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Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 Lesões de tórax são frequente; Trauma torácico é comum na vítima com trauma multissistêmico e pode apresentar problemas com risco de vida, se não forem prontamente identificados durante a primeira avaliação; ABCDEs → usados para identificar as lesões com risco de vida imediato; Exame secundário → lesões potencialmente fatais; Estabilização inicial → procedimentos simples, e rápidos → permeabilização da via aérea pela intubação traqueal, acesso venoso e drenagem torácica; Objetivo do TTO → reestabelecer a normalidade das trocas gasosas e hemodinâmica; 85% dos traumas torácicos se resolve com punção ou drenagem torácica; 15 a 16% são traumas torácicos cirúrgicos; Maior parte das lesões com risco de vida é identificada na avaliação primária; 85% das vítimas decorrentes de traumatismos de tórax podem ser tratadas apenas com suporte ventilatório, analgesia e drenagem de tórax. 10 a 20% das vítimas necessitam de toracotomia; Identificar e iniciar o TTO das lesões com risco de vida imediato durante a AVALIAÇÃO PRIMÁRIA; o Obstrução de via aérea; o Lesão laringotraqueal; o Pneumotórax hipertensivo; o Pneumotórax aberto; o Tórax instável e contusão pulmonar; o Hemotórax volumoso (maciço); o Tamponamento cardíaco; Identificar e iniciar o TTO das lesões potencialmente fatais durante a AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA: o Pneumotórax simples; o Hemotórax; o Contusão pulmonar; o Lesão tráqueo-brônquica; o Contusão cardíaca; o Ruptura traumática da aorta; o Ruptura traumática do diafragma; o Ruptura do esôfago no traumatismos fechados; o Lesão contusa do coração; Consequências fisiopatológicas das lesões de tórax com risco de vida imediato Hipóxia; Hipoventilação; Acidose respiratória; Acidose metabólica; Perfusão tecidual inadequada Sinais e sintomas Taquipneia; Desconforto respiratório; Hipóxia; Desvio da traqueia; Alteração da ausculta; Tratar durante a avaliação primária, logo que identificadas. Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 Alteração da percussão; Deformidade da parede torácica Sinais e sintomas: o Obstrução de via aérea; o Inspeção de cavidade oral → busca de corpo estranho; o Rouquidão; o Falta de ar, como retrações da musculatura intercostal e supraclavicular; o Ausculta → estridor que evidencia obstrução parcial das vias aéreas superiores; o Crepitação à palpação da parede anterior do pescoço; o Enfisema subcutâneo; Tratamento: o Tratar na avaliação primária, logo que possível; o Permeabilização da via aérea; intubação cuidadosa; traqueostomia; Sinais e sintomas: o Desconforto respiratório; o Choque; o Distensão das veias do pescoço; o Desvio constralateral da traqueia; o Murmúrio vesicular ausente unilateralmente; o Timpanismo; o Elevação do hemitórax; o Cianose → sinal tardio de descompensação!!! Diagnóstico: clínico; Tratamento: o Descompressão imediata; o Punção por agulha; o Drenagem do tórax; Provocado por grandes ferimentos da parede torácica que permanecem abertos → ferimentos torácicos aspirativos; Assistência ventilatória; Conduta: o Manejo pré-hospitalar: Fechar imediatamente o ferimento com um curativo estéril, grande o suficientemente para sobrepor as bordas da ferida; Curativo oclusivo (gaze vaselinada, lâmina de plástico, etc.) → medida temporária; Ferimento deve ser coberto com segurança em apenas três lados para produzir um efeito de válvula unidirecional; Inspiração → curativo ocluiu a ferida, impedindo a entrada do ar; Expiração → o lado que não está fixado permite o escape de ar de dentro da cavidade pleural; o Manejo hospitalar: Dreno de tórax; O doente necessitará da reconstrução cirúrgica da parede torácica; CUIDADO! Pneumotórax hipertensivo desenvolve-se após a colocação do curativo sobre a ferida no tórax aberto!! Sempre certificar-se de que o curativo oclusivo é fechado em apenas três lados. Tratar o pneumotórax com a colocação do tubo torácico através da pele intacta!!! Acúmulo > 1.500 mL de sangue em um hemitórax; Drenagem do tórax → ventilação e oxigenação; Sinais e sintomas: o Murmúrio vesicular ausente; o Macicez à percussão; o Veias cervicais murchas/colapsadas → hipovolemia; o Veias distendidas → pneumotórax hipertensivo concomitante; o Acúmulo agudo e maciço de sangue → hipotensão e choque; Diagnóstico: associação de choque com ausência de murmúrio vesicular e/ou macicez à percussão de um dos hemitórax; Tratamento: o Reposição do volume sanguíneo e descompressão da cavidade torácica → simultaneamente; o Acesso venoso com cateter calibroso → cristaloide; Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 o Sangue removido através do dreno de tórax deve ser coletado em um dispositivo que permita a autotransfusão; o Dreno de tórax → geralmente ao nível do mamilo, logo anteriormente à linha axilar média, simultâneo à reposição rápida de volume à medida que se completa a descompressão; Se o volume drenado imediatamente for de aproximadamente 1.500 mL → toracotomia de urgência; Débito inicial <1.500 mL, mas continuam sangrando → toracotomia; Drenagem torácica: o Autotransfusão; o Restauração da volemia; Intervenção cirúrgica (?) → perda de sangue > 250mL/hora; Compressão do coração por um acúmulo de líquido no saco pericárdico; Sinal de Kussmaul → aumento da pressão venosa com inspiração ao respirar espontaneamente; AESP pode sugerir tamponamento cardíaco; Pneumotórax hipertensivo esquerdo, pode imitar o tamponamento cardíaco; Ferimento transafixante por arma de fogo; Tríade de Beck: pulso paradoxal + distensão das veias do pescoço + abafamento das bulhas cardíacas; Diagnóstico: o FAST; o Ecocardiografia e/ou janela pericárdica → FAST não disponível ou duvidos; Tratamento: toracotomia de emergência ou a esternotomia; o Administração de volume → aumenta pressão venosa e melhora DC transitório; o Pericardiocentese → pode ser utilizada como terapêutica, mas NÃO constitui um tratamento definitivo; Exames Radiografia de tórax; Tomografia de tórax; USG focado → FAST; Exames laboratoriais; Oximetria de pulso; Frequentemente não diagnosticada; Ferimento penetrante ou trauma fechado; Pneumotórax ou borbulhamento persistente no vidro de drenagem; Broncoscopia; Tratamento: via aérea e ventilação; drenagem de tórax; operação; Entrada de ar no espaço virtual entre a pleura visceral e a parietal; Colapso pulmonar → alteração de ventilação/perfusão → sangue que perfunde áreas não ventiladas não é oxigenado; Trauma fechado/contuso ou ferimento penetrante; Hipertimpanismo; Diminuição do murmúrio vesicular; Diagnóstico: o Clínica; o Radiografia de tórax AP, em expiração → apenas vítimas de trauma penetrante; trauma contuso não; Tratamento: o Dreno de tórax no quarto ou quinto espaço intercostal, logo anteriormente à linha axilar média; Após a inserção do dreno, é necessário um novo raio-X de tórax para confirmar a re-expansão pulmonar; Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 Frequente; Oxigenar e ventilar; Intubar ou não, conforme indicação; Alterações radiográficas tardias; Adm cuidadosa de volume; Lesão de parede torácica; Laceração do parênquima pulmonar e/ou de vasos; Derrame pleural tem sangue acumulado na cavidade pleural ( <1.500 mL); Causa mais comum: laceração pulmonar ou a ruptura de um vaso intercostal ou da artéria mamária interna; Conduta: o Geralmente o sangramento é autolimitado e não necessita de tratamento cirúrgico;mas dreno é necessário! o Solicitar radiografia de tórax com o doente em posição supina; o Dreno de tórax; o Conduta cirúrgica: toracotomia de emergência Drenagem inicial ≥1.500 mL de sangue; Drenagem >200 mL/h durante 2 a 4 horas; Necessidade de transfusão contínua de sangue; Espectro de lesões; Alterações eletrocardiográficas → monitorar; Ecocardiograma → se houver repercussão hemodinâmica; Diagnóstico: pode ser estabelecido apenas através da inspeção direta do miocárdio; o Sinas e sintomas: hipotensão, arritmias ao exame eletrocardiográfico ou alterações da contratilidade da parede miocárdica vistas na ecocardiografia bidimensional; TTO: tratar → arritmias; perfusão; complicações; o Doentes com contusão miocárdica diagnosticada através das anormalidades de condução apresentam riscos de desenvolver arritmias súbitas e devem ser monitorados nas primeiras 24 horas após o trauma; o Doentes sem alterações eletrocardiográficas → dispensar a monitorização; Aceleração/desaceleração rápida; Sinais radiológicos; Alto índice de suspeita → consultar o cirurgião; Hipotensão persistente ou recorrente → consequência de dois pontos de hemorragia separados ainda não identificados.; Sinais e sintomas: frequentemente ausentes; Achados radiológicos: o Alargamento do mediastino; o Obliteração do botão aórtico; o Desvio da traqueia para a direita; o Rebaixamento do brônquio-fonte esquerdo; o Elevação do brônquio-fonte direito; o Obliteração do espaço entre a artéria pulmonar e a aorta (apagamento da janela da artéria pulmonar); o Desvio do esôfago (sonda nasogástrica) para a direita; o Alargamento da faixa paratraqueal; o Alargamento das interfaces para-espinhais; o Presença de um derrame extrapleural apical; o Hemotórax à esquerda; o Fratura do primeiro e segundo arcos costais ou da escápula; Diagnóstico: achados radiológicos + TC helicoidal ou aortografia; *Doente hemodinamicamente anormal não deve ser submetido a tomografia; Tratamento: cirúrgico → ressecção e reparo do segmento lesado; o Reparo endovascular; Mais frequente à esquerda; Trauma fechado/contuso → lacerações extensas; herniação; Ferimentos penetrantes → perfurações pequenas; pode ser assintomático; Diagnóstico: o Radiografia → frequentemente é mal interpretação; Achados: elevação de cúpula diafragmática, distensão gástrica aguda, hemopneumotórax loculado ou hematoma subpulmonar; o Estudo contrastado do trato gastrointestinal; o Saída do líquido usado na lavagem peritoneal pelo dreno confirma o diagnóstico; Tratamento: Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 o Suspeita de ruptura do hemidiafragma esquerdo → sonda nasogástrica; o Cirúrgico → sutura primária; Fraturas de esterno, escápula e costelas Costelas → dor à movimentação resulta em restrição dos movimentos respiratórios → prejudica a ventilação, oxigenação e tosse; Fraturas da escápula, 1-2 costela ou do esterno sugerem: trauma de alta intensidade; o Associadas a trauma de outros segmentos como trauma de crânio, pescoço, coluna vertebral, pulmões e grandes vasos; o Alta mortalidade; Fraturas de esterno: podem ser acompanhadas de contusão pulmonar; lesão cardíaca contusa; o Pode estar indicada a correção cirúrgica de fraturas esternais ou escapulares; Costelas 1-3: o Força intensa, alto risco de mortalidade pelas lesões associadas; o Associadas a trauma de outros segmentos como trauma de crânio, pescoço, coluna vertebral, pulmões e grandes vasos. Costelas 4-9: o Contusão pulmonar e pneumotórax; Costelas 10-12: o Suspeitar de lesão intra-abdominal; o Lesão hepática de esplênica; Raio-X de tórax → solicitado para descartar outra lesão intratorácica e não apenas para identificar fratura de costelas; Imobilizações, ataduras, cintas costais e fixação externa são contraindicadas; Sinais: petéquias, edema, pletora (hipervolemia), edema cerebral; Tratamento: controle da via aérea; oxigênio; Rara e difícil de diagnosticar Mecanismo: pancada forte no epigátrio; Mediastinite e sua ruptura imediata ou tardia para o espaço pleural causam o empiema; Sinais e sintomas: o Dor não explicada; o Choque não explicado; o Gás no mediastino nas radiografias; o Hemotórax/derrame pleural esquerdo não explicado; Diagnóstico: estudo contrastado; endoscopia; Tratamento: toracotomia com esofafectomia ou sutura simples da lesão conforme o tempo decorrido do trauma ao TTO definitivo; o Ampla drenagem do espaço pleural e do mediastino com sutura primária da lesão; Deve-se considerar uma possível lesão esofágica em todo o doente que: apresenta um pneumotórax ou hemotórax a esquerda sem fraturas de costela, foi vítima de golpe em região esternal inferior ou no epigástrio e apresenta dor ou quadro de choque fora de proporção com a lesão aparente e elimina material suspeito através do dreno de tórax quando o sangue começa a clarear. Causas: lesão de via aérea; pneumotórax; lesão por explosão; Não necessita de tratamento, mas lesões subjacentes devem ser investigadas. o Se for necessária a utilização de ventilação com pressão positiva, deve ser considerada a drenagem do tórax do mesmo lado do enfisema subcutâneo (prevenção de pneumotórax hipertensivo); Pneumotórax simples pode tornar-se hipertensivo; Hemotórax retido; Lesão de diafragma; Controle inadequado da dor; Extremos de idade; Reanimação volêmica excessiva; Dreno de tórax mal posicionado;
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