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Proteínas plasmáticas - UNA Lafaiete

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Proteínas plasmáticas de 
interesse clínico
Farm. Leonardo Albuquerque
O que é uma proteína?
 O esqueleto de todas as moléculas de proteína 
consiste em uma cadeia de átomos de carbono e 
nitrogênio que permanecem unidos por ligações 
peptídicas estabelecidas entre aminoácidos 
adjacentes. 
 Em uma das extremidades dessa cadeia (a porção 
aminoterminal) existe um grupo amino (–NH2) livre, 
enquanto na outra (a porção carboxiterminal) há um 
grupo carboxila (–COOH) livre. 
O que é uma proteína?
 A sequência linear de aminoácidos de uma proteína
é denominada estrutura primária.
 A estrutura secundária se refere à conformação
tridimensional na qual se dobram partes da cadeia
polipeptídica.
 A estrutura tridimensional real (ou padrão de
dobramento da proteína) – determinada
exclusivamente pela sequência de aminoácidos – é
denominada estrutura terciária.
 Proteínas individuais ou subunidades monoméricas
podem formar complexos mais estáveis, como
dímeros, trímeros e tetrâmeros, que são
denominados estrutura quarternária.
Funções biológicas atribuídas 
às proteínas
 Enzimas: São proteínas altamente especializadas
com atividade catalítica; praticamente todas as
reações químicas celulares de que participam
biomoléculas orgânicas são catalisadas por
enzimas.
 Proteínas transportadoras: São proteínas que se
ligam a íons ou moléculas específicos, as quais são
transportadas de um órgão para outro. Transportam
hormônios, vitaminas, metais, drogas e oxigênio, e
solubilizam os lipídios(apoproteínas).
 Proteínas de armazenamento: Atuam no 
armazenamento de certas substâncias, como a 
ferritina, que armazena átomos de ferro.
Funções biológicas atribuídas 
às proteínas
 Proteínas contráteis ou de motilidade: Proteínas que
modificam sua forma ou se contraem: actina e
miosina.
 Proteínas estruturais: São proteínas que servem
como filamentos de suporte, cabos ou lâminas para
fornecer proteção ou resistência a estruturas
biológicas: queratinas, colágeno e elastina.
 Proteínas de defesa: Um grande número de
proteínas defende o organismo contra a invasão de
outras espécies ou o protege em caso de
ferimentos. (Imunoglobulinas e fatores da
coagulação)
Metabolismo das proteínas 
plasmáticas
 Síntese: A maioria das proteínas plasmáticas é
sintetizada no fígado, enquanto algumas são pro-
duzidas em outros locais, como imunoglobulinas,
pelos linfócitos, apolipoproteínas, pelos enterócitos.
 Distribuição: Normalmente, a concentração de
proteínas totais no plasma está ao redor de 7 g/ dL
e, aproximadamente, 250 g de proteínas são
encontrados no compartimento vascular de um
homem adulto de 70 kg. A água atravessa mais li-
vremente as paredes capilares que as proteínas e,
portanto, a concentração das proteínas no espaço
vascular é afetada pela distribuição líquida.
Proteínas totais e frações
 Albumina + globinas
 Informação do status nutricional
 Capacidade de síntese hepática
 Nefropatia ou enteropatia perdedora de proteínas
 Suspeição de outras alterações patológicas 
(mieloma)
Métodos para detecção de 
proteínas 
• Os métodos existentes para quantificar e fracionar as
proteínas baseiam-se em turbidimetria, colorimetria,
absorção espectrofotométrica, ligação a corantes,
cromatografia em coluna, eletroforese e imunoensaios.
• ELETROFORESE é a migração de solutos ou partículas
dotadas de carga em um campo elétrico
• A eletroforese de proteínas separa as moléculas
proteicas de acordo com suas cargas elétricas
(usualmente em pH 8,6).
• Eletroforese de zona X Eletroforese capilar
Tipos de eletroforese
 I. Eletroforese de zona:
 Técnica tradicionalmente utilizada na qual ocorre a
migração das partículas como zonas, usualmente em um
meio de suporte poroso como acetato de celulose, gel de
agarose ou poliacrilamida, após a amostra ser misturada
com uma solução tampão.
 Geração de um eletroforetograma → corado →
quantificação de proteínas por densitômetro (converte as
bandas em picos)
Eletroforese de zona
Eletroforese capilar
II. Eletroforese capilar:
 Mais recente método de separação baseado no fluxo através
de um tubo capilar confeccionado para diferenciar diversas
moléculas de acordo com o seu tamanho e outras
propriedades físico-químicas
 Permite análise automatizada que detecta e quantifica as
bandas de proteínas sem a necessidade de densitometria
 Alta resolução → permite a separação dos picos de Beta1
(transferrina e hemopexina) e Beta2 (Complemento C3) →
resulta em um padrão de seis bandas
Eletroforese capilar
Tipos de eletroforese
II. Eletroforese capilar:
 Quando se compara a eletroforese capilar com gel de
agarose, observa-se que a primeira é mais eficaz em detectar
pequenas concentrações de componentes monoclonais,
especialmente IgA ou cadeias leves, que estão escondidas
na eletroforese em gel agarose devido à co-migração com a
transferrina e C3
 A eletroforese capilar de proteínas está estabelecida, na
literatura médica, como um método que permite aumento
de sensibilidade, melhor quantificação, análise em
amostras menores, com operação simples e rápida
Uso clínico da eletroforese de 
proteínas séricas
 Diagnóstico de processos inflamatórios, gamopatias e
disproteinemias
 Suspeita de mieloma múltiplo
 Presença de osteoporose, lesões osteolíticas ou hipercalcemia;
 Quadros de má-absorção em maiores de 50 anos
 Quadros de anemia e hepatoesplenomegalia
 Avaliação de doença hepática crônica
 Pacientes com VHS elevado
 Elevação da creatinina
 Quadros de infecções recorrentes
 Neuropatia periférica inexplicável
 Síndrome nefrótica
Principais proteínas encontradas nas 
bandas eletroforéticas
• A interpretação clínica da eletroforese é baseada nas
variações das frações e na detecção de paraproteínas
• Em um soro normal, utilizando técnica sensível como a
eletroforese capilar, identifica-se seis bandas: albumina,
alfa1, alfa2, beta1, beta2 e gama
I. Albumina
• Proteína mais abundante no plasma, sendo sua função
principal a manutenção da pressão oncótica intravascular
• A albumina também serve de repositório móvel de
aminoácidos para incorporação a outras proteínas.
• Uma terceira função é a de transporte geral ou de proteína
transportadora.
• É sintetizada pelas células do parênquima hepático e
apresenta meia vida de 15 a 19 dias
• Níveis elevados podem ocorrer na desidratação aguda
sem significado clínico
I. Albumina
• Diminuição dos níveis é encontrada em algumas
condições:
• analbuminemia; inflamação aguda ou crônica; doença
hepática; glomerulopatias; lesão tubular; enteropatia
perdedora de proteínas; doença inflamatória intestinal;
desnutrição proteica; linfomas; leucemia;
hipertireoidismo; uso de corticoide
I. Albumina
• Na gravidez, níveis diminuem até 8ª semana e retornam ao
normal 8 semanas após o parto
• Em quadros agudos, infecciosos severos e traumas, a
diminuição da albumina se inicia com 12 a 36h,
apresentando queda máxima em 5 dias
I. Albumina
• A bisalbuminemia é uma anormalidade caracterizada pela
presença de dupla banda de albumina à eletroforese, podendo
ser congênita ou adquirida
• Bisalbuminemia familiar é uma anormalidade rara, sem
consequências patológicas ou necessidade de tratamento
• Ao contrário, a detecção de bisalbuminemia adquirida pode
significar uso de antibióticos, corticóides ou a presença de ascite
I. Albumina
II. Alfa1-globulinas:
• Esta banda é principalmente composta por alfa1-
antitripsina
• O restante (10%) se deve à alfa1-glicoproteína ácida, alfa-
fetoproteína e certas proteínas carreadoras
II. Alfa1-globulinas:
• Incrementos desta zona são encontrados nas seguintes
situações:
• Reação de fase aguda, cirrose, disproteinemia familiar
idiopática, gravidez, enteropatia perdedora de proteína,
estresse, colite ulcerativa, uso de estrógenos, corticoides
e anti-inflamatórios
II. Alfa1-globulinas:
• Diminuição dessa banda ocorre em:
Hepatite viral aguda, má-absorção, enfisema
pulmonar,síndrome nefrótica e no jejum prolongado
II. Alfa1-globulinas:
• A alfa1-antitripsina, sintetizada no fígado, é o mais
importante inibidor da elastase leucocitária no processo
de fagocitose dos polimorfonucleados
• A eletroforese geralmente detecta apenas os indivíduos
homozigóticos com deficiência de alfa1-antitripsina, sendo
usualmente normal em heterozigóticos
• Sua deficiência está associada a quadro de enfisema
pulmonar precoce
II. Alfa1-globulinas:
• A Alfa1-glicoproteína ácida, também conhecida como
orosomucoide, contém alta percentagem de carboidratos,
sendo produzida pelas células do parênquima hepático
• Aumenta na reação inflamatória de fase aguda,
especialmente nas inflamações gastrointestinais e
neoplasias malignas
III. Alfa2-globulinas:
• Inclui a Haptoglobina, Alfa2-macroglobulina e 
Ceruloplasmina
• Esta área eletroforética raramente está deprimida
(hepatite viral aguda, hipohaptoglobulinemia congênita,
doença hepática, hemólise intravascular) uma vez que a
diminuição de um componente geralmente é mascarada
pelos demais.
III. Alfa2-globulinas:
 Haptoglobina → glicoproteína de síntese hepática que se
liga, irreversivelmente à hemoglobina após sua hemólise,
formando um complexo grande o suficiente para reduzir
a perda de hemoglobina e a lesão renal
 É um reator fraco e tardio da reação de fase aguda
 Valores baixos de haptoglobina são os indicadores mais
sensíveis de hemólise
III. Alfa2-globulinas:
• Alfa2-macroglobulina → principal inibidor das proteinases
plasmáticas
• A AMG é a maior proteína não Ig exitente no plasma, com peso
molecular de 725.000 Da
• A concentração de AMG aumenta cerca de 10 vezes (ou mais)
na síndrome nefrótica, quando há perda de outras proteínas
plasmáticas de peso molecular inferior
III. Alfa2-globulinas:
 Ceruloplasmina → contém 95% do cobre sérico,
podendo estar aumentada nas reações de fase aguda
 Níveis diminuídos da ceruloplasmina ocorrem na
doença de Wilson, desnutrição, síndrome nefrótica e
enteropatia perdedora de proteínas
III. Alfa2-globulinas:
 Encontram-se aumentadas em alguns casos:
 Febre reumática, senilidade, analbuminemia,
hipoalbuminemia, glomerulonefrite, cirrose,
diabetes, disproteinemia familiar idiopática,
síndrome nefrótica, enteropatia perdedora de
proteínas, artrite reumatoide, estresse e uso de
corticoides
IV. Beta-globulinas:
• Esta zona é melhor avaliada de forma
separada:
1. Beta1 (transferrina, hemopexina)
2. Beta2 (Complemento C3)
IV. Beta-globulinas:
• Transferrina → transferrina é sintetizada nas células 
hepáticas e sua função é o transporte do ferro plasmático, 
portanto, a elevação de sua concentração com reflexo no 
aumento da fração beta globulina é indicativo de carência 
de ferro. A diminuição da transferrina se observa nas 
hepatopatias crônicas. 
• Nos casos de anemia ferropriva seus níveis estão elevados,
embora esteja menos saturada
• Níveis baixos são encontrados na reação de fase aguda,
neoplasias, desnutrição proteico-calórica e na perda de
proteínas (síndrome nefrótica, enteropatias perdedoras)
IV. Beta-globulinas:
• Complemento C3 → é um reator de fase aguda fraco e tardio
• elevação do complemento C3 induz o aumento de beta globulina 
em processos infecciosos crônicos
• Também se eleva na obstrução biliar
• Podem ocorrer deficiências genéticas, embora as
deficiências adquiridas, secundárias ao seu consumo sejam
mais comuns: doenças infecciosas e inflamatórias agudas e
crônicas
V. Gamaglobulinas:
• Predominantemente composta de imunoglobulinas do tipo
IgG
• As imunoglobulinas IgA, IgM, IgD e IgE se sobrepõem à
junção Beta- Gama
V. Gamaglobulinas:
e
Diminuição dessa banda ocorre na Hipogamaglobulinemia
e na Agamaglobulinemia, que podem ser primárias ou
secundárias (uso de corticóides, síndrome nefrótica,
infecções, leucemia linfocítica crônica, linfomas, mieloma
múltiplo de cadeia leve)
V. Gamaglobulinas:
• Picos policlonais decorrem da produção heterogênea de
anticorpos que produzem elevação difusa das gamaglobulinas
na resposta a quadros infecciosos e inflamatórios crônicos,
doenças hepáticas e neoplasias
• Bandas oligoclonais (dois ou mais picos monoclonais) estão
presentes ocasionalmente na hepatite aguda fulminante,
infecções virais crônicas, infecções bacterianas e
imunodeficiências
• Os picos monoclonais são resultado de uma única classe ou
subclasse de imunoglobulinas produzidas por uma única
linhagem de plasmócitos ou linfócitos B
V. Gamaglobulinas
 Aumento dos níveis de imunoglobulinas pode
ocorrer de forma policlonal; monoclonal ou
oligoclonal

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