Ketelyn P.S.Fonseca_ Tipos de placenta_Embriologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AGRESTE DE PERNAMBUCO
BACHARELADO EM ZOOTECNIA 
DISPLICIPLA DE EMBRIOLOGIA BÁSICA 
TIPOS DE PLACENTA
KETELYN PACHECO SANTOS FONSECA
Trabalho apresentando ao docente Professor João Tiago Correia Oliveira como parte das exigências da disciplina de Embriologia Básica durante o semestre letivo 2023.1.
GARANHUNS-PE
2023
O que é placenta?
A placenta é um órgão temporário que se desenvolve durante a gravidez, ela ocorre apenas nos mamíferos e é formada pela união do córion e alantoide, do embrião, mais o endométrio materno, e é responsável por fornecer nutrientes e oxigênio ao feto em crescimento, além de eliminar seus resíduos metabólicos. A placenta é formada a partir das células do embrião e do tecido do revestimento uterino e é composta por vasos sanguíneos e tecido conjuntivo. A placenta é conectada ao feto pelo meio do cordão umbilical, que contém duas artérias e uma veia, permitindo que o sangue flua entre a mãe e o feto. Além de suas funções nutricionais, a placenta também desempenha um papel importante na produção de hormônios que ajudam a manter a gravidez. Após o parto, a placenta é expelida do corpo da mãe.
Classificação da placenta 
A placenta pode ser classifica histologicamente (microscopia) e anatomicamente (macroscópica), também de acordo com o grau de implantação e de acordo com a contribuição das membranas extraembrionárias
Na classificação microscópica, classificamos como: hemocorial (quando o córion tem contato direto com o sangue materno), endoteliocorial (quando o córion está intimamente associado ao endotélio do capilar sanguíneo da mãe), epiteliocorial (quando o córion está em contato com o epitélio do endométrio) e sinepiteliocorial (quando o córion está em contato com o epitélio do endométrio, porém com áreas de fusão).
Na classificação macroscópica, classificamos como: difusa, cotiledonária, zonária e discoidal. 
Imagem: Disposição das vilosidades na superfície do córion.
 Fonte: Slide da aula. 
Classificamos como zonárias, animais carnívoros, porque apresentam vilosidades coriônicas que se desenvolvem circundando o tronco do embrião, apresenta formato de cinto.
Imagem: Placenta zonária. 
Fonte: https://danielangrimani.files.wordpress.com/2019/04/diagnc3b3stico-de-gestac3a7c3a3o-em-pequenos-animais-gelab-usjt.pdf
Como discoidal, quando as vilosidades estão concentradas na forma da disco. Primatas e roedores apresentam este tipo de placenta.
Imagem: Placenta discoidal.
 
Fonte: https://www.mdpi.com/2073-4409/11/15/2458
Como placenta difusa, quando as vilosidades estão espalhadas sobre toda a superfície do córion, não há uma concentração, presente em equinos, suínos, camelídeos, entre outros.
Imagem: Placenta difusa
Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/97682348/tipos-de-placenta-animal.
Como cotiledônea, quando suas vilosidades coriônicas se desenvolvem em grupos espaçados denominados cotilédones. Presente em ruminantes.
Imagem: Placenta cotiledônea.
Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/97682348/tipos-de-placenta-animal.
Tabela 1: Classificação de placenta por especie. 
	Espécie 
	Classificação de placenta (macroscópica)
	Classificação de placenta (microscópica) 
	Bovina
	Cotiledonária
	Sinepiteliocorial
	Equina
	Difusa
	Epiteliocorial
	Canina
	Zonária
	Endoteliocorial
	Felina 
	Zonária
	Endoteliocorial
	Ovina
	Cotiledonária 
	Sinepiteliocorial
	Suína
	Difusa
	Epiteliocorial
	Caprina
	Cotiledonária 
	Sinepiteliocorial
	Humana 
	Discoidal
	Hemocorial
"
 De acordo com o grau de implantação, classificamos como: adecídua quando a pouca ou nenhuma perda de tecido endometrial, presente em placenta epiteliocorial (suínos e equinos) e sinepiteliocorial (ruminantes) e decídua quando a perda de tecido endometrial (“destruição do endotélio” uterino), presente em placentas hemocoriais (primatas e roedores) e endoteliocorial (carnívoros).
De acordo com a contribuição das membranas extraembrionárias, classificamos como coriovitelina a transitória, nutre o embrião em estágios iniciais, que é importante em equinos e carnívoros. E corioalantoide é a placenta verdadeira em todas as espécies, forma-se precocemente nos ruminantes e em carnívoros a formação ocorre tardiamente.
Questão
Conclusão e resolução 
Em ruminantes, como bovinos e ovinos, possuem o tipo de placenta cotiledonaria, simpiteliocorial. Apresentam suas vilosidades coriônicas espalhados e divididas, e o córion está em contato com o epitélio do endométrio, porém com áreas de fusão. Em primatas e roedores, o tipo de placenta é discoidal, hemocorial. As vilosidades estão concentradas na forma da disco, e o córion tem contato direto com o sangue materno. Em equinos e suínos, a placenta é difusa e epiteliocorial, pois as suas vilosidades estão espalhadas sobre toda a superfície do córion, não há uma concentração e o córion está em contato com o epitélio do endométrio. E nos carnívoros como cães e gatos, a placenta é zonária e endoteliocorial, porque apresentam vilosidades coriônicas que se desenvolvem circundando o tronco do embrião e o córion está intimamente associado ao endotélio do capilar sanguíneo da mãe.
Referencias 
Anexos embrionário, placenta e placentação. Brasil, 2011. Disponivel em: https://www.dracena.unesp.br/Home/Especializacao/EstrategiasIntegradasparaPecuariadeCorte284/placenta_placentacao_atual.pdf Acesso em: 15/04/2023.
UFLA. Tipos de placenta - Classificação anatômica. Brasil, 2020. Disponível em: https://dmv.ufla.br/pet/informativos/111-tipos-de-placenta Acesso em: 15/04/2023.
Agrimani. Daniel de Solza Ramos. Diagnostico de gestação em pequenos animais. Brasil,2019. Disponível em: https://danielangrimani.files.wordpress.com/2019/04/diagnc3b3stico-de-gestac3a7c3a3o-em-pequenos-animais-gelab-usjt.pdf. Acesso em: 15/04/2023
Cerqueira. Liliane. Tipos de placenta. Brasil. 2021. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/97682348/tipos-de-placenta-animal.Acesso em: 16/04/2023.
Tipos de placenta. https://blog.portaleducacao.com.br/tipos-de-placentas/. Acesso em: 15/04/2023.