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Lombalgia: Causas, Sintomas e Tratamentos

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LOMBALGIA
Definição: Dor de localização lombar relatada pelo paciente, podendo representar
acometimento osteomuscular ou patologias viscerais com dor referida.
Fisiopatologia:
- Específicas: Quando se sabe a causa (Congênitas, degenerativas,
inflamatórias, tumorais..)
- Inespecíficas: Quando não é encontrada a justificativa para a causa
(Idiopática).
Epidemiologia: Altamente prevalente na população. Estima-se que pelo menos
80% dos adultos apresentam um episódio de dor lombar ao longo da vida.
Quadro clínico: A avaliação clínica da lombalgia inclui anamnese e exame físico
para avaliar sinais e sintomas que indiquem a necessidade imediata de um exame
radiológico e avaliações posteriores.
Geralmente, pacientes com lombalgia aguda (< 4 semanas) não necessitam de
exames complementares na avaliação inicial.
● Sinais de alarme (red flags): Motivam a realização de exames de
imagem:
● Lombalgia > 4-6 semanas;
● Perda ponderal inexplicada;
● Idade avançada (> 50 anos) ou diagnóstico prévio de osteoporose;
● Uso crônico de corticoides;
● Febre;
● Uso de drogas injetáveis;
● Procedimento invasivo epidural/espinhal atual ou recente;
● História pessoal ou familiar importante de neoplasia;
● Dor noturna, progressiva e refratária;
● Rigidez matinal, dor glútea alternante e episódios de despertar noturnos
podem sugerir espondiloartropatia;
● Perda motora progressiva;
● Presença de nível sensitivo;
● Incontinência ou retenção urinária/fecal;
● Anestesia em sela.
● Sinais de alerta para cronificação lombalgia e disfunção (yellow
flags):
● Ansiedade/depressão;
● Sensação de inutilidade;
● Sono prejudicado;
● Atitude passiva em relação ao tratamento;
● Redução das atividades diárias pela dor;
● Tendência à catastrofização;
● Ausência de suporte emocional/familiar;
● Dependência de drogas;
● Histórico de abuso físico ou sexual;
● Presença de litígio trabalhista;
● Insatisfação com o trabalho.
Exame físico:
- Inspeção lombar: Avaliar presença de contraturas, alterações da curvatura,
desalinhamento dos processos espinhosos.
- Palpação: Avaliar dor a palpação vertebral e tecido subcutâneo
paravertebral, podendo sugerir infecção ou metástase vertebral.
- Neurológico: Avaliar força, sensibilidade, marcha, reflexo de mmii.
Classificação:
Dor lombar de origem potencialmente radicular: Pacientes que apresentam o
quadro típico de lombalgia com irradiação para membro inferior
Dor lombar potencialmente associada à doença específica espinhal:
Corresponde aos pacientes sem história típica de lombalgia com irradiação, porém
com sinais de alarme para outras doenças medulares (tumores, infecções, fraturas e
síndromes específicas)
Dor lombar inespecífica: Corresponde a 85-90% dos casos de dores lombares.
Compreende o grupo de pacientes cuja sintomatologia não sugere compressão
radicular e não sugere doenças mais graves (infecção, neoplasia e outros), ou seja,
na ausência de sinais de alarme. Atribui-se os sintomas à dor
musculoesquelética, que tende a desaparecer em poucas semanas (em geral, em
menos de quatro semanas).
Abordagem:
Exames de imagem só estão indicados na presença de sinais de alarme (ou seja,
lombalgia potencialmente associada à doença específica) ou sintomas persistentes
(> 1 mês de duração sem alívio, com tratamento clínico), e exames laboratoriais,
apenas na suspeita de causas específicas.
Se ausência de sinais de alarme e dor com < 1 mês de duração: Tratamento
clínico e reavaliação em 2 semanas.
Se presença de sinais de alarme ou dor com > 1 mês de duração, sem
resposta ao tratamento clínico: Indicado exame de imagem (radiografia,
tomografia ou ressonância magnética).
A refratariedade ao tratamento por 1 mês, mesmo na ausência de sinais de alarme,
deve ser considerada na indicação de exame de imagem e no encaminhamento
para especialista.
Pacientes que continuam a ter lombalgia além do período agudo (4 semanas) têm
lombalgia subaguda (4-12 semanas) e podem evoluir para lombalgia crônica (≥ 12
semanas).
Tratamento:
Monoterapia inicial: O tratamento com anti-inflamatórios não esteroides (AINEs)
inclui muitas opções, mas inicialmente as drogas de escolha são Ibuprofeno
(400-600 mg/dia) ou Naproxeno (250-500 mg/dia), por 1-2 semanas.
- Se tiver contraindicação aos AINES pode-se utilizar Paracetamol 3 g/Dia.
Duração do tratamento: 1-2 semanas.
Combinação com relaxantes musculares: Em pacientes com dor refratária à
farmacoterapia inicial, relaxantes musculares proporcionam analgesia e alívio de
espasmos musculares, porém com efeitos colaterais sedativos.
Inicialmente, recomenda-se Ciclobenzaprina (Miosan)
● Glicocorticóides sistêmicos: Não há evidências apoiando o uso de
corticóides em pacientes com lombalgia aguda;
Posologias:
● Dipirona sódica (500 ou 1.000 mg/comprimido) 500-1.000 mg VO de
6/6 até 4/4 horas;
● Paracetamol (500 ou 750 mg/comprimido) 500-750 mg VO até de 6/6
horas.
● Ibuprofeno (400-600 mg/comprimido) 200-600 mg VO de 6/6 até 4/4
horas;
● Ciclobenzaprina (5-10 mg/comprimido) 10-40 mg/dia VO, em 2-4
doses;
Se dor forte e refratárias às terapias anteriores:
- Codeína (30 ou 60 mg/comprimido) 30-60 mg VO até de 6/6 horas.
- Tramadol (50 ou 100 mg/comprimido) 50-100 mg VO até de 6/6 horas
(dose máxima: 400mg/dia)

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