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Proteínas plasmáticas (proteínas de fase aguda) - Imunologia clínica

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As proteínas plasmáticas são importantes 
para o diagnóstico clínico e o monitoramento de 
doenças e diversas condições clínicas. Por meio da 
dosagem das proteínas plasmáticas é possível 
identificar infecções, doenças autoimunes, bem 
como acompanhar estados inflamatórios. 
PROCESSO DE AGRESSÃO 
TECIDUAL 
 Para a produção de proteínas plasmáticas é 
necessário que o organismo sofra uma agressão. 
Essa agressão não necessita ser de um agente 
infeccioso, mas na maioria das vezes é causada por 
um processo patológico associado a um 
microrganismo. 
 Agressão ao organismo – vários agentes 
infecciosos causam lesões ao invadirem tecidos 
e se multiplicar. Outros eventos como traumas e 
hipóxia teciduais também são lesivos. 
 Processo inflamatório – limitar a invasão dos 
patógenos e reparar tecidos lesados. 
 Se o processo inflamatório se amplifica ou 
dissemina, as citocinas atuam sistemicamente, 
estimulando hepatócitos a aumentar a produção e 
secreção de proteínas. Surge então a resposta de fase 
aguda¸ evidenciada pelo aumento da concentração 
dessas proteínas circulantes. 
PROTEÍNAS DE FASE AGUDA 
 São produzidas em elevadas quantidades em 
decorrência de agressões, necroses teciduais e 
lesões. 
 Resulta do aumento da síntese hepática por 
estímulo de citocinas (IL-1, IL-6, IL-8 e TNF-α) 
liberadas a partir do processo inflamatório 
iniciado; 
 A concentração tem boa correlação com a 
extensão da agressão inicial; 
EXPLICAÇÃO DO ESQUEMA ABAIXO 
 Ocorreu uma injúria tecidual por um 
microrganismo. O macrófago tecidual presente no 
local vai fagocitar esse agente infeccioso e sinalizar 
a produção de citocinas. Essas citocinas vão agir 
sobre o hepatócitos, induzindo o aumento da 
produção de proteínas de fase aguda (proteína C 
reativa, haptoglobina, proteína amilóide A sérica). 
São essas proteínas que vão desenvolver a resposta 
de fase aguda. 
 
Proteína Função biológica 
Proteína Reativa C Ativar complemento 
Opsonização 
Ligar polissacarídeos 
Citotoxicidade 
Lipoproteínas 
Alfa-1-glicoproteína ácida Transportar proteínas 
Haptoglobina Remover hemoglobina livre 
Sistema complemento Opsonização 
Anafilatoxina 
Citotoxicdade 
Quimiotaxia 
Alfa-1-antitripsina Inibidor de proteases 
Regula extensão do processo 
Alfa-2-macroglobulina Inibidor de proteases 
A amilóide sérica Inibidor de HDL 
Inibir reposta celular 
 De acordo com a extensão da lesão tecidual: 
 PCR pode aumentar até 10x seu valor normal. 
 AAT (alfa-1-antitripsina) e haptoglobina 2x 
ou 4x o nível fisiológico normal. 
proteinas plasmáticas 
AULA 5 – IMUNOLOGIA CLÍNICA 
introdução 
 
 
 
 
 
AUMENTO DA CONCENTRAÇÃO DE 
PROTEÍNAS DE FASE AGUDA 
 As Proteínas de fase aguda são consideradas 
marcadores genéricos de processo inflamatório. 
 Aumento da concentração das proteínas de fase 
aguda é detectada no local da lesão tecidual e 
também circulante; 
 Podemos dosar essas concentrações em amostras 
de soro, plasma, LCR, urina e líquido amniótico; 
 Situações de estresse ou condições inflamatórias 
ocorrem: 
 Infecções, traumatismos, cirurgias 
 Necroses teciduais, infartos, neoplasias 
FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS DE 
FASE AGUDA 
 Conter a ação de proteases, reduzindo a 
destruição de tecidos das áreas circunvizinhas da 
lesão (minimização de dano tecidual); 
 proteases: são enzimas proteolíticas que 
hidrolisam as proteínas. 
 Alfa-1-antitripsina e alfa-2-macroglobulina 
 Recolher e transportar restos celulares do local 
(conservando substâncias como íons ferro); 
 Haptoglobina 
 Processo de cicatrização 
 A quantidade de fibrina requerida é obtida 
do fibrinogênio plasmático. 
PECULIARIDADES GERAIS NA 
UTILIZAÇÃO DOS MARCADORES DE 
FASE AGUDA 
 Alguns indivíduos podem ser deficientes 
genéticos na produção de algumas das proteínas 
de fase aguda; 
 O uso contínuo de fármacos anti-inflamatórios 
(corticoides), reduz o processo inflamatório, 
diminuindo a produção das proteínas de fase 
aguda; 
 Recém-nascido, pacientes muitos debilitados e 
indivíduos com desnutrição proteica grave 
apresentam produção limitada desses 
marcadores; 
 o fígado do RN ainda está se adaptando com 
a vida extra-uterina. 
 Doenças hepáticas agudas (cirrose hepática), 
prejudicam a utilidade das proteínas de fase 
aguda (que são sintetizadas no fígado); 
 Intensas e prolongadas perdas proteicas irão 
reduzir albumina, que é a fonte para a síntese 
proteica das proteínas de fase aguda; 
 gastroenteropatias graves, insuficiência e 
lesão renal. 
 
 A proteína C reativa (PCR) é o marcador 
mais sensível a processos agudos, justamente porque 
é menos afetada por essas interferências. 
 A determinação da concentração sérica de PCR 
é útil para monitorizar, identificar e acompanhar: 
 Processos agudos infecciosos e inflamatórios; 
 Infarto agudo do miocárdio, com pico 
máximo em 12 a 48 horas após o infarto 
(acompanhada de outras dosagens como 
CKMB, mioglobina e troponina); 
 Lesões teciduais ou necroses por qualquer 
etiologia, inclusive tumorais; 
 Queimaduras, traumatismos, pós-cirúrgico; 
 Reagudização de processos reumáticos 
autoimunes ou inflamatórios; 
 Processos com mecanismos de 
hipersensibilidade por imunocomplexos 
(glomerulonefrites); 
 Evolução e terapêutica; 
 Valores de PCR persistentemente elevados 
indicam que o processo está continuando e 
provavelmente tem causa infecciosa. 
 Pesquisa em amostrar de LCR é descrita como 
marcador auxiliar diferencial de meningite viral 
e bacteriana, com valores menores na etiologia 
viral; 
 Em sangue de cordão umbilical, achados de 
valores elevados (acima de 13 mg/dL) sugerem 
corioamnionite (inflamação das membranas 
proteina c reativa - pcr 
 
 
 
 
fetais, do líquido amniótico, placenta e/ou 
decíduas devido a uma infecção bacteriana); 
Em relação à VHS, a PCR é um marcador mais 
precoce de fase aguda e também retorna a valores 
normais antes, devido à meia-vida curta, de algumas 
horas, após a interrupção do processo inflamatório. 
Por outro lado, ao contrário dos interferentes do 
exame VHS, a dosagem de PCR não é influenciada 
por anemia, policitemia, macrocitose, insuficiência 
cardíaca congestiva e hipergamaglobulinemia. 
 
 As proteínas séricas (em soro) são mais 
frequentemente chamadas de proteínas plasmáticas, 
independentemente do material biológico ensaiado: 
 Concentração total de proteínas plasmáticas 
fornece: 
 informação sobre o estado nutricional do 
paciente. 
 acompanhamento de doenças associadas a 
perdas proteicas (método de Lowry – 
molibdato, tungstênio e ácido fosfórico). 
 Melhor caracterização através da técnica de 
eletroforese de proteínas. 
As proteínas do sistema complemento (C3, C4 e 
CH50) são usadas para estudo investigativo e de 
acompanhamento em doenças reumatológicas, 
infecções, doenças renais e hematológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Perfil eletroforético das proteínas séricas: 
pré-albumina, albumina, alfa-globulina, beta-1-
globulina, beta-2-globulina e gama-globulina. 
 As principais fracções proteicas, de acordo com 
sua eletropositividade (ordem decrescente de 
mobilidade), são: 
 Albumina 
 Alfa-1-globulina 
 Alfa-2-globulina 
 Beta-globulina 
 Gama-globulina 
 
COMPONENTES DAS FRAÇÕES 
 Os principais componentes destas frações 
são: 
FRAÇÃO ALBUMINA 
 A fração albumina é constituída pela 
proteína albumina. É a mais abundante do plasma e 
que responde por cerca de 80% de sua pressão 
osmótica. Está envolvida no transporte de inúmeras 
substâncias (bilirrubina, fármacos, hormônios, 
cálcio etc). 
 Diminui em: 
 Falha na síntese do fígado 
 Perda renal, intestinal ou cutânea 
 Inflamação 
 Má absorção e subnutrição 
 Aumenta em: 
 Desidratação 
 Estase venosa excessiva 
 A presença de albumina na urina é 
considerada anormal, mesmo que em baixas 
quantidades. Em alguns indivíduos saudáveis, após 
exercícios pesados, temsido observados valores 
detectáveis e transitórios de albuminúria. 
A determinação de baixos valores de albuminúria, 
chamada de microalbuminúria, por imunoensaios 
sensíveis tem importância no acompanhamento de 
pacientes diabéticos com o objetivo de detectar 
precocemente a nefropatia diabética e suas 
complicações. 
FRAÇÃO ALFA 1 GLOBULINA 
 A fração alfa 1 globulina é constituída pela 
alfa-1-antitripsina. Que age, principalmente, na 
inibição de enzimas proteolíticas. 
 Diminui em: 
 Doenças genéticas graves 
proteinas séricas 
 
 
 
 
 Doença pulmonar ou hepática 
 Hepatocarcinoma (câncer de pulmão) 
 Aumenta em: 
 Inflamações agudas 
 Neoplasias 
 Doenças hepáticas 
FRAÇÃO ALFA 2 GLOBULINA 
 A fração alfa 2 globulina é constituída pela 
alfa-2-macroglobulina e haptoglobina. 
 Diminui em: 
 Síndrome hemolítica ( haptoglobina) 
 Aumenta em: 
 Inflamações aguda ( haptoglobina) 
 Síndrome nefrótica (aumento da alfa-2-
macroglobulina e diminuição da albumina) 
FRAÇÃO BETA GLOBULINA 
 A fração beta globulina é constituída pela 
transferrina e componente C3 do sistema 
complemento. 
 O C3 pode: 
 Aumentar em processos inflamatórios 
 Diminui em doenças autoimunes 
 Deposições de imunocomplexos 
 A transferrina pode: 
 Aumentar em casos de carência de ferro 
FRAÇÃO GAMA-GLOBULINA 
 A gama globulina é constituída pelas 
imunoglobulinas das classes G, A e M. 
 Diminuídas em: 
 Imunodeficiências congênitas e adquiridas 
 Aumentadas em: 
 Processo infeccioso ou inflamatório 
 Hipergamaglobulilemia – monoclonal ou 
policlonal 
IMUNOENSAIOS 
 De acordo com o nível de resolução do 
método eletroforético, poderemos ter muitas outras 
frações intermediárias; 
 A Imunoeletroforese (IEF) é uma técnica de 
identificação semiquantitativa para proteínas, 
que combina a eletroforese a imunodifusão com 
soros contendo anticorpos antiproteína; 
 Por IEF é possível identificar cerca de 25 
diferentes proteínas plasmáticas. 
 As principais proteínas plasmáticas que 
comumente são quantificadas em imunoensaios são: 
 Pré-albumina 
 Albumina 
 Proteínas do sistema complemento 
 Imunoglobulinas

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