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Zigoto e Blastocisto Sumário 1. Introdução ..................................................................................................................... 3 2. Formação e Clivagem do Zigoto ................................................................................. 3 Etapas da Fecundação ................................................................................................. 4 Clivagem do Zigoto ...................................................................................................... 4 3. Formação do Blastocisto ............................................................................................. 5 Aderência do Blastocisto ao Endométrio ................................................................... 7 4. Abortamento Espontâneo ............................................................................................ 8 Fatores Contribuintes ................................................................................................... 8 Referências ........................................................................................................................ 9 Zigoto e Blastocisto 3 1. introdução A embriologia é a ciência que estuda o desenvolvimento embrionário, desde a fecun- dação até o nascimento. Neste contexto, o zigoto e o blastocisto são etapas cruciais desse processo, o zigoto é a célula resultante da fusão do espermatozoide com o óvu- lo, marcando o início da vida. Já o blastocisto é uma estrutura formada no quinto dia após a fecundação, composta por uma massa celular interna e uma camada externa chamada trofoblasto. Figura 1. Fases celulares. Fonte: TimeLineArtist/Shutterstock.com 2. Formação e Clivagem do Zigoto O zigoto é a primeira célula do novo ser e é formado pela fusão de duas células ger- minativas: o espermatozoide, proveniente do pai, e o óvulo, proveniente da mãe. Esta fusão é denominada fecundação – este tópico é abordado detalhadamente na parte de “Fecundação”, porém vamos relembrar as principais informações:. Zigoto e Blastocisto 4 A fecundação geralmente ocorre nas tubas uterinas, especificamente na porção ampular da tuba. Após a ovulação, o óvulo é capturado pelas fímbrias tubárias e transportado para a tuba uterina. O espermatozoide, após ser ejaculado, viaja através do colo do útero e entra nas tubas uterinas, onde pode encontrar o óvulo e fertilizá-lo. etapas da Fecundação • Reconhecimento e Adesão: Os espermatozoides reconhecem o óvulo através de moléculas específicas presentes na zona pelúcida do óvulo. • Penetração na Zona Pelúcida: O espermatozoide libera enzimas que permitem sua penetração através da zona pelúcida, uma camada espessa que envolve o óvulo. • Fusão das Membranas: Uma vez que o espermatozoide penetra na zona pelúcida, as membranas do espermatozoide e do óvulo se fundem, permitindo que o núcleo do espermatozoide entre no citoplasma do óvulo. • Conclusão da Meiose II: O óvulo, que estava em meiose II, completa essa divisão e forma o óvulo maduro e o segundo corpúsculo polar. • Fusão dos Pronúcleos: Os núcleos do espermatozoide e do óvulo, agora chamados de pronúcleos, se fundem para formar o núcleo do zigoto. Clivagem do Zigoto Após a formação do zigoto, ele começa a se dividir enquanto se move ao longo da tuba uterina em direção ao útero. Este processo de divisão é chamado de clivagem. • Primeira Clivagem: Aproximadamente 24 horas após a fecundação, o zigoto se divide pela primeira vez, formando duas células chamadas blastômeros. • Divisões Subsequentes: As divisões continuam a ocorrer a cada 12-24 horas. Importante notar que, durante a clivagem, o tamanho total do embrião não au- menta; em vez disso, o número de células aumenta enquanto o tamanho de cada célula diminui. • Formação da Mórula: Por volta do terceiro dia após a fecundação, o embrião, agora com cerca de 16 células, é chamado de mórula. • Formação do Blastocisto: À medida que a clivagem continua, uma cavidade chamada blastocele começa a se formar no centro da mórula. O embrião agora é chamado de blastocisto e está pronto para se implantar no endo- métrio uterino. Zigoto e Blastocisto 5 Figura 2. Clivagem. Fonte: udaix/Shutterstock.com 3. Formação do BlaStoCiSto O blastocisto é uma estrutura embrionária crucial que se forma nos primeiros dias após a fecundação. Sua formação e subsequente aderência ao endométrio são etapas fundamentais para o estabelecimento bem-sucedido da gravidez. A formação do blastocisto ocorre enquanto o embrião está se movendo pelo tubo de Falópio em direção ao útero. Esse movimento é facilitado pelos cílios das células tubárias e pelas contrações musculares do túbulo. A mórula continua a se dividir e, por volta do quarto ao quinto dia, forma uma cavi- dade cheia de líquido chamada blastocele. O embrião agora é chamado de blastocisto e tem duas partes principais: • Massa Celular Interna (MCI): Dará origem ao embrião propriamente dito. A MCI é um aglomerado de células localizadas no interior do blastocisto. Estas células são pluripotentes, o que significa que têm a capacidade de se diferenciar em qualquer tipo de célula do corpo, exceto as que formarão a placenta e as membranas extraembrionárias. À medida que o blastocisto se expande, um grupo de células começa a se agrupar em um dos lados da cavidade blastocística. Este grupo de células se tornará a MCI. As células da MCI darão origem às três camadas germinativas do embrião: ectoderma, mesoderma e endoderma. Estas camadas, por sua vez, formarão todos os tecidos e órgãos do corpo. Zigoto e Blastocisto 6 • Trofoblasto: Formará a placenta e outras estruturas de suporte. O trofoblasto é a camada externa de células do blastocisto e desempenha um papel fundamental na nutrição do embrião e na formação da placenta. As células que não fazem parte da MCI e que revestem a cavidade blastocística formam o trofoblasto. À medida que o blastocisto se implanta no endométrio, o trofoblasto se diferencia em dois tipos principais de células: • Citotrofoblasto: Estas são as células trofoblásticas internas que formam a ca- mada interna. • Sincíciotrofoblasto: Originado a partir do citotrofoblasto, é uma massa multinucle- ada que invade o endométrio, facilitando a implantação do embrião e formando a interface entre o embrião e a mãe. Esta camada produz o hormônio hCG (gonado- trofina coriônica humana), que sinaliza para o corpo lúteo continuar produzindo progesterona, essencial para manter a gravidez. Figura 3. Blastocisto. Fonte: Designua/Shutterstock.com Figura 4. Implantação. Fonte: Fascija/Shutterstock.com Zigoto e Blastocisto 7 aderência do Blastocisto ao endométrio A aderência do blastocisto ao endométrio, também conhecida como implantação, é um processo complexo e crucial para o estabelecimento da gravidez. Envolve uma série de interações moleculares e celulares entre o blastocisto e o endométrio uterino. Antes da chegada do blastocisto, o endométrio passa por mudanças significativas sob a influência dos hormônios ovarianos, principalmente o estrogênio e a progesterona: • Fase Proliferativa: Sob a influência do estrogênio, o endométrio se torna mais espesso e as glândulas uterinas se alongam. • Fase Secretora: A progesterona, secretada pelo corpo lúteo após a ovulação, torna o endométrio mais vascularizado e secretor, preparando-o para a implantação. Substâncias químicas liberadas pelo endométrio atraem o blastocisto em direção à parede uterina. O blastocisto, ao chegar ao útero, sai de sua zona pelúcida (um reves- timento externo) e começa a aderir superficialmente ao endométrio. Esta aderência é mediada por moléculas de adesão presentes tanto no blastocisto quanto no endométrio. A camada externa do blastocisto, o trofoblasto, começa a se diferenciar em duas camadas: o citotrofoblasto e o sinciciotrofoblasto. O sinciciotrofoblasto é uma camada invasiva que começa a penetrar no endométrio. O sinciciotrofoblasto invade o endométrio, degradandoo tecido uterino e permitindo que o blastocisto se aprofunde no endométrio. Esta invasão também estabelece uma conexão com os vasos sanguíneos maternos, que fornecerão nutrientes ao embrião em desenvolvimento. Como resposta à implantação, o endométrio ao redor do local de implantação se transforma em um tecido especializado chamado decídua. A decídua fornece suporte e proteção ao embrião em desenvolvimento e desempenha um papel na modulação da resposta imunológica materna, garantindo que o feto não seja rejeitado. Figura 5. Implantação final do embrião. Fonte: Fascija/Shutterstock.com Zigoto e Blastocisto 8 4. aBortamento eSpontâneo O abortamento espontâneo é uma ocorrência comum, afetando aproximadamente 10-20% das gestações clinicamente reconhecidas. As etapas iniciais do desenvolvi- mento embrionário, incluindo a formação da mórula e do blastocisto, são críticas para o estabelecimento bem-sucedido da gravidez. Qualquer anormalidade nesses estágios pode aumentar o risco de abortamento. A transição do zigoto para a mórula é crucial, pois prepara o embrião para a próxi- ma etapa de desenvolvimento, que é a formação do blastocisto. Anomalias durante a clivagem do zigoto ou na formação da mórula podem resultar em um embrião inviável. Isso pode ser devido a fatores genéticos, como aneuploidias, ou a condições subótimas no ambiente tubário. O blastocisto é responsável pela implantação no endométrio uterino. O trofoblasto, em particular, desempenha um papel vital na invasão do tecido uterino e na formação da placenta. A falha na formação adequada do blastocisto ou na sua implantação pode resultar em abortamento. Além disso, anormalidades no trofoblasto podem impedir a correta aderência e invasão do endométrio, levando à falha na implantação ou ao desenvolvimento insuficiente da placenta, aumentando o risco de abortamento. Fatores Contribuintes • Aneuploidias: Alterações cromossômicas são uma das principais causas de abortamento espontâneo. Embriões com aneuploidias podem não se desenvolver além das fases de mórula ou blastocisto. • Condições do Endométrio: Um endométrio não receptivo ou anormal pode impedir a implantação adequada do blastocisto, levando ao abortamento. • Fatores Ambientais: Exposição a toxinas, infecções ou condições subótimas no ambiente tubário durante as fases de mórula e blastocisto pode afetar adversa- mente o desenvolvimento embrionário. Zigoto e Blastocisto 9 reFerênCiaS 1. Smith, J. Embriologia Humana. 3a ed. São Paulo: Manole; 2018. 2. Silva, P. Desenvolvimento Embrionário: do Zigoto ao Nascimento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2019. 3. Larsen, W. Embriologia Humana: Desenvolvimento e Estruturas. 5a ed. São Paulo: Elsevier; 2015. 4. Moore, K.L., Persaud, T.V.N. Embriologia Clínica. 10a ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2016. 5. Sadler, T.W. Langman’s Medical Embryology. 14a ed. Philadelphia: Wolters Kluwer; 2019. 6. Gilbert, S.F. Developmental Biology. 11a ed. Sunderland: Sinauer Associates; 2016. 7. Niederberger, C., Pellicer, A., Cohen, J., et al. Forty years of IVF. Fertility and Sterility. 2018;110(2):185-324.e5. 8. Norwitz, E.R., Schust, D.J., Fisher, S.J. Implantation and the survival of early pregnancy. New England Journal of Medicine. 2001;345(19):1400-1408. Escrito por Thainá Silva Galeão em parceria com inteligência artificial via chat GPT 4.0. sanarflix.com.br Copyright © SanarFlix. Todos os direitos reservados. Sanar Rua Alceu Amoroso Lima, 172, 3º andar, Salvador-BA, 41820-770 1. Introdução 2. Formação e Clivagem do Zigoto Etapas da Fecundação Clivagem do Zigoto 3. Formação do Blastocisto Aderência do Blastocisto ao Endométrio 4. Abortamento Espontâneo Fatores Contribuintes Referências