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DIFERENCIAÇÃO DAS CEFALEIAS – 8 A migrânea, também conhecida como enxaqueca, é a segunda maior causa de cefaleia primária, sendo mais prevalente no sexo feminino do que no sexo masculino. A etiologia dessa cefaleia é multifatorial, envolvendo alguns fatores, como alterações hormonais, consumo excessivo de álcool e cafeína, alterações do sono e alguns alimentos. Clinicamente, caracteriza-se como uma cefaleia pulsátil, unilateral e com intensidade de moderada a grave, podendo interferir nos afazeres do indivíduo afetado. Associado a isso, pode-se apresentar com duração variável, entre 4 a 72 horas, acompanhada de náuseas e vômitos, fotofobia e fonofobia. Além disso, pode ser precedida ou acompanhada por aura, que são sinais e sintomas neurológicos focais. Dentre eles: escotomas cintilantes, parestesias periorais ou dimidiadas, hipoestesias ou paresias dimidiadas, vertigem + diplopia (enxaqueca basilar), hemiplegia (enxaqueca hemiplégica familiar). A conduta terapêutica para essa pode ser dividida em abortiva ou profilática. No primeiro caso, indicam-se derivados da ergotamina, agonistas serotoninérgicos, como naratriptano. Já a profilaxia, inclui o uso de betabloqueadores, como propranolol, antidepressivos triciclos e flunarizina. Já a cefaleia tensional é a causa mais comum de cefaleia primária, com incidência de 40 a 70% da população, sendo mais comum no sexo feminino. A etiologia dessa é a tensão muscular na região da cabeça, pescoço e ombros, decorrente de estresse emocional, ansiedade e má postura. Além dessas causas, alguns fatores podem contribuir para o seu desenvolvimento, dentre eles falta de sono, desidratação, consumo excessivo de cafeína, álcool ou tabaco, entre outros. Clinicamente, caracteriza-se por uma cefaleia em aperto ou em pressão, que acomete a região frontoccipital ou temporo-occipital bilateral, intensidade leve a moderada, não havendo interferência nos afazeres do indivíduo acometido. Geralmente, esse tipo se inicia no período vespertino ou noturno, após um dia estressante ou algum tipo de aborrecimento, apresentando duração prolongada (horas ou dias). A conduta terapêutica para essa também pode ser dividida em abortiva ou profilática. A primeira é composta por analgésicos, relaxantes musculares e técnicas de relaxamento. E, a profilaxia é feita com antidepressivos tricíclicos. Referências Bibliográficas BURCH, R. Migraine and Tension-Type Headache: Diagnosis and Treatment. Med Clin North Am. 2019. PETERS, G. L. Migraine overview and summary of current and emerging treatment options. American Journal of Managed Care, [s.l.], v. 25, n. 2 Suppl, p. S23-S34, jan. 2019.
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