de setembro de 2017
	Fazer massinha de modelar
	30 de setembro de 2017
	Como eu me vejo
	07 de outubro de 2017
	Não teve atividade 
	14 de outubro de 2017
	Painel de sentimentos com emoji
	21 de outubro de 2017
	Confecções de enfeites 
	28 de outubro de 2017
	Enfeitar a árvore e encerramento
	04 de novembro de 2017
5.	Análise: 
Durante o estágio percebemos que as relações, muitas vezes retratam um cenário de frieza e agressividade, tanto dos educadores com os abrigados quanto dos próprios adolescentes e crianças. A dinâmica relacional apresenta, em vários momentos, sentimentos de irritação e intolerância no tratamento com a alteridade dos próprios colegas conviventes. Foi possível perceber alguns momentos de carinho e atenção dedicados por uma pequena parte dos educadores e mesmo entre as crianças e adolescentes, manifestados através de cuidados físicos e??? uns com os outros. VOCÊS DEVEM EXEMPLIFICAR
Compreendemos que existe demanda latente para compartilhar situações vividas que ultrapassam os muros do abrigo e que muitas vezes é negligenciada por cuidado excessivo e receio em realizar o manejo de questões tão delicadas que constituem a história de cada adolescente abrigado. PRECISA ARTICULAR ESSA IDEIA COM O VIVIDO
Através das práticas das oficinas realizadas, pudemos oferecer possibilidades de deslocamentos e explorações de novos espaços, com a finalidade de oferecer um aprendizado mais significativo, utilizando estes sentimentos hostis percebidos por nós estagiárias, como propulsores para uma transformação que favoreça a convivência em grupo. COMO ISSO SE DEU? MESMO QUE DE MODO INICIAL?
De acordo com a autora Oliveira (apud Cupertino, 2008, p. 2), as oficinas visam:
 “...ampliar a sensibilidade em detrimento da racionalidade e, com isto, promover a “transformação das relações e uma ampliação dos horizontes existenciais de cada um, pela troca de experiências e vivência compartilhada da multiplicidade de formas de existir”.
A Oficina de Criatividade se desvelou para nós estagiárias, como importante para nossa formação profissional, bem como uma maneira diferenciada de atuar com grupos. Nos oferece como futuras psicólogas, um lugar de experimentação, evidenciando que é possível uma ampla atuação, que pode ser utilizada com qualquer público, independente de idade, classe social ou de recursos institucionais. A ANÁLISE É DOS EFEITOS DO TRABALHO NO CONTEXTO INSTITUCIONAL
De acordo com a mesma autora, a oficina de criatividade apresenta-se e insere-se como lugar de criação e de revelação de potências, tanto para o profissional atuante, como para aqueles que se beneficiam do serviço e não têm acesso ao atendimento psicológico tradicional. E COMO A POPULAÇÃO DO ABRIGO SE BENEFICIOU?
6. Conclusão 
Esta prática favoreceu a expressão de situações vividas e a conexão com emoções sobre os acontecimentos. Também pudemos perceber que, ao longo das oficinas de criatividade, foram estabelecidos vínculos entre os participantes, o que propiciou o contato com novas possibilidades de relacionamento, de maneira mais amigável e afetuosa. 
Contudo, acreditamos que se faz necessário um trabalho de acolhimento e orientação para os educadores e para as crianças e adolescentes, pois propiciar um momento para todos compartilharem suas necessidade, angústias e conquistas poderá gerar contribuir para o senso de co-responsabilidade para se apoiarem em todas as situações e tomadas de decisões, além de estimular a escuta ativa e a empatia.
São Paulo, 24 de novembro de 2017.
Caroline Maciel - RA: B4590B-5 
Heloisa Almeida dos Santos - RA: B58253-7
Lilian Rodrigues - RA: A175GB-0
Marcela Cabral Araújo - RA: T438BB-7
Marta Rosmaninho - CRP nº 06/66101
7. Referências Bibliográficas:
CAVALCANTE, Lília; SOARES, MAGALHÃES; PONTES, Fernando; Abrigo para crianças de 0 a 6 anos: um olhar sobre as diferentes concepções e suas interfaces. Revista Mal-Estar Subj. v.7 n.2 Fortaleza set. 2007. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482007000200006>. 
OLIVEIRA, Maria Helena Carvalho de; Relato de Experiência/Prática Profissional - Oficina de Criatividade: Revendo o Processo de Ensinar, Aprender e Atuar em Psicologia. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, Londrina, v. 3, n. 1, p. 125-131, jun. 2012. Disponível em: < http://pepsic.bvsalud.org/pdf/eip/v3n1/a09.pdf>.

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